quinta-feira, 12 de março de 2015

(MST - O CADASTRO) A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA (129)

MIGUEL SOUSA TAVARES, Crápula, Ladrão e Mentiroso

Um dos maiores Biltres, Canalhas e Vermes da intelectualidade portuguesa, bem à imagem do clube que cegamente segue e do Papa perante o qual se postra, MST é o exemplo mais flagrante da negação do ser humano.
Em homenagem a tão desprezível figurinha decidimos voltar a publicar aqui o que já foi escrito sobre este cobarde canalha sem vestígios de coluna vertebral.


"Eu não sei porque razão

certos homens, a meu ver,

quanto mais pequenos são

maiores querem parecer." 
António Aleixo.

As notícias vindas de dentro de Palermo coincidem com as do Portista. O tipo está acusar algo que tem de ser limpo do corpo.

Os jornalistas que eventualmente saibam a verdade não se atrevem a contar o que sabem, nem o chefe de redacção do jornal respectivo o permitiria. Isto é que é escandaloso. Voltámos aos tempos da "velha senhora".



Vejam este texto escrito pelo MST:

«Vive na net e a coberto do anonimato, uma multidão de seres doentios, cobardes, transtornados pela raiva e que, a salvo de qualquer consequência, dão largas aos seus instintos de autênticos animais. Qualquer tentativa de os identificar, para efeitos processuais, junto dos servidores americanos, encontra fatalmente a oposição das autoridades judiciais dos Estados Unidos, invocando a hipócrita razão da liberdade de pensamento. Como se a liberdade se confundisse com o direito ao insulto e à calúnia, sem riscos de consequências - Miguel Sousa Tavares, jornal A Bola, 15 de Fevereiro de 2011.



Ora aqui está à vista de todos a verdadeira cara da anti-democracia, da intolerância, da vontade de calar as vozes que se ouvem na blogoesfera, na senda dos Mubaraks e dos Kaddafis deste mundo. Tentam por todos os meios calar as vozes dissidentes.

A besta Tavares conseguiu fechar um blogue. Chamava-se “Freedom To Copy”. Divulgava toda a canalhice de um merdas que sem qualquer tipo de escrúpulos copiou nacos inteiros de um livro chamado“Freedom At Midnight”, para os encaixar à força num escarro literário chamado “Equador”, título também ele copiado de outro livro (Erin L. Foley)… mas não deixamos morrer David Croquete nem David Rissol nem a mensagem que nos trouxe um dia o “Freedom to Copy”. E porque soubemos guardar a mensagem final desse grande blogue, ela aqui fica para desmanchar bem o carácter de uma bola de pús que leva o nome de Sousa Tavares…

“Os autores deste blog tentaram, a devido tempo, que estas comparações entre «Freedom at Midnight» e «Equador» fossem publicadas num jornal de reputada seriedade. Debalde. A discussão sobre a matéria não é permitida. Porquê? Porque MST sabe tirar partido do seu mediatismo. Nenhum jornalista o questionou, nenhum jornalista tentou contactar a editora de Lapierre e Collins para ouvir a sua posição sobre o assunto, nenhum jornalista se deu ao trabalho de comparar as duas obras com seriedade, não caindo na tentação de querer defender o autor de «Equador» a todo o custo. MST teve sempre o espaço que quis para continuar a fugir ao assunto e para soltar os seus palavrões e ameaças.

MST até conseguiu que, solícito, o 24 Horas lhe escrevesse um panegírico. Valeu o «bardamerda» e as «pauladas».

Só na TVI manteve o silêncio. Seria certamente confrangedor confrontá-lo, em directo, perante todo o país, com o seu pecadilho. É para isso que servem os amigos. Para as horas más. Muito curioso vindo de quem acusa os autores deste blog de cobardia. Muito curioso...
Há uma pergunta à qual MST nunca respondeu nem vai responder: por que é que transcreveu parágrafos inteiros de um livro? E já agora, qual a opinião que tem sobre os escritores que o fazem?

Este blog cumpriu a sua missão. Demonstrou cabalmente as semelhanças entre os dois livros, deixou aqui os parágrafos idênticos, permitiu a todos os que a ele acederam tirar as suas próprias conclusões.

MST mandou «bardamerda» e ameaçou com «pauladas».
Mas não explicou. Nem vai explicar. Vai fazer guerra à blogosfera. Boa sorte MST!
Os parágrafos publicados neste blog foram um mero exemplo elucidativo. Há mais...
As parecenças entre os dois livros são evidentes para qualquer espírito lúcido. Mas MST não se limitou a ir buscar inspiração a Lapierre e Collins. Outros mereceram a sua atenção.

MST faz barulho e o barulho impede a análise. Enreda-se em bravatas e distrai aqueles que lhe acham graça. Copiou parágrafos inteiros de um livro e não é capaz de o reconhecer, por mais que as evidências o exibam. Reduz tudo a «bardamerda» e «pauladas». Que classe!

Um caso de flagrante plágio = roubo
“Luís Bernardo Valença, instalado confortavelmente num assento de uma carruagem de 1ª Classe, recosta-se e observa a paisagem alentejana ao mesmo tempo que vai rememorando as circunstâncias desta sua inesperada viagem. Estava em Lisboa e foi chamado a Vila Viçosa, ao palácio real, onde será convidado a assumir uma função absolutamente inesperada: a de Governador de S. Tomé.” (“Equador”)

 “Louis Francis Mountbatten, instalado confortavelmente no assento de um automóvel, recosta-se e observa a paisagem londrina ao mesmo tempo que vai rememorando as circunstâncias desta sua inesperada viagem. Estava em Zurique e foi chamado a Downing Street, residência do Primeiro-Ministro, onde será convidado a assumir uma função absolutamente inesperada: a de último Vice-Rei da Índia.
Ambos são jovens bem parecidos com ambições e consideram absurdas as propostas que lhes são apresentadas.” (“Freedom at Midnight”)

Assim se iniciam os livros «Equador», de Miguel Sousa Tavares, e «Freedom at Midnight», de Dominique Lapierre e Larry Collins. Sousa Tavares, na bibliografia publicada nas últimas páginas notifica a consulta de La Pierre, Dominique e Collins, Larry – «Cette nuit la liberté», Éditions Robert Laffont, Paris 1975.

As parecenças poderiam ficar por aqui. Mas não ficam. Quem lê a forma como os livros se desenvolvem nota a olho nu variadíssimos pontos comuns. Não só de construção como até de linguagem.

Uma observação mais atenta dá-nos conta de que há parágrafos inteiros que foram pura e simplesmente traduzidos, quase ao pormenor. Outros tiveram uns pequeninos toques: ligeiras alterações de nomes ou de números.

Assim se constituem as fraudes. «Equador» foi um caso raro de marketing e de vendas. O que teriam a dizer sobre isso os pobres Lapierre e Collins?

