domingo, 4 de outubro de 2015

(Doping,Síndromes,Sobrinho,Mourinho etc.) A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA (147)


O Doping do Porto (1)
Surgiram notícias e suspeitas que os jogados do Porto andavam a ser “preparados” umas semanas antes do jogo com o Benfica. A maior parte das pessoas nem se aperceberam da informação que surgiu na blogosfera.
Mas leiam o que a EPO faz e como se faz para se evitar ser descoberto.

Os testes da EPO.
"Naquela altura os testes eram fáceis de enganar. Nós estávamos muito, mas muito à frente dos testes. Eles tinham os seus médicos e nós tinhamos o nosso e os nossos eram melhores e mais bem remunerados, com certeza."

“Até ao início da época passada ainda não haviam desenvolvido um teste para a EPO. O tempo de vida da EPO no sangue é de apenas algumas horas por isso passados 2/3 dias a circular no sangue, está abaixo do limite de detecção. Os efeitos da droga duram bem mais do que isso, várias semanas. Basta evitar um controlo num número escasso de dias chave durante o ano para se estar “limpo”. Para as tranfusões de sangue também não existem testes directos.

Armstrong ameçou e perseguiu pessoas que puseram em causa o seu sistema. Telefonava ou mandava telefonar a ex-colegas e assistentes a ameaçá-los estando também em conluio com algums autoridades”.

Por momentos pensei estar a ler uma descrição dos metodos utilizados pela gente de um clube da cidade do Porto cujos indícios de utilização do doping são frequentes.

FACTOS:
Os jogadores do Porto aparecem, de repente, com uma aceleração e uma agressividade que não é comum nem habitual noutros jogos. O pior é o jogo seguinte quando os jogadores estão de ressaca.

Doping do Porto (2)
“Toda a gente aqui do Porto sabe da ligação intestinal dos andrades com o Fernando Póvoas (faz parte da administração e do Conselho Consultivo do FCP), especialista em "medicação" para emagrecimento e a ligação deste com os medicamentos que têm de ser "manipulados" à medida de cada um e feitos somente em 2 ou 3 farmácias aqui no Porto (Pereiró, Clérigos). Até serem banidos do formulário galénico nacional, as substâncias preponderantes nessa manipulação eram o Dinintel e o Pesex que são anfetaminas. Hoje em dia consegue-se obter derivados de anfetaminas em matéria prima que seria usada para veterinária.

"Quanto aos donos das farmácias é só pesquisar no site do Infarmed. Não sei quem são nem a que clube pertencem. Os produtos mencionados, derivados de anfetaminas, são detectados nos controlos anti doping, tal como todos os outros que estão na lista negra da ADoP. A ciência está em não levar esses jogadores ao controlo ou se forem chamados "mijarem" com a urina de outro. 
Conheci pessoalmente um ex jogador profissional de hóquei em patins do porto. Por ser asmático, tem o direito de usar broncodilatadores (ventilan) que é das substâncias que mais influencia o rendimento de um atleta pois promove uma maior capacidade pulmunar. Mas ele não é asmático.

O Síndrome Lopetegui (Ensaio)
Lopetegui não é um treinador em construção porque já tem 50 anos. Lopetegui é um treinador que é o exemplo perfeito de alguém que não tem talento para a profissão que escolheu, alguém que atingiu o nível de incompetência (“Princípio de Peter”) há muito tempo e que até já o ultrapassou revelando isso de uma forma muito clara. Algo que eu já tinha afirmado no passado, embora nunca quisesse fazer muito ruido sobre o assunto porque sempre mantive o secreto desejo de que continuasse a treinar o Porto.

Lopetegui atingiu o auge da carreira quando chegou às seleções de formação de Espanha, que tem dos jovens mais talentosos do mundo no seu grupo etário.

