A Inveja Lagarta
Inveja do Benfica ser tão grande e querem ser como nós...
1. Em 2008 deu-se início a uma competição de pré-época organizada pelo SL Benfica, o Estádio da Luz recebia os italianos do Inter de Milão, foi assim a primeira edição da Eusébio Cup.
Já em 2014 o Sporting copia o Benfica e cria o Troféu Cinco Violinos.
2. A 10 de Dezembro de 2008, o SL Benfica estreia o seu próprio canal de televisão, a Benfica TV, hoje conhecida como BTV.
Em Junho de 2014, o Sporting copia o Benfica e lança a Sporting TV.
3. No início deste ano, é inaugurada a Avenida Eusébio da Silva Ferreira.
Meses depois, o Sporting cópia o Benfica e surgem duas novas avenidas, a Av. José Travassos e Av. Vítor Damas.
4. Em 2013 o SL Benfica dá início à iniciativa "Comboio Benfica". Em 2015, aparece o "Comboio Verde".
5. Escolas de futebol na China? A do SL Benfica já está criada e a funcionar.
Já o Sporting, e segundo o seu presidente, ainda as vai construir.
6. Todos estamos recordados do SL Benfica x FC Porto (2-0) a 12 de Janeiro de 2014, certo?
Em campo, do lado do Benfica estavam "Onze Eusébios". Adivinhem quem vai colocar "Onze Peyroteos" em campo frente ao Benfica já no próximo Sábado... a cópia do Benfica.
Como disse José Alvalade: "Queremos que o Sporting seja um grande Clube, tão grande como os maiores da Europa". Certo que grandes não são, mas no que toca a copiar o que os grandes fazem, lá nisso são enormes."
António Mosquito
O empresário angolano António Mosquito, presidente do Recreativo da Caála, é quem estará por trás das operações financeiras do Sporting nas contratações de jogadores esta época.
A notícia é avançada esta quarta-feira pelo jornal Record, que apresenta documentos revelados pelo site 'Football Leaks' nos quais consta o nome de o emblema angolano Recreativo da Caála como parceiro nos negócios leoninos. De resto, a informação foi confirmada pelo Sporting através de uma fonte do clube: "São relações normais com um parceiro formal, devidamente documentadas no relatório e contas. É um modelo de financiamento também utilizado pelo Benfica quando contratou o Samaris. E os jogadores tanto podem ser colocados no Sporting como em qualquer outro clube".
Entre as operações promovidas através de António Mosquito e do Recreativo da Caála está a contratação de Bruno Paulista ao Bahia, por quase quatro milhões de euros, e os negócios falhados por Danilo, Mitroglou e Cervi, com o médio português a acabar por rumar ao FC Porto e o grego e o argentino a assinarem pelo Benfica.
António Mosquito é desde junho presidente do clube do Huambo e está ligado ao setor da construção civil. Segundo o diário desportivo, o empresário angolano está também presente em outros investimentos em Portugal, como a alegada compra de 51% da Controlinveste.
Álvaro Sobrinho
Álvaro Sobrinho é o principal acionista individual do Sporting e o rosto associado à reestruturação financeira do clube de Alvalade que começou no ano passado. O empresário angolano tem 29,8% do capital da SAD do Sporting, que é controlada por entidades do Sporting com 63,9%. Os outros acionistas individuais identificados são Joaquim Oliveira com 3,2% – o empresário que lançou a Sport TV é acionista de referência de vários clubes de futebol – e os gestores do próprio clube com participações residuais.
Sobrinho chegou a esta participação depois de no ano passado ter convertido em capital um empréstimo de 20 milhões de euros ao clube. Esta operação foi anunciada em 2013, pouco depois de Bruno Carvalho ter chegado à presidência do clube. Mas a ligação de Sobrinho ao Sporting é anterior e remonta, pelo menos, a 2011 quando o clube fechou um contrato de parceria financeira e desportiva com a Holdimo.
