sábado, 16 de julho de 2011

A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA ( 6 )

AS MORTES DA “NOITE”

Esta crónica já veio citada em vários blogues há pouco tempo. No entanto, pela sua importância e actualidade achamos por bem colocá-la outra vez juntamente com outros testemunhos que confirmam a sua veracidade.
"Os andrades têm 3 claques: Colectivo 95 (claque de Gaia que não se dá bem com os outros), SuperDragões (SD), de todo o norte, e UltrasRibeira (UR), só gente da Ribeira. Fernando Madureira (“Macaco”) acumula a chefia das últimas duas.
1)  As mortes nas discotecas
Foram elementos dos SD ou dos UR que mataram os seguranças. 
Porquê? Para controlarem as discotecas. Porque mataram os seguranças? Porque é simples, rápido e eficaz. Não podem matar os donos por razões óbvias. Os seguranças são uma questão de estratégia. Sem seguranças uma discoteca é vulnerável.
Como controlam? Fazendo com que os seguranças das discotecas da cidade do Porto sejam elementos da claque ou ligados à claque.
E porquê? Porque sendo os seguranças elementos da claque podem dizer ao dono: “Ou nos dás metade do que ganhas por noite, ou os seguranças partem esta merda toda”. Chantagem pura. Assim ganham muito milhares de euros. Mas não pedem o dinheiro todo, pois não querem que a discoteca vá à falência, precisam que as discotecas existam. O dono fica sempre com um mínimo para sobreviver. Mas eles ficam com a maior parte do bolo.
 Testemunho
O vice-presidente do Benfica, Rui Santos, comenta os Super Dragões aquando da visita do FCP à Luz numa entrevista dada ao Independente em 27/10/2004.
“(…) Porque tudo se centrou à volta da história dos bilhetes. Se olharmos para esta questão é notório que aconteceram coisas muito estranhas. Os Super Dragões compraram mais de 1800 bilhetes. Estão em causa cerca de 12 mil contos. De onde vem esse dinheiro? Foram pagos em notas. A claque do FCP é assim tão rica, pergunto?”.
2)  Tráfico, Circulação, Comércio, Consumo de droga
Dizem ao dono da discoteca: “Ou nos deixas vender a NOSSA droga na tua discoteca ou os seguranças partem isto tudo”. “Atenção, que o dinheiro da droga é para nós”.
Se os donos não alinham no esquema, matam-no. Logicamente que preferem alinhar nesse tipo de esquemas, pois eles começam por ameaçar primeiro as respectivas famílias.
As discotecas dão muito dinheiro, especialmente ao fim de semana e nos dias de festa. Agora imaginem a fortuna quando se trata de TODAS as discotecas da cidade.
3)  Onde gastam o dinheiro
Primeiro para a polícia, para não se mexer. Outra parte vai para eles próprios. Não é por acaso que o Madureira anda de Porsche, vive numa casa de 5 andares e não declara qualquer proveito. Assim como outros.
Mas a GRANDE PARTE vai para os árbitros ou outros interessados.
O dinheiro que ganham nunca é depositado no banco, anda de mão em mão, de bolso em bolso, de carteira em carteira. Nunca fica registado, nem em papel nem em cartão de crédito. É tudo dinheiro ilegal mas que nunca pode ser provado que existe.
 TESTEMUNHO
Conheço pessoas que foram agentes da PJ e há muitos anos quando começaram a trabalhar, foram incentivados a ir para o Porto se queriam enriquecer..... tá tudo dito...”
4)  Quem mataram?
Mataram 6 pessoas, 3 seguranças e 3 inocentes que estavam no sítio errado à hora errada. Como não queriam testemunhas, mataram também as testemunhas involuntárias.
Os seguranças eram de Gaia, provavelmente membros dos Colectivo. E era uma das discotecas que eles ainda não dominavam. Tinham de colocar lá os seus seguranças.
5)  Controle dos jogadores
Controlando as discotecas mais facilmente controlam os jogadores que saem à noite. Quando isso acontece, telefonam para o Madureira ou para o PC que os vão lá buscar pelos tomates. O Benny McCarntey dizia que se queriam sair à noite tinham de ir para Vigo. Os que bateram no Gomes da Silva foram alertados com certeza pelo segurança ou porteiro do restaurante.
(acrescento meu: por isto é que McCartney e Raúl Meireles iam ao putedo em Vigo... Até os SD deslocarem-se lá e mandarem-lhes uns calduços para os pôr na linha.)
 6) Prostitutas para os árbitros e outros
O Reinaldo Teles é dono de várias casas de alterne. Calor da Noite, (onde ia ou vai o Olegário), Erotic Sex Club MauMau (na Ribeira), Diamante Negro (para os juizes, procuradores, e árbitros que gostam de mulatas) e a Pérola Jovem (para quem gosta de meninas de 10,11,12,13 anos). Não é por acaso que alguns membros dos SD já foram acusados de “tráfico de mulheres”.
Crónica. A Chicago dos anos 30
