Rui Cartaxana, o Jornalista
Queremos aqui prestar homenagem a um dos jornalistas mais corajosos do nosso pais. Ao contrário daqueles que lhe sucederam no jornal o Record, que liderou com muito sucesso entre 1986 e 1998, Cartaxana era um jornalista corajoso e frontal e não se vergava a ameaças nem a pressões, viessem de onde viessem. Foi uma das referências do jornalismo português e do jornal Record. Deixou um legado e uma memória que aos seus sucessores no jornal que liderou apenas têm envergonhado.
A Última Crónica 5/03/09 (Rui Cartaxana)
As últimas cenas passadas dentro e fora do Tribunal de Gaia, onde está a ser julgados por corrupção os srs. Pinto da Costa, presidente do FCPorto, Augusto Duarte, árbitro de futebol e António Araújo, empresário de jogadores e “homem de mão” do presidente têm qualquer coisa de “déjà vu”.
Algures noutras paragens, mais mediterrânicas e mais violentas, com base em dinheiro vivo, que passa de mão para mão com fins misteriosos em misteriosos envelopes, acontecem, de facto, cenas assim. O silêncio é a grande lei da família e testemunha que se atreva depor contra alguém do grupo (contra o chefe então, é impensável) é hostilizada e agredida, se não lhe acontecer pior, porque pois aqui só o silêncio é soberano e contra eles ninguém pode, nem os senhores da capital.
Todos nós já vimos coisas assim no cinema, só que agora temos ali a coisa ao vivo dada em directo e, mesmo se o guião não é tão radical, não faltam por cá os personagens estranhos e as situações. A testemunha maldita, Carolina, apesar de protegida pela polícia, acaba insultada e agredida por “populares”, o agente da autoridade (árbitro) alegadamente corrompido não comparece, invocando misteriosa doença. O pior é que a sua versão não joga com a do alegado corruptor e figura central do drama (segundo ele, árbitro, foi apenas “tomar um cafézinho e ter uma conversinha” com o presidente, precisamente na véspera de ir arbitrar um jogo com o FCPorto). O qual, presidente, “explica” tudo com um encontro de aconselhamento, a pedido do árbitro, “coisas familiares”. Não falta, sequer, a figura do intermediário, engajador e “homem de mão”, o fiel Araújo, presente em tudo e para tudo, ou a irmã-géma que trai a outra gémea. Carolina, a troco de benesses do “homem”, vai depor contra o próprio sangue e corre com os jornalistas fazendo-lhes um gesto obsceno com o dedo da mão espetado. Tudo gente fina, como se vê.
Pairando sobre as cabeças destes personagens de ópera bufa andam 2500€ em cinco notas de 500€ que a então doce Carolina diz ter metido num envelope a pedido do então marido e presidente para ofertar, com o “cafézinho”, ao pobre Augusto Duarte, que ele precisava, vá-se lá saber para quê em conjuntura de tantas e tão grandíssimas dificuldades como as que vivemos.
Alguém percebeu aquela do presidente dizer agora em tribunal que sabia muito bem que tinha o telefone sob escuta? Estaria assim tão certo de que as escutas eram “ilegais”?.
A Raiz do Sistema (Rui Cartaxana)
A classificação trata-se de uma mistificação que visa colocar nas mãos da Comissão de Arbitragem, em particular dos seu presidente, Luis Guilherme, a classificação final dos árbitros. A carreira e o futuro dos árbitros dependem dessa classificação, é de poder que estamos a falar.
Tomemos o exemplo de Olegário Benquerença no referido jogo da Luz, a “encomenda” que foi. O observador (as notas vão de 6 a 10) deu-lhe os tais 7,4. Só que a nota final pode muito bem ficar pelos 9.5 ou 1o, ou seja, excelente. Basta o sr. Guilherme querer! São os famosos coeficientes.
