ALGUNS TENTARAM DIVULGAR A VERDADE E FORAM SILENCIADOS.NÓS CHEGAMOS DISPOSTOS A DENUNCIAR, SEM MEDO,O NEPOTISMO,O TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS, O MERCENARISMO E O TERRORISMO CORRUPTO QUE A COMUNICAÇÃO SOCIAL, EM ESPECIAL A DESPORTIVA, NÃO TEM A CORAGEM DE ASSUMIR.

DIVULGA www.pulpuscorruptus.blogspot.com EM PROL DA VERDADE E COMBATE À CORRUPÇÃO!

E-Mail: pulpuscorruptus69@gmail.com

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

(Dos Corruptos Reza a História) A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA (97)

A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA (97)

“AQUELES QUE NÃO SE LEMBRAM DO PASSADO ESTÃO CONDENADOS A REPETI-LO”. 
George Santayana

História da Corrupção ANDRADE (1)

1928 Urgel Horta é o presidente do Futebol Clube do Porto em 1928/1929, algo que viria a repetir em 1951/1954.

Março, 13
Urgel Horta faz uso da sua autoridade e eleva o FC Porto a Instituição de Utilidade Pública, passando a usufruir de todos os benefícios daí inerentes.  

1938 Ângelo César Machado formou-se em Coimbra em Direito em 1924. Era como Salazar membro do Centro Católico. Ajudou a organizar a Milícia Lusitana, ligou-se à Liga Nacional 28 de Maio – criada para “integrar no espírito e finalidade da ditadura as classes trabalhadoras, agir energicamente nos meios académicos para fazer ressurgir neles o mesmo entusiasmo ardoroso pela obra da Revolução Nacional e avivar permanentemente o sentimento da Nacionalidade”.
Foi um dos ”braços intelectuais” que puxaram Salazar para a Presidência do Conselho, sobretudo através dos artigos no Diário da Manhã e em 1938 subiu a presidente do FCPorto por essa altura já era deputado que continuou a ser até 1945…

1939 Abril, 23
Em jogo da última jornada da época 38/39 o Benfica visita o FC Porto e a vitória de um ou de outro decide o título de campeão. A polémica começa logo com o FC Porto, habituado a jogar no Estádio do Lima, a transferir o jogo para o Campo da Constituição para maior conforto do público, o que desagradou ao Benfica. E no jogo, com o resultado empatado a três golos, o Benfica fez o 3-4 no último minuto, que valeria o título, mas o árbitro invalidou. As crónicas da época falam da razão do Benfica e naquilo a que chamam "o excesso de zelo" do árbitro setubalense Henrique Rosa, ao invalidar aquele que seria um "hat-trick" de Brito.
Teria o árbitro entendido que o jogador agarrara um adversário, mas, conta a imprensa da época, Brito estava suficientemente longe de todos eles para o poder ter feito. O Benfica descreveu a situação como a "maldade" do árbitro e chegou a fazer uma festa de homenagem à equipa, como se esta se tivesse sagrado campeã, mas a história dá, naturalmente, o título ao FC Porto.

Junho, 18
Ao minuto 75 da segunda mão da meia-final da Taça de Portugal de 1938/39, a primeira da história, no Campo das Amoreiras, em Lisboa, os dirigentes do FC Porto mandavam a equipa abandonar o campo, protestando contra o que consideravam favorecimento do árbitro setubalense António Palhinhas ao Benfica. O resultado estava em 6-0 para os encarnados. Era a explosão da rivalidade.

1940
Em 1939/40, o Campeonato Nacional passa de oito para dez clubes, a título excepcional, pois o FC Porto fora apenas terceiro no Campeonato Regional e só os dois primeiros tinham acesso à competição, valendo então a votação das restantes associações regionais (nomeadamente a de Lisboa), que viabilizaram o alargamento, de forma a permitir a participação da equipa do FC Porto.

1941
Na época de 1940/41 para ganhar no campo tudo o que havia para ganhar - o Sporting gastou com o futebol 317.397$00, mais de 160 contos foram para... "assistência aos futebolistas" que era como eufemisticamente se chamava aos ordenados, mas contas dos clubes. A Szabo, o treinador, pagou 28.850$00. Só não foi mais - porque em "acto de amor leonino" aceitou que lhe cortassem três contos ao quinhão, por os tempos serem de crise e guerra à vista. As receitas ficaram pelos 238 contos, o défice foi de 79.372$25. Pelos jornais havia publicidade aos "receptores Phillips 141" - com imagem de Fernando Peça, "o locutor português da BBC"-custavam 750$00. Raro era o jogador que recebesse isso num mês só...
A par do que se sucedera em 1939/40, o FC Porto voltou a ser terceiro e novamente foi alargada a competição, de forma a permitir a participação da equipa do FC Porto.