Chegou lá não por ser competente mas porque tinha bons padrinhos, porque nasceu no País Basco o mesmo pais de onde é originário o presidente da FEF, o basco Angel Villal.
Habituado a receber todos os anos fornadas de jovens jogadores, os mais talentosos formados nos melhores clubes de Espanha, esse talento (que ele não formou) levou-o à glória quando ganhou importantes troféus internacionais que lhe enriqueceram o CV.

Devido à proverbial falta de talento para a profissão que escolheu, a “deformação profissional” adquirida nas selecções jovens marcou-o para a vida, por isso agora como treinador do Porto tenta repetir e replicar a fórmula mágica que tão bons resultados lhe deu, como se treinar um clube profissional de futebol fosse igual a treinar selecções jovens. Como se num clube profissional de futebol se possa mudar ano após ano 15-20 jogadores substituindo-os por 15 novos e conseguir com isso bons resultados. Resultou nas jovens seleções espanholas, devido à natureza do facto, mas dificilmente dará resultado num clube profissional de futebol.
A sua primeira é única experiência no futebol profissional (Rayo Vallecano) foi um desastre!
"El equipo, con jugadores de renombre y planificado para el ascenso, cae en dos anos de la Primera Division à la Segunda B. Acaba la Liga en el puesto 21º con 43 puntos y 45 goles a favor y 63 en contra”.

Por uma questão de bom senso, também intuitivamente, sabemos que não pode dar certo. Num clube de futebol os jogadores precisam de estabilidade para crescer, precisam acima de tudo de tempo para desenvolverem as suas múltiplas aptidões e capacidades, para se conhecerem uns aos outros, para formarem uma equipa. Mudar constantemente de jogadores não cria estabilidade, cria instabilidade. E isso é mau para quem quer formar uma equipa, por mais talentosas que sejam as individualidades. Mas ele não sabe nem consegue fazer melhor porque não tem dentro da cabeça a imagem e a visão empática dos modelos de jogo que caracterisam os melhores treinadores.

Como Benfiquista acho que Lopetegui é o homem errado no lugar certo. lol!

Estou convencido de que Lopetegui não irá acabar o ano à frente do Porto e irá ser substituido por André Vilas Boas, outro treinador hipervalorizado porque também não é tão bom como o pintam. O sua carreira em clubes de nomeada provam-no. Tem entradas de leão e saídas de sendeiro.

JJ também não é tão bom como o pintam. Eu já afirmei que treinar o Sporting não é igual a treinar o Benfica, a diferença de dimensão é gigantesca, os começos marcaram para sempre a diferença de culturas, a implantação social e a capacidade financeira são muito diferentes. A diferença de estruturas actualmente é gigantesca.
O facto de querer levar consigo uma meia dúzia de técnicos, e não só do Benfica, prova a sua dependência e habituação em quem lhe “fazia a papinha toda”.

Os sportinguistas legitimamente pensam que JJ pode duplicar no Sporting o sucesso que teve no Benfica, mas os adeptos são sempre os últimos a perceber a realidade dos factos.

Como já disse, o Benfica ganha o campeonato, os lagartos ficam em 2º e o Porto vai lutar com o Braga pelo 3º lugar. E depois não vão à champions no próximo ano. Kaboum!!!!!