Considerámos a hipótese de fazer aqui, para os menos entendidos na língua inglesa, a tradução dos parágrafos originais. Seria tempo perdido: a tradução de Sousa Tavares é suficientemente razoável.

Cada um de nós poderá verificar tranquilamente, pelos seus próprios olhos, as indiscutíveis semelhanças entre os dois livros. E ler, no original, o que o autor de «Equador» fez passar por seu, sem pudor. Imperdoável.

Nas páginas de onde saíram estes nacos de prosa, outros há que poderiam merecer aqui menção honrosa. Mas isso seria tirar o prazer de quem pode, a partir de agora, lançar-se na «corrida à cópia», descobrindo a seu bel-prazer mais algumas pérolas da exploração de trabalho alheio.

Na bibliografia adjacente à 1ª Edição de «Equador», Sousa Tavares apresenta 29 livros consultados. Esfregamos as mãos de contentamento: se em apenas um livro conseguiu retirar tudo o que aqui se publica, imagine-se o que iremos encontrar nos restantes 28... A busca vai começar!

Orgulhosamente, Sousa Tavares disse um dia: «Eu pus o país a ler!» E pôs. Nunca tantos portugueses terão lido os pobres Lapierre e Collins.

Não nos parece banal que os dois livros tenham um início quase comum; descrição, paisagens, personagens, convites, cadeiras, estados de espírito, densidades psicológicas, percepções exteriores e um não mais acabar... Banal é dizer que um é velho (Mountbatten tinha 46 anos) e o outro (Luís Bernardo) não era ambicioso.

Também não nos parece referência histórica o seguinte: «finalmente, Sua Exaltada Excelência haveria de morrer, prostrado à mais incurável das doenças: o tédio.» - «His was a malady that plagued not a few of is surfeited fellow rulers. It was boredom. He died of it...». Isto é cópia.

Chama-se no universo estudantil copianço descarado. «Morrer de tédio» não é conceito científico nem informação histórica. É humor. Mas humor de Lapierre e Collins.
«Sinto-me numa posição kafkiana porque ele (o autor da acusação de plágio) nem tem rosto», diz MST.

Mas, mesmo sem lhe conhecer o rosto, MST insulta: «O perfil é de um escritor falhado, medíocre, invejoso e caluniador». Como sempre, para MST tudo o que não seja a sua imagem ao espelho é medíocre e invejoso, podendo até chegar a porco, estúpido, nazi, atrasado e por aí fora. MST tem de aprender que o insulto não deve ser a primeira resposta. Mérito, entre outros, que reclamamos para este blog.

Testemunho
O escritor Tavares não é aquele que um dia foi jornalista desportivo e quando foi fazer a crónica de um Sporting 5 - Porto 1 conseguiu ser o único jornalista que viu o clube corrupto a jogar melhor e a ser roubado? Com a vergonhosa crónica o escritor deixou de ser jornalista desportivo, contou numa entrevista.

O escritor Tavares não foi aquele que abandonou a SIC, pelo facto da estação ter noticiado que o FCPorto tinha nas suas contas uma factura da viagem ao Brasil de um tal José Amorim, mais cohecido por Carlos Calheiros?

O escritor Tavares não é aquele que por um ruinoso acto de gestão levou a falência uma das melhores revistas, “A Grande Reportagem”?

O escritor Tavares tirou o curso de direito mas nunca fez uso dele, porque disse numa entrevista que os advogados não procuravam fazer justiça. Talvez tenha razão, pois o seu papá era o advogado Francisco Sousa Tavares que esteve implicado no caso DOPA, que levou mais de 15 anos para ser julgado e o crime prescreveu.

Testemunho
MST é um parasita que aproveitou a mama da sua Honrosa mãe e a sua contribuição cultural para com o País para se meter em bicos de pés à frente de uma câmara. Esse rato é um parasita porque se ergueu a partir de uma estátua que pertence à sua mãe, é parasita porque é um plagiador de livros que continua a escrever e é parasita porque faz parte de uma malha nojenta montada desde os anos 80 para manipular opiniões e desviar visões dos assuntos para o lado que lhe convém, caminhando em consantes contradições, mal esteja o seu Porto em causa.
Como é que este peça, que assumiu que continua a fumar em sítios públicos, consegue criticar Sócrates por ter fumado no avião? Este senhor de íntegro não tem nada. Vá tentar saber quem está encarregado de analisar o recurso do Pinto da Costa. Dou-lhe uma pequena pista… VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DE GONDOMAR.

Sousa Tavares em 11 de Junho de 2007
 (…) é assustador verificar a frequência com que, graças a uma redacção voluntariamente ambígua, da lei, são anuladas em julgamento as escutas telefónicas.” 
(Sobre José Sócrates e as escutas que ele mais tarde achou bem não pudessem ser utilizadas como prova no julgamento do Apito Dourado).

Sousa Tavares e a mentira   
“Apesar de Alexandra Pessanha, Maria Dulce Ferreira e Sarmento Botelho estarem contra a equiparação dos stewards a espectadores, votaram a favor do acórdão. O CM sabe que tal se deve a um pacto que existe no CJ: todas as decisões importantes têm de ter o apoio de todos os conselheiros”.

Correio da Manhã, 28 de Março de 2010



"(...) não posso deixar de reclamar por ter sido necessário Pinto da Costa dizê-lo na televisão, para eu ficar a saber que o acórdão do CJ que desautorizou em toda a linha a pífia doutrina jurídica do CD e de Ricardo Costa,foi outorgado por unanimidade dos sete membros juízes. Por unanimidade! Dos sete votantes!

Sousa Tavares,
6 de Abril de 2010

Um Biltre, um Escroque
Imagens como estas não precisam de palavras. É dispensável o ror de alarvidades com que 2 ou 3 infelizes resolveram encharcar páginas de jornais, abanando alegremente a cauda à voz do dono. Mas, infelizmente, é assim que sobrevivem à superficie da mediocridade os analfabetos de pai e mãe.
Para mim, a vida deve ver-se de forma simples. Não merece infinitas tergiversações. Comprar árbitros, com prostitutas ou outros favores, é torpe; insistir na dificiência mental de uma pessoa para a amesquinhar é próprio de um pulha; insultar alguém pelas costas alguém de quem se finge ser amigo é cobardice; copiar páginas inteiras de livros e assiná-los como se fossem próprios é abjecto.

Quem mente e se contradiz por submissão é um verme; quem nega as evidências e procura atirar sobre outrem o nojo das suas acções é um biltre; quem se presta a tudo para defender a corrupção, o compadrio, o nepotismo e o tráfico de influências é um escroque. Por isso, há discussões que morrem à nescença. Não é possível discutir com gente primitiva, sem espinha, troglodita e malformada. Para eles não há túneis: há cavernas…

A Entrevista
Depois de ter sido caninamente subserviente com Sócrates, fazendo-lhe uma entrevista encomendada; depois de ter, ao arrepio de qualquer ética jornalística, feito um “bobó” ao candidato à presidência da República que diz apoiar; depois de ter zurzido em toda a parte – menos na CS dita séria onde tem colocado os amigos e até o filho – pela falta de pudor que revelou esses dois momentos, que fez Tavares? O que qualquer velhaco inescrupuloso fazia – zurziu forte e feio em Gonçalo Amaral. Porquê? Porque o homem fez comentários fortes sobre o Apito Dourado (e disse que é do Benfica)? Claro! Mas sobretudo porque é alguém que está neste momento de rastos! O animal Tavares gosta de pontapear quem está no chão…
É deste material que são feitos os cobardes!