1956 Novembro, 11
No intervalo de um jogo disputado no Campo da Tapadinha que opõe Atlético ao Sporting e que se cifra num empate ao fim dos primeiros 45 minutos (1-1), o presidente do Sporting, Carlos Góis Mota invade o balneário do árbitro da partida, Braga Barros de Leiria, e ameaça-o verbalmente e alegadamente com uma arma que por norma o acompanhava. O presidente do Sporting, que tomara posse como presidente leonino em 28 de Janeiro de 1953, viria a exercer o cargo até 31 de Janeiro 1957, participando por mais nove vezes na Direcção do Clube, duas como vogal e sete consecutivas como vice-presidente, desde 19 de Janeiro de 1946 a 30 de Janeiro de 1952. Cumulativamente era presidente da Legião Portuguesa, uma milícia criada em 1936, que estava sob a alçada dos Ministérios do Interior e da Guerra, e que nas décadas de 50 e 60 se caracterizou pela perseguição e repressão às forças oposicionistas ao regime, para a qual contribuiu o seu Serviço de Informações e a sua vasta rede de informadores. Certo é que depois da insatisfação do presidente sportinguista que entre outras coisas disse ao árbitro da partida «aconselhou-o a tomar mais atenção na 2ª parte pois poderia prejudicar-se», o Sporting viria a vencer por 3-1.

1973 Abril, 1
Com 23 vitórias em 23 jornadas e o Campeonato Nacional já conquistado uma jornada antes, o Benfica desloca-se ao Estádio das Antas na 24.ª jornada, onde acaba por empatar a 2. A vencer por 2-1 a poucos minutos do fim, o árbitro António Garrido sanciona uma grande penalidade inexistente após encenação do portista Flávio na grande-área de José Henrique.O empate impediu assim o Benfica de somar a 24.ª vitória em outras tantas jornadas.

1975 Outubro, 18
Episódio caricato num célebre FC Porto - Sporting, disputado no Estádio das Antas, José Matos, um dos apanha-bolas do encontro mete a bola dentro da baliza do Sporting e Alder Dante, sob intenso nevoeiro, acaba por validar o golo... do FC Porto.

1976 Junho, 13
A final da Taça de Portugal da temporada de 1975/76 é disputada entre o Vitória de Guimarães de Fernando Caiado e o Boavista de José Maria Pedroto no Estádio das Antas, acabando por sorrir aos axadrezados mas com muita polémica à mistura, principalmente em virtude da nomeação e actuação de António Garrido para dirigir a partida.

13 de Junho de 1976

A final da Taça de Portugal da temporada de 1975/76 é disputada entre o Vitória de Guimarães de Fernando Caiado e o Boavista de José Maria Pedroto no Estádio das Antas, acabando por sorrir aos axadrezados mas com muita polémica à mistura. Desde logo em virtude da decisão federativa quanto ao horário do jogo que fez pairar o boicote dos vitorianos, mas também pela decisão de ser o árbitro António Garrido da AF Leiria a dirigir a partida, ele que havia estado numa célebre partida entre os mesmos clubes no final da temporada anterior que decidiu o apuramento do Boavista para a Taça Uefa em prejuízo do Vitoria de Guimarães.

E de facto as suspeições não se revelariam infundadas, mal o jogo começou o vitoriano Pedrinho interceptou a bola num lance ainda no meio campo do Boavista, correu largos mestres com a bola controlada e em sucessivos dribles, entrou na grande área adversaria e quando já estava praticamente isolado perante o guarda redes Botelho foi ostensivamente empurrado e rasteirado por um defensor boavisteiro - Alberto -, grande penalidade a que António Garrido faz vista grossa. Depois foi a vez de Tito, com a bola dominada e bem no interior da área (4/5 metros), quando se apresta para rematar é desviado em falta por um adversário; António Garrido apita e no estádio todos se convencem que é penalty a favor do Vitoria SC, porém, surpreendentemente e perante a incredulidade de todos, o árbitro António Garrido assinala livre directo contra o Boavista à entrada da grande área. Depois do 2-0 a favor do Boavista no reatamento, a esperança vitoriana renasceu de um momento de inspiração do avançado Rui Lopes, mas era tarde de Garrido... Em cima do final do jogo, novo lance decisivo; o brasileiro do Vitória Almiro ultrapassa vários adversários, entra na área e, ao passar pelo defesa boavisteiro Trindade é agarrado pela camisola e ainda rasteirado. António Garrido nada assinala e a taça ruma às vitrinas axadrezadas.