O Sindrome Casillas (Ensaio)
Ora na realidade o “Sindrome de Casillas” pode ser apelidado factualmente de “Sindrome do Jogador Habitualmente De Alta Roda Mas Que Não Sabe Envelhecer Com Dignidade”, e porquê?
1 – Já estava no Real Madrid há uns três anos a fazer performances vergonhosas mas por uma questão de relação com adeptos e clube acabou por ficar com lugar cativo
2 – O salário exagerado relativamente à qualidade das actuações ditou um azedume nas relações com treinadores e adeptos menos apaixonados por nomes.
3 – Não aceitando o seu declinio preferiu manter-se no Real sem dignidade que buscar uma saida com gloria.
4 – Saiu para Portugal, mas não à-La-Schmeichel, i.e., não tem entrega, nem carisma, está timido no seu papel e apagado na sua dimensão.
5 – As suas exibições pelo Porto pautam-se por uma defesa dificil em não sei quantos jogos, e muitas falhas que só são cobertas jornalisticamente como falhas da equipa porque o espanhol é quase um Deus no seu pais.
6 – Os sintomas de falta de auto-estima são de tal forma grandes que se tem vindo a apagar a chama inicial de que o Porto poderia ser a porta bonita de saida do futebol profissional, a par do Euro 2016.
7 – Por culpa própria Casillas está a sentir cada vez mais o peso deste sindrome. Para mudar bastaria mudar a sua atitude, gritar com os centrais, motivar os mais novos com umas caralhadas bem mandadas na altura certa e sair da baliza com os olhos na bola, relacionar-se mais como pai da equipa. O Helton tem feito mais isto do banco que o Casillas no campo.
8 – Tem lugar cativo porque… porque senão até Gudino já o tinha limpo.
9 – Se este homem não tivesse a mulher que tem, seria infelizmente mais um caso que facilmente desembocaria em Robert Enke; tão visivel é a sua fragilidade psicológica (digo isto sem a minima comicidade)
O Sindrome de Casillas e uma conjunção tipica de sintomas de profissional habituado ao estrelato com medo de se perceber a envelhecer. Quantos, mas quantos grandes nomes voces viram sofer deste mesmissimo problema? Quantos?
Muitos.

Florentino Perez e Casillas
Ele disse-me para o ajudarmos a sair, que tinha uma oferta boa, do FC Porto, mas que não chegava ao que ganhava no Real. Não lhe pagámos os dois anos que lhe faltavam, é um tema complexo que depois foi corrigido com a situação fiscal. Cobra os dois anos que ainda tinha com o que lhe paga o FC Porto e ainda um dinheiro que lhe dá o Real. Se alguém não despediu o Casillas foi o Florentino, afirmou o presidente do Real Madrid, numa entrevista à Cadena Cope.
Doze milhões de euros é o valor que o Real Madrid aceitou pagar a Iker Casillas para acelerar o processo de transferência do guarda-redes para o FC Porto. O montante representa quase metade do valor a que o jogador, de 34 anos, teria direito pelos dois anos de contrato que ainda o ligavam aos merengues: 25 milhões de euros brutos. Os números foram revelados pelo diário espanhol ‘El País’, que garante ainda que os dragões ficam responsáveis pela quase totalidade do restante salário do atleta. Casillas ganhará em Portugal cerca de quatro milhões de euros limpos por ano.

O Evangelho Segundo o Santo “Expresso”
«Jorge Jesus atendeu o telefone, e do outro lado da linha estava o senhor X, que ele conhecia de outras andanças, de outros negócios. “Está tudo bem contigo e com a tua família?”, perguntou o senhor X, mas o que lhe interessava saber era como estavam as coisas entre ele e o Benfica. O senhor X abriu o jogo, disse-lhe que estava a telefonar mandatado pelo Sporting e por Bruno de Carvalho (BdC), que o queria a ele e não queria Marco Silva. “É tudo muito bonito”, respondeu-lhe Jesus, mas o senhor X e BdC só podiam estar malucos — onde é que já se tinha visto aquilo, o Sporting com dinheiro para pagar o que pagava o Benfica, se o que se contava era que não tinha um euro para mandar cantar um cego?... O senhor X descansou-o.

“O dinheiro é com o Sporting”, disse ele, pedindo-lhe que avançasse um número, não aquele que achava poder receber em Alvalade, mas o que realmente queria. “Cinco milhões.” O senhor X anotou e prometeu ligar-lhe dentro de dias com novidades. Despediram-se. Uma semana depois, o senhor X voltou a ligar, e Jesus ouviu o que queria. “Cinco milhões de euros. Se quiseres, são teus.” Jesus não quis, ficou de pensar no assunto, ainda tinha tempo. Aqueles eram os primeiros dias de maio, e nem ele nem Luís Filipe Vieira tinham falado da renovação; e havia um campeonato e uma Taça da Liga para ganhar. Além disso, sobretudo por isso, Jorge Mendes ficara de arranjar-lhe um clube grande dos grandes campeonatos.

