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domingo, 25 de março de 2012

(O que a justiça não quer ver) A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA (53)

Excertos do livro “Máfia no Futebol”, de Declan Hill 


Quem disse isto? Terá sido o António Garrido?


“Quando um clube me pede que trate dos árbitros, não é porque eu possa fazer de intérprete. Mas porque posso influenciar os árbitros. Era importante para mim criar uma atmosfera favorável aos árbitros antes de um jogo. Instalá-los bem, fazer com que fossem bem recebidos, dar-lhes presentes. Temos de saber quais são os árbitros com filhos para que, quando se vão embora, vão com as malas recheadas”. “O sexo era usado. Às vezes era a intérprete. Ela entrava no quarto e mostrava que não se opunha a dormir com o árbitro. Então, na manhã seguinte, os dirigentes do clube apareciam e diziam: “Se não nos ajudar, vamos contar por aí o que você esteve a fazer na noite passada”
.
Quem disse isto? Terá sido um árbitro português?


 “É sempre a mesma coisa. Estejamos onde estivermos no mundo, o dinheiro pode não nos afectar, mas o sexo mexe sempre com as pessoas. Se não somos homosexuais, vamos querer sempre uma mulher. E eles sabem disso e mandam mulheres aos nossos quartos. Depois do sexo, é feita a oferta. Muitas vezes é a própria mulher que a faz. “Deves fazer uma coisa por mim, deves fazer isto e aquilo e ajudar-me…” O homem sente-se culpado e decido fazê-lo”. “Oh sim! É quase uma tradição! Mulheres vistosas, dinheiro, produtos eléctrónicos. Fosse o que fosse, eles ofereciam. A oferta de mulheres era práctica comum. Na maioria dos casos era difícil perceber se se tratava de excessiva hospitalidade ou de suborno”. No primeiro caso não é o António Garrido que o afirma mas sim um intermediário entre os corruptores e os jogadores (comprados) de futebol, citado no livro “Máfia no Futebol”. Mas podia ser. Ao fim e ao cabo, o papel dele é o mesmo, de intermediário entre os corruptores e os árbitros. No segundo caso, não é um árbitro português quem o afirma mas sim um árbitro estrangeiro citado no livro. 


 O Futebol Português descrito na “Máfia no Futebol”.


 “No outro lado da Europa está Carolina Salgado. Ela era uma prostituta que dormiu com um dirigente de um clube. Na verdade, dormiu com um dos homens mais poderosos do futebol português e europeu: o antigo patrão de José Mourinho e presidente do F. C. do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa. Mencionem a qualquer português o nome de Pinto da Costa e verão no seu rosto uma expressão de resignação, parecida com a que os ingleses assumem quando se lhes fala do tempo horrível que faz em Inglaterra. Ele é um fenómeno português, tão desagradável, tão poderoso e, aparentemente, tão natural ao ambiente… Salgado trabalhava num bordel chamado “No Calor da Noite”, quando conheceu Pinto da Costa. Acabaram a viver juntos durante 6 anos. Mas ela acabaria por escrever que comparado com o mundo do futebol português, “No Calor da Noite”, o mundo da noite e do alterne é quase como um jardim infantil povoado de inocentinhas criaturas. O futebol português sempre esteve sob o alvo de suspeitas de corrupão. Alegações de envolvimentos mafiosos são quase rotineiras. O recurso a subornos secuais aos árbitros foi descrito em detalhe nas árias edições do muito abrangente “Golpe de Estádio” de Marinho Neves. E, de interesse para o adeptos europeus, existem alegações de arranjos de jogos a alto nível que chegam à meia final da Taça das Taças de 1984 quando o Porto jogou contra o Aberdeen de Alex Ferguson. O árbitro do jogo foi subornado por um homem chamado Fernando Barata, a trabalhar em benefício de Pinto da Costa. E foi portanto, com um certo ar de resignação que Portugal acordou em 20 de Abril de 2004 para descobrir que a polícia tinha detido 16 pessoas após ouvir mais de 16 mil conversas telefónicas gravadas secretamente. Pinto da Costa estava implicado. Entre outras acusações, ele negou ter providenciado prostitutas brasileiras que trabalhavam num bordel como suborno a um árbitro. Afirmou que isso era impossível uma vez que o árbitro em questão era homosexual. O árbitro ameaçou processá-lo. E a investigação contra Pinto da Costa parecia ir descambar numa farsa. Foi então que Carolina Salgado, por esta altura já ex-namorada de Pinto da Costa, publicou a sua autobiografia. O livro tornou-se num “best-seller” instantâneo e um tema de conversa por todo o país. Nele, Carolina Salgado alegava que Pinto da Costa costumava convidar árbitros para casa deles e tentava aliciá-los para favorecerem o seu clube. Também afirmou que alguém, dentro da polícia, avisou PC sobre a investigação pelo que este pôde fugir para Espanha e ganhar tempo para preparar a sua defesa”. Isto são citações do livro “MÁFIA NO FUTEBOL”, de Declan Hill, onde se desmascara e denuncia as redes mafiosas que, em todo o mundo, tratam de falsificar os resultados dejogos de futebol.


