“AQUELES QUE NÃO SE LEMBRAM DO PASSADO ESTÃO CONDENADOS A REPETI-LO”.
George Santayana
A História da Corrupção Andrade (5)
2007
Janeiro, 2
A Equipa de Coordenação do Processo Apito Dourado (ECPAD), liderada por Maria José Morgado, inicia funções.
Janeiro, 5
O "Apito Dourado" chega à primeira categoria nacional da arbitragem. O juíz Paulo Baptista é acusado pelo Ministério Público (MP) de corrupção desportiva passiva, sendo o primeiro árbitro do principal escalão da actividade a ser indiciado no âmbito do mega-processo judicial. O jornal Público anuncia que o MP da Figueira da Foz acusa ainda, além do árbitro da Associação de Portalegre, Valentim Loureiro por corrupção desportiva activa. Trata-se do resultado de uma das várias certidões extraídas do "Apito Dourado". O Público refere que este caso tem base em escutas telefónicas de Novembro de 2003 nas quais o presidente da Naval, Aprígio Santos, se terá queixado a Valentim Loureiro das alegadas arbitragens prejudiciais à sua equipa. O Major, que então presidia à Liga Portuguesa de Futebol Profissional, terá então sido "apanhado" numa conversa com Paulo Baptista pedindo-lhe para não prejudicar a formação da Figueira da Foz no jogo contra o Desportivo de Chaves. As suspeitas que surgiram no âmbito desta certidão contra Aprígio Santos e um vogal da Comissão de Arbitragem da Liga, Júlio Mouco, foram arquivadas, de acordo com o Público.
Janeiro, 9
Carolina Salgado é ouvida pela primeira vez pela procuradora Maria José Morgado. A ex-companheira de Pinto da Costa confirma as acusações reveladas no livro.
Janeiro, 16
Maria José Morgado assina despacho onde reabre oficialmente os processos conexos ao de Gondomar, justificando a decisão com as declarações de Carolina Salgado. Maria José Morgado decide reabrir assim o processo que envolve Pinto da Costa e o árbitro Jacinto Paixão. Após reclamação, Pinto Monteiro confirma a decisão da procuradora.
Janeiro, 19
Ministério Público reabre o processo contra o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, relativo a indícios de corrupção no jogo FC Porto-Estrela da Amadora da época 2003/04.
Janeiro, 20
Marinho Neves, autor do livro “Golpe de Estádio”, promete lançar um livro com factos reais sobre o processo "Apito Dourado" logo que termine o segredo de justiça
Janeiro, 24
Marinho Neves explica como as coisas se passavam, "(...) sabia quem eram os árbitros designados para certos jogos, sabia também quais os jogadores do Sporting que iriam ser enervados pelos árbitros, no sentido de reagirem e assim acabarem expulsos, para enfraquecer a equipa(...)". ler mais
Janeiro, 30
Pinto da Costa e Reinaldo Teles interrogados sobre a 'Fuga' para Espanha | Ler mais
Carolina Salgado é interrogada durante duas horas no Tribunal de Vila Nova de Gaia no âmbito de um dos vários processos que a opõem a Jorge Nuno Pinto da Costa.
Janeiro, 31
O juiz Pedro Miguel Vieira termina a fase de instrução do processo de Gondomar. Após o debate instrutório, o juiz Pedro Miguel Vieira marca para 6 de Março a divulgação do despacho de pronúncia.
Fevereiro, 3
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) pede à procuradora-geral adjunta Maria José Morgado acesso ao processo "Apito Dourado", para abrir processos disciplinares aos dirigentes e árbitros envolvidos em corrupção.
Fevereiro, 5
O procurador-geral da República considera que a nomeação de Maria José Morgado está a gerar um “efeito em cadeia” no combate à corrupção e exige resultados até ao final do ano.
(Só fogo de vista. Deu em nada)
Fevereiro, 9
Sabe-se que entre os dez processos avocados por Maria José Morgado no caso Apito Dourado figuram as agressões ao ex-vereador de Gondomar Ricardo Bexiga e a fuga de informação que terá levado Pinto da Costa a evitar a PJ.
Fevereiro, 10
O árbitro Jacinto Paixão e o seu assistente, José Chilrito, são interrogados pela PJ. Sob suspeita está o jogo Boavista vs Estrela da Amadora na época 2003/04.
Fevereiro, 14
Maria José Morgado revela que os inquéritos do ‘Apito Dourado’ sobre corrupção desportiva vão estar concluídos até ao final do mês de Maio.
Fevereiro, 16
Maria José Morgado reabre o "caso do envelope", relativo ao jogo Beira Mar-FC Porto, de 18 de Abril de 2004, arbitrado por Augusto Duarte, com alegado envolvimento do presidente do FC Porto, Pinto da Costa. Fonte ligada ao processo diz que declarações de Carolina Salgado estiveram na base da reabertura do processo.
Fevereiro, 22
Pinto de Sousa indiciado por Abuso de Poder
A PJ interceptou um telefonema entre Pinto de Sousa (PS) e um dos seus filhos em que é aconselhado a satisfazer os pedidos de Isabel Damasceno, presidente da Câmara de Leiria. O MP constatou que o ex-líder do CA da FPF e os seus familiares mais directos têm muitos interesses imobiliários na zona de Leiria. E que o facto de ter acedido ap pedido de Isabel Damsceno para manter o árbitro Carlos Amado, seu conterrâneo e colega da escola, teria como contrapartida uma decisão favorável da autarca em eventual projecto imobiliário a lançar por Pinto de Sousa em Leiria.
O árbitro Paulo Baptista deixou de dirigir jogos por ter sido formalmente acusado de crimes de corrupção desportiva pelo MP da Figueira da Foz.
Março, 6
O juiz Pedro Miguel Vieira decide levar a julgamento 24 dos 27 acusados do processo de Gondomar, Valentim Loureiro, Pinto de Sousa e José Luís Oliveira são pronunciados. Os dois primeiros e principais arguidos apresentam recursos, alegando ilegalidade das escutas. O magistrado valida as escutas telefónicas feitas na investigação.
Março, 8
O líder da claque dos Super Dragões, Fernando Madureira, é constituído arguido no âmbito do processo ‘Apito Dourado’ por suspeita de envolvimento nas agressões a Bexiga.
O líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, foi constituido arguido nocaso das agressões ao verador da câmara de Gondomar Ricardo Bexiga a 25/1/2005.
Carolina Salgado terá envolvido outras 4 ou 5 pessoas nas agressões, entre intermediários e executantes das ofensas corporais. Para tal referiu que PC lhe entregou 10.000€ para pagar aos autores. Madureira também referiu que irá processar CS.
Os Bens de Fernando Madureira, líder dos Super Dragões
Fernando Madureria declarou no ínicio do ano passado que tinha 2 Porsche Boxter, comprado em 2005 e 2006 e um Renault Laguna. A posse destes automáveis é incompatível com o rendimento anual que declara. O maior montante declarado foi de 14 mil€. Em 2003 declarou que ganhara apenas 5000€.
Os documentos que o CM consultou dão conta de uma disparidade difícil de explicar. Em 2003 mostra outras disparidades, quando declara que ganha cerca de 400€ brutos/mês e declara que comprara a primeira casa, uma moradia em Mafamude, Gaia, por apenas 101mil€. O imóvel foi avaliado nas Finanças por 175mil€. O imóvel foi entretanto vendido e mora agora numa moradia em Canidelo, numa zona nobre da cidade.
Março, 9
Escutas consideradas "decisivas" e "legais"
As escutas foram o principal meio de prova que permitiu ao MP deduzir acusação.
Segundo o magistrado Pedro Miguel Vieira as escutas “são perfeitamente demonstrativas” da criminalidade em causa (corrupção) a forma como se consumou. “Reafirmo que as escutas contaram com a supervisão e acompanhamento judicial tendo em vista assegurar a salvaguarda dos direitos fundamentais dos cidadãos dentro do processo”.
O MP conseguiu provar que foi devido à influência política de Valentim Loureiro que Pinto de Sousa integrou, como convidado e hotel pago, a comitiva do PMinistro em março de 2004 numa viagem a Moçambique.
Ao contrário do que diz Gomes Canotilho (pago pela defesa para fazer um parecer) o juiz de instrução diz que não há qualquer institucionalidade nas leis aprovadas em 1991 que punem a corrupção no desporto.
“José Luis Oliveira (JLO) com o auxílio de Valentim Loureiro, solicitava a Pinto de Sousa a nomeação de determiandos árbitros sempre antes dos jogos, que estavam “controlados”. Pinto de Sousa acedia a nomear os solicitados por JLO.
“Nestas situações não só está em causa a protecão da verdade, lealdade e correção da competição e do seu resultado, no respeito pela ética das competições desportivas. Está também em causa a conduta de um funcionário a qual preenche oe elementos típicos dos artigos 372º, 373p, e 374º do Código Penal e apresenta como violadora e manipuladora de um bem jurídico com muito maior dignidade penal. A autonomia intencional do Estado”.
Março, 14
Pinto da Costa, acusado por Salgado de ser o mandante das agressões a Ricardo Bexiga, é ouvido pela equipa de Morgado e constituído arguido.
PC foi constituído arguido com Fernando Madureira e CS pelo MP que já esteve no Porto a fazer a reconstrução do crime no porque de estacionamento da Alfândega. Além dos 3 arguidos a equipa de MariaJosé Morgado investiga ainda o envolvimento de mais 4 indivíduos que cerca de 3 semanas antes das agressões se dirigiram ao escritório de Bexiga a pretexto de uma consulta sobre direito penal.
Intrigado com o aspecto dos suspeitos, o ex-autarca terá querido saber quem tinha dado a referêncai daquele escritório. Apanhados de surpresa pela pergunta, um dos indivíduos terá respondido o nome do avô a sugerir.
A conversa acabou com os 4 homens a sair precipitadamente do escritório. A equipa acredita tratar-se de elementos ligados aos Super Dragões que pretendiam conhecer o alvo a agredir.
As agressões aconteceram por volta das 19:30 de 25 Janeiro 2005, quando o advogado sais do seu escritório e se dirigia para a sua viatura.
Os agressores atacaram-no com uma trave de madeira, entre 2 carros estacionados, durante 5 minutos. Bexiga ainda tentou esquivar-se mas não conseguiu evitar um corte na cabeça, tratado com 17 pontos e várias outras contusões.
No livro “Eu Carolina”, CS conta que foi ela que contactou directamente os indivíduos que deviam agredir. Pinto da Costa acreditava ter sido o socialista o responsável pelo despoletar das investigações do Apito Dourado.
O advogado de PC, Gil Moreira dos Santos, tem a intenção de processar o CM por ter alegadamente difamado o seu cliente ao escrever na 1ª página “Pinto da Costa mandante das agressões a Bexiga”
Março, 21
A Equipa de Coordenação do Apito Dourado anuncia, num memorando, estarem em curso 55 inquéritos por crimes de corrupção desportiva. O último balanço no site da PGR, dá conta que a equipa de Maria José Morgado já findou 12 inquéritos: seis resultaram em acusação e seis foram arquivados.
Abril, 1
Dia de clássico FCP - SLB do qual derivam confrontos e feridos.
Abril, 4
Políticos envolvidos nas Escutas
Valentim Loureiro (VL) de telemóvel na mão era uma pressão constante para o governo de Durão Barroso. Falava com meio mundo para despachar favores para amigos ou insultar um alto funcionário da Direcção-Geral das Pescas.
VL foi apanhado nas escutas a pedir favores a políticos, como José Luis Arnaut, Miguel Relvas e Hermínio Loureiro. Mas também uma conversa demorada com um alto funcionário na Direcção-Geras das Pescas em que procurou anular uma inspecção deste organismo a uma fábrica de conservas da sua família. Nesta conversa ameaçou e insultou várias vezes o referido funcionário que mais tarde lhe pôs um processo por difamação. Chegou a ameaçar o funcionário com as suas influências políticias mas acabou por ser condenado a pagar uma indemnização e a fazer um pedido por escrito.
Para lá da grande proximidade, as escutas revelam mesmo alguma deferência por parte dos ex-governantes visados nas escutas em relação ao Major.
Ficou claro que fez várias diligências para ajudar o ex-presidente do Sporting Sousa Cintra a resolver um problema de autorização para construir uma casa em Vila do Bispo em plena paisagem protegida da Costa Vicentina.