“Aldrabão”, por João Malheiro
Há uns anos deu o mote, autor que foi da anedótica “é mais difícil ser portista em Lisboa do que muçulmano na Bósnia”. Miguel Sousa Tavares, de então para cá, prossegue na rotina do disparate, cego na corte ao azul e obstinado na injúria ao vermelho.

O Tavares, numa das suas mais recentes prosas, atirou que no derradeiro ano em que o Benfica garantiu o ceptro nacional, sob o comando de Trapattoni, “nos últimos dez jogos todos os golos encarnados aconteceram de penalty e livres inventados ou duvidosos à entrada da área”. O Tavares disse TODOS, e TODOS só pode significar TODOS. Se não estudou o assunto, o Tavares é jornalisticamente desonesto; se estudou o assunto, o Tavares é intelectualmente desonesto. Em qualquer dos casos, o Tavares é sempre desonesto. Desonesto e mentiroso.

Ricardo Araújo Pereira, sobre o mesmo assunto, já tratou da (eufemística) amnésia do Tavares, até lhe recordou, prescindindo mesmo do seu genial humor, que na temporada de 2004/2005 o FC Porto teve uma singular colecção de três treinadores e até encaixou, em pleno Dragão, quatro golos sem resposta do Nacional da Madeira, justamente a dez rondas do final da competição.

A partir daí, o Tavares terá ficado mais vesgo. Dos 14 golos que o Benfica apontou, sete foram obtidos de bola corrida. TODOS os sete. E os outros? Três de (indiscutíveis) livres laterais, um de (indiscutível) pontapé de canto, um de (indiscutível) livre frontal e dois de (só um discutível) penálti. Chega? Já agora, no mesmo período, sob a arbitragem do patético António Costa, o FC Porto venceu o Marítimo, com um escandaloso golo de MacCarthy em fora-de-jogo. Só? E o golo do triunfo ao Gil Vicente? E o golo do triunfo ao V. Setúbal? O Tavares, nessa altura, viu o que viu e todos lhe viram disparar o estrabismo futebolístico.

O Tavares acha que percebe de tudo. O Tavares pode aparecer a falar da digestão dos suínos, pode aparecer a falar da estética dos saca-rolhas, pode aparecer a falar de subsídios para a compreensão do dedo grande do pé. O Tavares pode falar de tudo e de mais alguma coisa. O Tavares também pode falar de futebol. Não deixa é de ser aldrabão. E com descaramento agravado.

Crónica de Carlos Miguel Silva (Gwaihir)
“Podia, podia perfeitamente, vir aqui mais uma vez desmascarar – e é tão fácil – mais uma croniqueta hipócrita, mentirosa e ofensivamente mal escrita daquele moço que tem a fama (justa ou injusta) de plagiar escritores para vomitar os seus livrecos. Podia confrontar o mentiroso (quem mente sistematicamente, desculpem, é mentiroso – isto é mesmo assim) e podia vir aqui atirar-lhe à cara que, sendo adepto e defensor convicto de uma agremiação que prosperou desportivamente à custa de um sistema imoral e criminoso construído à base de anos e anos de ‘fruta’, ‘cafés com leite’, viagens ao Brasil, túneis sem câmaras, sem testemunhas e com Guardas Abéis, viciações de classificações de árbitros e manietação de agentes desportivos e políticos, vir agora, travestido de virgem ofendida e num caso em que a verdade o desmente como um pontapé na boca sem perdão, escrever alarvidades como ‘eles jogam nos túneis, nós jogamos no campo’ e arrogar-se de arauto impoluto da verdade desportiva é duma hipocrisia que chega a ser verdadeiramente obscena. No fundo, é como a Camorra vir apresentar-se a público, brandindo sem vergonha uma auto-atribuída respeitabilidade, como uma organização que é injustiçada e perseguida sem fundamento pelas autoridades.

Podia ainda, se para lá estivesse inclinado, desmascarar a ética invertebrada e a corrupção moral de quem vive de forma canalha com duas verdades e as molda à sua conveniência para tentar justificar o injustificável e branquear o que é demasiado sujo (MST e as escutas ao primeiro-ministro: ‘uma vez reveladas não podem ser ignoradas’; MST e as escutas a Pinto da Costa: ‘uma canalhice que nem ouvirei’).

Podia fazer isso tudo. Mas, honestamente, não vale a pena. Já chega. São devaneios patéticos, histéricos e insalubres de quem vê o polvo em risco. Esta personagem decadente já só engana quem quer ser enganado. E esses não me merecem os escritos, porque já não têm salvação.
Fica a escrever para o vazio. Que é o que há entre as orelhas de quem ainda é influenciado pelo que escreve: um gigantesco e sufocante vazio”.

"Vamos contar mentiras", por Ricardo
Araújo Pereira
"Há duas alturas em que uma equipa consegue fazer uma época mítica. Uma é quando os seus jogadores praticam bom futebol, despacham os adversários com goleadas, enchem os estádios. Outra é quando os seus adeptos se entretêm a inventar mitos. Na impossibilidade de verem a sua equipa cumprir os requisitos da primeira, há colunistas que se vêem forçados a optar pela segunda. É o caso de Miguel Sousa Tavares. A sua última crónica era um soberbo monumento de mistificação. Dizia ele sobre o Benfica: «[n]o último campeonato ganho, o do Trapattoni, (…) nos últimos dez jogos todos os golos dos encarnados aconteceram de penalty e livres inventados ou duvidosos à entrada da área».

