ALGUNS TENTARAM DIVULGAR A VERDADE E FORAM SILENCIADOS.NÓS CHEGAMOS DISPOSTOS A DENUNCIAR, SEM MEDO,O NEPOTISMO,O TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS, O MERCENARISMO E O TERRORISMO CORRUPTO QUE A COMUNICAÇÃO SOCIAL, EM ESPECIAL A DESPORTIVA, NÃO TEM A CORAGEM DE ASSUMIR.

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sexta-feira, 27 de março de 2015

(Cadastro da "Fidalguia") A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA (131)

O Sporting (4)
Curriculum Vitae de Lagartos

Sousa Cintra:
Um tribunal brasileiro condenou o antigo presidente do Sporting Sousa Cintra a pagar 20,4 milhões de euros de indemnização à empresa Petropolis. Na sequência deste processo, um tribunal português ordenou o arresto dos bens. Sousa Cintra diz-se "totalmente tranquilo" e "completamente descansado" quanto ao desfecho do caso.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Seguranca/Interior.aspx?content_id=2669343

Filho do Sousa Cintra:
Miguel Sousa Cintra foi condenado a pena suspensa de prisão de três anos naquele que foi o primeiro caso de crime de abuso de informação privilegiada julgado em Portugal. A defesa vai interpor recurso.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=831723

Santana Lopes:
A advogada de Carmona Rodrigues, Vânia Costa Ramos, defendeu que todos os actos assacados ao seu cliente e passíveis de serem considerados ilícitos foram, afinal, praticados por Santana Lopes, que em Março de 2005 deixou de ser primeiro-ministro e regressou à presidência da Câmara de Lisboa.
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/carmona-empurra-responsabilidades-para-santana-lopes-no-julgamento-bragaparques-1611313

Godinho Lopes:
Os mandados de detenção foram apresentados a Luís Godinho Lopes, engenheiro, vice-presidente do Sporting e presidente da EJA (Estádio José Alvalade), sociedade responsável pela construção do novo Estádio e a Januário Rodrigues, director da Unidade de Alojamento da Expo 98.
http://www.publico.pt/economia/noticia/pj-detem-gestores-envolvidos-no-aluguer-de-barcos-da-expo-98-77959

Soares Franco:
O presidente do Sporting, Felipe Soares Franco, declarou hoje que nem o clube ou algum dirigente a ele ligado recebeu qualquer verba no âmbito da contratação do antigo futebolista João Vieira Pinto para Alvalade, na época de 2000/2001.
http://www.dn.pt/desporto/sporting/interior.aspx?content_id=1174660

Bruno Carvalho:
De acordo com um relatório de uma empresa de informação de risco financeiro a que o CM teve acesso, uma das firmas de que Bruno de Carvalho é sócio deve 634 276 euros a quatro credores.
http://www.cmjornal.xl.pt/desporto/detalhe/empresa-deve-mais-de-630-mil-euros.html

Dias Ferreira:
O advogado e antigo candidato à presidência do Sporting revelou, em entrevista exclusiva ao "Sexta às 9" da RTP, que esteve ligado à Geteasy, uma empresa que está a ser investigada por suspeita de branqueamento de capitais.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=778474&tm=8&layout=122&visual=61

Paulo Pereira Cristóvão
Ex-vice-presidente do Sporting, foi detido pela Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária por alegado envolvimento em assaltos à mão armada na zona da Grande Lisboa e ainda por sequestros e associação criminosa.
As autoridades detiveram ainda mais duas pessoas, uma delas um elemento ligada à Juve Leo conhecido por Mustafa.
PPC é suspeito de ter organizado vários roubos violentos a casas particulares. Os assaltos foram levados a cabo por três agentes da PSP e outros cúmplices.