Do lado do treinador, o assunto ficou em banho-maria, mas em Alvalade começou a cozinhar-se um futuro com Jesus, e as informações não demoraram muito a transpirar do edifício da SAD. No dia 18 de maio, uma segunda-feira, num almoço informal de Bruno de Carvalho com três jornalistas, o tema Jesus caiu no prato. “Isso é impossível”, desmentiu BdC. Tudo treta, conversa do Jesus para o Benfica subir a parada. Na quarta-feira, 20 de maio, “A Bola” fez manchete: “Sporting quer Jesus” — e BdC voltou a desmentir. “Se ele vier”, ironizou na Euronext Lisbon, “o Cristiano Ronaldo e o Messi também são bem-vindos, de caretas.”

BdC tinha de manter cara de póquer enquanto esperava que Jesus resolvesse a sua vida; e a vida de Jesus estava nas mãos do deus dos agentes. No dia 26 de maio, terça-feira, o treinador e Jorge Mendes jantaram no Hotel Tivoli, e o segundo mostrou ao primeiro a carteira de clientes. Pediu-lhe compreensão. “É o que há”, confessou Mendes. O que havia era poucochinho: o Real Madrid preferia um espanhol a um estrangeiro; a reunião com Laporta não dera em nada; e Bartomeu continuaria presidente do Barcelona e Luis Enrique treinador do Barcelona. E, continuou Mendes, já que nem os oito milhões dos chineses nem a Lazio lhe serviam, o Qatar era uma alternativa simpática, uma espécie de aninho sabático e bem pago (seis milhões de euros), enquanto Laurent Blanc não caísse da cadeira no PSG. Jesus disse a Mendes que não queria nada daquilo, e Mendes disse a Vieira que Jesus não iria a lado nenhum. O presidente do Benfica iria tentar convencer Jesus uma última vez.

A 29 de maio, sexta-feira, o Benfica venceu a Taça da Liga (2-1 ao Marítimo), e Jorge Jesus marcou um treino para o fim de semana, porque a época só acabava no domingo. Depois do jogo, no autocarro, Luisão disse a Jesus que nem pensar, que era tempo de férias e que havia malta com bilhetes na mão para o Brasil. O treinador cedeu. Mas Jesus ainda não estava de férias. Na segunda-feira, 1 de junho, encontrou-se com Vieira na Luz e falaram sobre o que queriam fazer do Benfica. Avisado por Mendes e com as capas dos jornais na cabeça, Vieira garantiu a Jesus o mesmo ordenado, sob algumas condições — a tal fórmula 20 + 5, um plantel com 20 jogadores à escolha do treinador e cinco miúdos da formação. Em 30 minutos, Jesus ficou a saber ao que ia; nos restantes 90, ficou a perceber ao que Vieira ia. “Vê lá a tua vida, tens família, casa, não estás para novo, o Mendes consegue arranjar-te um clube onde ganhes bem.” E falou-lhe do avião que estaria pronto, assim que Mendes viajasse nele do Porto para Lisboa, e que os levaria para Paris.

Jesus sentiu-se a mais e ligou a um amigo: “Estes gajos não me querem lá.” No dia seguinte, ele, o advogado e o amigo encontraram-se às 8h30 na sua segunda casa na Aroeira, construída com 800 mil euros avançados pelo Benfica. Jesus não tinha pregado olho, dizia que não sabia o que faria da vida e pôs-se a divagar sobre o Benfica, com quem tinha contrato, sobre o FC Porto, que o abordara há meses, e sobre o Sporting, que lhe prometera cinco milhões de euros.

