sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

( Lagartices e tal...) A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA (45)


O SPORTING (3)

O Fogo Posto da Luz. Testemunho de uma Sportinguista
O jogo acabou, festa do Benfica, jogadores a agradecer, meu ric’Capel, meu ric’Wolfswinkel sempre o último e a fazer questão de o ser. Fraquezas minhas que me pelo por estas coisas, e a equipa de há dois anos era bem mais antipática nestes cumprimentos. Avancemos, que não é disso que se fala aqui hoje.

Fiquei no lugar, já sabia que teria de esperar para sair. Não me preocupei, estava sentada e tinha o twitter para me entreter. Não estranhei estoiros, nem as primeiras cadeiras a partir ou a arder. Não, não aprovo nem quero dizer “faz parte”, mas faz e eu não estranho. Tanto que embora não aprove, ri-me quando ouvi “e salta bombeiro, e salta bombeiro”, há coisas que comigo funcionarão sempre. No caso é o “bombeiro”, o não haver um nome, é quase uma coisa noddyesca, cartoonesca e infantil “o bombeiro”. Não sei explicar melhor, mas fez-me rir. Nesta altura – do bombeiro e o extintor – já eu estava também de carapuço enfiado e cachecol a tapar a cara, com um ar perigosíssimo, aposto.
Tudo tranquilo até aqui. Sentou-se ao meu lado uma rapariga mais nova que eu, lívida, “ai meu Deus” e tapava a cabeça. Estive para a tranquilizar, mas o namorado apareceu e não me meti. Devia, porque o querido só a soube mandar calar, estava enervadissimo com a figura dela, claramente. Os homens de amanhã, enfim.
Continuava a haver uma cadeira a arder aqui, outra ali. A polícia ou não via quem as ateava ou não tinha ordens para intervir, não sei. Sei que nada fez, mas também não sei o que poderia fazer sem os ânimos se exaltarem. Os bombeiros, pacientes, subiam de extintor, apagavam e voltavam a descer. E eu continuava entre o twitter e o facebook, tranquila.
Minutos depois, novo fogo. Dei por ele antes de o ver porque as pessoas se afastaram para os lados. O espaço não era muito para todos que lá estávamos e foi aqui que começou a minha preocupação. Eu estava à direita dessas cadeiras (de quem está nessa bancada), o espaço entre isso e a parede acrílica não era muito e as pessoas chegaram-se para esse lado, ou seja, ficámos o dobro no espaço de metade.