No final da partida o vitoriano Tito dizia: «Fui, de facto, empurrado sem que o Sr. António Garrido alguma coisa tivesse marcado. É verdadeiramente inacreditável que este árbitro considerado o melhor do ano (para mim o pior!) tivesse estragado este grandioso espectáculo. Já o ano passado foi vergonhoso no nosso jogo contra o Boavista FC. Agora voltou a ser inegavelmente “sujo” na maneira como apitou. Só ajudou o Boavista, embora este tenha ganho com toda a dignidade. Mas as grandes penalidades que ele deixou de marcar sobre mim e sobre o Almiro ficaram-me atravessadas na garganta. Inacreditável! Só soube prejudicar o Vitória SC.»

Também Almiro se referia aos lances; «Quando estou na cara do “keeper” axadrezado e me preparo para chutar fui agarrado pelo Trindade pela camisola, logo seguido de uma rasteira pelo mesmo jogador. Ainda em desequilíbrio o Botelho agarrou-me a perna esquerda e foi nessa altura que caí. Caramba! Toda a gente viu que foi uma nítida penalidade. Só o Sr. Garrido é que não viu. Porquê? Aliás, a sua actuação ao longo do desafio foi verdadeiramente lamentável. Prejudicou-nos de toda a maneira e feitio. É impressionante como mandaram para esta final um árbitro deste calibre que já o ano passado em Guimarães nos havia roubado descaradamente contra esta mesma equipa”.

Já o Presidente da Direcção do Vitória SC comenta «desejo apresentar os parabéns ao Boavista FC que foi um vencedor digno. Simplesmente, este jogo ficou marcado por uma arbitragem péssima do Sr. António Garrido, na linha das anteriormente já realizadas. É pena que esse senhor tivesse sido escolhido para arbitrar esta final de grande responsabilidade. (...) António Garrido é um árbitro falhado. Julgo que nunca deveria ter sido escolhido para arbitrar esta grande final. Teve sempre, desde o inicio, a nítida intenção de prejudicar o meu Vitória. Foi mais que evidente. É um juiz incompetentíssimo que devia ser positivamente banido do futebol nacional. Jornalistas como Alfredo Farinha e Jorge Schnitzer do Jornal A Bola descreveram pormenorizadamente os lances capitais de grandes penalidades evidentes não apontadas por António Garrido a favor do Vitória SC. Na conceituada Revista Equipa, na reportagem da partida, foi possível ler-se: «Garrido, mais uma vez, voltou a ser injustíssimo. Já o havia sido o ano passado em Guimarães contra este mesmo Boavista. Agora foi novamente uma lastima…»

Na ressaca da partida os responsáveis vitorianos queixaram-se fortemente às instâncias próprias da arbitragem de António Garrido. A imprensa, unanimemente condenou a arbitragem de António Garrido.

Apesar de todas as queixas vimaranenses o árbitro António Garrido não foi castigado pelas entidades que superintendiam o futebol, acabando mesmo por receber a distinção de melhor árbitro nacional em 1975/76.

1978 O F.C.Porto sagra-se campeão nacional fruto do empate no jogo decisivo ante o Benfica, disputado em pleno Estádio das Antas. O golo que permite a igualdade aos portistas tem origem numa falta inexistente assinalada à entrada da área. Da cobrança do livre chega o golo do empate do F.C.Porto (1-1). O lance sucede-se nos últimos minutos do jogo, o F.C.Porto estava em desvantagem desde o terceiro minuto, após o auto-golo de Simões, que vira a barra devolver uma bola cabeceada por Humberto Coelho.

1979 Dia de Clássico, joga-se já em plena segunda volta a liderança do campeonato numa tarde chuvosa na Luz, é neste célebre jogo que Toni sai a chorar por ter involuntariamente partido a perna de Marco Aurélio. O Benfica está a vencer por 1-0 desde os primeiros minutos com um golo de João Alves, mas já na ponta final do desafio, em recarga a um livre defendido por Bento, o brasileiro Duda em claríssimo fora de jogo, empata a partida. O F.C.Porto de Pedroto, já com Pinto da Costa no departamento de futebol, sagra-se campeão com um ponto de avanço.