É como se o Porto se estivesse a tornar numa arena de bandidos que um dia já forma mais poderosos, e hoje perderam o tino e a razão. Aqui há uns anos, quando regressou ao Porto já como treinador do Chelsea, José Mourinho trouxe uns seguranças com ele. Tinham alguns problemas com alguns adeptos do FCPorto, um deles cuspiu-lhe durante um jogo em Inglaterra, e Mourinho temia que as coisas pudessem dar para o torto. Quando lhe perguntaram porque trazia seguranças, Mourinho respondeu simplesmente, quando vou  a Palermo tenho de tomar cuidado”. Assim, sem tirar nem pôr. O homem que durante dois anos e meio treinara o FCPorto, levando-o a dois títutlos de campeão nacional, uma Taça de Portugal, uma Taça UEFA e uma Liga dos Campeões, um palmarés nunca antes conseguido por nenhum treinador, esse mesmo homem, que conhecia muito bem o Porto cidade, referia-se a ela como Palermo!
Palermo… As associações com a máfia eram evidentes, Mourinho estava bem consciente do que se passava nos “bas fonds” da cidade, e sabia que esses “bas fonds” se tinham aproximado em demasia do poder no FCPorto. Na época, os SuperDragões andavam de braço dado com Pinto da Costa, e também com Carolina Salgado, com quem o presidente vivia. Os homens fortes da claque tinham assento na tribuna de honra do Dragão e jantavam com o presidente. Contudo, toda a gente, incluindo Mourinho, sabia que essa tropa de choque era composta por gente perigosa, gente que andava armada, cometia crimes e não tinha qualquer tipo de escrúpulos.
Os tempos passaram, e agora, ao examinar a longa lista de assassinatos que têm acontecido na “noite” da cidade do Porto, é inevitável mas lá estão as relações aos SuperDragões. Alguns dos mortos, e alguns dos suspeitos, pertencem ao mesmo grupo que rodeava o presidente do FCPorto na época em que ele foi chamado ao tribunal de Gondomar e levou os SuperDragões para intimidar os juizes. A sensação que fica é que estas proximidades são perigosas, e que um dia ainda acabam mal. Entretanto as mortes sucedem-se no Porto. Primeiro foi um segurança, depois um porteiro, depois um dos mais conhecidos empresários da noite, e por aí for a tem continuado a matança. Seis são já os corpos, crivado de balas, de pistola, “shotgun” ou metralhadora. Sim, leu bem, metralhadora.
À porta de casa, à porta das discotecas, no meio da rua, grupos armados param carros, ajustam a mira e matam quem desejam matar, com violência. Fala-se am “ajuste de contas”, em “guerras da noite”, mas a verdade é que a lista de mortos não pára de aumentar.
Alguém mais inspirado, julgo que do PSD, veio dizer que o Porto parecia “a Chicago dos anos 30”. A metáfora não é totalmente desajustada.
Palermo, Chicago, tudo lugares míticos do crime, o que significa que para a psicologia do Porto isto é algo traumatizante. Para mais, a PJ parece não querer intervir. Até agora, ainda ninguém foi preso. Seis meses depois de começarem os homicídios, a PJ não se decidiu ainda a intervir. A mensagem que passa é, “deixem-nos matar-se uns aos outros”. É como se a PJ   soubesse que o que se está a passar é uma guerra dentro dos “gangs” pela supremacia na noite do Porto e preferisse estar sentada no alto do monte, observando a guerra à distância, enquanto os “gangs” se matam entre si.
É verdade que os crimes ainda não atingiram o público. O alarme social é mais distante. Ninguém que frequente a “noite” do Porto teme pela sua segurança ou pela sua vida, porque os “gangs” não querem causar o caos social, mas apenas lutam entre si. Bem pelo contrário. Os assassinatos são cirúrgicos, operações especiais cujo único objectivo é eliminar mais um membro de um “gang” e não assustar a malta que vai à discoteca. Seja como fôr, fica uma ideia de um Porto criminoso, um Porto perigoso. É como se a cidade se estivesse a tornar uma arena de bandidos que um dia já foram mais poderosos, e hoje perderam o tino e a razão.
Testemunho  (Marinho Neves)
A Corrupção na Polícia
Ainda sem se saber qual vai ser o destino de Pidá e seus parceiros, mais uma vez se confirmou que a acção precipitada da PJ do Porto sobre o gang da Ribeira logo que o PGR nomeou uma magistrada de Lisboa para tratar do assunto, trazia água no bico.
Foi evidente que a forma como foi desautorizada a magistrada Helena Fazenda, nomeada pelo Procurador Geral (PGR) em relação à libertação da maior parte dos arguidos. A mim nada  surpreende porque me lembro durante os últimos anos da forma como foram tratados vários processos muito semelhantes na mesma área geográfica.
Já lá vão uns anos quando PC resolveu mover uma acção judicial, a mim e a outro colega, por abuso de liberdade de imprensa. Quando fomos chamados a depor na PJ do Porto, logo que entrámos no gabinete do inspector que nos ia ouvir, este disse-nos com o maior descaramento: “Então vocês andam a dizer mal do meu presidente?” Claro que já não prestámos qualquer tipo de declaração e o processo foi arquivado.