A artimanha é primária. A tabela vai de 0 a 20 ou de 0 a 10, mas apenas de 6 a 10, isto é, abre apenas para os 4 últimos algarismos. Porquê uma malha tão apertada? Para que tudo seja decidido, não no campo, mas na “secretaria”. Tudo está nas mãos do sr. Guilherme e seus pares ou por pressão deles. É que a classificação final é calculada depois de terem adicionado a cada um dos classificados os tais “coeficientes”. Uma palhaçada. Se o jogo for classificado como tendo um grau de dificuldade muito elevado, com foi o da Luz, o coeficente será de 2.5, e eis o sr. Benquerença com nada menos de 9.9, isto é, à beira da perfeição.
Mas os recursos não se ficam por aqui. Se eles entenderem que a sua própria decisão de nomear “aquele” árbitro teve aquilo a que eles chamam, imaginem, “grau de dificuldade de designação”, podem ainda acrescentar, conforme os casos, 1, 1.5 ou 2 pontos à classificação dos observadores. Um árbitro amigo, ou mais dócil, pode sair do campo de jogo com a nota mínima dada pelo observador (6 pontos, arbitragem insatisfatória) e chegar à tabela classificativa com a nota máxima 10 pontos, “excelente” no mesmo jogo. Percebem agora porque é que eles nem querem ouvir falar no sorteio dos árbitros?
Assalto à RTP (Rui Cartaxana)
Um lóbi do norte está a assaltar o poder na RTP nas barbas da nova administração que se porta como um “cavalo de Tróia” perante o invasor – esse é o sentimento de muitos quadros superiores e médios da Marechal Gomes da Costa. A última expressão desse assalto é o famoso negócio da RTP com a Sport TV para os jogos da Liga de futebol, um negócio ruinoso para a RTP, ao contrário do que se quer fazer crer.
Para lá dos 19 milhões pagos, a RTP cedeu à Sport TV a partilha total dos jogos do Mundial 2010, negociados em exclusivo para a RTP pela anterior administração. E enquanto a Sport TV não abriu mão da exclusividade dos jogos entre os grandes para a Liga - o que a RTP comprou foram os Benfica-Paços, Sporting-Trofense e FCP-Rio Ave, etc - aquela ficou com os “directos” de todos os jogos do Mundial.
Um “favor” ao amigo Joaquim Oliveira que, segundo fonte da RTP disse ao Correio Sport, foi quem sugeriu a “hábil” junção dos “futuros” do Mundial 2010 (para assim justificar a recusa dos 21 Milhões da TVI). Mas enquanto vai gastar um balúrdio em jogos menores da Liga, a RTP perdeu para a TVI os jogos da selecção nacional, o que vai acontecer pela primeira vez na história da TV pública.
Todavia, a obra prima desta administração é uma coisa que dá pelo nome de “Liga dos últimos”, que passou agora para a RTP1, em horário nobre e com 40 min (tinha 20min na RTPN). É uma tentativa boçal de fazer graça, ou fazer pouco, com a parolice e com um certo clubismo local, abusando dos grandes-planos e confrontando-os com caras estranhas de gente que diz palermices e palavrões abafados pelos habituais “piiis”.
Isto enquanto programas inteligentes e de verdadeiro serviço público não se voltavam a ver. Estas desgraças têm caras. As dos novos gestores, todos sem experiência e sem currículo para a função e todos do Porto (Guilherme Costa, José Marquitos e Carla Chousal, mais Luis Marinho que passou para a administração), as dos 3 novos directores, todos do Porto, e Carlos Daniel, que viu reforçados os seus poderes. (Aposto que são todos adeptos do Porto)
Ou a do eclético e omnipresente presidente dos comerciantes do Porto, Rui Moreira, uma das vedetas da TV do Estado, que o escuta sobre política, arte moderna, a crise, os preços do petróleo, os ciganos da Quinta da Fonte ou o novo aeroporto de Lisboa
Os Contratos são todos nulos (Rui Cartaxana)
O ex-presidente do Benfica Vale e Azevedo – e aqui não está em causa o seu diversificado registo criminal – tinha fundamentadas razões jurídicas e legais para denunciar, como fez, os contratos de cedência dos direitos de transmissão do clube à empresa Olivedesportos.