1980 O chamado "Verão quente" do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa e Pedroto alimentam a ideia que o então Presidente Américo de Sá é um traidor e vive condicionado à vontade de Lisboa, vislumbra-se com a estratégia tomar de assalto o FCPorto, Américo de Sá contudo não cede às pressões; “Pinto da Costa quis ser o dono do Porto, mas a estratégia falhou. Nunca disse que o Porto deveria render-se a Lisboa. O que lhe disse é que não aceitava que o clube entrasse em guerras como aquelas que fizeram Pedroto e Pinto da Costa”

1982 Abril, 23
Pinto da Costa toma posse como presidente do F. C. Porto

Julgado ‘improcedente’ pelo CT da FPF o ‘protesto’ do Boavista. Em causa erros técnicos no FC Porto- Boavista.

Interdição das Antas à entrada de um jornalista devido a declarações.

Caso criado por declarações do tesoureiro da FPF a respeito de arbitragem.

Diferendo entre clubes de Futebol. Em causa o horário dos jogos e compromissos com a RTP

1983 Junho, 1
Benfica e FC Porto apurados estão para a Final da Taça de Portugal, após os "encarnados" vencerem o campeonato, sai bomba da Assembleia Geral do clube das Antas: Pinto da Costa, com o apoio dos associados, anuncia que o FC Porto não comparecerá na final da Taça a ser disputada no Estádio Nacional, exigindo que a mesma seja disputada no Estádio das Antas.

Junho, 8
Ficou a saber-se que a Final da Taça de Portugal ficava adiada para uma nova data ainda desconhecida. Os jogadores do Benfica e do FC Porto partiam de férias, num dos momentos mais circenses de todos os tempos no futebol português. Fernando Martins, presidente do Benfica, mais tarde, viria a aceitar a final da Taça nas Antas, segundo ele, "em defesa do FC Porto e do prestígio do futebol".

Agosto, 21
Fazendo-se a vontade de Jorge Nuno Pinto da Costa e José Maria Pedroto, o Benfica desloca-se às Antas e vence a partida por 1-0, com um excelente golo de Carlos Manuel. O mau perder de Pedroto vem ao de cima ao dizer que, "o Benfica utilizou o seu poderio para não jogar na data marcada, pois estariam em muito má forma".

FC Porto multado devido ao apedrejamento da camioneta do Sporting.

Diferendo entre o FC Porto e a FPP sobre o local da Final da Taça de Portugal em Hóquei em Patins.

Caso de suborno a 3 jogadores do Águeda no jogo com o Peniche

Diferendo entre árbitros de Santarém e o FC Porto devido a declarações do treinador deste clube

Julgado ‘improcedente’ pelo CJ da FPF o ‘recurso’ do FC Porto. Em causa erro técnico no jogo com o Estoril.

1984 Abril, 11
FC Porto-Aberdeen FC (1-0)

Abril, 25
Aberdeen FC-FC Porto (0-1) - A UEFA e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) virão (em 1996) a investigar um hipotético favorecimento do FCPorto nestas meias-finais da Taça UEFA. A denúncia da alegada corrupção parte de Fernando Barata – Presidente do Farense, que admitirá ter facilitado o suborno ao árbitro Ion Igna. Em questão estão viagens de férias ao Brasil e ao Algarve oferecidas pelo FCPorto a Ion Igna.

Acidente na bancada no Salgueiros – FC Porto.

Árbitros exigem garantias de segurança. Caso contrário ameaçam não arbitrar

Denúncias sobre a tentativa de suborno de 2 jogadores pelo Marítimo.

Incidentes com jornalistas nas Antas no FC Porto – Varzim

Suspensão do jogador do FC Porto que agrediu o árbitro num jogo da UEFA

Incidentes de violência no FC Porto – Sporting em hóquei em patins

Conselho de arbitragem instaura processos disciplinares a árbitros. Em causa as declarações públicas

Incidentes de violência no FC Porto – Boavista

1985
Invasão de campo no FC Porto – Portimonense

Incidentes no Sporting – FC Porto em hóquei em patins

Suspensão do presidente do Sporting por ofensas ao árbitro

Sanções em consequência dos incidentes no FC Porto – Benfica em basquetebol

FC Porto “corta relações” com Presidentes do Sporting e Boavista

Proibição da entrada de jornalistas do Record nas Antas

Denúncia de tentativa de suborno a um jogador do Portimonense

Processos disciplinares no Benfica. Em causa as contestações dos jogadores aos árbitros

Novembro, 24
O avançado Cadorin do Portimonense denuncia a tentativa de corrupção por parte de Luciano D'Onofrio antes de um Portimonense-FCPorto, a contar para a 11.ª jornada do campeonato nacional. A ideia do empresário em sondar Cadorin é pagar-lhe 500 contos mais a possibilidade de uma transferência para o FC Porto ou um clube de Itália ou Suíça. Para tal, Cadorin "só" teria de cometer um penálti nos primeiros cinco minutos. O avançado belga - que curiosamente foi levado de Liège (do Standard) para Portimão pelo próprio D'Onofrio, após conselho de Norton de Matos, também ele jogador do Standard) recusa participar no escândalo e denuncia o caso ao presidente portimonense, Manuel João, que apresentou queixa na PJ. Como era a palavra de Cadorin contra a de D'Onofrio, o caso acaba por não resultar em nada.