Noutra escuta passou-se por um recém-chegado da África do Sul de raça negra, chamado Uof Mei, que queria investir em meia dúzia de apartmentos num prédio da Circumvalação no Porto. Os prédios eram propriedade de João Moura presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto e VL pensava que do outro lado estava o presidente da Câmara de Rio Tinto.
Abril, 10
Valentim e João Loureiro querem processo Boavista/Estrela em «segredo de justiça»
Apoado nas escutas, a investigação aponta para que na véspera do jogo, João Loureiro (JL), presidente do Boavista, e Júlio Mouco (JM) vogal da Comissão de Arbitragem da Liga, responsável pela nomeação dos árbitros auxiliares, terão combinado que seriam nomeados os árbitros assistentes José Chilrito e José Espada.
O jogo terminou com a derrota do Boavisrta e o árbitro Jacinto Paixão telefonou a VL dizendo que ajudou o Boavista “mas aquilo não se podia fazer mais”. VL prometeu falar com o observador que deu uma nota muito boa de 8,1 em 10.
O árbitro assistente José Espada quando inquirido referiu que, “Jacinto Paixão teve uma actuação bastante parcial e tendenciosa” a favor do Boavista.
O procurador de Gondomar configurou um crime de corrupção desportiva activa por parte dos arguidos.
Abril, 13
Magistrados nas escutas: Polícia e juízes a pedirem favores
A maioria das situações detectadas passam mesmo pela oferta de bilhetes para jogos internacionais que o magistrado Carlos Teixeira considerou configurar crime de corrupção quando foram os magistrados a solicitarem ofertas.
PC pede a Jorge Mendes para arranjar um clube da 2ª divisão para um guarda redes que els prórpos consideram não ser especialmente dotado. PC quer que JM faço o favro ao irmão do jogador que é comissário da PSP de Gaia cujo cargo “Tem sempre interesse”.
PC. É que veio aqui um gajo que é irmão dele.
JM. Não é nada disso. Já sei do que vocês está a falar! Está a falar do comissário da Polícia.
PC. Exacto!
JM. É pá, mas ouça lá! Isto aqui estamos a falar os dois! Esqueça lá o guarda redes, caralho!
PC. Não vale nada?
JM. Ó pa, é normal, a indicação que tenho mas não é para o Porto nem pensar nisso!
PC. Não, não! Mas também não era para o Porto! Era “para ver se o puxava… se ajudava o rapaz, que ele era seu jogador, estava a jogar”…
JM. Ele foi lá ontem ao meu escritório! Não me larga… anda sempre trás de mim, foi lá ontem ao meu escritório o gajo!
PC. Um gajo magrinho, não é?
JM. Sim, magrinho é comissário da polícia!
PC. Exacto!
JM.Não sei o nível dele. Mas posso perguntar, depois digo-lhe!
PC. Pergunte e depois diga-me! É que o gajo é comissárioda Polícia, em Gaia, tem sempre interesse!
E veja lá se o polícia vale alguma coisa!
JM. Está! Eu digo-lhe alguma coisa!
Os Juizes
Dois dos magistrados envolvidos nestas situação dos pedidos de bilhetes são Antero Luis, juiz de 1ª instância actualmente director do SIS (pedia bilhetes para a inauguração do Estádio da Luz) e Madeira Pinto, juiz desembargador da Relação do Porto (queriabilhetes para o Manchester-Porto) e na altura magistrado no Tribunal de Menores.
Lourenço Pinto (logo ele!) garantiu que os bilhetes foram pagos!
Havia também um contrato de trablaho do filho do Juiz Costa Mortágua mas não se conseguiu demonstrar que ahavia tráfico de influências. ( o mais certo era haver).
JUIZ COSTA MORTÁGUA
VL fala com Mortágua, presidente do CJ da FPF a propósito de Dias da Cunha.
Costa Mortágua (CM) - … em directo… que os grande clubes, ele disse à cabeça que os grandes responsáveis pela corrupção, pelo que está mal no futebol –aquelas merdas todas, aqueles chavões! – tinham 2 nomes – Gilberto Madaíl (GM) e VL. Exactamente assim, pá!
VL. Não me diga que isso também tem que se fazer uma participação para a…criminal, não?
CM. Essa…essa. É que sim. Eu chamei a atenção disso ao Madail
VL. O senhor é da área, porra! O que lhe parece, há?
CM. Eu chamei a ataenção ao Madaíl que me disse ir tentar obter a cassette. Segunda feira vamos faze… vou tentar, pá, não deixar esfriar isto…
VL. Para ele coisa, e… transcreve-a? Para ele.
CM. Essa é que vem mesmo com os nomes à cabeça! Está a ver o Saldanha Sanchez é um fiscalista, não precebe nada de futebol, pá, e chega ali, debita ódio terrível em 5 minutos pá!
VL. Quê? Os responsáveis são A e B! Prontos! Come também!
CM. A e B! À cabeça! Nomes e tudo!
VL. Come também!
CM. É que não é o presi… Gilberto Madaíl e Valentim Loureiro. Quer dizer… cidadãos.
VL. Nós é que somos os responsáveis?
CM. Exactamente! Oh pá, não pode ser!
VL Tem que dizer porquê!
CM. Pá! Evidente pá! É evidente, eu disse ao Madaíl para arranjar a cassette da SIC pá…orque essa é fundamental, está lá o nome, os dois :
VL. Está bem. OK. Ouça, essa se for, é.. é.. participação, nem é preciso falar… é pumba!
CM. Pumba! Essa é directa, pá!
VL. Percebe? Pumba! (Risos)
CM. Essa é directo!
VL. O resto é conversa…
CM. Diga..Não! Diga que… vai manda para o CJ e tal, não faça considerações, porque eu, na próxima reuinião…
Vou mandar… vou mandar abrir um inquérito.
VL. É
CM. …eu vou pôr um colega meu a ouvi-lo.
VL. Sim, sim! Eu tenho lá um gajo bom, pá! Aquele gajo que conseguiu engavetar o Pimenta!
CM. Mas esse não pode ser, que esse é sportinguista.
VL. Ai é?
CM. Pois. Porque eles também não têm tempo e tal. Simplesmente, eu vou tentar pôr outro… outro gajo, sem ser ele…
PC e Lourenço Pinto (LP) conspiram em apresentar queixas contra Ana Gomes e uma procuradora.
LP. Agora a Liga… o major fodeu.me para aqui a cabeça… já tenho pricuração da, da, Federaçao e da Liga para fazer o processocontra a Ana Gomes?
PC. Sim.
LP. Isso vou fazer! Agora contra a procuradora.. eu estou a ver se arranjo matéria, não é? Mas não sei se tenho matéria para…
PC. Não, nem acho que se deva, agora, estar ameter com a procuradora…
LP. Nada, nana! Nem deperto nem delonge!
PC. Não porque aquilo também representa um grupo que tem… ela não é sozinha…
LP. É, é tem peso, a gaja tem peso!
PC. Acho que nem o major nem o meu amigo está para meter-se nisso!
LP. Não, não, não me meto nisso! Agora contra a Ana Gomes, contra a Ana Gomes, vou-lhe chegar! Ela chamou-nos “gabirus”, não é?
PC. “Gabirus” que não pagam impostos!
LP. É. Essa vai comer, não é? Vai comer!
PC. É… ela vai para o Parlamento Europeu, que eles querem ver-se livres dela!
LP. Pois mas querem ver-se livre dela mas mandam-na para um tacho bestial, não é?
PC. Pois é!
LP. Mandaram-na para um tacho bestial! O Lello disse-me que até me agradecia muito que fizéssemos a queixa porque queiriam ver-se livres dela… E portanto a queixa dá-lhes mais força para… a gaja desandar, não é?
Carolina Salgado reiterou ontem no DIAP do Porto que PC e Reinaldo Teles foram avisados que iam ser detidos pela PJ o que lhes permitiu fugir de casa no dia 2/12/2004.
Confirmou ainda que o médico Fernando Póvoas lhe receitou medicamentos que lhe fizeram mal e que os motoristas de PC, Afonso e Nuno Santos, a agrediram, situações que confirmou no livro.
O CM soube ainda que PC terá adquirido um acasa em Fortaleza no Brasil e que estará a prepara o casamento com a brasileira Lisa.
Abril, 15
“Correio da Manhã” e as escutas no “Caso Mourinho”
Horas depois do caso Mourinho, Antero Henrique (AH) prepara com PC as primeiras “tangas” para negar os insultos de Moutinho e a camisola rasgada:
AH. Foda-se! Não dormi um caralho! Estou com uma enxaqueca, pá!
PC. Filhos da puta… Tínhamos morto esta merda ontem… Embora eu ache que o Mourinho no final também se exaltou muito!
AH. É. Aquela coisa de dizer que o Rui Jorge morreu em campo e…
PC. Ele disse aonde?
AH. Ele diz que disse cá em baixo, quando estava a malta toda ali. Mas eu liguei para a “Bola” e para o “Jogo” a desmentir! A dizer que ele estava a dizer que era mentira!
PC. Não, não, não é desmentir, a gente tem é de processar o gajo que diz,
AH. É, e em relação à camisola também tem de se arranjar ali um. É ae que o Mourinho disse que “Esta camisola é indigna de ser trocada. Porque se a tivesse rasgado não a mandava outra vez para o balneário do Sporting”. É, temos de arranjar uma tanga se não saimos por baixo desta merda toda.
PC. Mas já falou com o Mourinho, não?
AH. Não, não por isso é que vou agora com ele ver o Rio Ave.
PC. E amanhá é um processo crime contra…
AH. É…
PC. Esse Betencourt e os jornais, carago!
AH. É que esse gajo é mesmo um cobarde!
Pouco depois PC recebe um telefonema de Adelino Caldeira (AC).
AC. Estive a ver o relatório pá, ali há uma coisa complicada! O… aquele cabrão do Braga, o Paulino, sabe quem é
PC. Sim, sim
AC. O gajo escreveu que viu (o rasgar da camisola). A história da camisola. É o que ele escreve, presidente!
PC. Oh!
AC. Pois está bem! Agora, ó presidente, das duas uma: ou se arranja alguém que chegue ao pé do gajo, que o gajo vá dizer que não viu mas que lhe foram contar… ou se o gajo mantém essa versão no relatório, no mínimo uma semana, no mínimo!
PC. É um filho da puta! Quem se dá… quem se dá bem com ele é o Zé Mário!
AC. Ó presidente, quer que eu fale com ele?
PC. Eu falo com ele!
AC. É que… atenção! Ou o gajo chega lá… o gajo não chega lá a dizer que viu! Porque ele… porque ele, depois diz a seguir, e quanto à afirmação veio contar-me o Bettencourt! Portanto!
PC. Ah!
AC. O que se presume que ele viu! Agora o que ele pode dizer é – “Não , a mim também me contaram”!
PC. Pois.
AC. Ó pá. É tão simples como isso! É que se não aquilo dá no mínimo um mês de pena mínima, no caso dos treinadores é reduzido por 25%. Que dá um mínimo de uma semana. Não tem hipóteses nenhumas mas, ó pá pode dar e depois… e… estes cabrões… pode dar sempre duas a três semanas. E se eles derem por exemplo 3 meses, por causa do passado do Mourinho, ou quatro, 25% é um mês, não é?
PC. É…mas eu falo com ele amanhã!
No dia seguinte, 4 de fevereiro, PC e AH falam logo de manhã.
AH. Devia ir a Gaia o gajo (Mourinho) está todo atrofiado!
PC: Porquê? Lá por causa…
AH. Estive agora a falar com ele (Mourinho), diz que não sente (apoio de) parte do clube… uma defesa que vai… que vai, vai avançar sozinho!
PC. Não sente da parte do clube?
AH. Não.
PC. Uma grande defesa?
AH. Disse-lhe. Ó pá não tem jeito nenhum!... diz: “Ó pá mas pronto, não, não sinto uma solidariedade pá… as pessoas vão dizer que… pá… pede desculpa ao Sporting”. E o caralho…
PC. Nós já ontem pusemos uma coisa no site.