Sobrinho quis participar na reestruturação do Sporting
Em 2013, a Sporting SAD vendeu à empresa de Sobrinho para dos interesses económicos dos passes de 28 jogadores. O clube garantiu a reestituição do valor aplicado até julho de 2014, mas entretanto a Holdimo manifestou interesse em participar na reestruturação financeira do Sporting já conduzida por Bruno Carvalho, segundo é relatado no propeto das obrigações que estão a ser colocadas. Foi neste processo que converteu o crédito de 20 milhões em capital social da SAD. Apesar da valorização recente das ações do clube, até à ordem da suspensão dada esta sexta-feira pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) os títulos do Sporting subiram mais de 17% para 60 cêntimos, o atual valor de mercado ainda é bastante inferior ao investimento de Sobrinho que correspondeu a um euro por ação. Hoje vale em bolsa cerca de 12 milhões de euros.
O clube desmentiu esta quinta-feira o envolvimento financeiro de Álvaro Sobrinho e de investidores da Guiné Equatorial na contratação de Jorge Jesus, para além do decorrente da qualidade de acionista. Sobrinho tem quase 30% da SAD, através da Holdimo, mas os acionistas da Sporting SGPS, sociedade que controla 37,3% das ações de categoria B, não estão identificados nos documentos da SAD.
Sobrinho por Sobrinho
Eis como o banqueiro angolano descreve o seu envolvimento com o clube, pessoal e empresarial. “Como fã desde criança foi meu prazer juntar-me aos investidores do Sporting Clube de Portugal no ano passado e desejo um futuro longo e de sucesso com a equipa e a todos os associados a esse clube lendário”. A frase é traduzida do inglês, língua escolhida por Álvaro Sobrinho no seu site pessoal onde fala sobre si e sobre os seus projetos e no que acredita, sobretudo para o continente africano.
O empresário descreve o passado profissional no setor bancário angolano, do BESA ao Banco Valor, onde é presidente não executivo, e sublinha a sua confiança apaixonada na tecnologia e os investimentos que está a fazer em novos sistemas e serviços em África, em como projetos de filantropia na área das telecomunicações, educação e cultura (trabalhando com a editora Babel). Sobre os investimentos em Portugal praticamente não fala, com uma excepção para o Sporting.
O gestor de 53 anos formado em matemática foi a escolha pessoal de Ricardo Salgado para presidir ao BESA (Banco Espírito Santo Angola) no início do milénio. O ex-presidente do BES, pelo menos até 2012, considerava Álvaro Sobrinho “um grande banqueiro” e fazia questão de despachar diretamente com ele, excluindo outros órgãos e gestores do banco. As palavras são de Hélder Bataglia, presidente da Escom, que foi parceiro de Sobrinho no BESA (na administração) e em outros negócios.
O BESA foi uma história de sucesso até 2012, mas transformou-se num pesadelo que contribuiu para afundar o Banco Espírito Santo em 2014. O banco concedeu empréstimos de 5,7 mil milhões de dólares, alegadamente de forma descontrolada, durante a gestão de Sobrinho. Esta concessão de crédito foi financiada pelo próprio BES, que foi alimentado o financiamento à sua participada angolana até ultrapassar os três mil milhões de euros.
Em 2013, o presidente de Angola assina uma garantia de Estado a favor do BESA, que protege o banco angolano e o acionista português do incumprimento desses empréstimos cujos destinatários não são todos conhecidos. Aliás até hoje. A lista de beneficiários das operações que estavam cobertas por garantia, entretanto suspensa depois da resolução do BES, nunca foi revelada. Mas há fortes suspeitas, confirmadas pela auditoria do Banco de Portugal, que uma parte do dinheiro tenha ido parar a Portugal ou a sociedades offshores associadas a ex-gestores do BES, mas também a Álvaro Sobrinho.
Uma das declarações que mais espantou os deputados da comissão de inquérito ao BES foi quando o ex-banqueiro afirmou que afinal o tal dinheiro emprestado pelo BES ao BESA nunca teria saído de Portugal.
O mistério da fortuna de Sobrinho
O nome do empresário angolano também surge associado ao negócio falhado de venda da Escom pelo Grupo Espírito Santo à Sonangol e à Akoya, empresa financeira suíça investigada por suspeita de branqueamento de capitais.