1986
O campeonato segue animado com a luta Benfica-F.C.Porto na frente da tabela. O eborense João Rosa é o árbitro escolhido para o Salgueiros-Benfica. A arbitragem é uma das mais escandalosas de sempre, o Benfica foi espoliado e o resultado terminaria com um empate a um golo, o que viabilizaria o FC Porto sagra-se campeão nacional, com 2 pontos de avanço sobre o Benfica. O sistema está a atingir o auge dos seus tempos mais tenebrosos.

O avançado Cadorin do Portimonense revelou à comunicação social como D'Onofrio lhe prometera 500 contos e uma transferência para o FC Porto ou um clube da Itália ou da Suíça se Cadorin provocasse um penálti no início do jogo Portimonense-FC Porto.

Diferendo entre o FC Porto e a Associação de Clubes

Incidentes de violência na Académica – FC Porto

FPF expulsa 4 clubes por terem recorrido aos tribunais face ao estipulado no novo Regulamento Disciplinar

Denúncia de tentativa de suborno a um árbitro

O “caso Saltillo”. Mundial de Futebol’ 86 no México

1987
Sanções em consequência dos incidentes no Salgueiros – FC Porto

Invasão de campo no FC Porto – O Elvas em futebol

Suspensão de oito árbitros acusados de Corrupção

Suspensão do treinador (ex-seleccionador nacional). Em causa as insinuações públicas de corrupção na FPF.

1988 Outubro, 23
Dia de Clássico Benfica - FC Porto. O jogo resulta num nulo, beneficiando as pretensões dos portistas. O Benfica tem uma equipa bem mais criativa do que a do FC Porto mas vê-se envolto no constante anti-jogo dos visitantes, Carlos Valente - árbitro do encontro, contemporiza a sucessiva dureza de jogadores como Bandeirinha, Geraldão, João Pinto, N’Kongolo, Inácio, André, Jaime Pacheco e Sousa. No final, somente 2 jogadores portistas foram admoestados, N'Kongolo aos 60 minutos de jogo e Jaime Pacheco, já decorrido que era o 82º.

Novembro, 20
Apesar da sua avançada idade, Carlos Pinhão é barbaramente agredido em Aveiro, depois de jogo Beira Mar-FC Porto, por elementos ligados ao FCP. Processo judicial acabará por ser arquivado por "falta de provas".

No mesmo dia em que Carlos pinhão é agredido, Martins Morim, do mesmo jornal, é também alvo da fúria dos adeptos do clube da cidade invicta. Entre os agressores destacava-se Tónio Maluco, conhecido adepto portista. O guarda Abel diz aos jornalistas que «era melhor do que cair por uma ribanceira».

Sanções em consequência dos incidentes no Sporting – FC Porto em basquetebol

“Corte de relações” entre o Benfica e o FC Porto. Em causa a transferência de jogadores

“Corte de relações” entre o Belenenses e o FC Porto

Jornalista agredido por um jogador na carrinha oficial do FC Porto

Incidentes de violência no FC Porto – Boavista no Nacional de Juniores em Futebol

1989 Março, 5
Eugénio Queirós, jornalista do Correio da Manhã/Record, é agredido no Estádio do Restelo por seguranças de Jorge Nuno Pinto da Costa, que o empurram violentamente para fora do corredor de acesso à cabine do FC Porto. O jornalista ainda apresenta queixa na PJ mas acaba arquivada por "não se conseguir identificar os agressores".

Setembro, 24
João Freitas, jornalista de A Bola, é agredido barbaramente perto dos balneários do Estádio das Antas. Foi assistido no Hospital de Santo António e identificou Vergílio Jesus e um tal Armando entre os agressores. A queixa foi arquivada porque a estemunha principal, o agente da PSP Oliveira Pinto, disse que não se lembrava de nada.

Outubro, 22
O árbitro algarvio Francisco Silva (envolvido mais tarde no célebre «caso do envelope», uma suposta armadilha de Lourenço Pinto, por saber demais) arbitra o Clássico FC Porto-Benfica da 6.ª Jornada, o FC Porto vence o jogo através da conversão de uma grande penalidade inexistente, convertida por Stéphane Demol decorrido que era o minuto 18 da 1.ª parte. O FC Porto sagra-se campeão esta época com 4 pontos de avanço sobre o Benfica.