AH. Eu sei eu sei, Ó presidente, eu acho que devíamos ir com uma queixa crime para cima do delegado da Liga se fosse possível! (que testemunhara a rasgadela da camisola)
PC. Isso é a minha ideia!
AH. Se fosse possível falar com o Adelino, se é tecnicamente possível,,, Avançar já com essa merda!
Minutos de pois de terminar a conversa PC telefona a VL e ameaça que os jogadores não vão à Luz se Mourinho for punido. No entanto, essa intenção nunca existiu como se comprova. É tudo “bluff”.
PC. Eu precisava de falar consigo porque isto está a tomar proporções que vai dar bronca do carago!
VL. Então?
PC. Eu estou aqui no centro de estágio e os jogadores estão reunidos…(mentira!)
VL. Hum, então?
PC. E querem faltar ao jogo da Luz.
VL. Faltar?
PC. Sim…
VÇ. Oh!
PC. Perdem os 3 pontos, não há problema!
VL. Oh, oh, oh.
PC. Não querem e o Mourinho vai processar judicialmente o delegado da Liga! Já entregou a um advogado! (mentira!)
VJ. Hum… Você vem para baixo?
PC. Eu estou aqui a falar com eles… estão reunidos. Depois vou para a Torre das Antas.
VL. Então ligue-me lá para o meio dia.
Antero Henrique depois de reunião com Mourinho liga a PC a contar-lhe o estado de espírito do treinador. Por sua vez PC relata a AH a conversa que teve com VL.
PC. Esteve com o homem?
AH. Ele (Mourinho) está um bocado atrofiado… mas ó presidente, ele também é incoerente, percebe? Como é que correu com o major, presidente?
PC. Ó pá, disse-lhe que havia a bomba de podermos dia 14… faltar! Ele entrou em pânico… e eu disse-lhe, “Ó Major, eu sei que não adianta nada, mas pelo menos, olhe, vamos ter a oportunidade de dizer ao mundo do futebol porque é que temos de fazer isto!”
Terminado o telefonema com AH, PC telefona a Adelino Caldeira (AD) e conta-lhe a ameaça.
AC. Ameaçou com o Estádio do Benfica?
PC. Exacto. Fiz uma tanga quando estava a falar com ele de modo que o gajo ficou em pânico.
AC. Segundo o relatório, diz claramente que não viu nada… e que foi só o Bettencourt que lhe contou tudo o que escreveu! Portanto, melhor do que isto é impossível!
PC. É impossível! Está bem!
AC. Portanto, o relatório limpa tudo completamente. OK?
PC. OK
AC. Diz exactamente isso. Claro que o gajo vai ser sacrificado, se calhar vai ter lhe deitar a mão. Mas também o gajo foi um filho da puta que escreveu primeiro… que se lixe, não é?
AC diz que PC falou com o juiz Gomes da Silva da Comissão Disciplinar da Liga, porque Mourinho só podia ser ouvido após ter recebido a nota de culpa.
AC. Antes de o sr. ligar pedi uma chamada para o Gomes da Silva. Foi combinado entre mim, o dr. Gomes da Silva e o Major que o sr. Mourinho só seria ouvido depois de receber a nota de culpa. Porque eu quero que ele seja acusado só naquele artigo que dá multa, que foi o que nós combinámos.
Abril, 18
Uma rede de informação bem montada
As escutas mostram PC a falar ao frequentemente ao telefone com Pinto de Sousa (PS) combinando os árbitros que iriam dirigir os jogos da Taça.
Revelam também que o dirigente sabia antecipadamente os castigos dos seus atletas e mostram também PC a falr com PS sobre as classificaçoes dos árbitros.
PS que aparece nas escutas como Presidente do Conselho de Arbitragem da FPF era um dos seus amigos de juventude que também fizeram carreira no desporto. Esta é aliás uma das justificações que tem apresentado nos vários interrogatórios a que foi sujeito para justificar a aparente familiaridade com o dirigente.
Abril, 19
Correio da Manhã e as escutas no “Caso Deco”
As pressões exercidas para que Deco (FCP) não fosse punido no caso que ficou conhecido com o da “bot”, um incidente ocorrido no final de Outubro de 2003 num Boavista-Porto, arbitrado por Paulo Paraty, podem ser conhecids através da leitura das escutas telefónicas no âmbito do processo Apito Dourado. As transcrições estão anexas ao processo que sustentam uma das certidões que se mantém em investigação no Departamento de Investigação do DIAOP do Porto. PC e VL estão indiciados por tráfico de influências. Mas as conversas envolvem muitos outros intervenientes, designadamente Antero Henriques e Adelino Caldeira, administradores e também Gilberto Madail (GM), presidente da FPF, e Pinto de Sousa, dirigenteas da arbitragem.
Punido inicialmente com 3 jogos de suspensão, o castigo foi dimonuido para dois por intervenção da Federação. PC tinha falado antes com GM alertando-o de que Deco ameaçava não jogar pela selecção e não representar Portugal no Europeu.
Nas mesmas escutas anexas ao Apito Dourado pode ainda ler-se uma conversa com PC com PS onde o dirigente da arbitragem garante ao líder portista que já falar com o árbitro Paulo Paraty. O receio de ambos era que relatório falasse de uma agressão, mas PS deixa PC descansado: “Eu dá-me ideia de que não vai utilizar a expressão agressão, de modo nenhum!”
Para as autoridades, este caso assumiu especial gravidade por se tratar de uma dos principais jogadores. Deco era uma peça fundamental na equip que meses depois se sagrou campeã europeia e foi também um dos atletas cuja transferência rendeu uma mais elevada quantia para os cofres do Porto.
Estas escutas são anteriores ao caso Mourinho que o CM noticiou na edição de ontem, mas fazem parte da mesma investigação. Na certidão enviada para o DIAP do Porto, Carlos Teixeira, magistrado de Gondomar, alertou ainda para a alegada promiscuidade com os magistrados que presidiam os órgãos disciplinares da Liga. Mais uma vez o nome dos juizes foi referido nas escutas.
Conversa entre PC e VL. PC sabe que o delegado da Liga escreveu que se tratou de uma agressão. Telefona a VL a protestar pelo teor do relatório.
PC. Estou?
VL. Então, ilustre presidente!
PC. Como?
VL. Dono do prédo das Antas!
PC. Já sei!
VL. Fala o inquilino. Está tudo bem ou quê?
PC. Olhe não está tudo bem, que lá o delegado da Liga é um fiho da puta!
VL. É. Eu não sei quem foi. O sr. Oscar!
PC. É mas o gajo é, mentira. Eu estive a ver as imagens
VL. Ah já?
PC. O gajo atira ostentativamente a bota ao árbitro e que o atingiu, o que não é verdade!
VL. Mas o árbitro também não disse nada disso?
PC. Não, o árbitro diz que lhe lançou a bota em direcção a ele (…) agora, o outro é que diz que atirou ostentivamente, o que é mentira! Ó pá, é fodido ser expulso injustamente.
VL. Eu percebo, eu percebo
PC. E reage, pá!. Que o gajo é que atitra a bota o gajo diz: saltou-lhe a bota!
VL. Mas ó Jorge, você veja aí com os seus serviços como as coisas poderiam conduzir-se para minorar os efeitos, pá ponha aí alguém a estudar isso, pá!
PC. Pois, isso já estão!
VL. A estudar isso, a estudar essa merda, porque esta coisa que vem nos jornais é estúpido
PC. Aquele Paraty é uma merda!
VL. Ó pá, uma merda
PC. não tem categoria para um jogo daqueles
VL. Sim, não o gajo ali chegava, matava a jogada e tal
PC. Sabe quem saiu para a Taça?
VL. Quem?
PC. Porto-Boavista!
VL. Lá vai o Boavista descansar, caralho. Foda-se! o caralho!
Conversa entre PC e PS sobre o relatório do árbitro Paraty. Que já garantira ao presidente da arbitragem que não iria utilizar a expressão “agressão”,
PS. Olha o seguinte. Já falámos portanto, eu dá-me ideia que não vai utilizar a expressão “agressão” de modo nenhum! Portanto, até disse muito contritamente, “Não, eu não sou vilão!” e portanto não vai utiizar a frase portanto, será o comportamento incorrecto, etc., etc. pronto! E isso foi o até, inclusivamente, ele disse: “Já estou a ser convocado pelo Conselho de Disciplina”, até podias dizer ao Adelino Caldeira que ele vai ser ouvido pela Comissão Disciplinar da Liga (CD) Não convém dizer nada só nós é que sabermos não é?
PC. Claro, claro!
PS. Agora, ficaria bem, pá, ouve lá, e ajudava muito, vê lá se podias fazer isso, pá, que alguém do FCPorto, talvez o Reinaldo Teles e o Deco telefonarem a pedir desculpa pá, vÊs alfgum inconveniente nisso?
PC. O Reinaldo não vejo problema
PS. E o Deco! E o Deco!
PC. Ó muito menos! Ah, ah, ah,
PS. Porquê?
PC. Mas foi ele que deu a ideia, não?
PS. Ó, mas foi ele que deu a ideia, pá. Pelo menos podiam pedir-lhe desculpa não é?
PC. Mas ele, quem?
PS. Ele! Ele! Paraty, como é evidente!
Conversa entre Adelino Caldeira (AC) que telefona a PC a dar-lhe conta da punição que será aplicada a Deco.
AC. Olhe, não comente até 2ª feira se não eles apanham o meu informador! Mas deu 3 jogos!
PC. Está bem, era o que eu calculava, não é?
AC, Não, calculava dois e estava com medo dos gajos, porque os gajos realmente são uns cabrões, pá. Agravaram em um (jogo) até mandou proposta para o instrutor! Para nos é igual porque ele não jogar no Marítimo é igual, mas é uma filha da putice destes gajos! Ainda gozaram lá com a situação, os cabrões!
Conversa entre Deco e PC que combinam que o jogador deverá ameaçar que não joga na selecção. Só assim poderá atemorizar a Federação para que diminua o castigo,
PC. Estou.
Deco. Sim
PC. Estou! É Presidente! Estou-te a falar pelo seguinte amanhã como sabes nós metemos o recurso do teu castigo, não é? (…) e vai sair aquela coisa do “Pato”, uma coisa a dizer do género de: “Pode estourar uma bomba que é possível que o Deco, desgostoso com a perseguição…
Deco. Hum
PC. E tal. “ofendido com o que foi dito e os termos indigno e castigo“ dentro daquilo que disseste hoje!
D. Sim, sim
PC: “Ofendido com a perseguição que lhe está a ser feita, se calhar vai pedir dispensa de jogar na na selecção e no europeu”. Uma coisa assim, estás a perceber?
D. Hum, hum!
PC. Que é como forma de pressão para,
D. Hum, hum
PC: Para o Conselho (Justiça)! Portanto, se amanhã alguém te perguntar se isso é verdade, se não é, o que pensas, tu dizes, “Desculpa, sobre isto não falo nem uma palavra! Na altura própria eu eu direi!”
Conversa entre Antero Henrique (AH) e PC que já está a par da pressão exercida sobre a Federação e comenta a ameaça de Deco não jogar.
PC: Sim?
AH. Presidente bom dia!
PC. Então?
A. Esta do “Pato”, do Deco vou-lhe dizer uma coisa, pá!.. eu sabia que o presidente era um génio, mas esta! foda-se!
PC: Como é que vem?
AH. Vem espectacular, pá!
PC: Como é que está?
AH. Acho que é uma chantagem fantástica!
PC recebe uma chamada de Gilberto Madail (GM) e faz a mesma ameaça. Dia que Deco admite abamdona a Selecçao por causa do castigo da Liga.
PC. Estou?
GM. Com é que está o meu amigo?
PC. ÓO óó! então? Olhe eu preciso de falar com o meu amigo, mas tem tempo (…) é só depois do Real Madrid. O Deco vai tomar uma posição sobre a selecção.
GM. Ai é? Hum
PC. É porque aquilo é muito grave o que foi dito, nós lá temos a informação de que quem escreveu aquilo foi o próprio presidente do Conselho de Disciplina, escreveu no acórdão e entendo que se não ouver uma reparação, se ele é indigno não deve jogar pela selecção!...
GM. Mas o presidente do CD já escreveu?
PC. ele diz que se não houver uma reparação, seja de quem for, ou da Federação a desmarcar-se do
GM. Não, tem quer ser!
