sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

(O Parasita) A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA (47)


“Eu não sei porque razão
Certos homens, a meu ver,
Quanto mais pequenos são
Maiores querem parecer.”

António Aleixo

MIGUEL SOUSA TAVARES (2)

MST é um parasita que aproveitou a mama da sua Honrosa mãe e a sua contribuição cultural para com o País para se meter em bicos de pés à frente de uma câmara. Esse rato é um parasita porque se ergueu a partir de uma estátua que pertence à sua mãe, é parasita porque é um plagiador de livros que continua a escrever, e é parasita porque faz parte de uma malha nojenta montada desde os anos 80 para manipular opiniões e desviar visões dos assuntos para o lado que lhe convém, caminhando em constantes contradições, mal esteja o seu Porto em causa.
Como é que este peça, que assumiu que continua a fumar em sítios públicos, consegue criticar Sócrates por ter fumado no avião? Este senhor de íntegro não tem nada. Vá tentar saber quem está encarregado de analisar o recurso do Pinto da Costa. Dou-lhe uma pequena pista… VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DE GONDOMAR.

O “XICO ESPERTO”, por António de Souza-Cardoso

Todos nós conhecemos a figura do “Xico Esperto”, dos tempos de escola, na adolescência. Também conhecido pelo “carapau de corrida” ou o “espirra canivetes” o “Xico Esperto” era aquele que quando o professor perguntava “quem foi que ganhou?”, respondia despudoradamente “fui eu…”, qualquer que fosse a sua verdadeira qualificação.
Com isso o “Xico Esperto” tentava insinuar-se nas boas graças do poder, como o líder, o chefe de seita, o melhor de todos, pisando os colegas, trapaçando, fazendo batota…
A verdade é que todos sabiam que ele não passava de um arruaceiro preguiçoso e malcriado, que projectava a sua existência medíocre, à custa do copianço, da batota e da má influência que exercia sobre dois ou três microcéfalos que se obrigavam e abrigavam na sua envaidecida protecção.
Enquanto que o “Xico Esperto” era uma figura odiosa para a maioria da turma, causadora de repúdio ou de receio, ele próprio parecia viver bem com isso, porque o seu objectivo era passar de ano, não por mérito, mas pela batoteira imagem de liderança que passava junto dos professores à custa das “xico-espertices” que fazia junto dos colegas.

De há alguns anos para cá o Clube do Dragão transformou-se no “Xico Esperto” oficial do futebol português. Com a gravante de levar esta “xico-espertice” para esferas internacionais, assim permitindo na fácil confusão da “nuvem por Juno” que se degrede a imagem do futebol português e dos seus agentes.

O que o MST se esqueceu foi que o “Xico Esperto” nasceu antes do Queixinhas.
Fez, à luz da única apreciação juridica conhecida, batota comprovada e beneficiou de um regulamento iníquo para, em vez de baixar de divisão como devia, perder apenas 6 pontos que não lhe faziam falta nenhuma. Como bom “Xico Esperto” resolveu estar quietinho, aceitar aquele inócuo correctivo que lhe mantinha a áurea e a garimpa. E até o declarou publicamente, que “nem precisava explicar – estava à vista de todos”, ele apesar de consumadamente corrupto continuava a ser o vencedor, único objectivo de qualquer “Xico Esperto”.
Não recorreu, portanto, aceitando como verdadeiro a obscura e terrível acusação qe sobre ele pendia. Assumindo-se definitivamente como o “Xico-Esperto” do futebol português.

Miguel Sousa Tavares vem agora tentar salvar as consequências (designadamente europeias) da “xico-espertice”, falando do princípio geral da não retroactividade da lei penal quando aqui estamos perante ums disposição do direito desportivo que não está obviamente Subsumida a esse principio geral. Por irresistível “xico-espertice”, Sousa Tavares chama-lhe “direito punitivo”, para tentar abrigar neste mais abstracto conceito o direito penal e o desportivo. Também a mim me repugna a retroactividade da lei, mas a verdade é que esta pode ser accionada pelo Direito desportivo, como foi e seria se, entretanto, não tivessem ocorido outras “xico-espertices”.
A principal foi a intolerável pressão exercida sobre a FPF, instituição que é dirigida por um Presidente que parece frouxo e vulnerável. Pressão cirurgicamente feita na entrevista à SIC, ao assesor jurídico João Leal e ao fax liso que enviou para a UEFA, a pedido desta. João Leal que à imagem do seu Presidente não aguentou da tripa perante a habitual arruaça do “Xico Esperto”, acabou por vestir a pele de outra personagem do nosso tempo de escola – o “geleia”. Aquele desgraçado que vivia aterrorizado à mão do “Xico Esperto” e fazia tudo para não o contrariar ou atingir.