Os agentes chegavam fardados às casas e exibiam falsos mandados judiciais para buscas domiciliárias, que terminavam com o sequestro e roubo das vítimas - algumas delas agredidas antes de serem roubadas.
Há meses que o ex-vice do Sporting está sob investigação da PJ em articulação com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal.
http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=534268

Vítimas de Paulo P. Cristóvão
Eram 22 horas. A campainha tocou e do lado de lá havia dois homens fardados de polícia e um terceiro à civil.“Viemos executar um mandado de busca por suspeita de tráfico de diamantes”, justificaram ao empresário do ramo imobiliário. Armas em riste, ele, a filha e a namorada revistados de cima a baixo e um único alvo: os cofres onde guardava milhões de euros em dinheiro, cheques e declarações de dívidas.
“Estranhei que soubessem onde era o cofre e que pusessem o dinheiro ao bolso. Quando saíram, propus acompanhá-los ao Ministério Público, negaram-me. E eu percebi que tinha sido assaltado”, conta o empresário de Cascais ao Observador.

Prefere não identificar-se, mas aquele dia 27 de fevereiro de 2014 deixou marcas. A filha, de 16 anos, anda, desde então, com segurança. Está “traumatizada”. Tiveram também de mudar de casa e só agora, com a detenção de Paulo Pereira Cristóvão, conseguem respirar mais aliviados.
Segundo o queixoso, que apresentou inicialmente queixa à PSP de Cascais, tudo começou quando lhe apresentaram PC, como chama a Paulo Pereira Cristóvão. Um homem “de mão doce”, descreve, para justificar como facilmente travaram amizade. Pereira Cristóvão apresentou-se na altura como negociante de jogadores de futebol. Até lhe deixou um cartão de visita, embora “sem morada da empresa”. “Queria vender-me dois passes de jogadores, mas eu disse-lhe que o meu ramo era o imobiliário”, recorda.

Depois de alguma insistência, o empresário começou a fazer-lhe perguntas. E foi quando percebeu que Pereira Cristóvão “nem sequer tinha o passe dos jogadores, logo não podia vendê-los”. Confrontou-o com isso e pôs fim “à amizade”. Fez o mesmo com o homem que os apresentou. “Descobri que era traficante de droga depois de termos sido amigos. Ele sabia onde estavam os meus cofres”, conta.

No dia do assalto, os suspeitos roubaram cheques e declarações de dívidas num total que excedia os dois milhões de euros. Levaram, ainda, as chaves de três carros, entre eles um Lamborghini e um Aston Martin. Um fio de ouro de 16 mil euros, um telemóvel “com 400 contactos de empresas brasileiras” e dinheiro, que o empresário prefere não quantificar. “Era muito mais do que as dez famílias que foram vítimas todas juntas”, garante. Não conseguiram levar os carros porque a garagem do condomínio estava trancada. Mas deixaram marcas no porteiro: foi espancado.

Às autoridades, o empresário garantiu ter mostrado todos os comprovativos da origem do dinheiro roubado. Mais. Disse logo que na origem do crime estaria Pereira Cristóvão. “Ele já tinha mandado outro grupo de assaltantes, mas depois desistiu. E esse grupo veio contar-me tudo”, explica. Meses depois, quando a PJ deteve dois elementos de uma força policial que participavam em assaltos a residências das zonas de Lisboa e Setúbal, os assaltantes também acabaram por admitir que quem lhes dava ordens era Pereira Cristóvão.
Foram precisos alguns meses para reunir provas até deter o ex-inspetor da PJ e ex-vice-presidente do Sporting. Aconteceu esta terça-feira.

Sede da Juve Leo disputada a tiro
Prisão de ‘Mustafá’ na origem da desordem. Por João Tavares Com a prisão de ‘Mustafá’, um dos líderes da Juve Leo – detido num caso de roubos que envolve o ex-vice-presidente do Sporting Paulo Pereira Cristóvão –, os ânimos aqueceram na claque leonina. Dois grupos envolveram-se na madrugada de ontem em confrontos, junto à sede da claque, nas imediações do Estádio José Alvalade. Foram disparados tiros, apreendidas armas, houve duas detenções e um ferido com arma de fogo.
Os desacatos começaram na noite de quinta-feira, quando um grupo de adeptos se dirigiu até à sede para assumir o controlo do espaço. Mudaram as fechaduras, mas vários elementos afetos a ‘Mustafá’ não gostaram. Estes terão surgido mais tarde, com armas de fogo. Há mesmo relato de uma rajada de tiros com uma pistola metralhadora, que a PSP não encontrou.