O pensamento foi interrompido por um telefonema. “Já tens as malas prontas?” Às 8h50, Vieira pressionou-o para ambos irem com Mendes a Paris, mas Jesus negou-lhe o capricho, porque não iria para uma mostra pela mão de ninguém. Discutiram durante cinco minutos, e a chamada terminou com um “volto a ligar-te” do lado de lá.

Foi então que Jesus pôs em marcha o plano: telefonou ao senhor X, que ligou a Bruno de Carvalho, e este pediu ao senhor X que dissesse a Jesus para estar na casa do administrador Rui Caeiro, na morada tal, às nove da noite. Jesus jantou com BdC e com Rui Caeiro e, em 10 minutos, acordaram os valores; o resto foi conversa de bola até às quatro e meia da manhã. O dia seguinte, 3 de junho, quarta-feira, seria longo e começou pelas 8h30, quando Jesus deu a palavra a BdC de que seria o seu novo treinador. Seguiram-se duas reuniões: uma, às 15h30, em Alvalade, entre BdC, dois administradores leoninos, o senhor X e o advogado de J.J.; e outra, às 18h, num escritório de advocacia, com J.J. num dos pisos, os administradores do Sporting noutro, BdC em Alvalade e os advogados a fazerem ‘piscinas’ entre andares. Às tantas, o Sporting fez uma exigência: a cláusula de rescisão. Jesus não gostou: só por uma vez tivera cláusula, com o Benfica, e se o Sporting não retirasse a alínea ele lavaria as mãozinhas da coisa e ficaria na Luz, de onde lhe telefonavam há horas sem que ele atendesse. Vieira, Paulo Gonçalves (responsável jurídico das águias) e Rui Costa; e um deles deixou a mensagem: “Cinco, seis milhões de euros.” Era tarde. BdC cedeu a Jesus e fez-se um memorando de entendimento. Às 21h, a notícia rebentou: J.J. no Sporting. [Fontes próximas do Benfica negam a oferta de última hora e garantem que as únicas mensagens trocadas entre Jesus e Vieira aconteceram às duas da manhã: J.J. disse ao presidente que tudo o que vinha nos jornais era verdade; Vieira disse a J.J. que a lealdade não se compra por tuta e meia.]

A assinatura do contrato foi adiada de quinta-feira, dia em que Jesus foi barrado no Seixal, para sexta, porque o Sporting queria resolver-se com Marco Silva; e J.J. atrasou as suas férias dois dias (partiu num cruzeiro no sábado, 6 de junho). Ainda houve um contratempo: uma das vias do contrato estava mal reconhecida, e o problema só ficou resolvido às 22h, com uma esferográfica a pôr o preto no branco no meio da rua. Estava feito. J.J. lá foi para as Américas, por entre flashes e perguntas sem resposta no aeroporto de Lisboa; a 9 de junho, terça-feira, BdC referiu-se a este ‘golpe’ como “a bicada do século”, num encontro com jornalistas. A guerra entre Benfica e Jesus começava aqui — os da Luz não lhe pagariam o salário de junho e lançariam uma intenção de processo por quebra unilateral do contrato. Para o Benfica, J.J. trabalhou em Alvalade quando ainda era seu assalariado.

Há dois indícios públicos de que Jesus tenha pulado a cerca antes de tempo: primeiro, Danilo, que o Sporting quis mas acabou no Dragão, disse que andava a falar com Jesus por telefone, a 13 de junho, um sábado; depois, o próprio Jesus foi apanhado pelos jornalistas na quarta-feira, 17, em Alcochete, naquela que apelidou de visita de reconhecimento. [Entre Danilo e Alcochete, Rui Vitória foi apresentado no Benfica a 15 de junho.]