O ex-presidente do BESA que respondeu com grande calma e detalhe técnico a quase todas as perguntas na comissão de inquérito ao BES, em dezembro de 2014, só se irritou quando lhe perguntaram sobre a sua fortuna pessoal, alegando que não queria ficar com a perceção errada da audição, realizada em dezembro. Eis as explicações que deu: “Quando fui para o banco (o BESA), não era um mero empregado, tinha bens e fiz a minha declaração de rendimentos”. Mas recusou explicar como financiou os investimentos conhecidos em Portugal.
Sobrinho desmentiu ter recebido crédito do BESA, operação proibida pela lei angolana, mas confirma investiu na Espírito Santo Internacional (ESI). “Graças a Deus saí antes do rombo da Espírito Santo Internacional. Não tive inside information, tive sorte”, garantiu.
O gestor adiantou ainda que a sua família representava um dos primeiros grupos económicos (presume-se que privados) em Angola. De acordo com um perfil publicado pelo Jornal de Negócios em dezembro, Álvaro Sobrinho nasceu numa família tradicional de Luanda. O pai, Carlos Madaleno, foi fiscal de mercado da Câmara de Luanda, estatuto que manteve após a independência de Angola. Foi já neste período que assumiu uma pastelaria num antigo mercado que, segundo o Negócios, terá passado a ser a principal fonte de receitas, tendo permitido à família Madaleno enviar os três filhos para estudar em Portugal. Álvaro Sobrinho é casado como uma portuguesa e tem dois filhos.
Futebol, jornais, conservas e casas
Para além do prazer em investir no Sporting, Sobrinho refere que está na administração de uma empresa de media internacional, presume-se que será a Newshold, a holding que em Portugal controla os jornais Sol e i e que chegou a ter participações qualificadas na Impresa e na Cofina.
As ambições da Newshold envolveram a privatização do canal 1 da RTP, interesse que levou um dos administradores da empresa a identificar os acionistas da empresa de media, com sede no Panamá, como Álvaro Sobrinho e a família Madaleno. A Newshold chegou ainda a negociar a aquisição da Controlinveste com Joaquim Oliveira e os bancos credores, mas o negócio não foi fechado e empresa dona da TSF, DN e JN, acabou por ser parcialmente vendida a outro empresário angolano, António Mosquito.
Os negócios de Sobrinho em Portugal passarão também pela empresa de conservas açoriana Cofaco, dona da marca Bom Petisco, que terá sido comprada em 2012, e por investimentos imobiliários. Segundo o Jornal de Negócios, o empresário adquiriu seis apartamentos no condomínio de luxo da Estoril Sol, na marginal.
Sobrinho chegou a ser investigado por suspeitas de branqueamento de capitais em Portugal, quando ainda estava à frente do BESA, mas um Tribunal da Relação de Lisboa acabou por considerar “inexistentes os indícios de responsabilidade criminal do arguido”.
É por esta altura que surgem os conflitos com Ricardo Salgado que levam à saída de Sobrinho do BESA no final de 2012. Coincidência ou não, começam pouco tempo depois surgir notícias negativas sobre o ainda presidente do BES que este classificou “como um bombardeamento” contra si, movido por influência do seu antigo braço direito em Angola.
Por outro lado, este negócio é um espelho das dificuldades – mas também dos riscos – que podem estar à espreita. Vários economistas têm alertado que os clubes de futebol podem estar a entrar numa bolha inflacionista que coloque em risco a sustentabilidade do futebol, como o conhecemos.
Atualizado com detalhes do investimento de Sobrinho no Sporting e a valorização em bolsa do seu investimento.
(Em Observador).
A Festa de Homenagem a Peyroteo
O Sporting tem andado de peito cheio dizendo que o melhor marcador de todos os tempos foi Peyroteo antiga glória do Sporting. Até lhe vão fazer uma homenagem (copiada da homenagem ao Eusébio) no derby da taça, mas esquecem-se de dizer aos sportinguistas que o clube leonino negou-lhe a Festa de despedida e foi o Benfica que o ajudou!
“Ficou assente que o resultado financeiro líquido (das deslocações do Sporting a Espanha para defrontar o Barcelona e o Real Madrid) reverteria a meu favor, no caso de chegarem a bom porto as negociações com os 2 clubes espanhóis.
Como é fácil de calcular eu não cabia em mim de contente. Primeiro, porque me era dada possibilidade de envergar a camisola do Sporting por mais uma época e, em segundo lugar, porque via resolvidas as minhas dificuldades”.