 A Marisqueira


 "Estava em serviço da UEFA e não faço comentários", respondeu António Garrido ao “I”, quando questionado sobre se tinha jantado com Reinaldo Teles e o árbitro do FC Porto-Villarreal. Ontem, o jornal espanhol "Marca" noticiou que o ex-árbitro português e Reinaldo Teles estiveram com o holandês Bjorn Kuipers, durante um jantar após o jogo da primeira mão da meia-final, na Marisqueira de Matosinhos. O local é ponto de encontro habitual dos dirigentes portistas (e de outros clubes, responsáveis associativos, jornalistas...) e também sugerido aos convidados dos dragões. Não seria de estranhar que elementos da direcção portista estivessem no mesmo restaurante que Bjorn Kuipers e a sua equipa, aliás, dois vice-presidentes portistas (um deles Joaquim Pinheiro, irmão de Reinaldo Teles) são presença habitual nos jantares antes e depois dos jogos com os árbitros dos jogos das competições europeias. Quanto a Reinaldo Teles, o “I” sabe que não esteve na referida refeição. Jorge Baptista, delegado da UEFA, explicou ao que este tipo de encontros é frequente: "Já me aconteceu estar a jantar com os árbitros depois do jogo e aparecerem dirigentes do clube que joga em casa. Acham que alguém vai tentar influenciar alguma coisa com os delegados da UEFA à frente? Grave é se os árbitros furarem as regras e forem almoçar ou jantar sozinhos com dirigentes". Ilegal. O regulamento da UEFA é vago em relação ao tema. "Durante a sua estadia no local do jogo, os árbitros são acompanhados pelo delegado de ligação, que é um representante oficial da federação nacional do clube visitado (neste caso, António Garrido)". Opinião diferente de Jorge Baptista tem um antigo árbitro internacional ouvido. Este afirma que "apenas o observador e o delegado local podem estar com os árbitros". "Embora muitas vezes os delegados da UEFA se juntem, se algum dirigente estivesse presente num jantar isso seria totalmente fora do normal", acrescentou. Fonte da FPF confidenciou que o FC Porto pede sempre a nomeação de António Garrido para acompanhante dos árbitros estrangeiros nos jogos da UEFA. E normalmente a nomeação acontece, o que pode parecer algo estranho, já que o antigo juiz é fortemente conotado com os dragões e foi testemunha do processo ''Apito Dourado''. Das restantes equipas portuguesas em prova, Carlos Valente costuma ser o delegado aos jogos em casa do Benfica e Paulo Paraty aos do Braga. Em comunicado, o FC Porto "desmente em absoluto que o seu presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, ou o administrador Reinaldo Teles tenham estado presentes no jantar com o árbitro Bjorn Kuipers, após o jogo com o Villarreal". Os dragões informaram ainda que vão processar o jornal "Marca" devido à "falsidade" da notícia. Se António Garrido não quis falar sobre o alegado encontro, já o outro Garrido não se fez rogado em comentar. "Se é verdade, incomoda-me muito que dirigentes do Porto tenham jantado com o árbitro. É pouco ético e não deveria acontecer. Somos profissionais e penso que é um pormenor que podiam ter evitado. Isso faz-me lembrar que se marcou um penálti que não existe, que não se mostraram cartões aos jogadores do Porto. Agora, após saber isto, vêm-me à cabeça todas essas jogadas", afirmou ontem Juan Carlos Garrido, treinador do Villarreal.


Testemunho. 