Incidentes de violência no FC Porto – Benfica (Taça de Portugal em Futebol)

Dirigente do Belenenses agredido por elementos da comitiva do FC Porto no jogo com o mesmo clube

Treinador denuncia tentativa de suborno de três jogadores do Estarreja

Diferendo nas estruturas da arbitragem. Em causa denúncias de suspeita de corrupção

Jornalista do jornal A Bola agredido nas Antas por seguranças do FC Porto

Demissão da direcção da FPF

1990 Março, 11
Dia de Clássico Benfica - FC Porto, o jogo é decisivo para as pretensões encarnadas, encaminhamo-nos para a fase final do campeonato. O FC Porto recorre ao anti-jogo durante 90 minutos para parar as iniciativas do Benfica, o árbitro da partida Veiga Trigo, complacente num sem número de lances, permite que os portistas Bandeirinha, Geraldão, João Pinto, Stéphane Demol, Branco, André, Semedo e Jaime Magalhães quebrem sistematicamente o ritmo do jogo que os jogadores do Benfica queriam impôr através de faltas sem admoestações.
Porque o FC Porto tinha jogadores especializados na cobrança de livres directos, perto de uma dezena de livres foram assinalados nas imediações da área encarnada, quase todos simulados. Valeu ao Benfica que por acaso nesse dia Geraldão até está com a pontaria desafinada. O jogo termina empatado a zero e sem qualquer admoestação para o FC Porto, que se vem a sagrar campeão.

Outubro, 4
Na véspera do jogo Portadown-FCPorto, Manuela Freitas do jornal Público foi ameaçada e insultada no 'hall' do hotel por integrantes da comitiva portista.

Novembro, 10
O árbitro algarvio Francisco Silva está no balneário para apitar o Penafiel-Belenenses. No entanto, quem aparece em campo para apitar é Fortunato Azevedo. Minutos antes do encontro, Lourenço Pinto, então presidente do Conselho de Arbitragem, entra no balneário do árbitro e ordena que lhe seja entregue um envelope contendo 2 mil contos.

“O árbitro algarvio Francisco Silva está no balneário para apitar o Penafiel-Belenenses. No entanto, quem aparece em campo para apitar é Fortunato Azevedo. Minutos antes do econtrso Lourenço Pinto então president do CA entra no balneário do árbitro e ordena que leh seja entregue um envelope contendo 2 mil contos. Depois, Francisco Silva desculpase, dia que estava doente. Lourenço Pinto diz quenada se passou. Mas havia um cheque “armadilhado” e famosa gravaçao em cassette, “Ó Chico, em bem te avisei,… ó Chico o que tu foste fazer!”. Francisco Silva diz que foi Manuel Rocha, presidente do Penafiel, que o qsui subornar com a conivência de Lourenço Pinto- O árbitro algarvio acabou por ser irradiado pela justiça desportiva que encontrou o corrupto mas não o corruptor, numa originalidade portuguesa. Francisco Silva insistiu sempre que foi uma cilada e Lourenço Pinto acabou por abandonar a arbitragem.”


Reinaldo Teles a meio da temporada rompeu o seu tradicional silêncio para “atacar Rui Águas que confessava, entretanto, a sua satiafação pelo regresso à Luz, “Senão foss o Porto o Rui Águas ainda devia estar a ganhar 300 contos por mês. Agrada-me a transformação que sofreu. Agora até é uma pessoa extrovertida. Mas xpmpreendemos. Por meio milhão de contos não pode limitar-se a marcar golos tem de dizer algo.
As deslocações for a do FCPorto estavam a ser complicadas com os jogos a serem marcados com casos atrás de casos e a violência a ataingir momentos bem delicados sobretudo em Faro e Guimarães onde Pinto da Costa e Reinaldo Teles teráo sido agredidos com o presidente portista a levar com uma pedra na cabeça. A responsabilidade segindo os dirigentes portistas era de Pimenta Machado. Reinadlo Teles deu a resposra, “Fala-se que nós andmoa s de pistoals, metralhadors, aguarda- costas, masna verdade o nosso presidente é que tem sido agredido sem quaiquer hipóteses de defesa. Das duas uma ou os capangas são imaginação de alguns D. Quixotes do futebol português ou precisamoe de renovar o nosso pessoal decido à sua incompetência”.