“Infelizmente, as coisas correram de maneira contrária ao nosso desejo e por isso, vamos então tratar de fazer a sua festa aqui”…
Fui informado pela direcção do Sporting que na verdade, o Sporting iria a Espanha fazer os 2 jogos mas com poucas ou nenhumas possibiliddes de êxito financeiro.
“Eu já sabia que as deslocações do Sporting lhe trariam um lucro aproximado de 60 a 70 contos. Adivinhem pois como ouvi a comunicação, não é verdade?!”
“Você terá a melhor festa de todos os tempos, homem. Não se preocupa com isso”.
“Enfim, abandonei o futebol para nunca mais tomar parte em jogos oficiais. Mas a organização da minha festa de despedida tem tanto de contar como a Nau Catrineta”.
(Presidente do Sporting) – Então o que o traz por cá?
Respondi: - Venho tratar do que ficou assente e combinado: a minha festa de despedida!
- Lamento muito mas não posso tratar disso agora. Tenho muito que fazer.
“Logo no primeiro embate com a direcção do meu clube fiquei com a impressão que dali por diante, as coisas tomariam feição desagradável”
“Agradeci muito a oferta e saí a a caminho da Associação de Futebol de Lisboa. Sentia-me tão desorientado como que se estava a passar que desci a Travessa Larga completamente inconsciente. Tive a sorte de encontrar o Vice-Presidente do Benfica, Sr. Fancisco Retorta. Pedi-lhe alguns minutos em particular, que aceddeu gentilmente como sempre.”
(Francisco Retorta). “Essa data está contudo tomada pelo Benfica. Se não for para jogar com o Barcelona será para qualquer outra organização desportiva do clube.
Mas se você estiver interessado em fazer a sua festa no dia 5 de outubro e se o Barcelona não vier a Lisboa, estou crente que o Benfica lhe cederá a data que lhe está reservada.
Prometo-lhe que o Benfica, além de lhe ceder a data não realizará em 5 de Outubro qualquer festival desportivo.”
- Mas Senhor Francisco Retorta, lembro-lhe que essa data só me será concedida se o Benfica desistir dela a tempo de eu tratar dos pormenores da minha festa…
“Vá descansado Peyroteo. Trate de tudo porque o Benfica o ajudará no que necessitar. Você bem merece”.
O contraste que surge no choque da minha amargura pelo caminho que a direcção do meu clube estava a fazer seguir a efetivação da minha festa e a radiante alegria que de mim se apoderou ao ouvir a promessa do Vice-Presidente do Benfica - Do BENFICA… promessa que era a garantia de poder realizar a minha festa – o choque, o contraste, não me permitiram por delicadeza e pelo respeito que me merecem os dois grandes clubes e as suas massas assocativas, agradecer ao Benfica, como era meu desejo. Que o leitor pense o que me apetece dizer”…
“Agradeci ao senhor Francisco Retorta. Mas que palavras encontrarei para gravar, restas páginas humildes do meu livro de memórias, o agradecimento que devo ao Benfica representado pelo seu Vice-Presidente”
O Benfica e a BTV
Hoje em dia toda e qualquer negociação dos direitos de TV dos clubes ultrapassam e muito os poderes podres do mundo do futebol. Felizmente o Benfica está numa posição única e previlegiada para defender os seus máximos interesses e de ser pro-activo em qualquer negociação. É único que no momento controla 100% dos seus direitos e tem um veículo próprio para os emitir. Para mais, quando hoje em dia a BTV é o grande impulsionador de entrada de novos assinantes nas operadoras mas principalmente no factor de fidelização de clientes subscritores de canais premium (Os preços são muito idênticos entre as operadoras).
Como sabem todos que estão por dentro do que realmente se passa, a Sport TV desde sempre teve custos muito desajustados em relação aquilo que poderia realmente fazer de receita em condições normais. O que aconteceu durante anos para que a situação não desse para o torto como está acontecer agora foram dois ou três factores muito importantes.
A compra dos jogos do Benfica a baixíssimo preço o que lhes dava espaço de manobra para fazer contratos ruinosos com o FCP, 80% acima do que realmente valem em termos de mercado e a ainda assim terem lucro. Com os direitos do Benfica garantiram durante anos mais de 60% do universo de assinantes deste mercado que são simpatizantes do Benfica e de durante anos terem exercido a sua actividade com pleno monopólio.