Esses contratos eram, e continuam a ser hoje, nulos e de nenhum efeito, pelo que qualquer clube que tenha contratado essa cedência de direitos à referida empresa pode denunciá-los. Quem o afirma por unanimidade e revogando a sentença de uma 1ª instância é o Tribunal da Relação de Lisboa, por acórdão de 2/11/2000, que diz:
I Os chamados direitos televisivos - direitos de captar e transmitir imagens pela TV – só podem ser adquiridos e exercidos por quem estiver legalmente licenciado a exercer a actividade de televisão (artº 38. Nº7, da Consituitção e Lei 58/90 de 7/9.
II É nulo por imposssibilidade legal e por ilegalidade de objecto o contrato em que um clube de futebol transfere para uma empresa não autorizada a exercer a actividade o direito de captar e difundir imagens de um espectáculo de futebol. (…) Assim, o contrato referido no ponto II é também nulo porque o seu objecto é contrário à ordem pública – artº271, nº 1, do Código Civil.
E ainda sobre a cedência de tais direitos a outrém, ainda que o mesmo direito seja livremente transmissível pelo seu proprietário – o clube de futebol organizador do espectáculo – “o seu adquirente só pode ser uma entidade legalmente aurotizada a exercer a actividade de televisão”.
Em resumo, tudo depende de a Olivedesportos ser, e não é, um operador de televisão! Estas citações são uma tentativa de, cordialmente, esclarecer o ilustre directo da “GQ” e colunista do “Record”, Domingos Amaral, que sobre o tema levantou uma série de perguntas inteligentes.
Em resumo: 1º, a televisão é, e tende a ser cada vez mais, um negócio de clubes; 2º, Vale e Azevedo não perdeu. No mínimo, demasiado tarde, já tinha sido corrido do Benfica, o presidente era Vilarinho, que já tinha, entretanto, chegado a acordo com Joaquim Oliveira. Foi com o clube de gatas e sem dinheiro, tendo de o indemnizar em milhões de euros, e “oferecer-lhe um novo contrato” que se fizeram essas negociações; 3º, bizarro é que quem domina o mercado, em regime de monopólio, seja a Olivedesportos, que um tribunal superior declarou parte ilegítima. Ou seja, os clubes hoje “não querem” receber dez vezes mais pelos seus direitos da TV e há 20 anos que a maior receita do futebol é arrecadada e manipulada por um único intermediário, que os tribunais dizem sem legitimidade para os adquirir sequer?
Andreia Couto (Rui Cartaxana)
“Vamos recuar no tempo. Fernando Couto falou com o major e este arranjou emprego à sua irmã, Andreia Couto, na Liga, não sem antes ter o aval do “Papa”. A senhor foi trabalhar para a Comissão Disciplinar (where else?) onde se manteve algum tempo.
Até que morreu Lobo; o funcionário que tinha à responsabilidade a inscrição de jogadores e Andreia Couto foi colocada no seu lugar,apesar de ninguém reconhecer na senhora grandes conhecimentos na matéria.
Quando Emanuel Medeiros saiu de Secretário Geral da Liga, quem é que lhe foi ocupar o lugar? Andreia Couto, claro está,empurrada mais uma vez por Valentim Loureiro.
Quando Hermínio Loureiro se perfilou para a presidência da Liga, Andreia Couto volta à ribalta, agora para receber de forma ilegalas listas eleitorais, situação que levou o presidente do Nacional a colocar uma providência cautelar adiando a tomada de posse. Andreia Couto foi mais uma vez promovida, sem saber muito bem como, para directora executiva da Liga. Nem o alpinista João Garcia teria feito melhor”.