A Marisqueira de Matosinhos 


 "Tive então um «flashback»de um facto que presenciei ao vivo em Julho de 2006, na mesma Marisqueira de Matosinhos. Encabeçando um grupo de 15 docentes, na sua maioria jovens professores contratados, dirigimo-nos para o restaurante para festejar o encerramento do ano lectivo e vermo-nos pela última vez. A meio do repasto, enquanto eu me deliciava com um excelente arroz de marisco, uma jovem professora de Química que estava sentada à minha frente perguntou-me delicadamente se eu não me importaria de trocar de lugar com ela, pois estava a sentir-se visivelmente incomodada com os olhares persistentes e pouco cavalheirescos que um dos clientes (sentado na mesa em frente à nossa) lhe estava a lançar. Imprudentemente, a minha jovem colega estava a envergar uma blusa excessivamente decotada e justa que lhe expunha um busto farto e um colo com uma agradável tonalidade pálida que hipnotizaria qualquer cavalheiro. Por delicadeza, anui ao seu pedido, sorrindo com o sucedido, pois eu próprio estava a tentar controlar os meus olhares lascivos, enfiando o nariz no prato. De repente, reparei e reconheci a comitiva VIP que estava naquela mesa: Reinaldo Teles, António Garrido e um jovem árbitro da zona Sul que, naquela altura, não era ainda internacional. Era este árbitro que estava a lançar olhares de Paixão em relação à minha jovem colega e ficou visivelmente incomodado com a troca de cadeiras e não duvido que, se o pudesse, me teria exibido o cartão vermelho. Os nossos jantares terminaram ao mesmo tempo e a mesa da FCP SAD estava incomensuravelmente mais divertida do que a nossa, pelo menos as gargalhadas eram mais estridentes e sonoras. Reinaldo Teles e o árbitro saíram abraçados e, não duvido, a noite desses convivas deverá ter terminado numa qualquer Taberna do Infante...ou Calor da Noite". 


 A Marisqueira de Matosinhos


 "O FC Porto suspeita de que foi alguém relacionado com José Mourinho que deu ao jornal espanhol ‘Marca’ a informação do jantar de António Garrido, Reinaldo Teles e Pinto da Costa com o árbitro (o holandês Bjorn Kuipers) que dirigiu o jogo com o Villarreal (5-1), no restaurante A Marisqueira, de Matosinhos.

Segundo soube o CM, a suspeita funda-se no facto de o técnico conhecer bem as rotinas dos dirigentes portistas e alguém do seu círculo próximo poderá ter aproveitado a informação para tentar provar que os árbitros indicados pela UEFA não só prejudicam o Real Madrid como outros clubes, em benefício dos que têm máquinas bem montadas no acompanhamento aos árbitros, como o Barcelona e o Porto. 
Pinto da Costa, aliás, já não é a primeira vez que se encontra com árbitros. No processo “Apito Dourado” admitiu mesmo que recebeu em casa o juiz Augusto Duarte, antes do Beira-Mar-FC Porto. Em praticamente todos os casos que envolvam árbitros surgem António Garrido e Reinaldo Teles, amigos de longa data do líder portista. Garrido é um ex-juiz que desde os anos 80 colabora com o FC Porto. Ontem, Pinto da Costa negou que tivesse jantado com Kuipers e o clube disse que vai processar a ‘Marca’ e o jornalista que escreveu a notícia. Já a FPF confirmou que nomeou Garrido para acompanhar a equipa de arbitragem que dirigiu o FC Porto-Villareal. A estupidez realmente não conhece limites, se vêm dizer que suspeitam que houve alguém que se "chibou" então é porque houve mesmo jantar com o árbitro holandês e que isto é, de acordo com a notícia, uma rotina dos dirigentes portistas! Ainda para mais acho ridículo que um jornal como a Marca fosse lançar esta notícia sem ter provas nenhumas. Não estou a ver os editores de um dos maiores jornais do mundo a pensar: Já sei! Vamos inventar uma notícia completamente falsa sem ter provas nenhumas sobre um clube que nem é de Espanha e que não nos faria vender jornais (ainda para mais a seguir a um Barça - Real) para sermos processados à grande!"
 


 Ainda a Marisqueira


 
"Diz esta noticia que o dono da marisqueira em Matosinhos onde ocorreu o alegado jantar com o árbitro do jogo da 1ª mão entre o Porto o Villareal está muito preocupado com as consequencias deste caso...”

 Mas... qual caso? Mas afinal houve jantar?!? Se não estava lá nenhum dirigente qual é a preocupação, o senhor tem medo de quê??!!??

 "A fuga de informação poderá afastar os dirigentes portistas do restaurante e gerar algum mal-estar em outros clientes habituais."

 Fuga de informação? Mau, mas qual informação, se não estava lá nenhum dirigente?

 "A edição da ‘Marca’ em que se afirma ter ocorrido o tal jantar após o jogo no Dragão está guardada e só é mostrada a algumas pessoas. Há ainda fotocópias da página que fala no polémico encontro, também só para alguns".