Hoje como todos nós sabemos e a “NOS” reconhece, o negócio da Sport TV não é mais viável como está, pois os pressupostos que garantiam a sua sobrevivência e lucro já não existem. Se calhar ainda vamos ver o FCP a ter que rever mais cedo do que imagina o seu contrato com o amigo JO e por valores bem mais baixos que os que tem hoje em dia. A mama do Benfica deu alimento a muitos parasitas durante muitos anos enquanto o Benfica como instituição ficava sub-nutrida e mais fraca dia a dia. Hoje a realidade é já muito diferente, o Benfica parou de dar de mamar a todos aqueles que andaram a viver á sua custa e estes começam agora a enfrentar as primeiras dificuldades para se alimentarem e muitos mais vão ter de enfrentar. Vão reduzir-se ao seu verdadeiro tamanho.
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Rui Pedro Soares "entregou" a liga inglesa à Benfica TV para de certo modo dar uma chapada de luva branca à PT empresa da qual sai do lugar de administrador.
José Eduardo Moniz é o homem do projecto BTV, é ele que vai trabalhando o desenvolvimento do canal e foi como ele que Rui Pedro Soares negociou os direitos da Liga Inglesa, Rui Pedro Soares não cedeu nada, pois também nada lhe pertencia, ele usou sim dos seus contactos por dentro e fora das negociações para saber o preço ideal a ser oferecido e depois passou essa informação a Moniz que com a faca e o queijo na mão aproveitou o negócio de uma vida.
Segundo rezam as más linguas está em marcha um plano de partilha de programação entre a RTP e a BTV tal como a BTV poderá se chegar à frente para comprar alguns jogos da Champions...
Não esquecer que Moniz sai de candeias às avessas com a TVI, que se falava em ser comprada pela PT, não tendo esse assunto chegado a bom porto por ter havido alguns problemas de parte a parte, um dos administradores da PT que estava a negociar essa aquisição era somente....Rui Pedro Soares, o mesmo que após a entrada de Moniz para director da Benfica TV se apressou a negociar as condições de ter a Benfica TV com o canal exclusivo MEO, não conseguindo alcançar esse acordo porque a MEO já tinha participação na Sport TV, Rui Pedro Soares tentou então ganhar a Benfica TV pela programação conseguindo alguns contratos de publicidade e de programação (Liga Inglesa) que muito valiosa tornaram a BTV, entretanto a PT sabendo dessa negociação paralela de um dos seus administradores com um canal concorrente a um dos Canais que eram Exclusivos da Operadora (no qual tinham participação) obriga a que Rui Pedro Soares se demita do seu cargo (se se demitiu ou foi demitido existem muitas versões), tendo depois tentado "matar" a Benfica TV com a aquisição conjunta com a NOS (antes Zone) da Sport TV algo que ERC considerou ilegal.......
A BTV e o Negócio da Compra da Premier League
A aquisição por parte da Benfica TV dos direitos de transmissão exclusiva da P.L para as próximas três temporadas é só mais um episódio de uma história que começou acerca de 20 anos atrás e que não se sabe quando e como vai acabar, ou se mesmo, alguma vez terá o seu fim.
A todos aqueles que se interessem realmente por esta história, e que por uma razão ou outra, querem compreender a sua génese e o que está verdadeiramente por detrás dela e até onde ela pode ir; deixo aqui uns conselhos de amigo:
Em primeiro lugar, comecem por despir a vossa camisola da clubite aguda.
Em segundo, comecem a estudar o passado desta história; pois só assim estarão em condições de compreender o presente e de antecipar com mais exactidão o que poderá vir a ser o futuro.
Em terceiro lugar, e para mim o mais importante de todos; esta é uma história de “PODER” e “DINHEIRO” que ultrapassa e em muito o micro mundo do futebol. O futebol aqui só serviu e serve para que determinados PODERES POLITICOS e ECONÓMICOS alcancem com sucesso os objectivos a que se propõem. Claro que está, que estes interesses de uma forma ou outra vão afectar o actual quadro de poder do futebol em Portugal, como de resto, já o tinham feito acerca de 20 anos atrás.