PC. Daquilo, ele ele, depois do Real Madrid, vai pedir escusa da selecção! (mentira!)
GM. Hum, presidente eu vou ver isso, obrigadinho por me ter avisado!
A federação diminui o castigo a Deco e PC telefona a VL a dar-lhe conta disso,
PC. Estou sr. Major! Como está?
VL. Então com é que vai o mau amigo? Está na Madeira, cara no bananal!
PC. Então mais uma, mais uma vez desautorizados!
VL. Em quê?
PC. No Deco! Baixou de 3 para dois (jogos)
VL. Já se sabia carago!
PC. Já se sabia? Mas é um desses gajos não têm vergonha, caralho!, se tivessem vergonha!
VL. Ó Jorge!
PC. Eu vou eu vou sabe o que é que vou dizer?
VL. Ó você vai dizer!
PC. É é pena para ser juiz não seja preciso ter vergonha!
VL. Ó não diga isso
PC. Eles depois que me processem!
VL. Hum, não diga isso, pá! As várias instâncias podem sempre, os tribunais e a mesma coisa! Você não viu agora o caso do Ritto e da Rita e dessa gente toda.
PC. Ó Major, o que é engraçado é que é sempre é sempre do
VL. Enquanto, enquanto lá estiver o (juiz) Mortágua é assim, pá!
PC. É enquanto estiver o Cebola.
VL. É a reposta é a resposta que eles podem dar, pá!
PC. É?
VL. É!
PC. Então que “deiam”! Que “deiam”! Major! Major!
VL. Diga!
PC. Mas você um dia vamos os três eu, você e o (Juiz) Mortágua e depois o Mortágua conta-lhe coisas!
VL. Óptimo! Pronto! Se ele me contar, pá sei lá! Sei lá disso! Mas quê? Do Gomes da Silva?
PC. O pior de todos é um tal Cebola!
VL. O Cebola… mas eu nem sei quem ele é o Cebola eu só conheço este gajo e um rapaz agora novo que apareceu em Famalicão ou não sei quê, pá! Substitui um gajo que foi para Timor ou para o caralho pá! De resto, nem os conheço, pá! Cebola, até cheira mal, pá Cebola!
PC. É de Coimbra! É um gajo de Coimbra!
VL. Não sei quem é! E e e quê? Do Benfica?
PC. Não sei o que é! Sei que é o mais anti Porto possível! Isto dito pelo Mortágua!
Deco saiu do Porto para o Barcelona no fim de 2003/2004 quando o clube se sagrou campeão eorupeu, pos 15M€.
A agressão ao árbitro dava vários meses de suspensão. O jogador foi fundamental para o Porto ganhar os títulos que ganhou.
Abril, 26
O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) deu razão ao jornalista José Manuel Mestre que tinha sido condenado em Portugal por difamação depois de afirmar, em questões colocadas a um entrevistado, que o presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa, era o "patrão dos árbitros". O tribunal europeu entendeu que a justiça portuguesa violou o artigo 10.º da Convenção dos Direitos do Homem, que garante a todas as pessoas a liberdade de expressão. E avisou, no acórdão a que o DN teve acesso, que "o interesse de uma sociedade democrática é assegurar e manter a liberdade de expressão". Resultado: José Manuel Mestre e a SIC - televisão onde trabalha o jornalista - viram ontem o TEDH condenar o Estado a pagar-lhes, respectivamente, 2104,72 euros e 687,37 euros, por danos materiais.
Mais. Portugal foi ainda condenado a pagar ao jornalista e à SIC 10 mil euros pelas despesas suportadas com a acção no tribunal europeu. José Manuel Mestre não conseguiu, contudo, que o TEDH lhe desse razão no pedido de indemnização por danos morais de 15 mil euros. O caso remonta a 1996, quando José Manuel Mestre numa entrevista ao então director-geral da UEFA Gerhard Aigner lhe perguntou se "é normal" Pinto da Costa ser ao mesmo tempo presidente do FCP e "patrão dos árbitros", uma vez que dirigia a Liga Portuguesa de Futebol (LPF). Esta acumulação de funções estava na altura a suscitar polémica e era amplamente focada na comunicação social - este foi aliás um dos argumentos usados por Mestre junto do TEDH, que deu a justificação como boa. O presidente do FCP processou o jornalista por difamação. "Nunca ofendi Pinto da Costa, limitei-me a defender as regras da minha profissão e a perguntar uma coisa que era da opinião pública. Fiquei chocado com a condenação", reagiu José Manuel Mestre, falando á Lusa.
Maio, 14
O árbitro Pedro Sanhudo é citado em três de cinco processos disciplinares instaurados pelo Conselho de Disciplina da FPF, relacionados com o Apito Dourado.
Junho, 12
Pinto da Costa acusado de corrupção desportiva no âmbito das investigações do processo Apito Dourado ao jogo FC Porto-Estrela da Amadora em 2004, conhecido como "caso da fruta". O empresário de futebol António Araújo, os árbitros Jacinto Paixão, José Chilrito e Manuel Quadrado também foram acusados.
O presidente do FCP, PC, foi hoje acusado do crime de corrupção desportiva no âmbito das investigações do processo “Apito Dourado” ao jogo Porto-Estrela da Amadora em 2004, conhecido como o “caso da fruta”. No processo estão também acusados o administrador da SAD Reinaldo Teles, o empresário António Araújo (AA) e os árbitros Manuel Quadrado, Jacinto Paixão e José Chilrito. A acusação aponta a “práctica de actos contrários às leis do jogo, a troco de favores sexuais de prostitutas bem como de valores pecuniários”.
Ao caso envolve, aonda o vice-presidente da colectividades, Reinaldo Teles e um outro árbitro, Luis Lameiras que terá assumido que foi ele quem sugeriu que se arranjasse compnahis de porstitutas – “a fruta” – para os trÊs colegas.
O presidente do Porto encontrava-se de férias no Algarve, tendo viajado hoje para o Porto para tomar conhecimento da acusação.
Reinaldo Teles também foi indiciado
O presidente do Porto acaba de ser acusao formalmente do crime de corrupção desportiva. É suspeito de ter subornado uma equipa de arbitragem por troca de favores sexuais cxom prostitutas. Recofde-se que OPC já tinha sido ilibado há 14 meses nestemesmo processo de prática de corrupção activa. Mas em Janeiro deste ano, Maria José Morgado, responsável pelo processo “Apito Dourado”, decidiu reabrir os aurtos depois de ler o livro de Carolina Salgado (CS) ex-companheira do dirigente portista, e cumprindo ordens directas do Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, para que os factos fossem apurados.
Entretanto, uma fonte citada pela agência Lusa relevou que o processo deverá estar concluido até ao final do mês e que poderá haver novos desenvolvimentos ainda esta semana.
Os factos
PC foi ouvido em Dezembro de 2004 no Tribunal de Gondomar, tendo sido confrontado com o teor das escutas telefónicas que manteve com o empresário AA, no dia do jogo com o Estrela da Amadora, depois de Jacinto Paxão ter-lhe telefonado a pedir serviço de prostitutas. A PJ concluiu que o empresário telefonou imediatamente para PC a explicar que lhe haviam telefonado a pedir “fruta” para um tal “JP” esclarecendo ainda que era para dormir, pergunta que PC respondeu que já tinha sido mandada. O MP entendeu que a conversa que já não era a primeira vez que enviava fruta a árbitros – termo referente a prostitutas - referindo que de imediato Arújo telefonou a uma brasileira, Claudia Gomes, que trabalhava como “alternadeira”, para esta arranjar 3 prostitutas para essa noite.
A investigação detectou que o Estrela que perdeu 2-0 terá sido prejudicado nomeadamente com um golo em “fora de jogo”, atribuindo o facto às 3 mulheres contratadas para uma noite de prazer no hotel onde estavam hospedados.
Refere que AA esperou pelos 3 árbitros com as 3 mulheres a quem pagou 150€ a cada, apresentando-as quando chegaram e indicando que poderia tratar um deles por Paixão. No final do jogo o trio de arbitragem, que assumiu a confraternização com as prostitutas, jantou numa marisqueira em Matosinhos com Reinaldo Teles vice-presidente do FCP e onde apareceu PC que pagou a conta.
Confrontado com o telefonema, PC disse que o FCPorto devia 130 mil dólares a AA que é co-proprietário do clube brasileiro Corinthias Alagoano, justificando desta forma as boas relações entre os dois, explicando ainda que AA passa muito tempo no Brasil pelo que tem uma fomra de falar “abrasileirada”, na qual “fruta” queria dizer dinheiro, no caso de uma dívida que estaria a ser saldada. Sobre as iniciais “JP” utilizadas na convertsa telefónica, afirmou que se estavam a referir a outro indivíduo com um nome parecido amigo do empresário para quem era as companhias em causa e que era casado o que exigia sigilo.
No final do inquérito, o DIAP do Porto decidiu arquivar o processo com base em que “as provas recolhidas reproduzidas em julgamento sobretudo numa fase processual em que vigora o princípio “in dubio pró reo”, não teriam a virtualidade de condizirem à condenação dos arguidos. “As provas não permitem afirmar com um grau de certeza razoável, que os ditos serviços foram oferecidos e aceites com o sentido da contrapartida de uma actuação fraudulenta por parte da equipa de arbitragem”, conclui o DIAP do Porto.
Junho, 13
Pinto da Costa desvaloriza acusação de corrupção desportiva
O advogado de PC desvalorizou hoje a acusação de corrupção desportiva de que é alvo o seu cliente, salientando que se baseia do inquérito.
Num comunicado enviado à Lusa , Gil Moreira dos Santos (GMS) revela que PC teve conhecimento ontem da acusação “proferida em sede de inquérito que já tinha sido arquivado por decisão de um magistrado do MP”. O advogado sistenta que esta acusação “assenta essencialmente nos mesmos factos que levaram ao anterior arquivamento”.
O causídico recorda que o anterior arquivamento do inquérito foi justificado pelo magistrado com a conclusão de que os factos e o decurso dos acontecimentos não eram favoráveis a que se deduzisse que os alegados momentos de prazer proporcionados aos árbitros eram uma contrapartida de favores da arbitragem”. Por outro lado – referindo-se ainda à anterior decisão de arquivamento – salienta que o eventual acto de corrupção teria de se manifestar em algo “objectivo e concreto”, como uma arbitragem fraudulenta ou tendenciosa. GMS saleitna que “esse dado não se retira da análise do jogo feita pelos árbitros/peritos”. Além de que o relatório do observador do árbitro no jogo Porto-Estrela da Amadora refere algumas críticas, mas “todas em prejuizo do FCP”.
Advogado põe em causa a credibilidade de Carolina S
epois de recordar os argumentos utilizados pelo magistrado para ordenar o anterior arquivamento do inquérito, o advogado considera que a decisão em sentido contrário agora anunciada resulta de “declaraçãoes recolhidas de uma testemunha” além de nada por si observado poder ter relatado, viu já a sua isenção apreciada pela opinião pública, que na obra que escreveu, quer no aproveitamento que desta se fez e vai fazer. Nessa perspectiva, GMS questiona a suatentabilidade da acusação, conclui o comunicado salientando que o silêncio a que PC de tem remetido “Não significa concordância”.
Mas também “o modo como se puderam extrair, nesta nova análise da mesma matéria, algumas conclusões, mesmo jurídicas, com as implicações que aparecem suscitadas” em órgãos de cs.
Neste caso, o presidente do FCP é acusado co crime de corrupção desportiva no âmbito das investigações do processo ao jogo Porto-Estrela Amadora em 2004. Fonte próxima do processo adiantou ontem à Lusa que, para além de PC, a equipa liderada pela procuradora Maria José Morgado acusou ainda o empresário de futebol AA e os árbitros Jacinto Paixão, José Chilrito e Manuel Quadrado. O caso envolve ainda o vice-presidente da colectividade, Reinaldo Teles.
O jornal CM denuncia um negócio paralelo ao sistema bancário, onde se ofereciam juros altos, mas também empréstimos sem garantias ou contrapartidas.
BCP financiou SAD do Porto
Um negócio paralelo ao sistema bancário, onde se ofereciam juros altos, mas também empréstimos sem garantias ou contrapartidas. Terá sido assim no balcão das Antas do Banco Mello, entre 1998 e 2000, onde o economista Espregueira Mendes, administrador de uma empresa associada à SAD do FC Porto, era gerente.