 Mas estão a esconder o quê? Como se fosse difícil arranjar essa edição do jornal a Marca.

 "Ninguém assume abertamente se o árbitro jantou ou não na quinta--feira (28 de Abril) com dirigentes do FC Porto".

 Bem, se não negam uma coisa é porque ela aconteceu. Não é preciso ser La Palisse para o afirmar.
 Testemunho António Araújo esperou pelos três árbitros com as três mulheres, a quem pagou 150 euros a cada, apresentando-as quando chegaram e indicando que poderia tratar um deles por Paixão. No final do jogo, o trio de arbitragem - que assumiu a confraternização com as prostitutas - jantou numa marisqueira em Matosinhos, com Reinaldo Teles, vice-presidente do FCP, e onde apareceu Pinto da Costa, que pagou a conta. (Testemunho de Jacinto Paixão, ex-árbitro de futebol). 


 Testemunho 


 A Marisqueira de Matosinhos é do “MACACO”?


 O “macaco” tem umas lojas de roupa. Tem a Marisqueira de Matosinhos, onde todos vão jantar e que comprou com uma mala de dinheiro vivo, proveniente do tráfico de farinhas para bolos e do negócio dos bilhetes para os jogos. Quem o quiser roubar ele está lá sempre nas bilheteiras com as notas numa saca.
 Quem se quiser dar ao trabalho e fizer uma pesquisa minunciosa pelos jornais online ainda pode ser que encontre umas notícias relacionadas com a noite branca onde agentes da PSP andavam a trabalhar de noite, já fora do horário normal da polícia, e fardados para um grupo de seguranças de discotecas. Ou seja andavam aí com a farda a fazer servicinhos para o “macaco” Madureira.
 Quem quiser pode também ir aos arquivos do Registo Comercial e irá encontrar umas empresas de Vila Nova de Gaia em que os sócios são o Bufolas mais uns árbitros.
Outra que nunca lhe pegaram foi a das discrepâncias entre os rendimentos do bufolas, que eram declarados por ele ao tribunal, no decorrer dos muitos processos de que foi alvo, e o que ele declarava ao fisco.

Não se esqueçam que o empregado da Marisqueira disse que tinha pena da fuga de informação (sobre o jantar com o árbitro). Mas, vai ser como as escutas... 


 O Prémio da vitória do Vitória 


 A primeira derrota sobre o Benfica no Campeonato valeu ao grupo de trabalho vimaranense um jantar em casa do presidente demissionário Emílio Macedo, mas não só. Apesar de estarem quase há três meses sem receber salários, foi prometido a cada jogador um prémio avaliado em cerca de mil euros pelo triunfo frente às águias e se na próxima segunda-feira a equipa se sair com um triunfo em casa do rival SC Braga há novo prémio prometido para todos os jogadores.


(Nunca se ouviu falar de prémios de vitória quando alguma equipa ganha ou empata com o Porto. Porquê? Tanto o Benfica como o Braga estão a lutar com o Porto pelo 1º lugar no campeonato 2011/12).

2 comentários:

  1. força companheiros.
    divulguem tudo, façam no pelo bem do nosso país.
    esses corruptos ja deveriam ter sido irradiados à muitos anos.

    força

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  2. A Polícia Judiciária tem sob escuta os telemóveis do vice-presidente do FC Porto, Reinaldo Teles, do presidente do Boavista, João Loureiro, dos árbitros internacionais Paulo Paraty e Martins dos Santos, do antigo árbitro António Garrido e do empresário António Araújo. Estes são, aliás, apenas alguns dos nomes que a PJ tem escutado insistentemente no desenrolar da investigação que conduziu às detenções no âmbito da mega-operação Apito Dourado.

    Fontes bem colocadas no processo garantem a Record que tal como sucedeu com os já detidos Valentim Loureiro, Pinto de Sousa, António Henriques, Pedro Sanhudo, Castro Neves e Francisco Costa, também Reinaldo Teles, João Loureiro, Paulo Paraty, António Garrido e António Araújo têm sido vigiados, não existindo, contudo, qualquer indicação de que os seus nomes constem na acusação do Ministério Público.

    Refira-se que o número de João Loureiro está registado na operadora telefónica apenas em nome de Boavista SAD, tal como o de Paulo Paraty no da APAF, sem qualquer referência ao seus utilizadores. Aliás, o mesmo sucedia com Pinto de Sousa, que utilizava um telefone registado em nome da F.P.F., e Francisco Costa o de uma das suas empresas, Rebelo Costa e Dias, Limitada. Já Martins dos Santos tem um telefone com registo confidencial.

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