João Leal e Gilberto Madaíl – os “geleias” oficiais do futebol português, fizeram o mesmo, lavaram as mãos num sintomático “não me comprometas” dizendo à UEFA que nada sabiam sobre trânsito em julgado nenhum, ou sequer sobre os factos que levaram à condenação do FCPorto.
E foi por isso, e só por isso, que a UEFA, mais preocupada em organizar sem sobressaltos a próxima “Champions” resolveu adiar aquilo que os primeiros reponsáveis e interessados – os “Geleia” da FPF, negavam conhecer e insistiam, também, em adiar. 
Por isso se o MST confessa que o FCP devia ter recorrido, aceitando que juridicamente com essa omissão suscitou o trânsito em julgado da decisão do CD da Liga, então, sem “xico-espertices”, tem é que reconhecer que a UEFA decidiu mal, oufoi mal influenciada na decisão de não aceitar como provado o referido trânsito em julgado. Única razão pela qual não condenou ainda o FCPorto.
Mas agora para todos os “Xico Espertos”, atenção: ninguém ilibou o FCPorto, nem ele próprio, como me parece que se acabará por provar.
Por isso, “no mais tarde ou mais cedo”, em que qualquer “Xico Esperto” é julgado e punido, aguardarei tranquilamente por um desfecho justo e verdadeiro, continuando a exigir à Direcção do Benfica que tenha a coragem de denunciar sempre os “Xico Espertos “ desta vida.
Porque, para mim, quem denuncia “Xico Espertos” não é queixinhas mas sim VALENTE!.

Miguel Sousa Tavares, por RAP

A Constituição americana – até hoje considerada como um dos melhores textos jurídicos jamais escritos - enumera o que os Founding Fathers chamaram de «verdades que temos como evidentes». “
Miguel Sousa Tavares, A Bola, 12 de outubro de 2010

Aparentemente, há juristas que lêem a Constituição americana sem o cuidado que é devido a um dos melhores textos jurídicos jamais escritos. Na verdade, não é a Constituição americana que enumera aquilo a que os Founding Fathers chamaram verdades que temos como evidentes. Essas são enumeradas na Declaração de Independência, que foi escrita uma boa década antes da Constituição. É, então, na Declaração de Independência que os chamados países fundadores dos Estados Unidos expõem as verdades que consideram evidentes: que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, e que entre esses direitos se contam o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade. Uma das verdades que não é evidente, quer para a Constituição, quer para a Declaração de Independência, é que os cidadãos tenham o direito inalienável de não serem escutados. Como é evidente, todos os cidadãos têm o direito à privacidade - mas esse direito não é absolutoE a magnífica lei americana permite o uso das escutas como meio de investigação, assim como a lei portuguesa. Que horror! Mas não era a PIDE que também escutava? Era. Se bem me lembro, a PIDE também prendia e, apesar disso, no regime democrático há quem continue a ir preso. A diferença é simples, mas parece que é difícil de entender: a PIDE escutava e prendia arbitrária e ilegitimamente, como é próprio das polícias políticas das ditaduras; a polícia das democracias escuta e prende justificada e legitimamente, como é próprio do Estado de direito democrático. O mais intrigante, no caso das escutas do Apito Dourado, é o facto de haver discussão quando, afinal, estamos todos de acordo. Por exemplo, estou de acordo com Miguel Sousa Tavares quando, depois de José Sócrates lhe ter dito que não devíamos conhecer o conteúdo das escutas do processo Face Oculta, respondeu: “Mas conhecemos. Eu também acho que não devíamos conhecer, mas conhecemos. E, uma vez que as conhecemos, não podemos fingir que não conhecemos. Eu, pelo menos, não posso”.(http://www.youtube.com/watch?v=RlWI8t7JY6Y&t=08m07s).

