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sábado, 1 de dezembro de 2012

(O Sarrabulho das Contas) A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA (80)




Ainda as Contas dos Andrades
        (Em Blogue Portista)

I -  Os Balanços e a Situação Patrimonial

Partindo de uma análise aos Balanços Consolidados verificamos que em todos os seis anos 2005/06-2011/12 a FC Porto, SAD se encontra numa situação financeira complicada, uma vez que os seus capitais estáveis são insuficientes para financiar o Activo Fixo (o Fundo de Maneio é negativo em todos os anos da análise), sendo que uma parte importante do ciclo de investimento está a ser financiada com exigível de curto prazo. A situação agravou-se de forma radical no exercício de 2011-2012 tendo o Fundo de Maneio atingido o valor negativo de 114 milhões EUR. Por isso mesmo é referido no Relatório e Contas que o Conselho de Administração está a estudar “a realização de uma operação financeira para a reestruturação desse passivo, de forma a assentar uma parte significativa da sua dívida no longo prazo”.

Por outro lado, no que respeita ao ciclo operacional da sociedade, as Necessidades de Fundo de Maneio, que apresentavam montantes positivos bastante elevados (o que significa, grosso modo, que a sociedade pagava cedo aos fornecedores e recebia mais tarde dos seus clientes) até 2009-2010, apresentam agora uma variação muito significativa. Ou seja, face às crescentes necessidades de liquidez a sociedade fez um esforço e conseguiu cobrar valores em atraso, o que mesmo assim não foi suficiente para sustentar o ciclo de exploração, pelo que teve de recorrer a financiamento alheio, nomeadamente a empréstimos bancários de curto prazo.

Endividamento Líquido mais do que duplicou em 6 exercícios, passando de 50 M€ em 2006/07 para 105 M€ em 2011/12, representando um crescimento anualizado de 16%. O rácio Endividamento Líquido/EBITDA (Net Debt/EBITDA) é usado para medir a capacidade das empresas para pagar a sua Dívida Bancária. O rácio mostra quantos anos são necessários para liquidar toda a Dívida (ceteris paribus). Este indicador oscilou entre 2 e 3 de 2006/07 a 2010/11 e disparou para quase 9 anos em 2011/12. A deterioração da situação patrimonial da SAD no último exercício também pode ser verificada pela evolução dos indicadores Liquidez Geral e Autonomia Financeira.

Da relação entre o Fundo de Maneio (ciclo de investimento) e as Necessidades de Fundo de Maneio (ciclo operacional) surge a Tesouraria líquida. Pelo desequilíbrio estrutural dos Balanços Consolidados da FC Porto SAD, este indicador foi negativo nos últimos anos. E, na prática, a manutenção de uma Tesouraria líquida negativa durante um espaço temporal alargado acentua o desequilíbrio e o risco de ruptura financeira. A FC Porto SAD, diante deste cenário, apresenta uma forte dependência das fontes de financiamento.

A continuação da actividade continua fortemente dependente de capitais alheios (sejam empréstimos bancários de curto prazo, de longo prazo ou empréstimos obrigacionistas) e das transacções de jogadores por valores muito elevados, o que não será, de todo, uma situação desejável.

As Demonstrações de Resultados e a Exploração 2006-2012.
Nos dois últimos anos o Volume de Negócios fixa-se acima dos 70 M€. Esta deveria ser a fasquia mínima a ambicionar para este indicador para que, no futuro, a sociedade não dependa em demasia do negócio da venda dos jogadores.

Os negócios de compra e venda de passes de jogadores representam uma receita adicional para a sociedade e um factor decisivo para a obtenção de resultados positivos de 2006/07 a 2010/11. Os proveitos operacionais da SAD apresentam, grosso modo, uma repartição 70/30 para os exercícios 2006/07, 2010/11 e 2011/12 e uma repartição 60/40 para os exercícios 2007/08, 2008/09 e 2009/10, conforme dados do gráfico abaixo. Ou seja, os proveitos obtidos com Bilheteira, Provas UEFA, Publicidade, Direitos televisivos e Corporate Hospitality continuam a representar 60% a 70% do total de proveitos operacionais enquanto o negócio dos passes de jogadores representa 30% a 40% do total nos últimos 6 exercícios.