Foi um erro tático de J.J., e um amigo disse-lhe que tinha dado muito nas vistas e que não devia admirar-se se o Benfica não lhe pagasse o salário de junho. “Mas então porquê?”, perguntou J.J. “Espera e verás.” Não foi preciso esperar muito. Domingos Soares de Oliveira, CEO do Benfica, enviou uma carta a 23 de junho a pedir a comparência de Jesus na Luz no dia 26, por questões de “extrema gravidade”, mas a missiva só chegou ao treinador a 29 porque fora enviada para a antiga morada — a primeira casa na Aroeira. Foi Ivone, a mulher de J.J., que deu com ela. [“Não é a morada errada, mas a que consta nos Recursos Humanos. Quem tinha de mudar o endereço era o visado”, refuta alguém próximo da Luz.] Jesus responde a 29, escrevendo que fora “escorraçado do Seixal” e que por isso não tinha nada que comparecer no estádio. O Benfica recebe o texto de J.J. a 30, o último dia do contrato que ligava as partes.

A 5 de julho, o dinheiro não caiu na conta de Jesus, que esperou um pouco mais, porque era domingo e podia ter havido um atraso no sistema. A 8 de julho, quarta-feira, J.J. telefonou a Vieira, que lhe disse que o Benfica não era com ele, que não tinha nada a ver com aquilo, que era coisa de Soares de Oliveira. O impasse prolongou-se até meados do mês, até que Vieira deu autorização para que as partes começassem a falar. Os dois advogados, do Benfica e do treinador, puseram-se em contacto e alinhavaram uma data para uma reunião: 3 de agosto, segunda-feira, um dia depois do casamento de Jorge Mendes, onde Jesus e Vieira conversaram sobre o tema. Mas o encontro é adiado para 10 de agosto, logo após a Supertaça, que o Sporting ganhou por 1-0; a 13 de agosto, o “CM” fez manchete com as mensagens de Jesus aos jogadores do Benfica enviadas antes da Supertaça; e a 14 de agosto, às 17h11, a entourage de Jesus recebeu a informação de que o Benfica iria acionar judicialmente o treinador por quebra de contrato. Ninguém avisou J.J. das intenções dos encarnados, porque o Tondela-Sporting se jogava nessa noite, mas convenceram-no a falar das SMS com Talisca após o encontro... se o ganhasse. “Assim, vais de peito cheio.” O Sporting venceu em Aveiro, por 2-1, e Jesus desafiou o Benfica a mostrar as SMS na conferência de imprensa. J.J. tem a certeza de que nenhuma mensagem trocada com os futebolistas encarnados o compromete — teve uma “conversa de chacha” com Talisca quando Bruno Paulista lhe perguntou pelo antigo colega do Bahia; falou com Salvio porque quis saber como é que ele andava de saúde; e recebeu algumas SMS que lhe massajaram o ego, como esta: “Desde que se foi embora, isto é um descanso, mister.”

A história ganhou vida: no domingo, 16 de agosto, o comentador Rui Santos revelou na SIC Notícias que Jesus não recebeu o ordenado de junho; e, na segunda-feira, o Expresso escreveu que o Benfica queria processar Jesus em 7,5 milhões de euros, o valor da cláusula de rescisão. Agora, não há volta a dar, chegou-se a um divórcio litigioso e só há duas vias a seguir: tribunal de trabalho ou arbitral. A primeira hipótese, mais demorada, será a mais real. Porque o Benfica e Jesus vão marcar-se um ao outro esta época. Como um gato e o rato, que lhe fugiu.»
(Fonte Expresso).

Sobrinho mente à CMVM:
Tive curiosidade e fui ler cuidadosamente o que dizia o R&C 2013/14 do Sporting sobre a Holdimo:

“Aumento do capital social da Sporting SAD por entrada em espécie, a realizar por subscrição particular pela sociedade Holdimo – Participações e Investimentos, SA, no montante de Euros 20 milhões, mediante a conversão de um crédito daquela entidade sobre a Sporting SAD, resultante de contrato de parceria de cooperação financeiro-desportiva, através de emissão de 20 milhões de novas ações ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal de 1 Euro cada, pelo preço de subscrição de 1 Euro cada”.