O Ministério Público descobriu uma volumosa fraude e o caso está agora em julgamento. Espregueira Mendes responde por burla qualificada no valor de dez milhões de euros, quantificado pelo banco como o total entre os juros não cobrados, os custos fiscais suportados para regularizar as aplicações ilicitamente constituídas e as perdas geradas pelo “crédito malparado”.
O Ministério Público arrolou como testemunhas os clientes a quem foram prometidos juros altos a troco de depósitos à ordem, ficando de “fora”, osempresários com ligações ao FC Porto a quem foram concedidos empréstimos, “quase financiamentos”, a troco de cheques pré-datados.
Na acusação pública, que o CM consultou, pode então ver-se que estaria em causa um esquema bastante elaborado. Enquanto gerente do balcão, que se destinava apenas a clientes VIP, Nuno Espregueira Mendes criou contas paralelas, onde os clientes tinham como domicílio o próprio banco, o que lhe permitia fazer aplicações em bolsa do dinheiro que não lhe pertencia. Ao mesmo tempo, concedia também empréstimos em condições que ele próprio definia e que escapavam em absoluto ao controlo bancário.
Quando a situação foi descoberta, muitas das acções tinham valores inferiores aos prejuízos. Para além disso, o Banco Mello, agora BCP, foi obrigado a pagar aos clientes os juros que aqueles tinham contratualizado com Espregueira Mendes, mesmo tratando-se de valores mais elevados do que os habitualmente praticados pelo balcão.
Ainda segundo o Ministério Público, para além dos clientes particulares foram também emprestadas elevadas verbas à SAD portista. Nos documentos consultados pelo CM há pelo menos referência a treze depósitos nas contas do clube. O valor total rondou os três milhões de euros e os depósitos foram feitos entre Agosto de 1998 e Dezembro de 1999.
Recorde-se, ainda, que após uma auditoria, Espregueira Mendes, à data administrador da SAD do Porto, foi suspenso de funções.
PERGUNTAS & RESPOSTAS
- O que é que o arguido oferecia aos clientes em troca dos depósitos?
- Segundo o Ministério Público, Nuno Espregueira Mendes oferecia juros mais elevados que a generalidade dos bancos. Os clientes eram empresários com alto poder de compra e a sua ligação ao FC Porto atraiu ao balcão diversos jogadores. Em troca, o banco pagava a alguns clientes juros ao mês, que podiam atingir os 10 por cento.
- Onde era investido o dinheiro dos clientes?
- A acusação refere que Nuno Espregueira Mendes abria contas paralelas sem o conhecimento dos clientes e fazia investimentos através de uma sociedade financeira de corretagem – Mello Valores. Negociava então títulos mobiliários no mercado de capitais, numa altura em que a bolsa estava numa fase de crescimento sem paralelo. Os lucros eram elevados.
- A quem concedia empréstimos e quais as contrapartidas?
- A investigação apurou que foram concedidos diversos empréstimos a empresários com ligações ao FC Porto. Os empréstimos eram feitos tendo apenas como garantia cheques pré-datados e não havia qualquer análise à capacidade de endividamento dos clientes. O banco alega que foi muito prejudicado nos juros não recebidos, para além dos créditos que não foram pagos.
Auditores analisam documentos
Ontem, em mais uma sessão de julgamento, uma das 18 auditoras que passaram a pente fino as contas do balcão das Antas do Banco Mello, foi explicar ao tribunal os documentos que suportam as conclusões do Ministério Público. Por se tratar da análise detalhada de documentos, a audiência acabou por acontecer numa mesa redonda, onde os juízes, a procuradora e os advogados tentavam descodificar a documentação.
Entretanto, o BCP, que se constituiu assistente no processo, fez também juntar ao processo novos documentos, que consistem nos extractos das contas reais tituladas pelos clientes com aplicações financeiras, bem como os extratos das contas paralelas, tituladas pelos mesmos clientes.
Durante o dia e por diversas vezes, os juízes tentaram perceber como foi possível aos auditores estabelecerem a relação entre determinadas saídas de dinheiro e as entradas das mesmas quantias nas contas de Maria João Espregueira Mendes ou pessoas que lhe eram próximas.
A auditora explicou que foi com recurso ao sistema informático que foi possível fazer a ligação das verbas, já que nem sempre as transferências eram feitas directamente, de forma a não deixar rasto. Na sessão de ontem, apenas foram analisados os depósitos feitos na conta da mulher do único arguido. Gil Moreira dos Santos, advogado de Espregueira Mendes, requereu também ao tribunal que lhe fosse concedido um prazo mínimo de dez dias, para poder analisar os sete volumes de documentos que o BCP acabara de juntar como prova. Aquele prazo foi-lhe concedido.
Empréstimos volumosos sem juros
JOAQUIM OLIVEIRA: €10,5 MILHÕES
O patrão da Globalnotícias e da Controlinvest, um dos maiores impérios de comunicação social, fez três empréstimos, num total de 10,5 milhões de euros. O primeiro foi contraído em 1998.
JOÃO ESPREGUEIRA MENDES: 300 MIL EUROS
Irmão de Nuno Espregueira Mendes, João Espregueira Mendes viu ser depositado na sua conta uma verba de 300 mil euros. O depósito, que o MP apelida de financiamento, foi feito em Junho de 1998. A acusação sustenta que o banco não tinha qualquer garantia do pagamento por parte do cliente.
ADELINO CALDEIRA: €2 MILHÕES
Adelino Caldeira, administrador da SAD portista, fez dois empréstimos ao Banco Mello. No total foram depositados na sua conta cerca de dois milhões de euros.
M. JOÃO ESPREGUEIRA MENDES: €7,5 MILHÕES
Maria João Espregueira Mendes é casada com o administrador da Portocomercial, arguido no processo. Na sua conta foram feitos mais de duas dezenas de depósitos que ultrapassam os 7,5 milhões de euros. Cerca de um milhão terá passado pela sua conta, antes de entrar na de terceiros.
ANTÓNIO OLIVEIRA: €1,5 MILHÕES
António Oliveira, ex-treinador do Porto e um dos maiores accionistas da SAD, contraiu dois empréstimos com o Mello. As transferências totalizaram 1,5 milhões de euros.
Empréstimos em tempos de euforia
Os anos de 1998 e 1999, quando Joaquim Oliveira conseguiu o empréstimo sem juros, foram de euforia na Bolsa e os investidores que aproveitaram os ciclos favoráveis conseguiram acumular fortunas em mais-valias. A valorização do principal índice em 1998 foi de 25%, mas a amplitude entre o ponto máximo e o mínimo chegou a 90,16%.
Ao ficar isento do pagamento dos juros, Joaquim de Oliveira poupou muitos milhares de contos. Nesse ano, a taxa média praticada no crédito à habitação, mais favorável que a usada para aplicações de risco, era em média de 8,2% ao ano. Em 1999 os juros tiveram tendência de descida, mas mesmo que só tivesse de pagar 5%, os mais de dois milhões de contos exigiam um esforço de juros de pelo menos 100 mil contos.
O investimento mais conhecido de Joaquim Oliveira na Bolsa é a PT Multimédia, a empresa que é sua parceira na Sportv.
RUI MOREIRA (presidente da CMPorto)
Rui Moreira, que é familiar de Espregueira Mendes, depositou no banco quase dois milhões e meio de euros. Interrogado, disse que não se lembrava.
JAIME MAGALHÃES (ex-jogador)
Jaime Magalhães, jogador do FC Porto até 1994, depositou 600 mil euros, a troco de 2600 euros de juros ao mês. “Depositei tudo o que tinha”, afirmou.
ANTÓNIO FOLHA (ex-jogador)
António Folha, que durante muitos anos representou o FC Porto (e que acabou a jogar no Penafiel), fez também avultados depósitos no Banco Mello.
O Julgamento de Espregueira Mendes
Espregueira Mendes, ex-administrador da SAD do FC Porto e antigo gerente da agência das Antas do Banco Mello, foi hoje condenado, no Tribunal de São João Novo, Porto, a SEIS ANOS DE PRISÃO EFECTIVA PELO CRIME DE BURLA AGRAVADA.
No acórdão hoje lido, o tribunal deu como provado que Nuno Espregueira Mendes “delineou e executou de um modo astucioso e cuidado um plano no qual oferecia aplicações financeiras (a clientes da agência das Antas do Banco Mello) com a garantia de juros líquidos superiores aos do mercado e do próprio Banco Mello”.
“Espregueira Mendes não tinha autonomia para negociar tais taxas de juro e fê-lo sempre sem autorização (do banco)”, sustentou a juíza que presidiu ao julgamento.
Quando o arguido recebia o dinheiro dos clientes para efectuar a aplicação “esse dinheiro era transferido de imediato para contas paralelas que ficavam domiciliadas na própria agência”, além de essas contas surgirem “nos serviços centrais como contas autónomas”, leu a magistrada.
“O arguido transferia montantes para contas paralelas para esconder as verdadeiras aplicações e posteriormente os montantes eram usados por Espregueira Mendes, e outros funcionários, conforme os seus critérios”, referiu a juíza-presidente.
Para obter ganhos que lhe permitissem pagar as taxas de juro acordadas, Nuno Espregueira Mendes “dava ordens de compra e venda no mercado de valores imobiliários, que era muito rentável até à queda de 1999″ disse a juíza.
“As mais-valias permitiam a Espregueira Mendes ter dinheiro para creditar nas contas dos clientes, comprar novos títulos em bolsa, emprestar dinheiro, pagar despesas pessoais e fazer depósitos em outras instituições bancárias”, referiu a magistrada.
Parte das verbas conseguidas eram transferidas para uma “conta bolo”, aberta em nome de Maria João Espregueira Mendes, esposa do arguido, e manobradas para dar resposta às diversas solicitações.
Como tinha cheques da conta aberta em nome da sua esposa, Espregueira Mendes fazia depósitos de elevados montantes em contas de outros bancos, das quais era titular, tendo sido apurado um total de 285 mil contos (1,4 milhões de euros) em cheques depositados.
No total, o esquema de contas paralelas, que funcionou entre 1998 e 1999, permitiu a Espregueira Mendes “gerir mais de 20 milhões de contos como lhe aprouve”, destacou a juíza-presidente.
Depois de Espregueira Mendes ter sido suspenso das suas actividades na agência das Antas, em Abril de 1999, o Banco Mello teve de pagar aos clientes taxas de juro mais elevadas às praticadas, sendo a diferença entre o montante recuperado e o pago superior a 3 milhões de eros.
Durante o julgamento não ficou provado que o esquema levado a cabo por Nuno Espregueira Mendes fosse uma prática corrente do banco.
No final da leitura a juíza-presidente justificou que a pena de prisão é efectiva para que o réu “sinta a reprovação da sua conduta”, isto por considerar que o arguido “não demonstrou espírito crítico sobre o efectuado, fazendo crer que, se pudesse, voltaria a agir do mesmo modo”.
À saída da sessão o advogado da defesa, Gil Moreira dos Santos, não quis prestar declarações, dizendo apenas que este “não é um caso terminado”, lançando assim a hipótese de recorrer da sentença.
Junho, 21
Pinto da Costa considera “Falso” o testemunho de Carolina
Em causa está o jogo Beira Mar- Porto dispuatda ao 18/4(2004, com arbitrgame de Augusto Duarte que se terá deslocado a casa de PC dois dias nates deste encontrao que terminou num empate.
O árbitro tera´sido acompnahado pleo empresário AA e CS terá testemunhado o encontro.
O Procurador do MP de Gaia tinha arugmentado falta de provas para arquivar este caso, agora reaberto pela equipa de Maria José Morgado (MJM)
“O quadro de faco que se traçou consente perfeitamente que a existÊncia de contrparidas tivesse existido, enquanto consuta verosímil, mas ão permite afirmar a sua ocorrência em termos que permitam concluir pela possibilidade
razoável de aos arguidos, por força dos incdícios recolhidos, vir a ser aplicada em julgamento uma pena ou uma medida de segurança, concluiu o magistrado no despacho de arquivamento.
A visita do árbitro a casa de PC foi vigiada pela PJ e acompanhada por escutaas aos telmóveis de PC e AA que terão justificado o encontrao para “tomar café”.