Os Fornecimentos e Serviços Externos FSE) cresceram a uma taxa média anual de 17% desde 2006/07 (de 16 para 35 milhões de euros), tendo aumentado 13% no último ano. Cresceram mais do que qualquer outra das grandes rubricas da Demonstração de Resultados. Há que notar, neste caso particular, que em 2011 o FC Porto Clube criou uma empresa denominada FC Porto Serviços Partilhados (que não faz parte do perímetro de consolidação de contas da SAD) para onde foram transferidos os colaboradores associados aos serviços administrativos, empresa que debita esses serviços à SAD. Ou seja, há um trade-off entre FSE’s e Gastos com Pessoal. Parte dos custos que estavam registados em Gastos com Pessoal passam agora a estar registados em FSE’s (via débitos realizados pela Serviços Partilhados).

Face ao peso crescente dos FSE’s e dos Gastos com Pessoal na Exploração, o negócio dos passes dos jogadores tornou-se fulcral para a actividade da SAD. A soma das rubricas FSE e Gastos com Pessoal (as mais importantes na estrutura de custos) ultrapassou o Volume de Negócios em 2007/08, e desde essa altura o diferencial tem sido crescente até 2011/12, representando neste ano um gap de cerca de 13 milhões de euros.

O Volume de Negócios cresceu a uma taxa média anual de 6% de 2006/07 a 2011/12. É um crescimento considerável contudo insuficiente para a cobertura dos custos estruturais. Aquilo que a sociedade aufere com Merchandising, Bilheteira, Provas UEFA, Publicidade, Direitos televisivos e Corporate Hospitality não está adequado ao que gasta em FSE’s e Pessoal. Para acautelar o futuro próximo deve reduzir (consideravelmente) custos ou, em alternativa, potenciar a obtenção de proveitos. Isto consegue-se, acima de tudo, com um salto qualitativo da performance desportiva (ora aumentando o valor de mercado dos passes dos jogadores ora melhorando a assistência no Estádio e a audiência na TV), como se viu no ano de André Villas-Boas.

O indicador EBITDA (resultado operacional antes amortizações, juros e impostos) vinha a apresentar montantes consistentes e, em média, acima dos 30 milhões de euros. Esse montante anual, que permitiu à sociedade capacidade de autofinanciamento, caiu a pique no exercício 2011/12 para apenas 12 milhões de euros como consequência dos factores referidos nos parágrafos anteriores. A margem operacional, que se vinha mantendo consistentemente em torno dos 35%, caiu para 12% em 2011/12.

Os gastos financeiros apresentaram um forte crescimento no último exercício (49%, de 7 para 11 milhões de euros) em consequência da estrutura de elevado endividamento que compõe o capital da sociedade. Como aqui já foi oportunamente referido, a crescente dependência da banca é, per si, um factor de maior risco.
(O recente empréstimo obrigacionista que irá substituir o antigo, irá aumentar os custos financeiros em 1M€/ano, de 1M€ (18M€ a 6%) para 2M€/ano (25M€ a 8,25%).

Os Resultados Líquidos, apesar de pouco expressivos nos exercícios 2009/10 e 2011/12, foram positivos, mas já se notava um crescimento nos custos de exploração (superior ao crescimento dos proveitos) que ameaçava os Resultados. Em 2011/12 estes apresentaram uma queda colossal. A SAD terá de inverter esta tendência em 2012/13 para tentar aproximar os Capitais Próprios da linha de água. Têm sido aventadas de forma sistemática nos Relatórios e Contas dos últimos anos as hipóteses de redução do Capital Social e/ou de realização de entradas pelos accionistas mas até agora nenhuma delas chegou a acontecer. Outros clubes, no passado e em situações análogas, transferiram activos valiosos (no caso do Sporting, a Academia foi transferida para a SAD) para as suas Sociedades Anónimas Desportivas para resolver o problema dos Capitais Próprios negativos.

Basta por exemplo ler a pág 97, 1º paragrafo do último R&C da Sad referente ás receitas dos direitos de transmição de TV... já foram todos caucionados até 2018... ou seja; quem vier esqueça os proveitos da olivedesportos até...repito 2018.
Por seu turno, o saldo registado na rubrica “Outros passivos correntes e não correntes” em 30 de Junho de 2012 corresponde, essencialmente, ao adiantamento recebido pela Sociedade da referida entidade relativamente aos direitos acima referidos aplicáveis à época 2012/13 e 2013/14, assim como a facturação antecipada à mesma entidade relativa a direitos de transmissões televisivas para as épocas 2014/15 a 2017/18 (Nota 21)

*Confirmo as informações do caro Franco Baresi e acrescento que foi por essa mesma razão que houve constantes atrasos em satisfazer outros compromissos como os pagamentos de Defour e Mangala. É verdade que os atrasos de pagamento por parte do Atlético Madrid por Falcao, tb contribuiram, mas tudo porque a tesouraria há muito que anda á pele.
Passo acrescentar que esse problema de tesouraria em conjunto com outros deram origem a determinados problemas disciplinares e de rendimento por parte de determinados elementos do plantel da equipa profissional; principalmente quando chegam jovens sem estatuto pagos a preço de Ouro e que custaram não só Milhões pela sua contratação como em comissões.