Alla Portoghese (Rui Cartaxana)
Uma semana depois, indefectíveis e súbditos da religião do sr. Pinto a Costs à parte, 8 em cada 10 portugueses não acredita que a chamada justiça desportiva funcione ou que “alguém” importante (pessoa ou clube) venha a ser punido neste escândalo de corrupção que pôs a descoberto os meandros do futebol nacional. E o que tem vindo à memória das pessoas não é o “filme de ficção” de que fala o presidente do FCPorto, mas o famoso sistema que, há 30 anos, emsombra e domina o mais popular desporto do país. E não faltam bons motivos aos que não acreditam que o “sistema” se regenere por si ou esteja, de facto, a prestar contas à justiça desportiva:
1 A comissão Disciplinar (CD) da Liga, que foi buscar aos tribunais criminais os dados que juntou às sua averiguações para instruir os autos, transformou uma acusação de corrupção activa, consumada, numa acusação de tentativa de corrupção, mudando o tipo de ilícito; ou seja, a pena aplicável fica previamente reduzida à simples perda de pontos; a corrupção consumada levaria à baixa de divisão.
2 Porque será que o FCPorto não vai recorrer da pena que, generosamente, a CD da Liga se prepara para lhe aplicar e deixa os “intelectuais” a gritar pela lavagam da honra?
3 Fraca com os fortes e forte com os fracos, a CD da Liga não hesitou em apontar ao Boavista (que os Loureiros abandonaram estrategicamente a horas…) agora nas mãos de um desconhecido empreiteiro com dinheiro, mas sem influências, a pena da baixa de escalão em matéria em que, repare-se, a justiça comum mandou arquivar.
4 Diz sobre este caso PC/FCPorto o especialista e professor universitário José M. Meirim (“Público” de 2/4/08) que a alteração ao regulamento da Liga que permitiu mudar a leitura da CD de corrupção consumada para tentativa de corrupção (a que chama “fato à medida”), foi levada a cabo este ano. O que acho inacreditável, pois significaria uma aplicação retroactiva do regulamento – mas já nada me espanta.
5 Os dirigentes e árbitros acusados ou envolvidos questionam desde a primeira hora, de forma persistente, que os ilícitos prescreveram, que as escutas eram inconstitucionais, etc., mas nenhum diz que elas são falsas ou dizem mentiras.
6 Quando um dirigente desportivo proõe um “favor” a um árbitro e este aceita, está desde logo consumada a corrupção, activa de um lado, passiva do outro. Entre ambos estabelece-se o que se pode chamar um contrato, a corrupção consuma-se, venha ela a ser visível ou não. A “subtileza” deste CD da Liga é entender que, se um tal contrato não tiver efeitos visíveis (não diz quais e fala vagamente em “situações anormais”), para ela não há corrupção da forma tentada. Um fato à medida.
7 Deixo aqui uma notável tese do jurista e ex-inspector da PJ, Moita Flores: “O Apito Dourado não passa de um fogo-fátuo. Uma areiazita nos olhos do povo, que não quer ver o que importa, e é danado por um bom pedaço de má-língua. E para a cadeia não vai ninguém”. Em Itália por menos foi o que se viu. Em 3 meses estava tudo arrumado, nesta justiça portuguesa já lá vai 5 anos. Sabem como é que os italianaos chamam há séculos a um trapalhão, tipo torca-tintas? Portoghese!
A Mentira (Rui Cartaxana)
O FCPorto comemorou em 28 de Agosto o seu alegado 115º aniversário, para citar um importante jornal desportivo com “uma celebração discreta e muito intimista”, coisa que nos põem a imaginar o seu vitalício presidente a recitar José Régio e a esposa, em fundo, a tocar Mozart ao piano. E digo “alegado”, porque nem todos os portistas, que durante quase 90 anos se habituaram a comemorar o aniversário do clube no dia 2 de Agosto, aceitam como boa a engenharia histórica que o sr. Pinto da Costa fez em finais dos anos 80, acrescentando nada mais do que 13 anos à já longa vida do clube, e tornando-o, de uma assentada, “centenário”.