O “ver a Luz a arder” para mim nunca foi literal, mas tinha miúdos em volta a cantar isso. Peguei num que estava logo ali e disse-lhe “não queremos, não. a esta altura já não queremos, calem-se com isso”. Havia outros que viam o fumo como eu via, o tecto e sei lá mais o que me passou pela cabeça, e começou a falar-se finalmente em descer (nós, a polícia ainda não tinha decidido, pareceu-me). Labaredas enormes, foi o que eu vi e não achei graça nenhuma. Não me interessa sequer saber como ou quem foi, só quis sair dali. 
Fomos descendo pelas cadeiras. Deixei-me ficar para trás, por causa das confusões. Tenho horror a multidões em pânico, prefiro ser a última a cair no chão e ser pisada. Fiquei para trás então e fui descendo pelas cadeiras (porque as escadas ainda tinham muita gente) com um grupo de rapazes. Quando vi as escadas mais livres, desisti das cadeiras e mesmo com um polícia a gritar para as escadas que descessemos, saí desse caminho e fui para as escadas. Senti-me fazer um ar amuado, um ar de quem “só quis vir à bola”. A polícia e um rapaz foram-me dizendo “desça, desça com calma. venha por aqui. deixa passar” e cheguei ao corredor de acesso à bancada.
O corredor estava cheio, claro. Andava-se lentamente, mas andava-se. Ouvi miúdas eufóricas com o fogo. Metidas num corredor cheio de gente, num estádio a arder, com polícia por todo o lado, e estavam contentes. Eu sei que há idades para tudo, mas eu felizmente com aquela idade já tinha um cérebro. Passámos por um caixote do lixo a arder e eu em stress. Cada pessoa que passava pelo caixote só queria avançar naturalmente, e começaram os empurrões. Mais uma vez fui acolhida por um rapaz que protegia a namorada e me chamou para junto deles. Estávamos nisto quando o grupo pára e recua. Medo. “é a polícia?” perguntei (sim, não via nada, não tenho propriamente 1,70 que já me ajudaria a ver, e não levei saltos) ao que me respondeu que sim, e nesse momento o grupo abriu em círculo para fugir à polícia. Ficámos assim uns minutos, em círculo e parados. Eu e a outra rapariga mantivemo-nos no lugar e ficámos à frente do nosso lado do bloco. Ele dizia “mantenham-se aqui, fiquem aqui” e eu também achei que só tinhamos a ganhar em ficar ali à frente. Sei lá coisas que se pensam na altura. A polícia tirou um dos miúdos do grupo, nem percebi porquê, e um minutos depois, não mais, estávamos a descer as escadas.
Já cá fora, tive de estar um bocado ainda dentro do recinto em que tinham estado todos à chegada e depois de escoltados para fora das imediações tresmalhei e vim-me embora.
Nunca tive medo de ir ao futebol e ontem assustei-me. Morro de medo de multidões em pânico. Mas isto não são Sportings nem Benficas. São pessoas que não pensam vs pessoas que gostavam de ir ver o seu clube, na bancada dos seus semelhantes, sem correr perigo. São pessoas inconsequentes que me farão dar razão a quem uma próxima vez me disser “Mas vais? Não é perigoso?” e eu tiver de responder “pois, tens razão” em vez de “não, já fui e correu sempre bem. E isso não tem graça nenhuma. Sempre houve inconsequentes, bem sei, mas antes havia quem pusesse mão nisto, havia os que a certa altura diriam “Já chega” agora os inconsequentes parecem-me em maior número. Ou não, não vi nada, não vi quem fez o quê ou como, nem me interessa.
Isto fica aqui para me lembrar uma próxima vez que os miúdos estão loucos e eu já não tenho idade para isto. Quando quiser ver o meu clube fora, penso melhor no lugar que escolho. Há quinze anos rosnava a quem me dissesse que eu faria tal coisa. Parece que cresci mais um bocadinho.

Adeptos do Sporting detidos serão neonazis
Membros do grupo 1143 estiveram detidos durante o jogo Benfica-Sporting por se recusarem a entrar na "caixa de segurança".
Os adeptos sportinguistas que este sábado criaram problemas com a segurança do jogo pertencem a um grupo neonazi, diz hoje o "Diário de Notícias".
Cerca de 20 elementos do grupo 1143 recusaram-se, violentamente, a entrar na "caixa de segurança", local onde são isolados os adeptos do clube visitante. A PSP deteve os adeptos, nos calabouços policiais no estádio, durante a realização do jogo. As autoridades acabaram por instaurar um processo crime a dois dos membros do 1143, por danos no acrílico da bancada, que vão hoje ser presentes a tribunal.
Os 1143 são um grupo não legalizado da Juve Leo, que foi dirigido por Mário Machado, atualmente preso por vários crimes violentos e contra a Humanidade. O nome tem origem na data de fundação de Portugal, já que os seus elementos se identificam com omovimento skinhead de origem nacionalista.
A PJ está a coordenar a investigação do incêndio provocado na luz e tem em sua posse imagens das câmaras que vigiam todo o estádio.
O jogo foi ganho pelos 'encarnados' por 1-0"
in Expresso 



Adeptos do Sporting agridem Bombeiros!!!
A Associação Nacional de Bombeiros (ANBP) e o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNPB) condenaram esta segunda-feira, em comunicado, os incidentes ocorridos no sábado após o Benfica-Sporting e que culminou num incêndio numa das bancadas do estádio.
"A ANBP/SNBP lamenta a atitude dos adeptos do Sporting Clube de Portugal e repudia as agressões de que os bombeiros foram alvo no exercício da sua função, já que a sua eficácia no controlo das chamas terá ficado comprometida pelos impedimentos de que foram alvo. Se não fossem estes incidentes, que atrapalharam o socorro, com toda a certeza os prejuízos seriam muito menores", pode ler-se na nota enviada à agência Lusa, a propósito do incêndio que deflagrou numa das bancadas do estádio da Luz após o jogo.
Como consequência daqueles incidentes, ANBP e SNBP informam que vão pedir uma audiência aos presidentes dos dois clubes, Benfica e Sporting, com vista "à adoção de medidas de segurança que facilitem a operacionalidade dos bombeiros e que garantam a sua própria integridade física no interior dos estádios destes dois clubes".
A ANBP/SNBP não pode ficar indiferente a atitudes de violência para com quem presta socorro, numa perspetiva de desempenho do melhor trabalho possível e de ajuda ao próximo, esperando que situações lamentáveis como a que se verificou não se repitam", conclui a nota."  
Comunicado da ANBP/SNBP, in Record