E estou de acordo com Rui Moreira, quando ontem confessou aqui a razão pela qual comentou as escutas que envolviam o nome de José Sócrates: «(...) limitei-me a não ignorar o que era público, ainda que resultasse de uma ilegalidade. Ninguém se pode alhear do que é público e das suas consequências». A única diferença é que eu tenho essa opinião relativamente a todas as escutas, e não em relação a todas menos as do Apito Dourado. Também acho que não devíamos conhecer a escuta em que Pinto da Costa combina com António Araújo oferecer fruta para dormir ao JP, mas conhecemos. E, uma vez que a conhecemos, não podemos fingir que não conhecemos.

Eu, pelo menos, não posso. Quando comento a escuta em que Pinto da Costa dá indicações a um árbitro para que vá a sua casa nas vésperas de um jogo, limito-me a não ignorar o que é público, ainda que resulte de urna ilegalidade. Até porque ninguém se pode alhear do que é público e das suas consequências. Além disso, note-se, até concordo com MST quando diz que as escutas vieram a público nesta altura por causa do Porto-Benfica. O objectivo é prejudicar o Benfica: os jogadores que tiverem conhecimento das escutas ficam a saber que, por mais que se esforcem, se o árbitro estiver trabalhado não têm hipóteses de ganhar. Desmoraliza qualquer um.

Rui Moreira desfez-se em explicações para justificar que comentar umas escutas é um acto legítimo e comentar outras é uma vileza sem nome. Agora que foi despedido, talvez Rui Moreira tenha mais tempo livre para entrar num negócio que gostaria de lhe propor: formarmos um circo. Como ele já aqui tem sugerido várias vezes, eu seria, evidentemente, o palhaço. Ele seria o contorcionista. Não são muitos os artistas que se podem gabar de ter um número tão bom como o dele. A única maneira de Rui Moreira e MST comentarem uma escuta de Pinto da Costa é o presidente do Porto ser apanhado numa conversa telefónica com José Sócrates. Mesmo assim, suponho que fizessem um comentário misto, debruçando-se apenas sobre intervenções de Sócrates: “Esta intervenção de Sócrates reforça a nossa desconfiança nele. Agora temos uma parte do telefonema que não devíamos conhecer e temos nojo de quem a comenta. Agora está Sócrates novamente a fragilizar a sua credibilidade. E agora temos mais uma parte da conversa que é indigno estarmos a ouvir”.

Umas coisas são picardias maliciosas, típicas do mundo do futebol; outra, bem diferente, são ofensas. E Villas Boas ofendeu-me gravemente numa conferência de imprensa que deu esta semana. Disse que as minhas crónicas eram as únicas que gostava de ler porque eu o fazia rir. Sinceramente, creio que não merecia o insulto. Todas as semanas faço aqui o melhor que posso para provocar Villas Boas. Já recorri a tudo: sarcasmo, ironia, escárnio, simples sacanice. E Villas Boas tem a repugnante nobreza de carácter, o asqueroso desportivismo de achar graça. Para ele, se bem percebo, isto do futebol é a coisa mais importante do mundo para todos, mas no fim acaba por ser um jogo de que nos podemos rir juntos, seja qual for o nosso clube. Simplesmente infame. Exijo que passe a ter o fair-play de um Rui Moreira, que gosta muito de piadas desde que não sejam sobre ele. Obrigado.

De maçon a garçon, por Afonso de Melo
"O Copiador de Livros Alheios, talvez cansado de roubar parágrafos e piadas a autores estrangeiros, decidiu desta vez dedicar-se à nobre arte da culinária, transformando-se num mestre-cuca ridículo, tão parolo como daquela vez que meteu na cabeça a grotesca carcaça pelo Parque Eduardo VII em dia dedicado à bibliografia com o enrugado pescoço de peru embrulhado num cachecol de um clube mais conhecido pelos seus feitos no campo da corrupção do que propriamente nos campos de futebol. Que a bípede ratazana é fandango, já todo o País sabe.

A sua utilidade nacional é, de há muito, arrancar gargalhadas bem dispostas a quem leva pelos caminhos do puro ridículo e do inevitável burlesco as suas diatribes avinagradas e alcoolizadas, ora vomitadas em directo numa qualquer televisão capaz de lhe alimentar os vícios, ora rabiscados num português inteligível, carregado de erros de ortografia e de síntaxe, em jornais que insistem em conspurcar as suas páginas e em violar os seus princípios editoriais só para servirem de balde às suas cuspidelas raivosas. Desta vez deitou mão a uns cadáveres de perdizes, que algum labrego da sua igualha, abateu por ele, e tratou de as enfiar num forno a lenha com tanto afinco que cozeu a própria cabeça, chamuscando aquela espécie de gato morto que usa em farripas sobre o crânio vazio como se fosse uma crina. Havia nele a vontade férrea de preparar uma lauta refeição. Vinha dos confins obscuros da Madalena em especialíssimo convidado que poderia trazer consigo não apenas jovens prostitutas como até um daqueles miseráveis homens de preto que insistem em ficar de cócoras. Por isso, o Copiador de Livros Alheios colocou o avental. Não confundam: o biltre não é maçon. É garçon. Um dos garçons mais servis que o velho e decrépito Palhaço alguma vez teve às suas ordens. E de graça!"