No FCPorto o início do ano de 1991 também trouxe casos. Madjer queria sair para o Valência, mas PC não deixou. Com o argelino a entrar em guerra com Arur Jorge que por vezes deixava-o de fora dos convocados. “É pena não ser o PC a fazer a equipa. Dá-me vontade de rir quando vejo que nem no banco tenho lugar”.
Artur Jorge ripostou, “Quem teima em querer jogar como quer e não como eu quero… não joga!”. E no final de Janeiro estoura a grande bomba, por decisão da direcção do Porto, Geraldão é afastado do plantel. Tudo porque PC descobriu que o central brasileiro que marcava vários golos decisivos de livre assinara um pré contrato com o Benfica pois Gaspar Ramos mantinha vivo o sonho de construção de um Benfica Europeu, com Geraldão e Ricardo Gomes no centro da defesa. Mês e meio passou o Porto perde a liderança para o Benfica.

PC preocupado faz regressar Geraldão do Brasil para voltar a dar coesão defensiva ao Porto. Chegava-se ao fim de Abril e o Porto em véspera de receber o Benfica, com um ponto de atraso, vai vencer a Alvalade. Sousa Cintra no final do jogo queixava-se da arbitragem de Bento Marques que, em abono da verdade prejudicou os dois clubes. Na véspera do Porto-Benfica, Artur Jorge lança o veneno: “Tendo em conta o passado recente e menos recente do futebol português, Carlos Valente não deveria ter sido nomeado para este jogo. Os seus adjuntos também disparam balas”. Hernâni Goçalves falava de arbitragens: “O Benfica quer manobrar a arbitragem, quer pressionar os árbitros”… enquanto Octávio Machado desbrava fantasmas, “O Benfica que não se preocupe com a água pois já contratámos uma empresa de aspiradores para sugar a relva e com um bocadinho de jeito ainda pedimos emprestado um tapete de veludo vermelho ao Papa”.
Erikson manteve-se indiferente antes da equipa partir de comboio disse aos adeptos que foram despedir-se a Santa Apolónia aquilo que eles queriam ouvir: “Adeus, até ao nosso regresso, como campeões”.
A chegada do Benfica às Antas foi marcada por um ambiente de perfeito terror. A recepção ao autocarro encarnado foi feita com pedras e mais pedras dando razão ao cartaz exibido na superior sul, “Ides sofrer como cães”. Os jogadores encarnados viram-se obrigados a equipar-se no corredor onde estavam vários elementos da organização portista, já que os balneários encarnados tinham sido impregnados de um cheiro nauseabundo, impedindo Erikson de fazer a habitual palestra antes dos jogos. Mas, no campo o Benfica venceu por 2-0, com Svennis a fazer sair do banco César Brito que apontou os dois golos da vitória encarnada. O títutlo com a vantagem de 3 pontos ficava mais perto. Só que este Porto-Benfica não morreu aqui pois a arbitragem de Carlos Valente veio a dar muito que falar, assim como histórias em volta dos seus fiscais de linha. No final do jogo Artur Jorge foi irónico com Erikson: “O Erikson hoje é optimo, eu não valho nada”. Eriknso, radiante preferiu não falar, deixando as palavras para Toni, “Foi uma vitória justa mas feliz. O campeonato no entanto ainda não está ganho”. A saída de Carlos Valente dos balneários foi marcada pelo dramatismo. Só muito a custo a polícia conseguiu retirá-lo do estádio, no meio de insultos e algumas agressões que o deixaram a cambalear. Valente no entanto negou tudo dizendo apenas, “Vou dormir bem, com a consciência tranquila”. PC no entanto não tardou em ripostar, “Carlos Valente teve um comportamento provocatório chegando a insultar o banco do FCPorto”, apoiado por Reinaldo Teles que acrescentou, “Ele teve um comportamento anormal e despropositado chegando mesmo a perguntar-me se eu era o delegado ao jogo”. Hernâni Gonlalves em nome da equipa técnica também largou os seus tradicionais “bitaites”, “O cerne da questão era o espectro após o investimento de milhões o Benfica não ganhar nada uma época depois de outra sem ganhar nada, era a catástrofe, o hara-kiri de uma direcção. Agora entendo porque oa benfiquistas proclamavam aos quatro ventos que o campeonato não chegava ao fim se o Benfica não fosse campeão.”