A polícia foi acionada às 00h04, descobrindo uma pistola. Um homem de 31 anos foi detido, bem como outro que tinha um mandado de detenção. Foram identificadas 21 pessoas por participação em rixa. Um homem terá dado um tiro no próprio pé na confusão. 

Sporting Isentado de Taxas pela CML
"(...)
A este respeito cumpre informar que foi deferido pela Autoridade Tributária o pedido de isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) na operação de prorrogação do direito de superfície que incide sobre o Estádio José Alvalade e o edifício Multidesportivo; bem como o pedido de isenção do IMT, Imposto de Selo, emolumentos e outros encargos legais na operação de fusão referida no parágrafo anterior. Deste modo será concretizada, até 31 de Dezembro próximo, a referida operação de fusão da SPM na Sporting SAD, bem como a contratualização final de todo o processo de reestruturação financeira.
(...)"

Também gostaríamos se saber se os 23 Milhões de Euros que a Câmara Municipal de Lisboa foi obrigada a pagar ao Sporting recentemente, devido a protocolos assinados no passado (coincidência!!!), merecem a indignação dos mesmos?!!!

Isto pouco tempo depois, da CML ter tomado posse de uma terreno que o Benfica tinha recebido como permuta na altura da construção da Avenida Lusíada, mas como a Assembleia Municipal da CML rejeitou os vários projectos de edificação propostos (inclusive numa situação de empate na votação!!!)... E como estava protocolado um prazo limite para a edificação, e como ela não aconteceu, o Benfica perdeu os seus direitos sobre o terreno na 'meia-lua' (como era conhecido).

O Complexo Lagarto
Paulo Bento disse isto quando saiu do Sporting, “só me mantive estes anos todos em Alvalade porque fiquei sempre à frente do Benfica e o Benfica nunca foi Campeão, mal fiquei atrás do Benfica com o Benfica a poder ser Campeão deixei de ter condições para continuar em Alvalade”.
Jefferson não jogou no Dragão por causa disto, ao Bruno de Carvalho não lhe interessa um Benfica BICAMPEÃO Nacional ele vai ter problemas em Alvalade se isso acontecer e foi por isto que o Jefferson não jogou no Dragão mas jogou logo a seguir para a Taça e o Sporting nem disse nada sobre a nomeação do Artur Soares Dias... para esse jogo é claro que disto... a 'meretriz da verdade desportiva'...

Concorrência desleal
A SAD de Alvalade renegociou a dívida em 2014, numa operação que lhe permitiu baixar os custos de financiamento. Os Leões estão a pagar um juro médio de 2,41%, que compara com taxas próximas de 7% no caso dos rivais.
A reorganização financeira realizada pelo Sporting no ano passado permitiu ao clube de Alvalade obter empréstimos bancários com um "spread" de apenas 0,5%, o que reduziu de forma expressiva os custos suportados pelo clube. ...

O desespero (Lagarto)
Em “Vermelho Directo”
O Sporting ficou muito indignado com uma tarja que viu num jogo de futsal. A tarja era tão grave, tão grave, que o Sporting reagiu imediatamente. "Imediatamente" no dia imediatamente a seguir.

Não quero aqui discutir se a tarja era ou não era condenável. Se tinha antecedentes ou não tinha antecedentes. Era uma tarja, não era uma arma de destruição massiva. O Sporting fez a figura de um radical islâmico a protestar contra os cartoons de um jornal qualquer. Definitivamente, SCP não são as iniciais de "Somos Charlie. Ponto".

Foi perceptível para todos a razão de ser do comunicado do Sporting. O golo de Jardel caiu-lhes muito mal. Durante 7 minutos estiveram no Céu e de repetente estatelaram-se no fundo de um fosso. Falando em "estatelar-se no fundo do fosso", esse foi o incidente mais grave nessa noite. Um adepto feriu-se com gravidade, na sequência de comportamentos menos correctos de pessoas que dizem que sabem estar, combinados com debilidades estruturais de um recinto que não oferece condições de segurança a quem quer assistir aos espectáculos aí organizados. Podia ter morrido. E não foi a primeira vez que isto aconteceu. E em nenhuma das vezes se pode sacudir a água do capote para cima de uma claque visitante. Havia, pois, que desviar as atenções da frustração de um resultado desportivo e das responsabilidades por mais um acidente grave naquele estádio.