O Sporting Calimero
Miguel Salema Garção, antigo director de comunicação do Sporting, considera que a “gaiola” da Luz «acaba por ser algo provocatório, na medida em que é uma solução nova na Liga portuguesa».
«Estou convencido que, basicamente, serve apenas para tapar a sonorização do apoio da grande massa adepta sportinguista que vai ao Estádio da Luz»,  refere, lamentando «o silêncio do Benfica» a este propósito, quando se verificam «relações institucionais positivas entre os dois clubes».

«Seria importante ouvir também a posição da Liga e até da Polícia e dos Bombeiros, que terão validado esta rede protectora», acrescenta Salema Garção, sugerindo a adopção daquela medida de segurança para as claques do Benfica.

«Se a rede protectora visa evitar qualquer tipo de problemas, antes, durante e depois do jogo, pergunto se o local onde estão concentrados os grupos organizados dos adeptos do Benfica – e não sei se as claques do Benfica já estão legalizadas -, também não poderá ser um foco de algum problema para os sportinguistas e para a equipa do Sporting», interroga.

Para Salema Garção, a presença dos dirigentes leoninos junto dos adeptos nas bancadas da Luz não poderá ser vista como «qualquer foco desestabilizador» entre os dois clubes.
Quem não selembra do antigo presidente do Sporting queixando-se do fundo de jogadores do Benfica, apelidando-o de “pouca vergonha”. Pouco tempo depois fazem eles a mesma coisa.

Esquisiticespor Jorge Gabriel
"Receio ter de contrariar, veementemente, as posições extremas assumidas pela direção do Sporting após serem conhecidas as medidas de segurança adotadas pelo Benfica. Encarar as divisões impostas, entre adeptos, como uma afronta revela um total desconhecimento, ou esquecimento, dos habituais confrontos que obrigam o erário público a despender milhares de euros para disciplinar insurrectos que envergonham qualquer cidadão, e também o emblema de Stromp.
Em tempos de aparente aproximação entre os dois clubes, este “fait divers” nada mais representa do que uma posição de insensibilidade e diversão, para afastar atenções para o que é efetivamente importante: o jogo. Bastava, com algum bom senso, observar outras medidas adotadas em países com campeonatos tidos como exemplares, onde estas divisões são assumidas como uma defesa, para quem assiste ao jogo, e não uma mesquinhez primária que atinge o bom nome de família.
Seria bem mais proveitoso ao Sporting afastar os arruaceiros que tingem a reputação do clube, dizimam áreas de serviço, agridem adversários, apedrejam autocarros, ofendem quem passa sem um mínimo de respeito pelas incautas famílias que, imagine-se, pagam para dar de comer a esta indústria. A honra do clube está para além destas esquisitices, e não se mancha com uma rede, ou jaula, como alguns ofendidos defendem.
Bem mais interessante, do ponto de vista da honra do clube, era questionar o Conselho de Arbitragem da Liga, da FPF, e a APAF, se aconselharão os seus associados a não comparecerem aos jogos da equipa do Sobrado, após as bárbaras agressões aos árbitros Fernando Pinto e Manuel Soares, da Associação de Futebol de Porto. Por muito menos foi o Sporting vítima de uma perseguição sem precedentes, com a escusa em apitar jogos dos leões, que, essa sim, denegriu a hombridade do clube.
Talvez fosse ponderoso pensar o futuro do Sporting, e do futebol português, tendo em conta a lei do fair play financeiro que ainda ontem Arsène Wenger contestou.
O treinador francês criticou o Manchester City pelo balanço financeiro negativo apresentado esta semana, que revelou um prejuízo de 228 milhões de euros, recorde na Inglaterra, numa temporada.
O descalabro apresentado pelo City é maior até mesmo do que os 163 milhões do Chelsea, de Abramovich, em 2005. A intenção da UEFA é punir os clubes que gastarem mais do que arrecadarem com a perda de uma vaga na Liga dos Campeões, a partir da temporada de 2014/15, levando em conta as últimas quatro épocas.
É com estas imposições – jaulas – que se devem preocupar dirigentes conscientes do seu lugar. Quer seja numa bancada, ou numa tribuna de honra”.