Os Fornecimentos e Serviços Externos (FSE)
Uma enorme parte dos custos da FCP SAD reside na rubrica menos compreendida pelos adeptos, nomeadamente os FSE (Fornecimentos e Serviços Externos).  

No entanto é importante entender isto porque hoje em dia gastamos basicamente tanto em FSE (36 M€/ano, resultados consolidados) como em custos com jogadores & treinadores (salários e bónus de todos os jogadores e treinadores sob contrato, num total de 38 M€ em 11/12), o que me parece um franco exagero.

Em geral não me parece de todo que a «máquina» do FCP seja hoje muitíssimo mais profissional do que era há 10 anos atrás, quando estes custos eram 3x mais baixos (11M em 02/03),  e já descontando os custos de Corporate Hospitality (explico mais adiante porquê). Mas antes de mais nada, explicações do que se fala ao certo...

Basicamente e de uma forma simples, esta rubrica consiste em despesas correntes da «máquina administrativa» pagas a outrém (i.e. a empresas, pessoas e entidades fora da SAD). Inclui no entanto custos extremamente variados (de viagens a serviços de consultadoria, passando por rendas ao FCP clube), muito deles com pouca ou nenhuma informação pública, sendo em alguns pontos específicos uma espécie de «caixa negra».

Uma clarificação à partida é que as comissões na compra e venda de passes não entram em FSE, mas sim em «operações com passes».  Por exemplo, se se pagar 10 de comissão na compra do jogador X, esse valor vai ser incluído na amortização do seu passe (rubrica totalmente distinta de FSE). No entanto, outro tipo de comissões já entram em FSE, incluindo por exemplo eventuais comissões relacionadas com «serviços de prospeção de mercado» (e com  um bocadinho de imaginação pode-se decidir colocar algumas comissões aqui ou nos passes, sendo a fronteira bastante fluida).

Os FSE têm vindo a subir imenso ao longo dos anos. De assinalar no entanto que grande parte dessa subida explica-se por mudanças na contabilização de algumas despesas; mas outra parte considerável... nem por isso.

Só a partir da época 08/09 é que a SAD passou a apresentar um breakdown dos FSE, sendo por isso quase impossível fazer comparações com épocas anteriores (quando os FSE eram apenas 1/3 do que são hoje). Apresento de seguida uma tabela comparativa entre 11/12 e 08/09, com o disclaimer que é impossível que seja 100% apples-to-apples porque mesmo nos últimos 3 anos houve alguns tratamentos diferentes para algumas despesas; fiz algumas adaptações de forma a poder comparar melhor, mas mesmo assim é imperfeito.

Mas antes disso, algumas clarificações importantes:

1)«Corporate Hospitality»: custos relacionados com a exploração comercial do estádio para empresas (camarotes e outros lugares).

2)Trabalhos especializados
inclui custos com serviços de prospeção de mercado, serviços de consultadoria jurídica & financeira, e de auditoria. Inclui também (e apenas a partir de 11/12) alguns dos custos com deslocações e estadas e despesas de organização.  Concluindo: uma sarrabulhada de vários tipos de despesas com serviços prestados por estranhos ao grupo SAD. O R&C nao dá mais detalhes do que isto ou qualquer breakdown.
(E PUTAS, digo eu!)

3) «Subcontratos»: consiste principalmente em pagamentos ao FCP clube pela utilização do centro de treinos, mas também outros custos não explicitados.

4) «Outros fornecimentos e serviços»: a SAD não diz nem adianta nenhuma descrição do que está aqui incluído.

A maior diferença temporal no tratamento reside nos custos de Corporate Hospitality. Anteriormente a SAD registava nas contas apenas o lucro liquído da operação, nos proveitos; agora registra tanto os custos como os proveitos (os proveitos de 10M nesta rubrica são portanto a outra face da moeda dos 8M de custos). Por isso mesmo incluo na tabela um subtotal para FSE excluindo estes custos, de forma a fazer uma comparação justa.