Também são conhecidos os vários processos que foram movidos por jornalistas que foram perseguidos e agredidos por seguranças ligados ao clube “azul e branco”. Um deles foi público e muito mediatizado. Marinho Neves foi emboscado à porta de sua casa por dois jagunços que ele conhecia. Foi apresentada queixa na PJ do Porto e entregue um rol de 5 testemunhas que viram a cara dos agressores e testemunharam os factos. Essas testemunhas nunca foram ouvidas e o processo foi arquivado por falta de provas.
Em relação às agressões às suas ex-mulheres, um crime público, PC também saiu por cima.
(Deve ter um advogado “muito bom”, dizemos nós!).
Mais  recentemente, logo após Ricardo Bexiga ter sido agredido brutalmente, o advogado portuense apresentou queixa na PJ. Um ano e meio depois, quando a equipa de Maria José Morgado pegou na situação para a investigar deparou-se com um processo sem uma única diligência. Incrível!! A única coisa que contava do processo era a queixa apresentada por Ricardo Bexiga.
No dia 14 de Dezembro último o CM deu à estampa po relatório que a PSP fez sobre as investigações das últimas mortes, mencionando nomes e factos e a forma como tudo foi conduzido. O que fez a PJ do Porto? NADA!!
Bastou o PGR assumir, mais uma vez com coragem, o controlo dos acontecimentos e nomear também mais uma vez uma mulher, que pelos vistos tem uns grandes “tomates”, para que dois dias depois se fizesse aquilo que deveria ter sido feito há 5 meses atrás. Foi tarde, mas ainda chegaram a tempo. Foi tudo de “saco”. E Pidá tinha tanto medo de ser preso que nem tempo teve para guardar a sua arma de 9 mm, calibre de guerra.
Queixa-se a PJ do Porto que a atitude de Pinto Monteiro foi como passar-lhes um atestado de incompetência. Eu também acho, mas pelos vistos resultou. Vamos apostar como não vão haver mais ajustes de contas nos próximos anos ou meses?
A vergonha instalou-se na cidade do Porto. Já é a segunda vez que o PGR se vê na necessidade de nomear equipa de investigação de Lisboa para tratarem de crimes acontecidos na cidade portuense, por desconfiança ou incompetência das forças policiais do Grande Porto.
(Ou por corrupção, dizemos nós!)
Quando se começou a notar o escândalo que se estava a produzir, a demora na investigação e arquivamento da maior parte dos processos relacionados com o Apito Dourado, Pinto Monteiro viu-se na necessidade de nomear Maria José Morgado para esta constituir uma equipa capaz de resolver todo o imbróglio relacionado com a corrupção do futebol. Em poucos meses, juntaram-se os cacos e conseguiu-se salvar a honra do convento.
Com esta situação ainda não totalmente resolvida, Pinto Monteiro viu-se novamente na necessidade de nomear mais uma equipa de Lisboa para dar continuidade à investigação dos crimes de morte practicados pelos gangs da cidade nortenha. Morreram 6 pessoas e nada se fez e agora vem-se dizer que a posição tomada pelo PGR pode atrasar processo.
Lembram-se quando há 10 anos uma equipa de seguranças deitou fogo à discoteca “Meia-Culpa” em Lisboa? Morreram 13 pessoas, salvo erro. Uma semana depois estava o assunto resolvido com a prisão de 4 indivíduos que atearam o fogo. Também eram profissionais e cometeram o crime encapuçados. Ninguém lhes viu o rosto, mas nem por isso a equipa coordenada por Fernando Negrão deixou de cumprir  seu dever, porque nessa altura houve uma solidariedade total entre as várias forças policiais, PJ, GNR e PSP.
Nuno Gaiato foi assassinado há 6 meses e toda a gente sabia que ia haver reetaliações. Sucederam-se mais 4 assassinatos e as forças de investigação nada fizeram. Mas, vêm agora dizer que a nomeação de uma nova equipa de investigação pode atrasar o processo.
Os cidadãos portuenses têm vergonha porque nem todos são assassinos e mafiosos. Querem paz e justiça e voltar a confiar nas forças judiciais nortenhas, nem que para isso tenha de se fazer uma limpeza total.

2 comentários:

  1. Companheiros

    Não desanimem nem se deixem intimidar pela corja corrupta que aos poucos se vai sentindo sufocada.

    Continuem o trabalho de divulgação e denúncia que se traduzirá numa excelente contribuição para irradicação da bandidagem mafiosa que presiste continuar o exercício do criminoso e execrável terrorismo.

    Em frente e sem medo!

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  2. Visitem o Meu Blog, não sei como divulgar o meu blog! Por isso vou deixando comentários na Blogoesfera.Obrigadoo

    http://benficacomdiogobarge.blogspot.com/

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