Depois voltei a ler a resposta do Alvaro Sobrinho à CMVM:

"É perentória e categoricamente falso que eu, Álvaro Sobrinho, ou a Holdimo, da qual sou acionista, na qualidade de acionista da Holdimo, tenhamos feito qualquer investimento directo na SAD do Sporting. Ao contrário do que publicitou a CMVM, nunca houve entrada de dinheiro da Holdimo ou de mim próprio na compra de acções da SAD do Sporting. A CMVM sabe que foi o Sporting Clube de Portugal que propôs a entrada da Holdimo no capital social da SAD, numa operação que na altura a Entidade Reguladora aprovou sem qualquer reserva"

O R&C diz taxativamente "resultante de contrato de parceria de cooperação financeiro-desportiva", ou seja, há dinheiro vivo que entra no Sporting, no valor de 20M€ e o Alvaro Sobrinho tem a coragem de oficialmente negar essa informação.

A Holdimo tem 26% da SAD do Sporting, o dono diz que não... Será que os 26% são uma ilusão, será que são uma garantia formal de um empréstimo, será que são trapaça ou será que as declarações do Sobrinho são um jogo de palavras de um advogado habilidoso...?

Sobrinho emprestou sim dinheiro a Godinho e não foi a pronto para este pagar salários , a Holdimo era uma das financiadoras do Godinho que não conseguia sustentar a massa salarial de 45M , por isso a época do 7º lugar , porque Sobrinho deixou de emprestar dinheiro e os jogadores ficaram com os salários em atraso.

Vilarinho e o despedimento de Mourinho
Já estou farto de contar essa história, já toda a gente sabe. Ele contou no livro. Mas vou contar, pronto. O Mourinho ganha 3-0 ao Sporting.
O Benfica não jogava nada. Tinha uma equipa que era uma porcaria, até eu era capaz de ter lugar, ou pelo menos era um suplente muito utilizado. É que não jogavam nada, nem tinham forma de jogar, porque não havia matéria-prima. E o senhor Mourinho, que é um excelente treinador e condutor de homens - é meio bruxo - consegue mudar aquelas mentalidades.

O senhor Mourinho ganha 3-0 ao Sporting sem saber ler nem escrever, aquilo aconteceu. E isto é um sábado. Segunda-feira temos reunião da direção e aparece ali o Mozer [adjunto de Mourinho], estranhei. E o senhor Mourinho diz isto: “ou me renova o contrato mais um ano ou amanhã já não dou o treino”. Ele nunca gostou de mim, não sei porquê, devia pensar que eu não gostava dele."
"Ao Mourinho respondi-lhe: “então 'faxavor' vamos fazer contas e vai-se embora. Eu nunca mais tinha mão naquilo assim.
"E os tempos eram muito difíceis. Aquela banda que apoiava o Vale e Azevedo e que me fazia esperas e que me dava porrada no carro e aquela porra toda. Este [Mourinho] vai já, pensei. Nunca sonhei que ele viesse a ser o que é."

Quando tentou voltar a contratar Mourinho ao Leiria
"Vou ver se faço as pazes com ele. Mas o Mourinho tem um feitio complicado, muito complicado... Estávamos a acertar mas ele não queria o Jesualdo [Ferreira] na equipa técnica. As direções a que eu pertenci, como dirigente do Benfica durante 17 anos, já tinham despedido o Jesualdo duas ou três vezes. E já não tinha coragem para despedir mais vezes, pronto! Já chegava. Isto já passa os limites. É uma excelente pessoa, não é malandro. E estive a tentar convencer o Mourinho, mas ele dizia que não. E ele já estava a negociar com o Porto."

Mourinho e a chantagem
“I admit that I used blackmail on Manuel Vilarinho. Telling him that either you give me a year´s contract or il´l leave because another club is interested in me”, is a form of blackmail. However, truth to be told, the blackmail wasn´t accepted.
(In biografia autorizada de Luis Lourenço)

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