Ou seja: no ano em que o Porto teve três treinadores, e na mesma época em que obteve o recorde de maior derrota caseira da liga (os célebres 0-4 frente ao Nacional), como conseguiu o Benfica ganhar o campeonato? Como é óbvio, com o auxílio da arbitragem. De outro modo, não se concebe como teria podido superiorizar-se ao fortíssimo Porto de Del Neri, Fernandez e Couceiro.
Não houve presidentes do Benfica a receber árbitros em casa, nem vice-presidentes apanhados a oferecer quinhentinhos, nem viagens pagas ao Brasil — mas foi demasiado evidente que os árbitros beneficiaram o Benfica naqueles «últimos dez jogos», em que «todos os golos dos encarnados aconteceram de penalty e livres inventados ou duvidosos à entrada da área». Só há um pequeníssimo problema. É que isto é mentira(lamento, mas não há outra palavra).
Nos últimos dez jogos desse campeonato, o Benfica jogou, por exemplo, com o Gil Vicente. Ganhou por 2-0, com um golo de Mantorras de bola corrida, a passe de Manuel Fernandes, e outro de Miguel, também de bola corrida, a passe de João Pereira. Depois, jogou com o Setúbal. Voltou a ganhar por 2-0, com um golo de Manuel Fernandes de bola corrida (belo remate de fora da área) e outro de Geovanni, também de bola corrida, na sequência de jogada pela direita. A seguir, jogou com o Marítimo. Ganhou por 4-3, com dois belos golos de Nuno Gomes, ambos de bola corrida (um a passe de Miguel e outro após centro de Geovanni), outro de Mantorras, em lance de (talvez o leitor já tenha adivinhado) bola corrida, e ainda um de Miguel, em remate de fora da área, na sequência de livre de Simão. E ainda jogou com o Estoril. Ganhou por 2-1, com um golo de Mantorras, após um canto (não um penalty), e outro de Luisão, depois de um livre junto à bandeirola (não à entrada da área).

Claro que houve jogos que o Benfica venceu com um golo de penalty, como o Benfica-Belenenses, curiosamente na mesma jornada em que o Porto ganhou por 1-0 ao Marítimo com um golo de McCarthy em fora-de-jogo.Mas, a menos que dez jogos tenham deixado de ser dez jogos, ou que a expressão «todos os golos dos encarnados» tenha deixado de significar «todos os golos dos encarnados», Sousa Tavares inventou um mito.




No entanto, o atraso de uma equipa no campeonato é directamente proporcional à capacidade de efabulação dos seus adeptos. Não se estranha, portanto, que Sousa Tavares tenha prosseguido: «lembro-me bem do penalty decisivo, no último jogo no Bessa, que foi dos mais anedóticos que já vi assinalado». Mais uma vez, é mentira (peço desculpa, mas não há mesmo melhor palavra) que o penalty tenha sido decisivo. O Benfica terminou o campeonato três pontos à frente do Porto. Sem o ponto que aquele penalty garantiu, teria sido campeão na mesma. Resumindo: como o Porto (ainda) não consegue vencer campeonatos estando dois pontos atrás do primeiro classificado, aquele penalty não foi, de todo, decisivo.



Finalmente, a propósito do golo do Braga, diz Sousa Tavares que «entre a saída da bola e o golo decorreram uns trinta ou quarenta segundos em que a bola passou por uns seis jogadores e poderia ter sido umas três vezes definitivamente afastada pelos jogadores do Marítimo antes do belíssimo pontapé fatal de Luís Aguiar.» Permitam-me que atalhe para informar que isto é, como dizer?, mentira. Entre a saída da bola e o golo decorreram, não quarenta, não trinta, nem mesmo vinte, mas dez segundos. E a bola passou por dois jogadores do Marítimo que, no meio de sucessivos ressaltos, não conseguiram sequer tirá-la da grande área. A título de exemplo, compare-se com o golo do Benfica ao Porto. Entre o fora-de-jogo de Urreta e o belíssimo pontapé fatal de Saviola decorreram 13 segundos. E a bola é tocada por quatro jogadores do Porto que conseguem afastá-la para bem longe da área. A diferença é que o lance do Braga é uma minudência, mas o do Benfica é uma mancha que ficará para todo o sempre tá."


Diogo Quintela, em A Bola
Esta foi a última crónica do sportinguista Diogo Quitela em A Bola, a que foi censurada por outro biltre se seu nome, Vitor Serpa. Censura essa que levou a que Ricardo Pereira a também deixasse de escrever no jornal. 

Na terça-feira, Miguel Sousa Tavares escreveu: 
«Desde que esta época se iniciou, eu tinha feito a mim mesmo uma promessa: aguentar-me até ao limite para não dar alento nestas crónicas ao clima habitual de facciosismo cego que alimenta ódios e suspeições sem fim e impede de ver e reconhecer o mérito alheio onde ele existe. Já lá vai decorrido meio campeonato e nunca, uma só vez que fosse, me pronunciei sobre arbitragens: quer as do meu clube, quer as dos outros; elogiei, mais do que uma vez, os progressos evidentes do futebol do Benfica, escrevendo que era a equipa que mais e melhor estava a jogar, e não tive uma dúvida em reconhecer como mais do que justa a sua vitória recente sobre o FC Porto. Fiz o que pude para a sanidade do ambiente. E aguentei-me até onde consegui. Mas, às tantas, as coisas começam a ficar difíceis de encaixar sem reagir. Anteontem, por exemplo, ao ler o texto, pretensamente engraçadinho, do Diogo Quintela, achei que a direcção do FC Porto deveria abandonar a sua tradicional passividade litigante e colocar-lhe um processo-crime por difamação, como o seu texto amplamente merece.

Talvez ele prefira a justiça popular à justiça democrática, talvez prefira a verdade popular à verdade apurada como tal; talvez as sentenças da justiça comum (e não a da populaça futebolística) lhe não mereçam respeito algum, talvez mesmo nem sequer se dê ao trabalho de as conhecer. Mas certamente sabe que insistir em mentiras desmascaradas pela justiça é uma calúnia e sabe que ofende, não apenas o presidente do FC Porto, mas todos os portistas, quando se diverte a escrever pretensos diálogos em que Pinto da Costa compra um árbitro por 2.500 euros. Goebells [sic] dizia que uma mentira repetidamente dita transforma-se em verdade. Mas Goebells [sic] perdeu e as democracias triunfaram. Talvez Diogo Quintela não goste, mas é assim: há regras no jogo.»

O leitor deve estar a perguntar-se qual a diferença entre a verdade popular e a verdade apurada como tal. Eu sei que estou. Existirão várias verdades para o mesmo facto? Por exemplo, MST diz: «Já lá vai decorrido meio campeonato e nunca, uma só vez que fosse, me pronunciei sobre arbitragens». Mas na sua crónica de 15/12/09, já tinha escrito «o que valeu ao Benfica em Olhão foi, como é habitual também, os últimos minutos do jogo, um fiscal de linha desatento à posição de Nuno Gomes no golo do empate e um árbitro atento ao facto de domingo haver um Benfica-Porto, quando se encaminhou para Cardozo, depois de expulsar Djalmir, e pelo caminho mudou o vermelho a Cardozo para amarelo». (Entretanto, peço ao leitor que memorize o facto de MST achar que, ao não expulsar Cardozo, o árbitro beneficiou o Benfica. Vai-nos ser útil mais à frente).

Esta afirmação em que MST se vangloria de «nunca, uma vez que fosse» ter falado de arbitragens, nem repetida muitas vezes passava a verdadeira. Mesmo pelo tal Goebells. Ou pelo próprio Goebbels. A não ser que eu e MST tenhamos um entendimento diferente do que é: nunca, uma vez que fosse. Ou, se calhar, temos um conceito diferente de verdade. MST acha que é verdade que esta época não se tinha ainda pronunciado sobre arbitragens. Já eu acho que é mentira. Os factos, curiosamente, também acham que é mentira. E o que dizem os factos da noite que deu origem ao Caso do Envelope, no qual me baseei para imaginar o tal diálogo pelo qual MST quer que eu responda em tribunal?