O Sporting parecia aquela namorada que, numa discussão, vai buscar um detalhe que aconteceu há 3 meses. A propósito de um jogo de futebol disputado em Alvalade num domingo, foi buscar algo que se passou num jogo de futsal disputado na Luz num sábado. E exige que o estádio do futebol onde não se passou nada seja fechado por algo que aconteceu no pavilhão do futsal.

O Benfica respondeu inicialmente como qualquer pessoa com dois dedos de testa responde àquela histérica a que aludimos no parágrafo anterior – encolheu os ombros e suspirou: "Acabou o blackout, voltou o folclore." A resposta até foi muito leve, mas o Sporting entendeu-a como very light.

Pronto, caiu o Carmo e a Trindade (presume-se que ao fundo de um fosso). A resposta foi tão bem dada, que lhes saiu um muito adulto "Ai, é? Nunca mais te falo!". E dá-se o corte de relações.

A resposta que Vieira dá é demolidora. Inaugurando mais uma casa do clube (não inaugurando mais um post no Facebook), dá uma coça de todo o tamanho ao jovem da Juve Leo que ocupou a tribuna. Vale a pena ouvir o rolo compressor, a partir do minuto 4:

A propósito de tribuna, note-se que ainda João Gabriel não tinha sido obrigado a falar em fandango, ainda Jardel não lhes tinha dado um banho de realidade, já o corte de relações institucionais se verificava no camarote presidencial de Alvalade, com o tratamento indigno dado à comitiva benfiquista, que levou mesmo alguns dirigentes leoninos com mais vergonha na cara a pedirem desculpa pelo comportamento que eram obrigados a assumir, mas que era a política do clube.

E, para se darem conta do desespero desta gente, Vermelho Directo sabe, de fonte segura da própria RTP, que o Sporting andou toda a semana a pressionar a estação pública para exibir imagens da tarja do very light. Até à porta do anterior presidente, Alberto da Ponte, foram bater!

Percebe-se assim melhor porque é que a RTP foi entrevistar o filho de Rui Mendes e não quis saber da opinião das famílias de todos os adeptos que já caíram de estruturas de Alvalade, seja de fossos, seja de varandins.

O lagartóide Rui Santos disse umas verdades:
"Há pessoas que deviam estar proibidas de falar da arbitragem e Pinto da Costa é uma delas. O presidente do FC Porto é o principal responsável por se falar mais de arbitragem do que de futebol em Portugal. O Apito Dourado não foi nem uma construção jornalística nem um devaneio anti-Porto. Foi uma realidade assente, no mínimo, por um magistério de influência sustentado por uma estratégia muito bem delineada pelo FC Porto “de Pinto da Costa”, que começou em Pedroto, passou pela AF Porto, teve extensões de carácter político e “acabou” no poder de persuasão do presidente portista."

RECORDAR É VIVER
João Rocha e o “Projecto Roquette”
Entrevista em 15/2/2006

RECORD – Está preocupado com o Sporting a cerca de quatro meses de eleições?
JOÃO ROCHA – O Sporting está a atravessar a pior crise dos seus 100 anos. Convinha, no entanto, esclarecer, até porque os mais jovens não o sabem, que quando veio a revolução, os clubes passaram por uma crise muito grande, concretamente na altura do PREC. Eram, no fundo ‘presas’ a tomar de assalto. Criaram-se decretos e portarias à luz dos quais os jogadores se transferiam livremente, bastando uma carta. O Sporting passou essa crise colaborando em algo que era necessário, ou seja, apostando na massificação do desporto em Portugal. Não havia ginásios nem pavilhões e o Sporting começou por ter logo 15 mil atletas, um recorde. Nenhum clube da Europa o conseguia, nem o próprio Barcelona.