À chegada a Lisboa João Santos atacou PC e seus pares, “Houve cenas incríveis nas Antas, de intimidação à equipa e apoiantes. Os portistas criaram um clima de pânico, lançando mesmo o boato de que o árbitro teria almoçado connnosco. Não deixaram os nossos jogadores equiparem-se no balneário, encharcaram as faixas laterais e no final ainda aquelas cenas de pancadaria com os nossos dirigentes a serem agredidos. Tudo isto porque os dirigentes do FCPorto ficaram em pânico ao sentirem o campeonato perdido”. E destas agressões sairia do anonimato o nome do Guarda Abel, que pouco tempo depois numa tomada de posse da direcção do Salgueiros ameaçou o presidente encarnado; “Aqui ou em Lisboa hei-de matá-lo”. Pinto da Costa, apercebendo-se da situação delicada, demoveu-o de tal atitude. João Santos, a salvo, traçou o perfil do Guarda Abel: “Esse senhor, um verdadeiro arruaceiro, protagonizou desacatos e desmandos nas instalações das Antas antes do Porto-Benfica.
Não sei se esse indivíduo tem protecção de alguém mas o que é certo é que impediu os nossos dirigentes de acederem à cabine do Benfica no final do jogo dizendo que estava a cumprir ordens de Pinto da Costa, acusando ainda a polícia fardada onde Abel estaria incluido.


Outubro, 24
José Saraiva, chefe de redacção do Jornal de Notícias, é agredido à porta de casa por dois indivíduos. O JN tinha publicado uma notícia envolvendo Pinto da Costa no famoso caso "Aveirogate". Nunca chegou a haver queixa judicial.

Sanções em consequência dos incidentes de violência do Guimarães – FC Porto em basquetebol

Incidentes de violência no Portimonense - FC Porto

João Martins, jornalista ligado ao automobilismo, trabalhava na rádio do filho de Pinto da Costa e "roubou" a namorada ao Alexandre. Agredido à porta de casa por dois indivíduos, acabaria por não abrir qualquer queixa porque lhe pediram desculpas.

Santos Neves, jornalista de A Bola, quase que se despista em plena estrada no Porto, por alguém lhe ter desapertado as jantes do carro. Nunca se provou quem foi o autor.

“Corte de relações” entre o FC Porto e o jornal A Bola

Invasão pacífica nas Antas. Actuação policial colocada em causa

Diferendos nas classificações dos árbitros. Insinuações de corrupção

Diferendo na homologação do Nacional de Hóquei em Patins. Em causa 2 situações de dopagem (FCPorto)

Suspensão do massagista do FC Porto devido a casos de dopagem

O caso ‘Penafielgate’.

Incidentes de violência no Farense-FC Porto

Um caso de dopagem no FC Porto – Ovarense

Afastamento do presidente do CA da FPA

Na época 89/90 o FC Porto sagra-se campeão nacional. Foi uma época cheia de casos. Na 25ª jornada o FCP foi ao campo do Portimonense e venceu por 1-0 com um golo de Rui Águas, com uma arbitragem polémica. Os desacatos provocados pelos adeptos algarvios, indignados pela actuação do árbitro e provocados por arremessos de latas vindas do autocarro portista, acabariam por ter consequências mais tarde, com a interdição do campo do clube algarvio. O presidente do Portimonense, Manuel João confessava-se indignado com a arbitragem, afirmando «O que será mais preciso para um árbitro ser irradiado do futebol?» E, de forma já pouco premonitória avisou «O Sporting e o Benfica não passam de uns passarinhos» referindo-se ao contexto criado no futebol nacional. O Portimonense acabaria por descer de divisão nesse ano, consequência que muitos atribuíram à ousadia da denúncia de Manuel João. Só voltaria a conviver com os grandes do futebol nacional em 2010, com uma equipa dirigente mais próxima do FC Porto.

1991 Abril, 28
Incidentes de violência no FC Porto – Benfica. Um dos clássicos mais quentes de sempre, o FCP recebe o Benfica naquele que é o jogo decisivo do título. O mote é dado logo à chegada da comitiva benfiquista, uma tarja com os dizeres "Ide sofrer como cães" é pronúncio do que se vem passar a seguir.
Os jogadores do Benfica foram obrigados a equipar-se nos corredores, pois o balneário tinha sido empestado com um cheiro nauseabundo e tóxico. Nesse dia o presidente João Santos e Gaspar Ramos são ameaçados de morte pelo guarda Abel, e a comitiva benfiquista é apedrejada logo desde a saída do hotel. Alheio a estes episódios, o Benfica de Erikson ganha este jogo por 2-0 graças a dois golos de César Brito, consequentemente sagra-se campeão poucas jornadas mais tarde. Carlos Valente, o árbitro do clássico - só a muito custo consegue sair do estádio, no meio de insultos e algumas agressões que o deixaram a cambalear. A escolta policial consegue, por fim, retirá-lo do estádio.