Dias antes do Beira-Mar – Porto, Pinto da Costa recebeu em casa Augusto Duarte, o árbitro desse jogo. Este é verdade. Pinto da Costa disse ter sido surpreendido, mas há escutas em que combina a visita com António Araújo, o intermediário do encontro, e outras em que lhe dá indicações sobre o caminho para sua casa. A mesma casa onde não esperava receber a visita que tinha acabado de lhe dizer que estava a chegar. Este também é verdade. Pinto da Costa disse que Carolina Salgado estava doente e não se cruzou com as visitas. As visitas e a própria Carolina dizem que é falso. Até agora, uma das pessoas que habitava naquela casa da Madalena está a mentir. Uma pista: não é a Carolina Salgado. Bom, isto está provado.

O que não está provado é outra coisa. Digo: não está provado, que é muito diferente de: está provado que não aconteceu. E a coisa são duas versões contraditórias. MST prefere acreditar na de Pinto da Costa, quando este diz que serviu de conselheiro matrimonial ao pai de um árbitro, do que acreditar na de Carolina Salgado. Entre essas duas pessoas, eu prefiro acreditar na que não é presidente de um clube que, por exemplo, pagou uma viagem ao Brasil a um árbitro.

O que também está provado é que, aos 15 minutos desse jogo, Augusto Duarte perdoou a expulsão a um jogador do Porto. A juíza achou que uma expulsão perdoada não é suficiente para uma equipa ser beneficiada? Eu não concordo. E, pelos vistos, MST também não. (Agora é a altura em que peço ao leitor que se recorde que MST considera que o Benfica foi beneficiado por o árbitro não ter expulso Cardozo. Valeu ou não valeu a pena guardar a informação?)

Na mesma crónica de 15-12-09, MST tinha-se referido ao tal Beira-Mar – Porto como «um jogo que já não contava para nada». Uma peta que MST e outros portistas gostam de repetir e que, lamento, não se vai tornar verdade.

Antes desse jogo, o Sporting estava em 2.º lugar, a 5 pontos do Porto. Havia 12 pontos em disputa. O Porto alinhou em Aveiro sem muitos titulares, pois 3 dias depois ia jogar a 1.ª mão da meia-final da Liga dos Campeões. Na mesma jornada o Sporting foi prejudicado no Bessa, quando Bruno Paixão expulsou Rui Jorge e assinalou fora-de-jogo antes do meio-campo a um Liedson isolado. O Sporting (que estava a ganhar) ficou injustamente reduzido a dez e perdeu. O Porto permaneceu injustamente com 11 e não perdeu.

Se o Sporting tivesse ganho e o Porto tivesse perdido, o Sporting ficava a 2 pontos e o Mourinho já não podia descansar outra vez a equipa, na 33.ª jornada, antes da 2.ª mão da Champions, na Corunha. Como fez, já campeão, perdendo com o Rio Ave. Alinhou nesse jogo com Pedro Ribeiro, Pedro Emanuel, Mário Silva e Ricardo Costa na defesa, em vez dos habituais titulares Ricardo Carvalho, Nuno Valente, Jorge Costa e Paulo Ferreira.

Eu cuido que este Beira-Mar – Porto ainda contava para alguma coisa. Por mais que o MST, pensando no Goebbels, repita que não.

Recapitulemos, então. O presidente do FC do Porto recebe em casa o árbitro que vai apitar o próximo jogo do seu clube. Mente sobre estar à espera dele e sobre a presença de Carolina Salgado. Carolina Salgado diz que foi passado um envelope com 2500 euros, Pinto da Costa e o árbitro dizem que não foi. No entanto, contra o Beira-Mar, o Porto é beneficiado ao não ser expulso um seu jogador logo aos 15 minutos, num jogo que era importante para o campeonato e para a Liga dos Campeões. A justiça desportiva castiga o Porto por corrupção, o Porto não recorre. A justiça comum não desmascarou nada disto.

É isto que Miguel Sousa Tavares quer que eu vá dizer a tribunal? Por mim, tudo bem.”


A Entidade Reguladora da Comunicação Social, ERC, deu razão a José Diogo Quintela no âmbito de uma queixa que o humorista apresentou contra o diário desportivo A Bola. Em causa está uma crónica de 7 de Novembro de 2010 que Quintela acusa o director de A Bola de ter cortado.

O caso foi desencadeado pela troca de acusações entre Miguel Sousa Tavares, cronista daquele desportivo, e os dois elementos do colectivo de humoristas Gato Fedorento – José Diogo Quintela e Ricardo Araújo Pereira – também cronistas de A Bola. Os três assumiam frequentemente nos textos as divergências clubísticas entre eles. Quintela declara-se Sportinguista, Araújo Pereira Benfiquista. E é conhecida a preferência de Sousa Tavares pelo FC Porto.

Sousa Tavares queixava-se, numa crónica de 2 de Novembro de 2010 que deixaria de escrever para A Bola uma vez que estava “farto de viver [...] com dois rafeiros atiçados às canelas, dois censores encartados”, referindo-se a José Diogo Quintela e Araújo Pereira.



Quintela, que terá respondido a estas declarações de Sousa Tavares numa crónica de 7 de Novembro, acusa o director de A Bola Vitor Serpa, de ter cortado parte do conteúdo da crónica: precisamente a resposta a Sousa Tavares. No dia 11, em editorial, Vitor Serpa anunciava a saída do jornal de Quintela e Araújo Pereira, em reacção a esse episódio e por iniciativa dos humoristas.



Então contactado pelo PÚBLICO, Sousa Tavares negou ter tocado no assunto, pessoalmente, com Vitor Serpa.

Quintela, que apresentou queixa na ERC vê agora o regulador dar-lhe razão. Para a ERC, Vitor Serpa abusou dos poderes inerentes ao seu cargo de director: “A conduta do Director de A Bola não se enquadra nos padrões de exigência ético-legais que devem pautar a actividade jornalística em geral e extravasa dos limites dos poderes de gerais de orientação que lhe assiste”.

O regulador acrescenta que “[o corte] representa uma distorção inaceitável da opinião do autor e traduz igualmente um comportamento que ofende a boa-fé e as expectativas dos leitores, os quais não foram alertados para o tratamento de “edição” de que a crónica foi objecto.”

E aconselha o jornal a “no futuro, observar de forma rigorosa os limites legais aos poderes do Director, especialmente no que respeita a casos análogos que envolvam artigos de opinião.”