Esta mudança contabilística permite inflacionar os proveitos Operacionais em cerca de 8 M€ (!!).

E contribui para que a Administração da SAD afirme o seguinte:
«A Sociedade continua dentro do valor recomendado pela UEFA (70%) para o rácio Salários vs. Proveitos Operacionais, excluindo resultados com passes de jogadores».
(De uma penada com a mudanca de contabilidade de Corporate Hospitality, o racio "salários/proveitos operacionais" desceu uma % considerável, porque o denominador aumentou artificialmente.).

Para além disso, «rendas e alugueres» subiram imenso aparentemente devido a uma mudança contablística/operativa (anteriormente era a Porto Estádio que cobrava as rendas internas, agora é o FCP clube). Porque se mudou isso, não faço ideia.

Passo agora às minhas considerações pessoais:
No que diz respeito a Corporate Hospitality, nunca entendi nem entendo porque é que é preciso gastar muitos milhões (8M). À partida eu esperava que esta rubrica fosse uma autêntica «cash cow» com custos muito baixos associados à gestão dos camarotes e outros espaços para as empresas (champanhe, uns canapés & tal J), estando o espaço disponível. Será que as senhoras que servem as bebidas e canapés são modelos topo de gama com um cachet a la Giselle Bundchen?

Comentários de outros portistas:

“Para além do champanhe, canapés, leitão, etc., penso que também estarão incluídos os custos com outras mordomias a que os detentores de camarotes têm direito. Por exemplo, bilhetes e viagens de avião nas deslocações ao estrangeiro”.
“Quanto custará uma viagem ida e volta para duas pessoas até ás ilhas Caimão?”

“E ontem ficou a saber-se que, a acrescentar aos prejuízos da SAD temos mais 10 milhões do FCClube”.

2) Verifico com agrado que se conseguiu em 3 anos diminuir um pouco custos associados com honorários, conservação e renovação, vigilância e segurança, e material desportivo. No entanto essa diminuição não passa de «amendoins» no cômputo geral, em que as subidas foram muito mais consideráveis.

3) Custa-me um pouco entender que se gaste imensos milhões em honorários e serviços vários de consultadoria(espalhados por várias rubricas), quando 1) esta área era quase inexistente há uma década atrás e 2) quando a actividade da SAD é relativamente simples para uma empresa desta dimensão. Aliás, seria de esperar por exemplo que após os anos «Apito Dourado» as despesas com advogados tivessem descido bastante.

4) Apesar de ser uma rubrica relativamente pequena, admira-me que os nossos directores e funcionários precisem de gastar640mil anos em despesas de representação (e quando as despesas com deslocações junto  da equipa já estão naturalmente contabilizadas em outra rubrica). Para colocar em perspectiva: este valor é por exemplo equivalente a umas 500 viagens de avião em classe executiva dentro da Europa.
(Será aqui que estão as putas e demais “prendas” aos árbitros?)

5) Custa-me também entender que faça sentido para o FCP gastar quase 5M€ em publicidade e propaganda, correspondendo a uma % muito significativa das receitas de bilheteira e merchandising. Isto quando a procura da parte dos adeptos é relativamente inelástica (será que a venda de camisolas ou bilhetes aumentou uns 40 ou 50% só por causa da publicidade, de forma a compensar os tais 5M€?), e quando hoje em dia há maneiras bem eficazes e baratas de comunicar com o público-alvo (nomeadamente email, Facebook e outros meios por internet).

6) Constato como curiosidade que a SAD do Braga na época passada gastou 5M€ em FSE. O Braga é um clube de outra dimensão (e há diferenças contabilísticas, como Corporate Hospitality) e portanto difícil ou injusto como base de comparação, mas há várias áreas de FSE em que os custos não deviam ser tão diferentes como isso entre eles e nós (como deslocações e estadias, despesas de representação, alguns serviços de consultadoria e auditoria, electricidade, material desportivo, etc); custa-me portanto a crer que se justifique que os nossos FSE sejam 7x mais elevados do que os deles.

Para concluir: a informação dada pela SAD sobre FSE é muito escassa, continuando esta a ser em boa medida uma espécie de «caixa negra». Por consequência é difícil fazer análises detalhadas e há mais dúvidas do que certezas.

Uma coisa é certa: a haver «sacos azuis» nas SADs, é principalmente aqui, nos FSE, que eles estarão camuflados (seja num FCP seja ou noutra SAD).