Antes de deixar aqui outros dados e factos para se melhor compreender esta história e na verdade quais são os principais personagens desta novela e que papeis tem desempenhado ao longo da sua história; vou por começar por comentar o artigo do caro Miguel Lourenço Pereira, por quem tenho grande estima e consideração.
“O golpe do baú!”
Na verdade diria no pote de ouro do monopolista Joaquim Oliveira; que há mais de 20 anos era um incógnito desconhecido e que entrou no mundo do futebol pelas mãos do seu irmão mais novo, esse sim, conhecido e ilustre personagem do mundo do futebol; António Oliveira. Hoje é o contrário, AO é o irmão do poderoso e influente Joaquim Oliveira. Atenção que os adjectivos utilizados, ultrapassam em muito e há muito o mundo do futebol.
“… Portugal Telecom, essa empresa que apesar de já não ser detida pelo governo.”
A PT nunca na sua história foi alguma vez detida pelo GOVERNO português, mas sim pelo ESTADO português. O que aconteceu é que anos mais tarde, quando o estado português, alienou a maioria do capital social da empresa em bolsa, resolveu manter por motivos politicos e/ou estratégicos uma pequena participação, altamente qualificada; a famosa “GOLDEN SHARE”.
Esta participação foi entretanto extinta e vendida, após pressões da EU e efectivou-se, já nesta actual legislatura do governo de coligação PSD/CDS.
A partir dessa altura acabou efectivamente a influência do poder politico nas decisões da empresa e passou a vingar de forma natural o poder económico, através do seu quadro de accionistas.
“Um esquema muito bem montado que permite à empresa de telecomunicações e ao clube eliminarem de um só golpe dois rivais dos últimos anos: ZON e Joaquim Oliveira.”
Por acaso sabe o que deu origem ao aparecimento da ZON e como é que Joaquim Oliveira conseguiu construir o seu império de empresas?
Pelo o que escreve dá para perceber que não.
“A PT nunca esteve de boas relações com Joaquim Oliveira o seu império Controlinveste”.
Precisamente o contrário. Quando a PT foi obrigada por decreto desfazer-se do JN, DN, TSF, NG, etc… os tais órgãos que hoje fazem a parte essencial do grupo. Só por interesse do poder político e de certos poderes económicos na altura, tendo á cabeça o BES, é que JO conseguiu “comprar” através de uma proposta bem mais baixa que as suas concorrentes esses activos. Já o mesmo tinha acontecido há uns anos algo semelhante com os direitos de transmissão de jogos de futebol e publicidade estática que de forma anormal e altamente lesiva para o estado, representada pela RTP; deixou fugir estes dois negócios para a Olivedesportos.
Quanto ao aparecimento da ZON; esta deveu-se, mais uma vez a pressões do poder político e económico (SONAE) para acabar de vez com o monopólio da PT.
Obrigando a que esta fizesse o Spin-Off da rede de cabo em detrimento da de cobre. O que levou na altura a PT perder o poder partilhado que tinha com o seu homem de mão Joaquim Oliveira na Sport TV (monopolista em termos de oferta desportiva na tv por subscrição).
“O império mediático montado por Oliveira foi-se desfazendo à medida que começavam a aparecer novos jogadores, nomeadamente o dinheiro que vinha de Angola, e que ajudou a safar a PT de muitos problemas quando a crise apertou.”
Na verdade o império mediático da JO, ainda não começou verdadeiramente a desfazer-se; mas vai começar, o tiro de partida foi dado com a não renovação do SLB com a Sportinveste, agora e com a compra dos jogos da PL para as próximas três épocas.
“Esse dinheiro, coordenado pela família do actual presidente angolano e coordenado pela filha, serviu para adquirir títulos de imprensa e entrar no accionariado da PT.”
Em vez de colocar a PT deveria ter colocado a ZON; onde hoje em dia a filha de José Eduardo dos Santos, passou de accionista de referência a controladora da empresa em conjunto com Belmiro de Azevedo, através de troca de participações sociais que Isabel dos Santos detinha na ZON com participação na Optimus de Belmiro de Azevedo.