“ A acusação em causa assenta nos mesmos factos que levaram ao anterios arquivamento”, refere o dvogado de PC no comunicado, admitindo que a situaçõ pode rer sido alterada por “declarações que foram pretadas por uma testemunha, autora do recente “best-seller”, aludindo a CS.
O advogado do presidente questiona a credibilidade do depoimento desta testemunha e critica a “leviandade” com que PC é acusado, frisando que a única novidade no processo é um depoimento falso e motivado por razões de “revanche” e outras, quiçá mais obscura”.
Para o advogado, “seria de esperar que o MP, como era sua obrigação, distinguisse o trigo do joio”.
Neste quadro, revela que decidiu requerer a abertura de instrução “por forma a demonstrar o infundado do testemunho, a grave lesão que uma acusação ligeira causa ao bom nome (de PC e FCP) e o desperdício de meios humanos e financeiros da máquina judicial que o mais que previsível malogro da acusação irá acarretar”.
Numa entrevista publicada no jornal Público o presidente do Porto negou que alguma vez tivesse pago ou mandado pagar a árbitros para que o seu clube fosse beneficiado nos resultados desportivos.
Por outro lado, PC desvalorizou as acusações feitas pela sua antiga companheira, considerando que “tanta invenção e falsidade só serão compreendidas quando todos souberem com quem CS se reuniu antes do livro, despoi de ele ser escrito, quem acrescentou coisas e cortou outras”.
"Caso do envelope" - Advogado de Pinto da Costa considerou que "a acusação em causa assenta nos mesmos factos que levaram ao anterior arquivamento. Pinto da Costa é acusado de ter entregue um envelope com 2.500 euros ao árbitro de Braga Augusto Duarte dois dias antes do jogo entre o Beira-Mar e o FC Porto, da época 2003/04.
Junho, 22
Pinto da Costa, depois de ter sido constituído arguido nos casos dos jogos Porto-Amadora e Beira Mar-Porto, enfrenta nova acusação, nesta terceira vez é acusado de corrupção desportiva activa no âmbito do processo Apito Dourado. Em causa o jogo Nacional-Benfica, referente à época 2003/04. O presidente do Nacional, Rui Alves, e o empresário António Araújo também acusados neste caso.
Pinto da Costa lamenta que o seu nome tenha sido «abusivamente referenciado numa conversa entre terceiros»
PC considera infundada a acusação pelo crime de corrupção desportiva activa no processo relativo ao jogo Nacional-Benfica e já anunciou que vai requeerer a abertura de instrução.
Numa nota enviada aos jornalistas, o advogado Gil Moreira dos Sanots (GMS) contesta o facto de a acusação se basear “tão só em conversas telefónicas de terceiros” nas quais o seu nome ” abusivamente referenciado”.
“A vencer nos tribunais a tese da valorização de conversas de terceiros que a outros se refere, qualquer pessoa com alguma notoriedade, que seja mencionada no descurso das mesmas, pode ver-se na mesma situação em que está o nosso constituinte”.
A acusação de uma pessoa “porque alguém se lembrou de mencionar o seu nome”, representa, segundo o causídico, “uma grave violação dos princípios do Estado de direito”.
O comunicado refere ainda que PC “não practicou quaisquer actos nem teve qualquer intervenção naquelas conversas, sendo completamente alheio às mesmas”.
Além disso destaca o facto de neste caso a acusação não se fundar nos depoimentos da “autora de um “best-seller” (CS) que tem vindo a ser um denominador comum nos outros processos”.
O presidente do FCPorto aguarda ainda o despacho final em relação ao processo das alegadas agressões ao verador de Gondomar, Ricardo Bexiga, bem como em relação ao preocesso da alegada viciação das aclassificaçoes dos árbitros.
Junho, 27
Ministério Público valida acusações contra Carolina Salgado por alegados crimes de difamação agravados, depois de queixas do vice-presidente portista, Reinaldo Teles, e Lourenço Pinto, advogado do presidente do FC Porto.
Julho, 3
Valentim Loureiro é suspenso pelo C.J. da FPF por 6 meses da sua função de Presidente da MAG da Liga de Clubes por injúrias a 2 membros da C.D.da Liga no âmbito do processo Apito Dourado. No recurso a suspensão acabará por ser reduzida para 100 dias e assim poder continuar no cargo. No seguimento, o presidente daquele órgão (Herculano Lima) demite-se por não concordar e achar que a redução visa precisamente a manutenção de Valentim Loureiro como Presidente da MAG da Liga, pois as medidas disciplinares superiores a 120 dias implica a imediata suspensão dos cargos.
Julho, 25
A equipa de Maria José Morgado divulga as conclusões dos principais inquéritos de corrupção desportiva, revelando que houve 20 acusações em 56 inquéritos. Memorando final da Equipa de Coordenação do Processo "Apito Dourado", sobre corrupção desportiva no futebol, refere a existência de acusação em seis encontros das Ligas profissionais, cinco dos quais da época 2003/04. O FC Porto (nos encontros com o Estrela da Amadora e Beira-Mar) e o Nacional da Madeira (frente ao Benfica e Marítimo) são citados em duas partidas cada, além do jogo Boavista-Estrela da Amadora.
Julho, 28
Procurador-Geral da República abre inquérito à equipa de Maria José Morgado na sequência das declarações da irmã de Carolina Salgado, que lançou suspeitas sobre os investigadores do processo Apito Dourado.
Agosto, 6
Estratégia de defesa de Pinto da Costa passa por descredibilizar Carolina Salgado
A defesa do presidnete do Porto requereu a junção do testemunho de Ana Maria Salgado (AMS), irmã de CS aos processos em que o arguido é acusado de corrupção desportiva activa.
D acordo com o advogado Miguel Moreira dos Santos (MMS) “o objectivo é que o depoimento seja tido em conta para aferir da credibilidade da testemunha” CS.
Recorde-se que AMS prestou depoimento recentemente como testemunha, no âmbito do inquérito por difamação que o médico Fernado Póvoas moveu a CS, na sequência das declarações em que é visado no livro. No entanto, o médico acabou por não avançar com a acusação particular tendo o processo sido arquivado.
A defesa do presidente portista quer explorar as divergências entre os depoimentos entre irmãs. Enquanto CS afirma ter presenciado a entrega do envelope com €2500 ao árbitro Augusto Duarte a 16 de Abril de 2004, a irmã AMS assegura que CS lhe terá confessado que “não conseguiu ouvir grande coisa e que não podia garantir ter sido entregue qualquer envolope”.
As declarações de AMS motivaram a abertura de um inquérito autónomo e o Procurador-Geral Pinto Monteiro já anunciou que o MP pretende investigar as circustâncias em que o depoimento de AMS foi prestado.
Outubro, 31
Magistrado não quer julgar Valentim por exercer funções na Liga de Clubes
O Juiz António Carneiro da Silva, um dos membros que integram o colectivo que deverá julgar Valentim Loureiro, apresentou um pedido de escusa alegando que exerce funções num órgão da Liga de Clubes, pois a sua intervenção corria o risco de ser considerada suspeita e gerar desconfiança sobre a sua imparcialidade.
No entanto, os desembargadores entenderam “não haver razões para suspeitar da imparcialidade do juiz”.
Novembro, 16
Um dos árbitros da Associação de Futebol de Viseu (AFV) detidos sai em liberdade, mas com Termo de Identidade e Residência
Novembro, 30
«Belém sobrevive a golo irregular e empata no Dragão.» - jornal A Bola, 30 de Novembro de 2007.
Dezembro, 4
Inicia-se no Tribunal de Gondomar o julgamento de um processo cível intentado contra o Estado pelo presidente do FC Porto, Pinto da Costa, que reclama 50 mil euros de indemnização por alegada detenção ilegal em 2004.
Dezembro, 8
Arbitragem tendenciosa e em claro prejuízo da equipa de Andebol do Benfica protagonizada por Daniel Martins e Roberto Martins, no Sporting-Benfica (26-19) a contar para a TL.
Rolando, central do Belenenses, já há muito apalavrado para vir a representar o FC Porto, é alvo de possível suborno ou pressão por parte dos portistas.
Em 2006-07 o campeão podia ter sido o Sporting, não fosse o golo com a mão do Paços de Ferreira em Alvalade por intermédio de Ronny.
2008
Janeiro, 18
Carolina Salgado disse, no âmbito da instrução do processo sobre o jogo Beira Mar-FC Porto, que viu o presidente do FC Porto entregar um envelope ao árbitro Augusto Duarte contendo 2.500 euros.
Janeiro, 27
«Autocarro encarnado fugiu a emboscada. [no regresso de Guimarães]» - Jornal A Bola, 27 de Janeiro de 2008.
Janeiro, 31
«Leandro Lima - idade sob suspeita. Tudo indica que o médio do FC Porto é dois anos mais velho.» - Jornal A Bola, 31 de Janeiro de 2008.
Fevereiro, 4
Tribunal de Gondomar recusa a indemnização pedida por Pinto da Costa ao Estado, num processo cível por alegada detenção ilegal em fins de 2004.
Fevereiro, 6
Pinto da Costa admite suscitar nulidade nos processos referentes aos crimes de natureza fiscal e de branqueamento de capitais
A defesa de PC admite suscitar a nulidade das diligências tomadas no inquérito em que o MP investiga alegados crimes de natureza fiscal e de branqueamento de capitai, em cuso desde 2006 na sequÊncia das declarações prestadas por Carolina Salgado.
Apesar do procurador que detém o processo referir expressamente que os autos correm contra desconhecidos, a defesa do presidente do FCP admite suscitar a nulidade dos actos que eventualmente revelem uma investigação em curso contra determinada pessoa, neste caso, contra o líder portista. Para tal os advogados do presidente do FCP apoiam-se na lei processual penal segundo a qual “art 272/1, “correndo inquérito contra pessoa determinada em relação à qual haja suspeita fundada da práctica de crime é obriga´torio interregolá-la com o arguido excepto se não fpor possivel notificá-lo”. O incumprimento desta norma implica a nulidade dos actos practicados e a necessidade de aqueles serem repetidos.
Refira-se que PC nunca foi ouvido ou constituido arguido neste processo em curso desde 2006, mas poderá sê-lo até à conclusão do inquérito.
As denúncias de Carolina
O MP está a investigar várias denúncias de CS à PJ de Lisboa referentes a contas bancárias de PC designadamente no estrangeiro, onde o presidente do FCP depositaria quantias provenientes de actividades ilícitas, designadamente comissões de transferências de jogadores.
Na mesma ocasião CS aludiu à Imobiliária de Cedofeita que na sua versão não teria existência de facto e apenas serviria para “lavagem de dinheiro” provenientes de venda e compras de jogadores, bem como para intermediar a compra e venda de imóveis para hospedar cidadãs brasileiras que em Portugal se dedicariam à prostituição.
Nos depoimentos que prestou a ex-companheria de PC acrescentava que o clube deixou de receber verbas que foram parar à contas do seu presidente, aludindo ainda à venda de jogadores do FCP que seria intermediada por umempresário que teria um “acordo”com PC de “modo a enriquecerem ilegalmente”. CS exemplificou com as transferências de 8 jogadores do Porto para clubes europeus. Referiu ainda que os montantes recebidos por PC lhe foram sempre pagos em “notas de euro e em frelógio de valor elevado, alguns de coleçãomontanates que estima em vários milhões de euros. As notas teriam sido transportadas em pasta tipo diplomáticas” sendo o dinehiro posteriormente depositado em contas no estrangeiro, nomeadamente num banco privado em Genebra, na Suíça.
PC reagiu às declarações com uma queixa contra CS por crimes de denúncia caluniosa e falso testemuno, mas a Equipa de Coordenação do AD arquivou o processo, alegando matéria alvo das queixas está ainda a ser discutiro em três processos.
O primeiro, referente aos crimes fiscais e de branqueamento de capitaos, ainda se encontra na fase de inquérito e dada a sua complexidade, assim deverá continuar por um período não inferior a 3 anos. Os outros 2 processos encontram-se na fase de instrução.
Segundo o MP a questão da alegada denúncia caluniosa e do falso testemunho apenas poderá ser aferida concluídos que estejam os provessos em curso. A procuradora remeteu esta certidão para o inquérito em curso e lembrou que es~to em causa crimes públicos pelqo ue o prórpio MP poderá desencadear o procediento criminal contra CS.