Tavares, o canalha mentiroso 
"Na véspera do jogo da segunda mão, o Benfica ainda tentou duas manobras desesperadas, em abono da verdade desportiva: a invenção, soprada à Marca, do suposto jantar de Pinto da Costa com os árbitros do jogo com o Villareal e o estranho caso da fotografia introduzida ao intervalo na cabine do árbitro do Braga-Leiria. Queriam destabilizar os adversários... de tal maneira ficou à vista a mão escondida que atirou as pedras."
(Mostrando a verdadeira face de biltre e canalha, tem a lata de acusar o Benfica de estar por detrás das notícias da Marca e das fotos em Braga, confundindo o Benfica com o clube corrupto que tanto apoia).

Comentário à crítica de Tavares à Princesa Diana.
MST convive há 20 anos com as mentiras do seu clube de coração que resultaram em corrupção, compadrios, tráficos de influência, agressões a pessoas e muitos outros. Quantos foram os ítulos falsos e ganhos à custa de árbitros comprados? Muitos, com certeza. E os dinheiros das transferências dos jogadores onde estão? E quantas foram as vezes que denunciou essas situações? E agora vem denegrir uma pessoa que não conhece, baseado em suposições e eventuais acontecimentos tão bem talhados no seu imaginário. Um espanto!

Até os actos humanitários reconhecidos internacionalmente e que, pelo menos, tiveram a bondade de chamar a atenção para os problemas existentes, eram todos exibicionistas. Já não se lembra MST da visita aos meninos de Angola que pisaram as minas da guerra e para o alerta que nessa altura foi feito para o problema da desminagem das vias de circulação? Não teve mérito essa acção? Não me lembro, nem sequer me consigo recordar das iniciativas levadas a cabo pelo MST, públicas ou não, de solidariedade e humanidade.Têm sido muitas as oportunidades, com certeza. Meu caro, limite-se a viver a vida na sua impante atitude burguesa continuada, prossiga com os seus comentários avassaladores sobre a política nacional e escreva um livrinho de vez em quando para alegrar os mais precisados. Não limpe a sua consciência, destratando aqueles que são imperfeitos mas que deram notáveis, generosos e inegáveis exemplos da humanidade e da solidariedade que o Mundo precisa.

Testemunho
Estava em grande discussão a mudança da população da antiga Aldeia da Luz para a nova aldeia, devido ao enchimento da barragem de Alqueva e a besta do Tavares lembrou-se de criticar a população por estar a exigir isto e aquilo em directo num noticiário televisivo.

Foi posteriormente convidado pelo Presidente da Junta local para lá ir e conhecer in-loco os problemas da população ao qual nunca respondeu!

Sei que existe um passa palavra para no caso de à posteriori ele se lembrar de lá passar assim tipo incógnito, se alguém o "micar" avisar a rapaziada!

Tavares e o tabaco
"Estava Miguel Sousa Tavares na TVI a comentar a nova Lei do Tabaco quando da sua boca saltou esta pérola:o fumo nos restaurantes, que o Governo quer limitar, incomoda muitíssimo menos do que o barulho das crianças - e a estas não há quem lhes corte o pio. Que bela comparação. Afinal, o que é uma nuvenzinha de nicotina ao pé de um miúdo de goela aberta? Vai daí, para justificar a fineza do seu raciocínio, Sousa Tavares avançou para uma confissão pessoal: "Tive a sorte de os meus pais só me levarem a um restaurante quando tinha 13 anos."
Há umas décadas, era mais ou menos a idade em que o pai levava o menino ao prostíbulo para perder a virgindade. O Miguel teve uma educação moderna - aos 13 anos, levaram-no pela primeira vez a comer fora.

Senti-me tocado e fiz uma revisão de vida. É que eu sou daqueles que levam os filhos aos restaurantes. Mais do que isso. Sou daquela classe que Miguel Sousa Tavares considerou a mais ameaçadora e aberrante: os que levam "até bebés de carrinho!". A minha filha de três anos já infectou estabelecimentos um pouco por todo o país, e o meu filho de 14 meses babou-se por cima de duas ou três toalhas respeitáveis. É certo que eles não pertencem à categoria CSI (Criancinhas Simplesmente Insuportáveis), já que assim de repente não me parece que tenham por hábito exibir a glote cada vez que comem fora - mas, também, quem é que acredita nas palavras de um pai? E depois, há todo aquele vasto campo de imponderáveis: antes de os termos, estamos certos de que vão ser CEE (Crianças Exemplarmente Educadas), mas depois saltam cá para fora, começam a crescer e percebemos com tristeza que vêm munidos de vontade própria, que nem sempre somos capazes de controlar.

O que fazer, então? Mantê-los fechados em casa? Acorrentá-los a uma perna do sofá? É uma hipótese, mas mesmo essa é só para quem pode. Na verdade, do alto da sua burguesia endinheirada, e sem certamente se aperceber disso, Miguel Sousa Tavares produziu o comentário mais snobe do ano. Porque, das duas uma, ou os seus pais estiveram 13 anos sem comer fora, num admirável sacrifício pelo bem-estar do próximo, ou então tinham alguém em casa ou na família para lhes tomar conta dos filhinhos quando saíam para a patuscada. E isso, caro Miguel, não é boa educação - é privilégio de classe. Muita gente leva consigo a prole para um restaurante porque, para além do desejo de estar em família, pura e simplesmente não tem ninguém que cuide dos filhos enquanto palita os dentes. Avós à mão e boas empregadas não calham a todos. A não ser que, em nome do supremo amor às boas maneiras, se faça como os paizinhos da pequena Madeleine: deixá-la em casa a dormir com os irmãos, que é para não incomodar o jantar."
João Miguel Tavares - Jornalista

O “XICO ESPERTO”, por António de Souza-Cardoso
Todos nós conhecemos a figura do “Xico Esperto”, dos tempos de escola, na adolescência. Também conhecido pelo “carapau de corrida” ou o “espirra canivetes”, o “Xico Esperto” era aquele que quando o professor perguntava “quem foi que ganhou?”, respondia despudoradamente “fui eu…”, qualquer que fosse a sua verdadeira qualificação.
Com isso o “Xico Esperto” tentava insinuar-se nas boas graças do poder, como o líder, o chefe de seita, o melhor de todos, pisando os colegas, trapaçando, fazendo batota…

A verdade é que todos sabiam que ele não passava de um arruaceiro preguiçoso e malcriado, que projectava a sua existência medíocre, à custa do copianço, da batota e da má influência que exercia sobre dois ou três microcéfalos que se obrigavam e abrigavam na sua envaidecida protecção.
Enquanto que o “Xico Esperto” era uma figura odiosa para a maioria da turma, causadora de repúdio ou de receio, ele próprio parecia viver bem com isso, porque o seu objectivo era passar de ano, não por mérito, mas pela batoteira imagem de liderança que passava junto dos professores à custa das “xico-espertices” que fazia junto dos colegas.