(Por isso é que as vitórias são tão importantes, pois só desta forma é que os sócios deixam que aqueles que se aproveitam dos clubes por lá continuem. Quando começam as derrotas é que começa o problema, começam a ser postos em causa e arriscam-se a ter que dar lugar a outro e normalmente o outro que vem a seguir quer ver as contas auditadas e ai pode ser o principio do fim.)

Comentários de portistas
“É um processo longo, complexo e que acabaria com algumas das políticas de favores em que directivos da SAD têm sido tristemente protagonistas, com um certo compadrio com agentes, fundos e personagens externos à realidade do clube”.



É precisamente este parágrafo que me faz recear o futuro do FCP; porque há mais de 30 anos que não conhecemos se não uma realidade do FCP; que é o FC PORTO de PINTO DA COSTA. E como será quando PdaC deixar a presidência; pois o homem não é eterno e não está a andar para novo.

Para mim esta falta de alternativa e de visão para um futuro cada vez mais próximo é já actualmente um problema que mais tarde só tende agrava-se. Que é sequencia da falta desde há décadas de uma oposição mesmo que construtiva ao poder instalado; pois esta teria sido benéfica e obrigaria a haver uma maior transparência da direcção para com os sócios sobre tudo o que se passa no FCP.

Por exemplo na minha opinião já deveria ter sido realizada uma auditoria externa que englobasse todo o UNIVERSO FCP e não só a SAD e o CLUBE de forma independente. 

E já agora; saber quem é que está por detrás da imensidade de empresas e contas bancárias que estão sediadas em paraísos fiscais e que são a maior parte das entidades beneficiadas com as transacções de jogadores para dentro e fora do FC Porto e respectivas comissões? Acho que ajudaria a esclarecer e muito tudo o que escrito por si.


Agora o melhor!!

O fantástico 1º Trimestre de 2012/2013

A venda de Hulk por 40 milhões de euros gerou uma mais-valia de 23,9M€, após a FC Porto SAD reflectir as deduções com a actualização financeira. Ou seja, 16,4M€ que os dragões ainda tinham de amortizar, depois de terem gasto 16,5M€ em Maio de 2011 com a aquisição de 40% do passe do brasileiro. Já a venda de Álvaro Pereira por 10M€ ao Inter de Milão gerou uma mais-valia de 4,55M€.
Atendendo a que Hulk custou na totalidade, incluindo as comissões, cerca de 22M€, o lucro final nem chega a 2M€!

Entre Julho e Setembro, a SAD obteve um lucro de 12,8M€, um resultado alcançado tendo em conta as mais-valias das vendas de Hulk e Álvaro Pereira.
As receitas atingiram os 14,3M€, uma quebra de quase 3M€. Já os custos operacionais atingiram os 21,9M€, uma subida de 800 mil euros. Aqui, destaque para os custos com pessoal, que dispararam para os 11,8M€, um aumento de 2,7M€.
Apesar dessas vendas milionárias (50M€) o passivo diminui apenas pouco mais de 3M€!!

(Isto é, apesar de ter uma mais valia de 28,5M€ (23,9M€+4,55M€) das vendas de jogadores (50M€), tiveram apenas 12,8M€ de proveitos. Sem as vendas teriam um preluizo de… -15,7M€. Isto em apenas 3 meses! Extrapolando para um ano, daria receitas de 57M€ e um resultado negativo de… -63M€. Isto é, um resultado negativo MAIOR do que o total das receitas. Começam a aproximar-se dos resultados do Sporting! Lol!).

Este trimestre sem contar com a venda de jogadores o Porto perdeu quase 8M€ em termos operacionais, porque desceram as receitas de bilheteira (-65%), as de TV (-51%), a Publicidade (-13%), Merchandising (-27%) e aumentaram os custos com pessoal (+29%).
Extrapolando para todo o ano é o equivalente a terem perdido 32M€ de proveitos operacionais! Isso significa metade, repito, quase 50% das receitas orçamentadas sem venda de jogadores!

Estaremos a ver o Sporting 2.0?

O BENFICA FOI INFLEXÍVEL!
“O Benfica foi inflexível. Desde o início que pediu 40 milhões por Witsel e recusou sempre baixar tal verba. Foi por isso que nós não o contratámos e ele foi para o Zenit", disse ontem German Tkachenko, dirigente do Anzhi, ao jornal russo ‘Sport-Express’.