Miguel Sousa Tavares e Rui Moreira
Os novos Fariseus, por iBenfiquista

Um hipócrita lembra-me um homem que assassinou os pais e que, quando vai receber a sentença, pede clemência alegando ser órfão”.  Abraham Lincoln

No tempo de Cristo, os fariseus eram o sinónimo de hipocrisia, da mentira, do preconceito e da falsidade. Actualmente, são os adeptos andrades que preenchem esse papel. Era só isto que nos faltava em Portugal para sermos totalmente felizes, 2000 anos depois.

Hipócrita: Alguém que, praticando virtudes que não respeita, assegura a vantagem de se parecer com aquilo que ele despreza”. Ambrose Bierce.

Os últimos artigos do MST e RM no jornal “A Bola” indignaram-me. Tirando a confusão que o primeiro fez entre a Constituição americana e a Declaração de Independência, o que prova que o rigor não é a sua imagem de marca, tudo o resto não passa de um hino à hipocrisia, à mentira e à falsidade. E à falta de isenção.

De acordo com a legislação portuguesa actual, as escutas não constituem elementos de suficiente de prova para crimes com a penalidade máxima dos 3 anos de prisão. Se a legislação fosse diferente, isto é, se as escutas pudessem ser utilizadas como prova, tanto PC como muitos dos outros envolvidos no Apito Dourado estariam na prisão e o FCP teria sido relegado para divisões inferiores. O que prova que o crime existiu. Portanto, o que impediu penas maiores foi apenas um detalhe processual.A mudança das leis.

As escutas, como convém num Estado de Direito, foram legais pois foram aprovadas de acordo com as leis aprovadas na Assembleia da República, e autorizadas por juízes. O que prova que havia legítimas suspeitas de crime. Sendo assim, os procuradores mais não fizeram do que cumprir a missão para que foram confiados. E não como MST nos tenta, mentirosamente, fazer crer.

Diz MST, “Se fosse nos Estados Unidos - onde os procuradores são eleitos e não são inamovíveis nem irresponsáveis - a sua (P-G e procuradores portugueses) obsessão litigante contra Pinto da Costa, sem fundamento de facto que o justificasse (conforme decidiram os tribunais), ter-lhes-ia provavelmente custado o lugar”.


A única coisa pior do mundo do que um mentiroso, é um mentiroso que também é hipócrita”. Tennessee Williams.

Outra mentira. Como é que os procuradores sabiam de antemão que Pinto da Costa e os outros arguidos iriam ser ilibados? Eles apenas fizeram aquilo para que são contratados e pagos, tentar encontrar provas para, neste caso, a suspeita de um crime público e levar os arguidos a tribunal. Não fazê-lo não seria outro caso de corrupção?

Quanto aos procuradores norte-americanos, devem antes ser um exemplo para Portugal. Dando o exemplo clássico do Al Capone,a sua “obsessão litigante” levou-os a tentar enjaular o sujeito através de crimes fiscais que cometeu, e não pelos crimes que toda a gente sabia que tinha cometido (não havia escutas), devido ao facto de, também nessa altura, os tribunais terem absolvido o criminoso e assassino, por não terem encontrado provas suficientes para o fazer. Talvez ajudado pelo facto do dito cujo Al Capone ter encontrado maneira de “ganhar a simpatia dos juízes”. Como actualmente sucede em Portugal.

E já que estamos nos Estados Unidos, não nos podemos esquecer do facto do presidente Nixon ter sido demitido por causa de escutas comprometedoras e que ninguém se preocupou saber se eram válidas ou não. O que estava em causa era um crime, um facto, descoberto apenas através de escutas e, por isso, e não houve mais discussões: o próprio presidente foi punido e deposto. Portanto, a demagogia e as tentativas de atirar areia para os olhos dos portugueses por parte do MST não colhem.