De há alguns anos para cá o Clube do Dragão transformou-se no “Xico Esperto” oficial do futebol português. Com a gravante de levar esta “xico-espertice” para esferas internacionais, assim permitindo na fácil confusão da “nuvem por Juno” que se degrede a imagem do futebol português e dos seus agentes.

O que o MST se esqueceu foi que o “Xico Esperto” nasceu antes do Queixinhas.
Fez, à luz da única apreciação juridica conhecida, batota comprovada e beneficiou de um regulamento iníquo para, em vez de baixar de divisão como devia, perder apenas 6 pontos que não lhe faziam falta nenhuma. Como bom “Xico Esperto” resolveu estar quietinho, aceitar aquele inócuo correctivo que lhe mantinha a áurea e a garimpa. E até o declarou publicamente, que “nem precisava explicar – estava à vista de todos”, ele apesar de consumadamente corrupto continuava a ser o vencedor, único objectivo de qualquer “Xico Esperto”.
Não recorreu, portanto, aceitando como verdadeiro a obscura e terrível acusação qe sobre ele pendia. Assumindo-se definitivamente como o “Xico-Esperto” do futebol português.

Miguel Sousa Tavares vem agora tentar salvar as consequências (designadamente europeias) da “xico-espertice”, falando do princípio geral da não retroactividade da lei penal quando aqui estamos perante uma disposição do direito desportivo que não está obviamente Subsumida a esse principio geral. Por irresistível “xico-espertice”, Sousa Tavares chama-lhe “direito punitivo”, para tentar abrigar neste mais abstracto conceito o direito penal e o desportivo.
Também a mim me repugna a retroactividade da lei, mas a verdade é que esta pode ser accionada pelo Direito desportivo, como foi e seria se, entretanto, não tivessem ocorido outras “xico-espertices”.

A principal foi a intolerável pressão exercida sobre a FPF, instituição que é dirigida por um Presidente que parece frouxo e vulnerável. Pressão cirurgicamente feita na entrevista à SIC, ao assesor jurídico João Leal e ao fax liso que enviou para a UEFA, a pedido desta. João Leal que à imagem do seu Presidente não aguentou da tripa perante a habitual arruaça do “Xico Esperto”, acabou por vestir a pele de outra personagem do nosso tempo de escola – o “geleia”. Aquele desgraçado que vivia aterrorizado à mão do “Xico Esperto” e fazia tudo para não o contrariar ou atingir.

João Leal e Gilberto Madaíl – os “geleias” oficiais do futebol português, fizeram o mesmo, lavaram as mãos num sintomático “não me comprometas” dizendo à UEFA que nada sabiam sobre trânsito em julgado nenhum, ou sequer sobre os factos que levaram à condenação do FCPorto.
E foi por isso, e só por isso, que a UEFA, mais preocupada em organizar sem sobressaltos a próxima “Champions” resolveu adiar aquilo que os primeiros reponsáveis e interessados – os “Geleia” da FPF, negavam conhecer e insistiam, também, em adiar. 

Por isso se o MST confessa que o FCP devia ter recorrido, aceitando que juridicamente com essa omissão suscitou o trânsito em julgado da decisão do CD da Liga, então, sem “xico-espertices”, tem é que reconhecer que a UEFA decidiu mal, ou foi mal influenciada na decisão de não aceitar como provado o referido trânsito em julgado. Única razão pela qual não condenou ainda o FCPorto.
Mas agora para todos os “Xico Espertos”, atenção: ninguém ilibou o FCPorto, nem ele próprio, como me parece que se acabará por provar.
Por isso, “no mais tarde ou mais cedo”, em que qualquer “Xico Esperto” é julgado e punido, aguardarei tranquilamente por um desfecho justo e verdadeiro, continuando a exigir à Direcção do Benfica que tenha a coragem de denunciar sempre os “Xico Espertos “ desta vida.
Porque, para mim, quem denuncia “Xico Espertos” não é queixinhas mas sim VALENTE!.

Miguel Sousa Tavares e Rui Moreira.
Os novos Fariseus.

Um hipócrita lembra-me um homem que assassinou os pais e que, quando ouve a sentença, pede clemência alegando ser órfão”.  Abraham Lincoln.

No tempo de Cristo, os fariseus eram o sinónimo de hipocrisia, da mentira, do preconceito e da falsidade. Actualmente, são os adeptos andrades que preenchem esse papel. Era só isto que nos faltava em Portugal para sermos totalmente felizes, 2000 anos depois.

Os últimos artigos do MST e RM no jornal “A Bola” indignam qualquer pessoa. Tirando a confusão que o primeiro fez entre a Constituição americana e a Declaração de Independência, o que prova que o rigor não é a sua imagem de marca, tudo o resto não passa de um hino à hipocrisia, à mentira e à falsidade. E à falta de isenção.

De acordo com a legislação portuguesa actual, as escutas não constituem elementos de suficiente de prova para crimes com a penalidade máxima dos 3 anos de prisão. Se a legislação não tivesse sido mudada, isto é, se as escutas pudessem ser utilizadas como prova, tanto PC como muitos dos outros envolvidos no Apito Dourado estariam na prisão e o FCP teria sido relegado para divisões inferiores. O que prova que o crime existiu. Portanto, o que impediu penas maiores foi apenas um detalhe processual. A mudança das leis.

As escutas, como convém num Estado de Direito, foram legais pois foram aprovadas de acordo com as leis aprovadas na Assembleia da República e autorizadas por juízes. O que prova que havia legítimas suspeitas de crime. Sendo assim, os procuradores mais não fizeram do que cumprir a missão para que foram confiados. E não como MST nos tenta, mentirosamente, fazer crer.

Diz MST na Bola, Se fosse nos Estados Unidos - onde os procuradores são eleitos e não são inamovíveis nem irresponsáveis - a sua (P-G e procuradores portugueses) obsessão litigante contra Pinto da Costa, sem fundamento de facto que o justificasse (conforme decidiram os tribunais), ter-lhes-ia provavelmente custado o lugar”.


A única coisa pior do mundo do que um mentiroso, é um mentiroso que também é hipócrita”. Tennessee Williams.

Outra mentira. Como é que os procuradores sabiam de antemão que Pinto da Costa e os outros arguidos iriam ser ilibados? Eles apenas fizeram aquilo para que são contratados e pagos, tentar encontrar provas para, neste caso, a suspeita de um crime público e levar os arguidos a tribunal. Não fazê-lo não seria outro caso de corrupção?

Quanto aos procuradores norte-americanos eles devem ser um exemplo para Portugal. Dando o exemplo clássico do Al Capone, a sua “obsessão litigante” levou-os a tentar enjaular o sujeito através de crimes fiscais que cometeu e não pelos crimes que toda a gente sabia que cometera (não havia escutas), devido ao facto de, também nessa altura, os tribunais terem absolvido o criminoso e assassino por não terem encontrado provas suficientes para o fazer. Talvez ajudado pelo facto do dito cujo Al Capone ter encontrado maneira de “ganhar a simpatia dos juízes”. Como actualmente sucede em Portugal.