Julgamento de adeptos detidos adiado para quarta-feira.
Adeptos detidos antes do jogo de futebol Benfica-Sporting foram hoje acusados por posse de engenho explosivo.
O julgamento dos três adeptos de futebol detidos por posse de engenhos explosivos foi hoje adiado para quarta-feira e o dos outros dois por danos provocados no Estádio da Luz reagendado para 07 de dezembro.
«Face ao adiantado da hora e aos julgamentos que ainda existem para realizar, entre os quais de arguidos que se encontram detidos em prisão preventiva, propõe-se o reagendamento da discussão de julgamento»,afirmou a juíza encarregada do processo.
A sessão de hoje, inicialmente agendada para as 14 horas, apenas começou às 18:45 horas, motivo pelo qual foi decidido que Ivo Costa será ouvido quarta-feira às 10:00, Diolávio Nogueira às 11:30 e José Alberto Silva às 14:00.
Segundo a Agência Lusa apurou no Juízo de Pequena Instância Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça, outros dois arguidos, acusados de danos materiais do Estádio da Luz, entre os quais arremesso de cadeiras e destruição de parte do acrílico de separação da caixa de segurança, pediram o adiamento do julgamento para 07 de dezembro, às 10:00.
Caso os arguidos não se apresentem no tribunal serão sancionados com uma multa pecuniária de 204 euros e o julgamento será feito à revelia dos mesmos.
Estes processos surgem depois incidentes registados no Estádio da Luz, após o Benfica-Sporting, que terminou com a vitória dos "encarnados" por 1-0, com destaque para o incêndio na bancada destinada às claques do Sporting.

FOGO POSTO?
Corre pelos meandros da comunicação social de que haverá membros Juventude Leonina, atear fogo às cadeiras do estádio como retaliação à direcção do Sport Lisboa e Benfica, a colocação da "gaiola" de segurança no recente derby Lisboeta.
É certo que todos os membros da claque foram revistados e em momento algum foi encontrado em posse de membros da claque qualquer liquido inflamável, no entanto membros da direcção leonina entraram dentro do estádio sem que algum deles tivesse sido alvo de revista aquando da sua
entrada pela garagem de acesso ao estádio da Luz ou mesmo quando tiveram acesso às bancadas, pelo que se suspeita de que terão sido os membros da direcção a entrar indevidamente com líquidos inflamáveis no estádio e os terão fornecido aos membros da claque leonina.
Certo é que aquando da conferência de imprensa dada pelo membro da direcção leonina, o fogo foi propositadamente posto pela claque leonina e no mesmo momento em que as chamas foram ateadas nas bancadas, os membros da claque a quem foi encomendado o incêndio  foram enviando mensagens com fotos com a deflagração do incêndio para os membros da direcção do SCP.

A verdade é que a se a PJ o desejar  poderá provar que houve troca de fotos e mensagens via telemóvel entre os membros da claque e membros da direcção do SCP e ter acesso aos seus conteúdos bastando para isso um mandato de um Juiz.
É certo que a comunicação social jamais irá avançar com as informações e provas que tem em sua posse, pois as grilhetas e correntes e os tráficos de influências que os move jamais se verá em qualquer jornal uma publicação dos factos reais.

Daniel Oliveira ataca Pinto da Costa
Quando foram tornadas públicas as gravações de Pinto da Costa que evidenciaram, para não dizer mais, a promiscuidade entre aquele dirigente desportivo e muitos árbitros, esperava uma posição pública da arbitragem para defender a honra de uma função sem a qual os jogos são impossíveis. Não aconteceu. Quando rebentou o escândalo do Apito Dourado esperava que fossem, antes de todos, os árbitros a lutar para que finalmente fosse separado o trigo do joio. Não aconteceu. Das muitas vezes que se debateu a mudança nas regras de nomeação de árbitros, esperava que estivessem eles na linha da frente na luta por regras claras. Não aconteceu. Quando se exigiram novas tecnologias para a arbitragem, esperava que fossem os árbitros a tomar a dianteira. Não aconteceu. De todas as vezes que árbitros foram agredidos e ameaçados nos estádios, esperava uma posição de força, sem concessões. Não aconteceu.
Sei que criticar as arbitragens é o mais fácil. Umas vezes com razão – foi o caso da primeira jornada –, outras para disfarçar más exibições. Mas parece haver na arbitragem portuguesa uma convivência demasiado fácil com as águas turvas. É por isso perturbante ver os árbitros a boicotar um clube apenas porque um deles é, como tantas vezes acontece, criticado pelo seu mau desempenho. Porquê esta reação desproporcionada? Porque o Sporting é, dos três grandes, aquele que não conta nas contas dos obscuros corredores do poder do futebol nacional. Os árbitros não mostram, com este patético boicote, a sua força. Tornam apenas evidente a sua fraqueza perante os poderes instalados. Compensam os silêncios e as cumplicidades de sempre, mostrando as suas temerosas garras à presa mais fácil. É o que faz o fanfarrão. Não é o que faz o corajoso.