R – Que acções foram levadas a cabo?
JR – Fizeram-se ginásios, pavilhões e compraram-se terrenos. Dinamizámos o desporto em Portugal. A ginástica foi de Norte a Sul do País com várias equipas. Promovemos as modalidades junto de entidades como os bombeiros, diversos tipos de associações, polícia, escolas, etc. Introduzimos em Portugal as artes marciais e a dinamização junto das instituições referidas foi a mesma.
R – Disse-me que o clube comprou terrenos. Isso quer dizer que o património também cresceu?
JR – Começámos a ter um património invejável. Pagámos as dívidas do passado e sempre com dirigentes que nunca ganharam nada. Foram centenas de pessoas a participar neste projecto de servir o Sporting gratuitamente. O clube tem de estar grato a esses dirigentes que pagavam, inclusivamente, hotéis, e passes dos jogadores das modalidades de forma desinteressada. Com tudo isto, o Sporting passou a ter a primazia do desporto em Portugal e a ser a maior força desportiva nacional.

R – Essa força foi consubstanciada em mais títulos do que os concorrentes?
JR – De tal forma que nos primeiros 10 anos após a revolução, o Sporting tinha 22 modalidades e ganhou 1.210 títulos nacionais e 52 Taças de Portugal. Conquistámos 8 taças europeias em 7 anos, tínhamos 105 mil sócios e, no futebol, entre campeonatos, Taças e Supertaças, o Sporting conquistou 8 títulos contra 10 do Benfica, 6 do FC Porto e 3 do Boavista. Conseguimos reconquistar o estatuto vivido, por exemplo, no tempo dos cinco violinos. Finalmente, juntando provas nacionais e europeias de alta competição, ganhámos 47 títulos contra 20 do Benfica e 13 do FC Porto, ou seja, mais do que os dois rivais juntos. Acrescente-se que mandámos uma equipa de ciclismo à Volta a França. Nenhuma equipa europeia com futebol o fez por duas vezes como nós. Foi importantíssimo para o país.

R – Hoje em dia o panorama é, de facto, diferente. Como sente o clube?
JR– Quando saí, deixei o clube sem dívidas, com passivo zero, jogadores valorizados zero, estádio valorizado zero, tudo a preço zero e nada reavaliado. Além disso, 300 mil metros quadrados de construção aprovada, o que em termos actuais e se o Sporting tivesse sido administrado como deve ser, faziam dele hoje um dos maiores clubes da Europa. Só nesses 300 mil metros quadrados tinha um valor de 120 milhões de contos.

R – Porque é que, na sua opinião, o Sporting não seguiu esse caminho ascendente?
JR – Eu saí. Não podia ficar, porque tinha uma doença grave. Nos últimos dois anos, já assistia deitado às reuniões da direcção. Só bebia leite e um médico americano disse-me que eu tinha de decidir entre a morte e o Sporting. Eu queria viver mais alguns anos e saí. Depois, o passivo foi aumentando ao longo dos anos, até que chegou José Roquette com o seu projecto.

R – Um projecto que encheu de esperança todos os sportinguistas...
JR – O Projecto Roquette liquidou o Sporting. Ninguém soube o que era o projecto, porque ele não dizia. Sabia-se, apenas, que era uma dezena de sociedades, dirigentes e funcionários superiores a ganhar centenas de milhares de contos. O projecto foi reduzir os sócios de mais de 100 mil para pouco mais de 30 mil, foi acabar com as modalidades amadoras, foi vender património, foram dezenas e dezenas de milhões de contos de prejuízo que não aparecem nos resultados, porque parte deles foram executados pelo Sporting. No caso da SAD deram-se informações falsas aos associados e à própria CMVM para a entrada na bolsa.

R – Comos se explica isso?
JR – O que lhe posso dizer é que era tudo tão bom que ele próprio, José Roquette, ia subscrever capital e a primeira coisa que fez quando saiu foi vender todas as acções da SAD que tinha comprado. Isto levou os sócios a perderem quase 14 milhões de contos só na subscrição e nos resultados negativos.

R – Você assistiu a isso sem nenhum tipo de reacção?
JR – Antes pelo contrário. Numa assembleia da SAD e para defender os interesses do Sporting, lembrei que ao abrigo do Artº 35, a Sociedade tinha de acabar, mas havia uma possibilidade que era a reavaliação dos jogadores, repondo capital necessário na SAD para esta não ser extinta.