Fevereiro, 7
Agressões a Bexiga – Processo arquivado. Ministério Público decide arquivar, por falta de provas, o processo relativo às agressões de que foi alvo Ricardo Bexiga, antigo autarca socialista de Gondomar. Carolina Salgado tinha confessado que tinha pago para agredirem Ricardo Bexiga a mando de Pinto da Costa.
Caso Bexiga:
Magistrada que arquivou o caso das agressoes diz que não fomra tomadas “providências urgentes” no início do processo o que pode ter ditado o seu fracasso. Carolina confessou o crime mas não foi acusada.
A procuradora que arquivou o caso das agrassões ao ex-vereador Ricardo Bexiga atribui o insucesso da investigação à natureza do crime, em que os autores materiais actuam a mando de outrém, encapotados, mas também à forma como ocorreu o início da investigação”, pode ler-se no despacho.
Segundo a magistrada “a não recolha imediata no local da agressão, de eventuais vestígios deixados pelso agressores, poderá ter contribuido de forma capital para o insucesso da mesma e poderá mesmo ter inviabilizado a identificação dos autores do ilícito criminoso”.
No despacho em que arquivou o processo contra CS, PC e o líder das claques Madureira, a procuradora lembra que a investigação já decorria há 22 meses, quando os autos foram remetidos à Equipa de Coordenação do Apito Dourado (ECPAD) “tendo sido realizadas diversas diligências de investigação levadas a efeito pelo DIAP do Porto, sem contudo terem sido tomadas as providências cautelares necessárias e urgentes” quanto aos meios de prova.
Os erros apontados
Glória Alves dá exemplos daquilo que a PSP do Porto não fez: “não foram recolhidas impressãos digitasina viatura nem o local foi sujeito a exame a fim de encontrar a arma do crime”. E prosseuge, “tais diligências teriam sido determinantes para a indentificação dos autores materiais da agressão”.
Acresce que o primeiro reconhecimento fotográfico dos suspeitos realizou-se dois meses após a agressão. ”Quando a memória fotográfica do ofendido já estava seguramente muito esbatida”.
Fevereiro, 11
Pinto da Costa, implicado noutros processos paralelos, não integra a lista de 24 arguidos acusados de 183 crimes que irão a julgamento.
Fevereiro, 16
«Declaração de voto de ex-presidente arrasa CJ da FPF. Abuso de poder e violação da lei salvaram Valentim Loureiro.»
- Jornal A Bola, 16 de Fevereiro de 2008.
Fevereiro, 17
«Polémica "redução de pena a Valentim". Reacções à declaração de voto do ex-presidente do CJ: "Um dia destes ainda mudam o Conselho de Justiça para Gondomar... ou para lá perto." - Luís Filipe Vieira» - Jornal A Bola, 17 de Fevereiro de 2008.
Fevereiro, 25
Após sair dos estúdios da SIC em carnaxide, o jornalista Rui Santos é atacado por 3 indivíduos encapuçados e armados com barrotes. O caso foi abafado quando se percebeu a quem os indivíduos estavam ligados. Após este acontecimento, Rui Santos não mais voltou a falar de algumas questões que tinha levantado sobre a questão financeira da SAD do Futebol Clube do Porto.
Fevereiro, 27
Carolina Salgado, ouvida no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, confirmou ter assistido a um telefonema e a uma conversa entre o presidente do FC Porto e o empresário António Araújo, no sentido de ser feito um "arranjinho" para o encontro FC Porto-Estrela da Amadora.
Fevereiro, 28
Valentim Loureiro e João Loureiro vão a julgamento no processo do Apito Dourado relativo ao jogo Boavista-Estrela da Amadora. Jacinto Paixão (ábitro), José Alves (observador) e Pinto Correia (responsável pelo arbitragem) também pronunciados.
Março, 25
Jorge Nuno Pinto da Costa é pronunciado, juntamente com António Araújo, por corrupção desportiva activa. Em causa está a arbitragem do jogo Beira Mar-FC Porto. O árbitro Augusto Duarte foi também pronunciado mas pelo crime de corrupção passiva.
Fonte: Record.
PC e o empresário António Araújo (AA) foram hoje pronunciados pelos crimes de corrupção desportiva activa e o árbitro Augusto Duarte está imputado de um crime de corrupção desportiva passiva. O 1º crime é punido com um máximo de 4 anos de prisão e o 2º com 2 anos mas em caso de condenação será sempre determinada uma pena suspensa, embora fiquem pendentes consequências graves desportivas. Este será o 1º julgamento de PC na sequência do processo ApitoDourado. Os factos reportam-se ao jogo Beira Mar-Porto de 2003/04 e foram inicialmente arquivados pelo DIAP do Porto (what else?) para posteriormente o processo ser reaberto pela equipa especial da procuradora Maria José Morgado com base no testemunho de Carolina Salgado.
A juíza Anabela Tenreiro considera que neste tipo de crime o acordo (entre corrupto e corrupto) não tem de ser expresso, bastando o acordo “tácito”. Manifestado nos autos.
Onde se refere que o FCP liderava à 31ª jornada o campeonato nacional de 2003/04 com 5 pontos de vantagem sobre o Sporting antes de se deslocar a Aveiro onde empatou 0-0. Porém o Sporting na véspera perdeu por 2-1 no Bessa. Dois dias antes do jogo, o empresário AA contactou diversas vezes AD com o objectivo de se deslocarem ambos à residência de PC tendo ambos “conversado em código”. AA
disse a AD que tinha uma “obra” para ser vista e confrontado com a impossibilidade de AD se deslocar disse-lhe mesmo que o “senhor engenheiro máximo faz questão da coisa”. Tendo tudo a ver não com o número dois mas “com o número um” a quem chama de “gerente de caixa”. AA fala ao telefonce com PC e trata o árbitro por “intendente”. Pelas 22 horas desse dia, AA encontra-se com AD junto à Igreja das Antas e deslocam-se à residência de PC na Madalena (Gaia) onde estiveram cerca de uma hora e meia.
O MP entendeu que o testemunho de Carolina Salgado que afirmou que PC entregou a AD um enveloe branco com €2500 é “credível” porque “estava presente” e ter então uma “relação conjugal” com PC. Segundo a Juíza de instrução, a questão fulcral era mesmo apreciar a credebilidade desta testemunha, tendo considerado “aceitável” o argumento da defesa de que o livro escrito por CS foi uma espécie de “vendetta”. Mas mesmo colocando esta hipótese, tal“não significa que a testemunha esteja a prestar falsa declarações”. A juíza de instrução criminal considerou também relevante o facto de nenhum dos 3 acusados ter encontrado “qualquer explicação plausível” para o encontro.
Recorde-se que PC disse em fase de inquérito que tiveram uma conversa sobre “nada”. O que leva a juíza a onclcuir que “qualquer pessoa medianamente inteligente não compreende este encontro”.
Março, 29
«O bom senso já viu o Porto pagar viagens a árbitros.» - Zé Diogo Quintela, jornal A Bola, 29 de Março de 2008.
Abril, 8
Pimenta Machado diz que futebol português é "uma mentira”
Pimenta Machado antigo presidente do Vitória de Guimarães, considerou à saída do Tribunal de Gondomar que o futebol português é “uma mentira” e defendeu qoe o processo de corrupção “Apito Dourado” nada vai resolver. Lá dentro, contudo, não foi capaz de se recordar dos factos que estiveram na origem desta investigação, apesar de ter sido uma das pessoas a quem o árbitro Rui Mendes recorreu quando quis denunciar o caso.
“O futebol português é uma mentira. Isto (Apito Dourado) é um apêndice. São pormenores. Não querem resolver, querem é empolar o lateral”, em declarações aos jornalistas. ”O futebol sempre foi assim durante 50 anos”. “Porque não se fala das décadas de 50, 60, 70 em que inclusive houve um presidente de um clube (Sporting) que entrou de pistola no balneário a pressionar um árbitro”? Em 1993 já eu dava entrevistas a aconselhar o sorteio dos árbitros e a eliminação dos observadores, bem como a criação de um tribunal desportivo. Mas tudo assobiou para o lado.”
Os juízes devem entrar no futebol, “mas no âmbito de um tribunal de Desporto e não por convite do presidente deumclube (FCP), algo que os condiciona de imediato”.
PM que prometeu só falar do que se recordava com exactidão, disse “tratar-se de um processo crime que pode prejudicar várias pessoas, pelo que me sinto obrigado a ser preciso”. Lembrou que aconselhou Rui Mendes a denunciar o caso à PJ. “Dizer ao Rui Mendes para participar aos órgãoes da Liga era o mesmo que nada. Por isso disse-lhe para ir à PJ”.
Na altura, a Liga era presidida por VL e as participações de Pimenta Machado eram “todas arquivadas”. Rui Mendes deixou de arbitrar após a sua denúncia que esteve na génese do processo AD e PM considera que tal aconteceu na sequência da sua atitude.
“Saí do cluibe em 2004 e jurei a mim mesmo apagar tudo sobre o futebol porque fiquei altamente desiludido com tudo o que acontecia”.
Paulo Assunção foi abordado por 5 indivíduos que lhe disseram «... se não renovas até quarta-feira levas um tiro no joelho».
«Filipe Vieira diz que se apoia em factos quando denuncia resultados viciados. "Estou à vontade porque não recebo árbitros em casa".» - Jornal A Bola, 8 de Abril de 2008.
Abril, 22
"Não tenham medo". Vieira cinco horas na Liga a contar tudo o que sabe. Reconhecimento de um ano infeliz. "Fizemos uma época má, não foi por causa dos árbitros que não fomos campeões."» - Jornal A Bola, 22 de Abril de 2008.
Maio, 5
O jornal Correio da Manhã faz capa da estratégia do Advogado de Defesa de Pinto da Costa, designadamente a descredibilização a Carolina Salgado. Pode ler-se «Testemunha de Pinto da Costa treinada em Hospital. Irmã de Carolina Salgado ensaiada por advogado para depor. Acusações contra presidente do Benfica decoradas.»
Maio, 9
Pinto da Costa, Valentim Loureiro, Augusto Duarte, Jacinto Paixão, FC Porto SAD, Boavista SAD, União de Leiria, João Bartolomeu, Bernardino Silva conhecem os castigos no processo Apito Final.
A Comissão Disciplinar (CD) da Liga suspendeu da actividade desportiva PC e João Loureiro (JL). O presidente do Porto foi suspenso por dois anos e obrigado ao pagamento de uma multa de €10000 enquanto o ex-prssidente do Boavista foi aplicada a pena mais dura do processo “Apito Dourado”, 4 anos de suspensão e a descida de divisão do Boavista.
Neste processo, a CD suspendeu 5 árbitros. Augusto Duarte está inibido de apitar durante 6 anos, tendo a Liga dado como provado a corrupção consumada do árbitro no jogo Beira Mar-FCPorto em 2003/04.
Jacinto Paixão foi aplicada uma pena de suspensão de 4 anos, no caso relativo à oferta de prostitutas antes do jogo FCP-Estrela da Amadora, tendo os seus auxiliares sido punidos com dois anos e meio de inactividade desportiva.
A SAD do FCPorto foi punida com a perda de 6 pontos no actual campeonato e ao pagamento de uma multa de 150000 euros. O Boavista SAG foi condenada à descida de divisão e ao pagamento de uma multa de 180.000 euros.
Ricardo Costa, presidente do CD, precisou que este montante deveria ser superior, mas foi levada em consideração a frágil situação económica-financeira porque passa a SAD.
A União de Leiria, já despromovida, viu também serem-lhe substraidos 3 pontos e o seu presidente João Bartolomeu está suspenso por um ano.
O árbitro Bernaridno Silva ficou também impedido de quaisquer funções na arbitragem durante dois anos e meio.
Todos os castigos são passíveis de recurso para o Condelho de Justiça (CJ) da FPF, mas não tem efeitos suspensivos. O “Apito Final” ficou concluido após um ano e meio de investigações em colaboração com o MP e tribunais de Instrução.
Ricardo Costa acrescentou que estes foram os castigos possíveis face aos regulamentos em vigor, onde não estão previstas punições para crimes de tráfico de influências. O líder do CD vai propor profundas alterações regulamentares no sentido de agravar as penalizações por este tipo de prácticas ilícitas.