Pinto da Costa também não cometeu crime nenhum! Foi suspeito em quatro processos, acusado num e absolvido noutro”… “Quem diz que ele cometeu um crime não é, pois, a justiça, mas sim o Benfica”… “a PIDE extinguiu-se para que nunca mais se repetissem os abusos sobre as pessoas que eram a marca da ditadura…” MST

O MST mente com quantos dentes tem na boca, pois toda a gente que ouviu as escutas tem a certeza que foram cometidos crimes. Durante muitos e muitos anos. E as escutas foram apenas a ponta do “iceberg”. Os portugueses podem ser incultos, mas não são burros!

Os tribunais disseram foi que, à luz das provas apresentadas, não podiam condenar os arguidos. Mas isto não significa que não foram cometidas batotas, nem que a corrupção ou o tráfico de influências não tenham existido. O juiz, ou os advogados de defesa dos arguidos, nunca negaram que os crimes não foram cometidos!

Se eu tivesse assassinado a minha mulher e o tribunal não encontrasse provas para me condenar, o crime teria existido na mesma, a minha mulher tinha morrido, o que não havia era um culpado. Do mesmo modo aqui, os crimes existiram, só que não houve culpados porque os tribunais, devido a detalhes processuais, inocentaram os arguidos. Noutros países, por exemplo nos Estados Unidos, as mesmas escutas teriam sido mais do que suficientes e os culpados estariam a expiar os seus crimes na prisão. Apesar da falta de “obsessão litigante” por parte dos procuradores norte-americanos, na opinião do MST.

Quem tenta MST enganar? Insinuar que o que se passa actualmente em democracia é igual ao que a PIDE fazia é de uma hipocrisia, demagogia e mentira chocantes. A PIDE agia de acordo com a lei vigente, que existia na altura em Portugal. Pode discutir-se se as leis eram boas ou más. Na minha opinião eram más, embora fossem boas para o regime, pois estavam adequadas ao regime político que existia no país, que era uma ditadura. Mas eram más porque retiravam aos portugueses alguns dos direitos mais fundamentais da raça humana: a de viver em democracia, a liberdade expressão, de associação e de pensamento.

A lei muitas vezes permite o que a honra proibe”. William Saurin

Actualmente, as leis também são más. Não porque retirem a liberdade de expressão, mas porque não punem quem cometeu crimes provados pelas escutas que, à luz das leis de outros países, por exemplo, ou à luz da antiga legislação, seriam mais do que suficientes para punir, por juízes impolutos.Portanto o que pode e deve discutir é as leis e a sua adequação e aplicação.


As leis são como as teias de aranha que apanham as moscas pequenas mas deixam passar vespas e vespões”. Jonathan Swift

Portanto, o que está em causa aqui não são as escutas, mas sim o facto dos crimes, porque é de crimes que se trata, terem sido cometidos ou não. E, de acordo com as escutas, foram claramente. As escutas são factos que nunca foram negados.Que as leis actuais não permitam que os criminosos sejam punidos á luz dessas escutas é uma questão totalmente diferente. Mas não menos importante. Que merece ser discutida numa democracia.

“Há mais de dez anos que aqui escrevo e tenho orgulho em poder dizer que me mantive intransigentemente fiel ao meu caderno de encargos… que nunca seria isento, o que seria o mesmo que ser hipócrita, visto que tenho uma paixão clubística que nunca escondi… Tento, claro, ser isento, mas não tenho ilusões de que muitas vezes não consigo.” MST

MST tenta ser isento, mas confessa que é um hipócrita, dando a desculpa de que está a defender po seu clube. No fim de contas, não passa de um criminoso, pois defende criminosos e desculpa-se com a defesa do seu clube. Mais claro não podia ser.

Sobre o conteúdo das escutas no processo “Face Oculta”, depois do primeiro ministro dizer que estas não deviam ser conhecidas, disse o seguinte: “Mas conhecemos. Eu também acho que não devíamos conhecer, mas conhecemos. E, uma vez que as conhecemos, não podemos fingir que as não conhecemos. Eu, pelo menos não posso”.

Não pode fingir que as conhece. O que prova que as ouviu.

Já sobre a audição de escutas do Apito Dourado, disse o seguinte:
E há gente que, mesmo sabendo que isto é crime… não têmsimples nojo de ir escutar as conversas alheias no YouTube”.