R – Muito objectivamente, na sua opinião, José Roquette é o responsável pelo actual passivo do Sporting?
JR – O Projecto Roquette liquidou o Sporting. Disso já não restam dúvidas. Queria gerir o clube ditatorialmente e a primeira coisa que fez foi fechar as portas aos jornalistas nas assembleias gerais. No meu tempo, havia uma bancada só para os jornalistas. Não tínhamos receio de nada.

R– Recordo-lhe que na altura da entrada de José Roquette foi dito por muitos elementos do universo leonino que o clube se encontrava em falência técnica. Lembra-se?
JR – Quando José Roquette entrou, o clube estava numa situação caótica, mas ele aceitou um passivo de 4 milhões de contos e, actualmente, ascende a 60 milhões de contos (300M€). É uma diferença enorme. Mas esse não é o grande problema. É preciso ter em conta os prejuízos, os quais foram colmatados com a venda de património e a reavaliação de todo o activo, incluindo jogadores. Esses prejuízos não foram contabilizados.

R – Mas o clube também se valorizou patrimonialmente. Concorda?
JR – Fez-se a Academia e o estádio, mas nada disso é do Sporting. Mesmo que se venda aquilo que se está a propor vender, ainda vamos continuar a dever o estádio, que é fruto de compromissos com a banca e do contributo de alguns sócios que ajudaram em muitos milhares de contos, comprando lugares cativos.

R – Um projecto totalmente falhado, no seu ponto de vista. Porquê?
JR – É muito simples. José Roquette julgava que o Sporting era uma operação tão fácil com a do Totta, em que ele, numa operação ilegal, ganhou 20 milhões de contos sem pagar um tostão de impostos e, ainda por cima, acabou por comprometer aquele que foi recentemente eleito Presidente da República, Cavaco Silva.

R – Uma forte acusação. O que sabe desse processo?
JR – Não quero falar nisso neste momento, porque me interessa mais o Sporting.

R – Lembro-me que durante o mandato de José Roquette,você se revoltou com acordos que nunca ficaram esclarecidos, nomeadamente entre o Sporting e o FC Porto. Quer revelar pormenores em relação a isso?
JR – Havia um projecto com o FC Porto que era muito prejudicial para o Sporting. Era mesmo inqualificável. Insurgi-me num Conselho Leonino e numa assembleia geral. Era um projecto gravíssimo que só podia sair da cabeça de um indivíduo sem responsabilidades. José Roquette dizia que era um projecto válido, porque era a única maneira de Sporting e FC Porto estarem sempre representados na Liga dos Campeões.
(N.da R.  O famoso Projecto Roquette tinha por objectivo liquidar o Benfica, ficando apenas o Porto e o Sporting.)

R – Vai concretizar ou continuar a guardar trunfos?
JR – Não digo mais nada sobre isso. Foi falado no Conselho Leonino e eu disse ao líder da AG para mandar calar sobre essa informação, que foi longe demais. Disse-lhe ainda que o resumo do acordo com o FC Porto devia ser gravado de tão grave que era, porque talvez fosse necessário que essa gravação viesse a ser pública na defesa dos interesses do Sporting e dos seus sócios. Não vejo o desporto assim.

Lagartos Sabotadores
O Alverca no estado em que existe hoje é porque os membros da Direcção do Alverca se opuseram ao Projecto do LFV para engrandecer o Alverca. Não se chegou a fazer nada pois ele abandonou após a oposição dos lagartos infiltrados no clube.

Também foi culpa dele o Odivelas estar de portas fechadas? Vai lá ver o estado dos campos do Odivelas. LFV fez uma proposta e a CMO aprovou para ser criado um Centro de Formação Jovem e manter-se o Odivelas em actividade. Para isso o SLB emprestou dinheiro ao Odivelas para pagar ao fisco e poder iniciar a actividade.

Mais uma vez alguns lagartos indrominaram a CMO e o acordo com o SLB foi anulado entregando-se aos lagartos o campo e o Pavilhão. Resultado, o Odivelas quase fechou e o SLB exigiu a devolução do dinheiro emprestado. Veja-se o que o SLB fez com o campo do Seixal...
Portanto todos os que falam que LFV fez fechar clubes MENTEM DESCARADAMENTE.

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