“A BenficaTV optou por aparecer apenas na Meo, ligando-se intimamente à PT na sua influência de poder, no que foi um primeiro golpe para a Zon. Mas não o último”.
Na verdade não foi a Benfica TV que optou aparecer só na PT; foi esta última que assim “obrigou” em troca de cerca de 6 milhões ano. Esta foi a forma encontrada pela PT para começar a acabar com o monopólio por ela criada, mas que entretanto
perdeu, a Sport TV. Claro que esta foi um oportunidade de ouro que o Benfica teve, para uma vez por todas se emancipar e acabar com a sua dependência em termos de direitos de transmissões desportivas e consequentes receitas da monopolista Sport TV/ Sportinvest. Mas claro que também lhe trouxe emancipação em relação ao poder que Joaquim Oliveira detém hoje no mundo do futebol português. Sem dúvida que a partir daqui, vai surgir uma nova realidade e um pelo menos diferente poder.
“A PT entrou em força na própria SportTV, adquirindo 25% da empresa (os outros 25% são da ZON e 50% pertencem à empresa detida por Joaquim Oliveira). Foi uma forma de ganhar sem perder. Não só garantia para si parte importante dos lucros da empresa como apaziguava Oliveira em relação à jogada que preparavam.”
Esta foi a forma encontrada (ainda está à espera do parecer da autoridade da concorrência) por parte da ZON em acordo com a PT e a Benfica TV, de num futuro próximo a Benfica TV fazer parte do pacote de canais disponibilizados pela ZON aos seus clientes. E também uma forma da PT não estar também ela dependente das vontades da ZON em relação á Sport TV.
“Em segundo lugar dão um golpe muito sério à ZON, obrigando a todos os que queiram seguir a competição a mudar-se para a Meo, independentemente do clube que apoiem. É o primeiro passo para acabar progressivamente com o rival directo nas plataformas audiovisuais.”
O inverso no fundo já acontecia com o monopólio da Sport TV a inviabilizar o aparecimento de concorrência á Sport Tv.
“Para isso contam com o apoio do Estado”.
Pelo já citado, já compreendeu que aqui o estado nada tem haver com o caso… mas teve e muito com a criação do monopólio da Olivedesportos e Sport TV por exemplo.
“Com essa jogada não só esperam ir esvaziando de conteúdo e assinantes a SportTV - com quem têm mantido uma forte rivalidade”.
A Sport TV até ao final desta época continua a operar em quase monopólio. A rivalidade começará só na próxima época.
“A operação terá custado cerca de 15 milhões de euros”.
Posso o informar que os três anos de contrato não chegaram nem perto dos 10 Milhões; ficaram perto dos 8 Milhões.
“Uma competição nacional exclusiva de um clube obriga sempre os adeptos de outros clubes a dar audiência ao mesmo. Se esse canal se tornar (como é óbvio) canal fechado por subscrição, obriga-os a dar dinheiro a esse clube para ver os jogos de uma liga independente”.
De onde pensa que veio o dinheiro das participações de JO e AO na FCP SAD? Veio dos lucros gerados pela venda de subscrições da Sport TV a adeptos do FCP, mas também do SLB e de outros clubes concorrentes do FCP.
A BTV – As pressões
Domingos Soares de Oliveira, administrador da SAD do Benfica, denunciou a pressão que terá sido exercida sobre clubes promovidos esta época à Liga 2 para não se vincularem ao canal de televisão das águias.
«O contrato com o Farense foi assinado por três anos e será para continuar se for essa a vontade do Farense e a nossa vontade. E poderá haver mais clubes, desde que não tenham medo de assinar acordos com a Benfica TV. Houve clubes que se sentiram pressionados para não assinar contratos com a Benfica TV», revelou o dirigente, em entrevista concedida à televisão oficial dos encarnados.
O Académico Viseu, confirmou, foi um dos clubes que declinaram a proposta apresentada pelo Benfica.
«Falámos com todos os clubes promovidos à Liga de Honra e que não tinham contratos assinados com Joaquim Oliveira. Houve clubes que aceitaram a nossa proposta, que era mais interessante financeiramente relativamente àquilo que têm hoje, e houve outros que não assinaram. Se não foi pelo dinheiro, foi por outra razão qualquer», observou.
(Em 10/12/13)