Não sei se o ora suspenso presidente se inspirou numa espécie de repescagem histórica feita anos antes pelo seu rival preferido, o Benfica que, mais modesto, se contentou em “recuperar” apenas 4 anos da sua história através do parceiro com o qual se fundaria, de facto, em 1908. Sei é que, com este golpe de génio, o insigne e esmagador presidente azul venceria mais uma vez o Benfica, tornando o FCPorto centenário antes dos encarnados.
O FCPorto foi fundado realmente em 2 de Agosto de 1906 pelo eng. José Monteiro da Costa, cujos descendentes ainda pensaram, na altura, desmascarar este atropelo à sua memória. Conheci as duas pessoas “recrutadas,” digamos assim, para montar e dar alguma verosimilhança à nova “versão histórica” da fundação do clube. Uma delas era um curioso jornalista, tenaz colecionador de histórias, uma espécie de pesquizador de ouro que esmiuçava tudo em que mexia, (cujo não idenfico porque ainda é vivo e não lhe pedi autorização par o meter nisso), a outra era, na altura, um conhecido pianista e homem de sete-ofícios, que criou ou copiou da televisão italiana a figura de um boneco que teve algum sucesso na RTP, o “Toppo-Giggio”.
A base de trabalho de ambos foi, salvo erro, o recorte de um jornal datado de 1882 ou 1883, em que era referido um certo Foot-Ball Club do Porto, criado por um senhor António Nicolau de Almeida, do qual se perderia totalmente o rasto ou mais referências nos anos que se cruzaram e que tudo indica terá desaparecido como uma alma penada. Com ele, Pinto da Costa, aumentou nada menos de 13 anos (cruzes, canhoto) ao FCPorto. Ou seja, não se contentou em “fazer história”, no seu clube durante o seu tempo, reescreveu-a andando para trás no tempo até ao século anterior.
Tudo o que se relaciona com aquela agremiação corrupta e mafioso, presidida pelo namorado da esforçada Universitária... FEDE !!!
ResponderEliminarE pelos vistos é desde 1.893
A ascenção meteórica da mana do caceteiro couto é uma caso de estudo.
Ficámos todos órfãos do grande e sem medo Cartaxana!!!
Parabéns pelo poste. Continuar é que é preciso !!!
Não sabia que este senhor Cartaxana era tão crítico do Papa português.
ResponderEliminarDevia ter vivido mais porque homens destes fazem muita falta.
está aqui muita coisa bem interessante.
ResponderEliminarnenhum meio de comunicação social (apesar de o saber) move uma unha sequer para expor todo o mal que existe no futebol.
é so criminalidades que esses corruptos fazem, é batota atrás de batota.
muito obrigado AndyCapp pelo enorme serviço publico que aqui fazes.
os verdadeiros homens sérios de portugal agradecem te.
continuem e sem medos, porque têm convosco todos os benfiquistas e pessoas que querem verdade desportiva e justiça.
para acabar com a vergonha no nosso país.
força companheiros.
Fenerbahce poderá perder títuloPor Redacção
ResponderEliminarO Fenerbahce corre o sério risco de perder o título, após um tribunal turco ter acusado formalmente mais 15 suspeitos de um alegado esquema de viciação de resultados.
Já foi emitido o mandato de prisão do presidente do Fenerbahce, isto após a polícia turca ter feito mais de 60 buscas a residências e às instalações do clube.
Existem fortes suspeitas que 19 jogos terão sido combinados. Esta situação poderá provocar com que o emblema turco perca o título de campeão, tal como sucedeu em Itália com a Juventus, em 2005 e 2006.