O GRANDE BOBBY ROBSON
“Tudo correu da melhor forma possível. O Sporting alugou-me um apartamento na zona de Carnide. Era um 9º andar. Mas, das varandas, o que via eu? Nada mais, nada menos, o Estádio da Luz. Senti-me logo agradado com a atmosfera portuguesa. O Estádio da Luz era conhecido no mundo inteiro. Não podia sentir-me estranho à magia que o envolvia. Para mais, entre os portugueses o meu clube era o Benfica.

Eu estava preparado para deixar o Sporting e reorganizar a minha vida, rapidamente, desde que me pagassem o que me era devido. Estávamos no Outono de 1993 e tornava-se-me particularmente doloroso abrir as portas da varanda do meu apartamento, olhar o Estádio da Luz e pensar: “Eis o clube onde devia estar, o Glorioso Benfica, aquele que sempre admirei.»
in: "A Minha Autobiografia"

O Sporting e outras ideologias
Adeptos das claques em poses agressivas, desafiando os seguranças. Outros de cara tapada e com tochas na mão. Outro numa pose que sugere uma saudação fascista. Outro ainda com um tatuagem com a cruz de ferro, um símbolo que, não sendo exclusivo do nazismo, está muito associado a movimentos da extrema-direita. Foram estas as imagens que o Sporting colocou, nesta época, no corredor que dá acesso aos balneários da equipa visitante, no Estádio de Alvalade — um caminho que tem de ser percorrido pelos jogadores visitantes para se equiparem e depois no caminho de ida e regresso do relvado.
O PÚBLICO teve acesso a fotos tiradas num jogo desta época na zona reservada aos intervenientes no encontro e pôde depois comprovar a veracidade delas, numa visita turística ao estádio, onde foi possível ver uma parte desse corredor, já que a outra estava vedada às visitas. Na parte aberta do corredor estava, por exemplo, o painel em que um adepto aparece de braço esticado (tal como nas saudações fascistas), enquanto as imagens com a tatuagem da cruz de ferro não se encontravam neste corredor: estão na área não visitada ou foram entretanto removidas?

Esta e outras perguntas — De quem foi a ideia? Toda a direcção conhece e concorda com a colocação destas imagens? Porquê o uso destas fotos? — ficaram sem resposta por parte do Sporting, cujo director de comunicação, Pedro Sousa, apenas disse que “não há reacção nenhuma” por parte do clube. De qualquer forma, sabe-se que o vice-presidente responsável pelo património e infra-estruturas, Paulo Pereira Cristóvão, assumiu em entrevista ao jornal do clube, em Agosto, que houve obras no estádio: “Aqui mandamos nós... somos o Sporting”, disse, na altura.

“Tenho dificuldade em acreditar que as fotografias que me enviou tenham sido colocadas nos corredores de acesso aos balneários onde se equipam os clubes visitantes no estádio do Sporting. O clube sempre pautou a sua conduta pela hospitalidade e confraternização com equipas adversárias, não confundindo a saudável rivalidade desportiva com guerras entre facções de adeptos”, reagiu Vicente Moura, presidente do Conselho para a Ética e Segurança no Desporto, esperando que “a direcção do SCP, na senda das tradições do clube, as mande retirar”.


2 comentários:

  1. Não roubem... O fcp odeia concorrência..

    carrega Benficaaaaaaaaaaaaaaaaa

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  2. Quase que acreditamos e afinal, quase sempre não se passa nada com os viscondes..

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