Se o regulamento não exigisse a prova da actuação parcial do árbitro em campo, mais clubes poderiam descer de divisão e não ter perdido pontos, declarou Ricardo Costa.
Durante a investigação verificou-se que vários árbitros e obervadores tiveram actuações que merecem a mais viva reprovação e censura mas estas prácticas de tráfico de inclueÊncia não correspondem hoje ailicitos nos actuais reguilamentares, lamentou Ricardo Costa, esclarecendo, “É razão porque não podem ser punidos”.
Maio, 12
«Es terrible lo que está pasando en el fútbol, un poco ante la mirada condesciente del periodismo. En los últimos años se han comprobado casos de dopaje masivos en Italia, caso Juventus, y de compraventa de partidos tanto en Italia como en Portugal, con equipos como la Juve y el Oporto en medio del embrollo. Las autoridades del fútbol, el periodismo y los propios profesionales del fútbol (entrenadores, directivos, árbitros y jugadores) deberían estar más vigilantes ante algo que no es ficticio es real. Hay gente que pone tanto empeño en ganar, en proclamarse ganadores, que traspasan las reglas de una manera obscena. Una de las cosas que más sorprenden de todo esto es la reiteración en los nombres de los equipos. Son casi siempre los mismos: Juventus, Oporto...» - Afirmação de Santiago Segurola, director-adjunto da Marca, 12/5/2008.
Maio, 14
Acareação entre Pinto da Costa e Carolina Salgado durou apenas seis minutos, tendo ambos mantido a respectiva versão e acusado o outro de mentir.
UEFA admite punir o FC Porto mas só se pronunciará depois da FP Futebol comunicar oficialmente quais os clubes portugueses que garantiram lugares nas taças europeias em 2008/09.
Fonte Expresso,
O organismo que tutela o futebol português só sé pronunciará depois da FPF comunicar eficialmente quais os clubes portugueses que garantiram lugares nas taças europeias em 2008/09.
A UEFA avaliará se o FCPorto tem condições para se inscrever na próxima edição da Liga dos Campeões depois de receber da FPF a lista de clubes classificados.
“Tivemos conhecimento dessa condenação por intermédio da FPF e dos meios próprios que dispomos”, com afirmou o porta voz, acrescentando que a inscrição do FCP só pode ser avaliada depois de recebida a lista de clubes da FPF.
Em causa está a línea d) do ponto 1.04 do Regulamenteo de Competições da Liga dos Campeões, sobre o critério de admissões, que impede um clube que “esteja ou tenha estado envolvido em alguma actividade relacionada em combinar ou influenciar o desfecho de um jogo, a nível nacional ou internacional”.
Qulquer critério de admissão só será ponderado pela UEFA depois de recebida a lista de clubes da FPF. Cumprido esse requisito, poderemos então avaliar se o FCP tem ou não condições para se inscrever na Liga dos Campeões”, explicou o porta voz da UEFA:
«O major não faz ideia do que é coacção.» - Rui Santos, jornal Record, 14 de Maio de 2008.
Junho, 26
Platini manifesta-se descontente com inclusão do FC Porto na Champions. O presidente da UEFA revelou-se insatisfeito com a autorização concedida ao FC Porto de participar na próxima edição da Liga dos Campeões. A posição foi assumida de forma peremptória numa entrevista concedida ao diário espanhol Mundo Deportivo. «Como presidente da UEFA não estou nada contente com a sua (FC Porto) inclusão na Liga dos Campeões», referiu, acrescentando que, durante o seu mandato, «a UEFA vai lutar até à morte contra a corrupção».
Junho, 27
«Como presidente da UEFA não estou nada contente com a inclusão do FC Porto na Liga dos Campeões.» - Michel Platini - Jornal A Bola, 27 de Junho de 2008.
Junho, 30
Tribunal de Instrução Criminal do Porto decide não levar a julgamento Pinto da Costa, no processo "Apito Dourado" relativo ao jogo FC Porto-Estrela da Amadora da época 2003/04, conhecido como o "Caso da Fruta". O Ministério Público recorre para o Tribunal da Relação.
O juiz António Carneiro da Silva é nomeado para dirigir o julgamento de Gondomar e pede a escusa, por recear uma eventual «desconfiança sobre a sua imparcialidade», já que, tal como o arguido Valentim Loureiro, tem vínculo a órgãos da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.
Julho, 18
Valentim Loureiro é condenado a 3 anos e 2 meses com pena suspensa, por abuso de poder no âmbito do processo Apito Dourado.
«Gilberto Madaíl tem agido como uma enguia» - Luis Filipe Vieira, em entrevista à RTP, citado pelo jornal A Bola, 18 de Julho de 2008.
Agosto, 8
«Conselho de Justiça demite-se 3.ª Feira.» - Jornal Record, 8 de Agosto de 2008.
Agosto, 23
Livro «Vocês sabem do que estou a falar» de Octávio Machado é publicado.
Setembro, 3
Hermínio Loureiro reune com Adelino Caldeira, vice-presidente do FC Porto num almoço no restaurante Lusíadas, em Matosinhos.
Setembro, 8
«CJ vai a eleições depois de ser eleito?» - Rui Santos, jornal Record, 8 de Setembro de 2008.
Setembro, 29
Depois de uma acalorada troca de palavras com Cristian Rodriguez, no aeroporto Sá Carneiro, um estudante alegadamente benfiquista é agredido por um membro não identificado da comitiva do FC Porto.
Outubro, 13
«Se o líder FC Porto, que já ganhou, pelo menos, três jogos por 1-0, tem apanhado um fiscal de linha de Lisboa que lhe fizesse o que um ignorado fiscal de linha, sócio do FC Porto, fez no sábado ao Benfica, com a bênção carinhosa do sr. Paulo Costa (um golo legal anulado e um penálti negado entre um curioso sim/não da equipa de arbitragem), o fabuloso líder da Bwin Liga tinha menos seis pontos, e os de Lisboa, mais dois cada – estava um a três pontos, outro a seis e isto sem falar do imoral número de golos irregulares já apontados por Lisandro López, que, segundo as últimas contas, ia em 4» - Rui Cartaxana, jornal Record, 13 de Outubro de 2008.
Outubro, 14
Ministério Público pede, no debate instrutório do processo "Apito Dourado" relativo ao jogo Nacional-Benfica, a pronúncia de três dos arguidos - Augusto Duarte (árbitro da partida Nacional-Benfica), Rui Alves (presidente do Nacional) e António Araújo (empresário) -, deixando a decisão sobre Pinto da Costa, acusado de corrupção desportiva activa, ao critério do tribunal.
Outubro, 21
Tribunal de Gondomar não pronuncia Pinto da Costa, Augusto Duarte, Rui Alves e António Araújo, acusados de corrupção desportiva no processo "Apito Dourado" relativo ao jogo Nacional-Benfica, arquivando os autos.
Outubro, 25
A viatura de Cristian Rodriguez, jogador do FC Porto, é apredrejada à saída do Estádio do dragão, após uma derrota por 2-3 com o Leixões.
Outubro, 27
«Rodriguez atacado por adeptos à saída do Dragão. Madrugada quente após a derrota com o Leixões.» - Jornal A Bola, 27 de Outubro de 2008.
Outubro, 31
A Relação do Porto rejeita o pedido do juiz Carneiro da Silva para ser dispensado de presidir ao colectivo que julgará Valentim Loureiro e 23 outros arguidos no processo Apito Dourado de Gondomar.
Em 2007-08, caso os seis pontos referentes ao processo Apito Final tivessem sido retirados em tempo útil aos portistas, o campeonato poderia ter sido outro. Isto no pressuposto que o clube de Pinto da Costa não tinha descido à segunda divisão na época 2005-06, como teria acontecido se estivéssemos em Itália, França, Espanha, Alemanha ou Inglaterra.
Novembro, 2
Carlos Xistra volta a cruzar-se com o Benfica, desta vez em Guimarães, partida que os encarnados vencem mas reclamam uma agressão clara e violenta de Andrezinho a Suazo que Xistra não assinalou.
Novembro, 3
«Vitória de Guimarães 1 Benfica 2. Benfica resiste a tudo jogando segunda parte com dez. Má arbitragem de Xistra.» - Jornal A Bola, 3 de Novembro de 2008.
Novembro, 7
«Miccoli e Reyes não esquecem Carlos Xistra. Um árbitro antifutebol.» - Jornal O Benfica, 7 de Novembro de 2008.
Novembro, 13
«Presidente do CJ quis alterar a votação por estratégia combinada com Boavista e FC Porto.» - Jornal A Bola, 13 de Novembro de 2008.
Dezembro, 21
O motorista da Liga, incumbido de acompanhar e conduzir os quatro integrantes da equipa de arbitragem - estava à porta do seu automóvel quando foi agredido por Rui Carvalho, assessor de imprensa do FC Porto. No mesmo dia vários jogadores e técnicos do Marítimo são agredidos no túnel de acesso aos balneários.
Dezembro, 22
«Benfica pode reforçar liderança após empates dos perseguidores. Encarnados campeões de Inverno 15 anos depois. (...) FC Porto 0 Marítimo 0. Motorista dos árbitros agredido no Dragão.» - Jornal Record, 22 de Dezembro de 2008. «Benfica 0 Nacional 0. Com a mão de Pedro Henriques. Árbitro anula golo limpo ao Benfica nos descontos.» - Jornal A Bola, 23 de Dezembro de 2008.
«Liga abre processo ao caso do túnel. Duarte Gomes faz adenda de 4 páginas ao relatório.» - Jornal Record, 23 de Dezembro de 2008.
«Terror no túnel do Dragão».
CM, 23 de Dezembro de 2008
Jogadores do FC Porto ameaçaram atletas e staff do Marítimo no túnel de acesso aos balneários do Estádio do Dragão, após o empate (0-0) de anteontem, numa cena de gritos e empurrões a que o árbitro Duarte Gomes terá assistido, chegando mesmo a pedir a intervenção da PSP momentos antes de recolher às cabinas.
Na origem dos problemas esteve a agressão de Fernando Cardozo, defesa do Marítimo, a Rolando, central portista, aos 74 minutos da partida, que o árbitro deixou passar em claoaoaro. Nuno, guarda-redes suplente dos dragões, quis pedir explicações a Bruno, capitão do Marítimo e ex-colega do guardião em 2002/03, no FCPorto. Fernando Cardozo interpôs-se na conversa, o que incendiou os ânimos.
Ao que o CM apurou junto do e injuriados até recolherem ao balneário, momento que ditou o fim dos problemas entre elementos de ambasas equipas.
Contudo, no parque de estacionamento do Dragão, e tal como o CM ontem noticiou, o assessor de imprensa do FC Porto, Rui Carvalho, agrediu o motorista dos árbitros do encontro, num incidente que deverá gerar a abertura de um processo na Liga de Clubes. Este é um episódio sem precedentes, que o próprio Regulamento Disciplinar do organismo desportivo não prevê de forma assertiva.
Os relatórios de árbitro e delegado serão decisivos na análise da Comissão Disciplinar da Liga, em relação aos incidentes de domingo.
ASSESSOR ARRISCA TRIBUNAL
Rui Carvalho pode ser levado a tribunal por ofensa à integridade física simples. O motorista dos árbitros do jogo de anteontem fez queixa à Polícia de Segurança Pública da agressão de que foi alvo pelo assessor de imprensa dos dragões.
Caso o episódio chegue à barra dos tribunais, Rui Carvalho irá responder por um crime punível com multa ou pena que vai até aos três anos de prisão. "Tudo o que se passou foi participado. De momento, é o que lhes podemos dizer", disse ao CM fonte policial.
O tumulto entre assessor e motorista – que respondeu à agressão com injúrias – apenas não teve outros contornos devido à intervenção de outros responsáveis portistas. Os jornalistas foram então direccionados à sala de imprensa, onde permaneceram até ordem contrária do FC Porto.
CASO POLICIAL
Juristas ouvidos pelo CM defendem que a agressão se trata de um "caso policial" e não de âmbito disciplinar.
PORTISTA
Manuel Armindo, um dos delegados da Liga de Clubes no jogo de domingo, é um antigo dirigente do FC Porto.