E já que estamos nos Estados Unidos, não nos podemos esquecer do facto do presidente Nixon ter sido demitido por causa de escutas comprometedoras e que ninguém se preocupou saber se eram válidas ou não. O que estava em causa era um crime, um facto, descoberto apenas através de escutas e, por isso, não houve mais discussão: o próprio presidente foi punido e deposto. Portanto, a demagogia e as tentativas de atirar areia para os olhos dos portugueses por parte do MST não colhem.

Pinto da Costa também não cometeu crime nenhum! Foi suspeito em quatro processos, acusado num e absolvido noutro”… “Quem diz que ele cometeu um crime não é, pois, a justiça, mas sim o Benfica”… “a PIDE extinguiu-se para que nunca mais se repetissem os abusos sobre as pessoas que eram a marca da ditadura…” diz MST na Bola.

O MST mente com quantos dentes tem na boca, pois toda a gente que ouviu as escutas tem a certeza que foram cometidos crimes. Durante muitas dezenas de anos. E as escutas foram apenas a ponta do “iceberg”. Os portugueses podem ser incultos, mas não são burros!

Os tribunais disseram foi que, à luz das provas apresentadas, não podiam condenar os arguidos. Mas isto não significa que não foram cometidas batotas nem que a corrupção ou o tráfico de influências não tenham existido. O juiz ou os advogados de defesa dos arguidos nunca negaram que os crimes não foram cometidos!

Se eu tivesse assassinado a minha mulher e o tribunal não encontrasse provas para me condenar, o crime teria existido na mesma, a minha mulher tinha morrido, o que não havia era um culpado. Do mesmo modo aqui, os crimes existiram, só que não houve culpados porque os tribunais, devido a detalhes processuais, inocentaram os arguidos. Noutros países, por exemplo nos Estados Unidos, as mesmas escutas teriam sido mais do que suficientes e os culpados estariam a expiar os seus crimes na prisão. Apesar da falta de “obsessão litigante” por parte dos procuradores norte-americanos, na opinião do MST.

Quem tenta MST enganar? Insinuar que o que se passa actualmente em democracia é igual ao que a PIDE fazia é de uma hipocrisia, demagogia e mentira chocantes. A PIDE agia de acordo com a lei vigente, que existia na altura em Portugal. Pode discutir-se se as leis eram boas ou más. Eram más porque retiravam aos portugueses alguns dos direitos mais fundamentais da raça humana: a de viver em democracia, a liberdade expressão, de associação e de pensamento.

A lei muitas vezes permite o que a honra proibe”. William Saurin

As leis hoje continuam más. Não porque retirem a liberdade de expressão, mas porque não punem quem cometeu crimes provados pelas escutas que, à luz das leis de outros países, por exemplo, ou à luz da antiga legislação, seriam mais do que suficientes para punir, por juízes impolutos. Portanto o que se pode e se deve discutir é as leis e a sua adequação e aplicação.

“Há mais de dez anos que aqui escrevo e tenho orgulho em poder dizer que me mantive intransigentemente fiel ao meu caderno de encargos… que nunca seria isento, o que seria o mesmo que ser hipócrita, visto que tenho uma paixão clubística que nunca escondi… Tento, claro, ser isento, mas não tenho ilusões de que muitas vezes não consigo.” MST na Bola.

MST tenta ser isento, mas confessa que é hipócrita, dando a desculpa de que está a defender po seu clube. No fim de contas, não passa de um criminoso, pois defende criminosos desculpando-se com a defesa do seu clube. Mais claro não podia ser.

Sobre o conteúdo das escutas no processo “Face Oculta”, depois do primeiro ministro dizer que estas não deviam ser conhecidas, MST disse o seguinte: “Mas conhecemos. Eu também acho que não devíamos conhecer, mas conhecemos. E, uma vez que as conhecemos, não podemos fingir que as não conhecemos. Eu, pelo menos não posso”.

Não pode fingir que as conhece. O que prova que as ouviu.

Já sobre a audição de escutas do Apito Dourado, disse o seguinte:
E há gente que, mesmo sabendo que isto é crime… não têm simples nojo de ir escutar as conversas alheias no YouTube”.

Eu sei, infelizmente, que haverá sempre quem não resista, ou encontra prazer ou justificação, em espreitar pelo buraco da fechadura, escutar conversas alheias, divulgar boatos e infâmias sobre outros… com pretexto tão fúteis como a militância clubística”. MST na Bola.

Mais uma vez está a mentir, pois não é crime ouvir as escutas no YouTube. Poderá ser crime publicá-las. Mas não se coibiu de ouvir as escutas do Sócrates, “de olhar pelo buraco da fechadura”, como ele próprio diz, quando lhe conviu. Hipócrita, mais hipócrita não há.

De maçon a garçon, por Afonso de Melo
"O Copiador de Livros Alheios, talvez cansado de roubar parágrafos e piadas a autores estrangeiros, decidiu desta vez dedicar-se à nobre arte da culinária, transformando-se num mestre-cuca ridículo, tão parolo como daquela vez que meteu na cabeça a grotesca carcaça pelo Parque Eduardo VII em dia dedicado à bibliografia com o enrugado pescoço de peru embrulhado num cachecol de um clube mais conhecido pelos seus feitos no campo da corrupção do que propriamente nos campos de futebol. Que a bípede ratazana é fandango, já todo o País sabe.

A sua utilidade nacional é, de há muito, arrancar gargalhadas bem dispostas a quem leva pelos caminhos do puro ridículo e do inevitável burlesco as suas diatribes avinagradas e alcoolizadas, ora vomitadas em directo numa qualquer televisão capaz de lhe alimentar os vícios, ora rabiscados num português inteligível, carregado de erros de ortografia e de síntaxe, em jornais que insistem em conspurcar as suas páginas e em violar os seus princípios editoriais só para servirem de balde às suas cuspidelas raivosas. Desta vez deitou mão a uns cadáveres de perdizes, que algum labrego da sua igualha, abateu por ele, e tratou de as enfiar num forno a lenha com tanto afinco que cozeu a própria cabeça, chamuscando aquela espécie de gato morto que usa em farripas sobre o crânio vazio como se fosse uma crina. Havia nele a vontade férrea de preparar uma lauta refeição. Vinha dos confins obscuros da Madalena em especialíssimo convidado que poderia trazer consigo não apenas jovens prostitutas como até um daqueles miseráveis homens de preto que insistem em ficar de cócoras. Por isso, o Copiador de Livros Alheios colocou o avental. Não confundam: o biltre não é maçon. É garçon. Um dos garçons mais servis que o velho e decrépito Palhaço alguma vez teve às suas ordens. E de graça!"

2 comentários:

  1. Excelente...

    Mais uma vez obrigado pelo avivar da memória.

    Vou partilhar.

    Saudações Gloriosas

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  2. Este vou até gravar para me relembrar do nível dessa gente. Parabéns!

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