Eu sei, infelizmente, que haverá sempre quem não resista, ou encontra prazer ou justificação, em espreitar pelo buraco da fechadura, escutar conversas alheias, divulgar boatos e infâmias sobre outros… com pretexto tão fúteis como a militância clubística”.

Mais uma vez está a mentir, pois não é crime ouvir as escutas no YouTube. Poderá ser crime publicá-las. Mas não se coibiu de ouvir as escutas do Sócrates, “de olhar pelo buraco da fechadura”, como ele próprio diz, quando lhe conviu.


Autores imortais, Eric Fromm

Há livros que são essenciais, e premonitórios, quando se tenta conhecer a natureza humana. Eric Fromm, no seu livro “Anatomia da Destrutividade Humana” onde, entre outros, estuda o carácter de Hitler e dos seus seguidores, diz o seguinte:

“… O facto de que os que dizem a verdade serem tão profundamente odiados… acredito que a razão esteja em que, ao dizerem a verdade, mobilizam a resistência daqueles que a reprime. Para estes, a verdade é perigosa não apenas porque pode ameaçar o seu poder mas ainda porque conturba e abala todo o seu sistema consciente de orientação, esvazia-os das suas racionalizações, e pode até mesmo forçá-los a agir de maneira diferente”.

Sobre a fuga do Rui Moreira do program de TV, o mesmo livro parece que estava a adivinhar:

“… a luta tende a mobilizar tanto a agressão como a tendência para a fuga. Esta última é frequentemente o caso quando uma pessoa tem ainda a possibilidade de escapar e de salvaguardar um pouco a “face”.

Sobre os Padrinhos e os ditadores deste mundo, o livro acerta mais uma vez:

Se o líder está convencido dos seus dons extraordinários, e da sua missão, será mais fácil para ele convencer as grandes massas. O líder nascisista precisa de sucesso e de aplausos para a satisfação do seu próprio equilíbrio mental. … Para ele,o fracasso encerra o perigo de colapso. O sucesso popular é, por assim dizer, a sua autoterapia contra a depressão e a loucura.”

Sobre os andrades, como grupo, como defendem o seu "capo" com a sua tendência para a “trafulhice colectiva”, assim como para os seus preconceitos racistas, (pensarem-se raça superior - “a raça nortenha” -), chamando mouros às gentes do sul, o mestre Eric Fromm topa-os mais uma vez:

O narcisismo de grupo incrementa a solidariedade e a coesão do grupo e faz com que manipulações sejam mais fáceis ao apelar para preconceitos narcisistas... O grau de narcisismo de grupo é equivalente à carência de uma real satisfação de vida... O narcisismo de grupo é uma das fontes mais importantes da agressão humana…, é uma reacção a um ataque a interesses vitais…

A pessoa narcisista consegue um sentido de segurança na sua convicção subjectiva de superioridade sobre os outros, pelas suas qualidades extraordinárias. Precisa de agarrar-se à sua própria imagem narcisista, uma vez que o seu sentido de valorassim como a sua identidade estão baseados nela. Quando os outros ferem o seu narcisismo… batendo-a num jogo qualquerou em numerosas outras oportunidades, a pessoa narcisista geralmente reage com ódio intenso ou com raiva… A intensidade dessa reacção pode ser vista no facto de que uma pessoa assim nunca perdoará alguém que lhe tenha ferido o narcisismo e geralmente sente o desejo de vingança…”

Sobre a verdade que as escutas revelam, e sobre aqueles que as defendem, o livro que, embora escrito há já muitas dezenas de anos, mais uma vez é acerta na "mouche":

“… O facto de que os que dizem a verdade serem tão profundamente odiados… acredito que a razão esteja em que, ao dizerem a verdade, mobilizam a resistência daqueles que a reprimem. Para estes a verdade é perigosa não apenas porque pode ameaçar o seu poder mas ainda porqueconturba e abala todo o seu sistema consciente de orientação, esvazia-os das suas racionalizações, e pode até mesmo forçá-los a agir de maneira diferente”.

2 comentários:

  1. Nosso caminho é pacífico, mas saberemos responder à violência com violência. Quem tem o povo ao seu lado, nada tem a temer ..
    carrega Benficaaaaaaaaaaaaaaaa

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  2. O povo está aqui para clamar, para reivindicar, para exigir e para declarar a sua inconformidade com a situação que estamos vivendo na justiça em portugal,simplesmente vergonhosa no caso do APITO DOURADO .

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