"Witsel valorizou cinco vezes mais desde que chegou ao Benfica [o belga custou 6,5 milhões às águias em 2011]. Não foi possível comprá-lo mais barato. Todos os clubes sabiam disso, nós, Real Madrid, Manchester City e Zenit. As pessoas do Benfica sabem negociar. Anunciaram o preço e mantiveram-se muito firmes", acrescentou.
O dirigente do clube russo também garantiu que o Anzhi esteve interessado em Hulk. "O FC Porto começou por pedir 85 milhões de euros e sei que nas negociações com o Zenit foi baixando até aos 40 milhões", observou.
Witsel, de 23 anos, ganha uma verba na ordem dos 3 milhões de euros/ano e Hulk (26), entre 6 e 8 milhões, montantes que causaram mal-estar no balneário do Zenit, ao ponto de alguns jogadores, como Kerzhakov e Denisov, terem sido relegados para a equipa B do Zenit.

Witsel e Hulk
Ontem foi a vez de o dirigente de um dos adversários do emblema de São Petersburgo, o Anzhi Makhachkala, dar a sua visão do processo. German Tkachenko fez questão de diferenciar o comportamento dos clubes vendedores.

«Se Witsel valorizou cinco vezes mais desde que chegou ao Benfica? Sim, pois não foi possível comprar mais barato. Todos os clubes sabiam disso: Real Madrid, Manchester City e Zenit. As pessoas do Benfica sabem negociar. Anunciaram o preço e mantiveram-se muito firmes. Já o FC Porto começou por pedir 85 milhões de euros e baixou o preço na negociação. O Benfica foi firme e não cedeu», disse o analista russo, em entrevista ao jornal Sport-Express.


Refira-se que Tkachenko também é membro da empresa de agenciamento de jogadores, Prosport, e conhece de perto o mercado português. Foi ele, por exemplo, um dos responsáveis pela contratação de Andrey Karyaka pelo Benfica, no início da época 2005/06. Recentemente, foi ele quem tratou da transferência de Samuel Eto’o para o Anzhi.

Testemunho
E voltaram a vir ao de cima os velhos e insistentes complexos de inferioridade dos dirigentes do FCP que teimam em não contar toda a verdade sobre a transferência de Hulk. Um amigo meu, que há muitos anos trabalha nesta área e que conhece em pormenor como tudo isto funciona, deixou-me um alerta sobre as trapalhadas do comunicado oficial da SAD do FCP e garante que a omissão de valores como os 9 milhões de euros ao Fundo de Investimento, os 6 milhões de comissões e os 2 milhões de dívidas ao jogador deveriam ser mencionados para esclarecimentos dos accionistas e do público em geral. Isto para não falar no Fundo de Solidariedade, 5% do valor da transferência (2M€) que tem de ser distribuídos pelos clubes formadores onde Hulk jogou entre os 12 e os 23 anos. O Vilanovense, por exemplo, deverá receber cerca de 200 mil euros.

Depois da criação do TMS (Transfer Match System), em vigor desde  Outubro de 2010, nele devem ser incluídos todos os dados referentes às operações - valor de transferência, valor das comissões, agentes envolvidos, formas de pagamento, contas bancárias, etc. Por isso dificilmente o FCP deixará de ter de pagar os remanescentes 15% que faltam para acertar todas as contas desta polémica transferência. Não adianta andar a fingir.
E tudo isto só para aparecerem como um clube que sabe negociar melhor que os rivais. E, neste caso mais especial ainda, melhor que o Benfica!

2 comentários:

  1. Então o mercado de valores não te mnada a dizer sobre isto tudo?!?! Se fosse com o MAIOR ,eu keria ver ...

    Força Benfica,força LFV ,tem custado ,mas iremos la chegar,EU ACREDITO.

    Parabens por este post

    PNC

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  2. Post que denota um estudo aprofundado sobre as contas das SAD's, e que revela ter sido objectoo de uma análise bem pertinente.

    Como também entendo que as informações devem ser partilhadas, para o melhor conhecimento do que é o fenomeno desportivo em Portugal, aproveito para lhe recomendar a leitura do blog abaixo referido.
    Fez-se um trabalho no sentido de obter uma análise dos pontos conquistados antes duma 1ª expulsão no jogo e sem acrescentar os pontos resultantes dum último golo de penalti nas últimas 4 épocas (120 jogos) que deves consultar em http://influenciaarbitral.blogspot.pt/

    Espero que gostem, pois são deverás interesante as conclusões que saltam a vista com esses dados agregados em tão vasto numero de jogos.

    Saudações benfiquistas,

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