terça-feira, 6 de dezembro de 2011

(Túnel, a Verdade) A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA (37)

O TÚNEL

A investigação da Polícia da Segurança Pública (PSP) sobre os incidentes no túnel do estádio da Luz, a 20 de Dezembro de 2009, concluiu a existência de "mau estar" na equipa do FC Porto provocado pelos seguranças.

O relatório da Divisão de Investigação Criminal da 3.ª Esquadra da PSP, baseado no qual o Ministério Público (MP) proferiu acusação contra Hulk, Sapunaru, Fucile, Helton e Cristian Rodriguez, refere que "a constante identificação e acompanhamento do 'staff' do FC Porto (...), bem como o impedimento a determinados acessos, não era normal".
"É certo que tal situação criou mal estar no 'staff' do FC Porto", concluiu a investigação, realçando que as supostas atitudes dos seguranças foram testemunhadas "por elementos policiais".
A conclusão da investigação, a que a Lusa teve acesso, salienta que Sandro Correia, um dos dois autores da participação judicial, impediu "a passagem de Fernando Oliveira (responsável pela segurança dos 'dragões')".
Nota-se ainda que o assistente de recinto desportivo insistiu no pedido de identificação do delegado ao jogo do FC Porto, Reinaldo Teles, e negou a sua presença na manga do túnel "por não estar devidamente credenciado para permanecer naquele local", quando aquele elemento dos portistas tinha autorização para o exercício das suas funções.
Salienta a conclusão da investigação que o "mau estar estará relacionado com o incentivo de Fernando Oliveira (elemento da comitiva do FC Porto encarregue da segurança) à desordem"instigando os jogadores portistas "para saírem do balneário", comprovado com fotogramas extraídos de câmaras de videovigilância.
O apuramento dos factos permitiu ainda refutar a tese do 'staff' do FC Portode que a saída dos jogadores do balneário foi motivada pelos elementos da equipa do Benfica "entoarem cânticos e baterem com os pés" com o propósito de afrontarem os portistas, derrotados por 1-0.
"Não corresponde ao verificado nas imagens, pois o visionamento não indica se é percetível qualquer batimento das botas", refere-se.
Concluiu-se ainda na investigação que não foi possível constatar a ocorrência de "injúrias entre ambas as partes", porque as quatro câmaras de videovigilância no acesso aos balneários do estádio da Luz "não são possuidoras de sistema de recolha de som".
O MP deduziu acusações contra os cinco jogadores do FC Porto, depois de dar como provadas as agressões, com murros e pontapés, a Sandro Correia, que lhe provocaram traumatismo na face e num membro inferior, e a Ricardo Silva.
Os jogadores do FC Porto alegaram que foram injuriados e difamados pelos seguranças e requereram a abertura da instrução do processo.
A Acusação do MP
De acordo com a acusação, a que a agência Lusa teve acesso, Helton, Fucile, Hulk e Cristian Rodriguez são acusados de um crime de ofensa à integridade física simples, enquanto Cristian Sapunaru é acusado de dois. O romeno Sapunaru e os brasileiros Helton e Hulk atingiram com socos e pontapés no tronco, no abdómen e na virilha o Assistente de Recinto Desportivo (ARD) Sandro Correia no túnel de acesso ao relvado.

Segundo a acusação, o segurança - funcionário da empresa Prosegur - sofreu várias lesões, "designadamente traumatismo da face e membro inferior direito e ferida frontal irregular", que lhe causaram "incapacidade para o trabalho profissional por um período de nove dias".
Cristian Rodriguez e Jorge Fucile são acusados de terem atingido o segurança Ricardo Silva, da mesma empresa, "com socos e pontapés nos membros inferiores, região lombar, pescoço e cabeça".

A acusação refere que Ricardo Silva tentava "suster o avanço dos jogadores do FC Porto", tendo sido impedido "pelo jogador Bruno Alves e, de imediato, rodeado pelos arguidos Cristian Rodriguez e Jorge Fucile".

Depois de agredir Sandro Correia, Sapunaru juntou-se a Rodriguez e a Fucile nas agressões a Ricardo Silva, que pontapeou e socou quando este se encontrava agarrado pelos seus dois companheiros de equipa uruguaios.

A acusação sustenta que os jogadores "agiram deliberada, livre e conscientemente, querendo e conseguindo com a sua atuação, individual e complementar entre si, molestar fisicamente os ofendidos, ainda que soubessem ser o seu descrito procedimento proibido e punível".

Os jogadores incorrem numa pena de prisão até três anos, prevista no artigo 143.§, n.§1 do Código Penal. mas a acusação considera que a pena aplicável a Sapunaru - acusado de dois crimes - não deverá ser superior a cinco anos, porque não possui antecedentes criminais e a sua conduta "não produziu consequências especialmente graves nos ofendidos".

Fonte próxima da defesa dos jogadores revelou que vai ser requerida a abertura de instrução, para que um juiz avalie se o caso tem elementos que justifiquem que o processo siga para julgamento. Os prazos começam a decorrer só depois de notificados os jogadores, o que ainda não se verificou.
O relatório do MP diz também que elemento afecto ao FC Porto esteve na origem dos socos e pontapés.

Fernando Oliveira, segurança do FC Porto, foi o responsável pela pancadaria que redundou nas agressões de Hulk, Sapunaru, Helton, Rodríguez e Fucile a dois Assistentes de Recinto Desportivo (ARD), após o jogo com o Benfica, na noite de 20 de Dezembro de 2009, de acordo com o que consta no processo.

Pinto da Costa
Não faço ideia se o Ministério Público também fez o mesmo quando foi o soco do Scolari, ou se fez o mesmo em diversas agressões públicas que têm sido praticadas. Portanto, não vou comentar, vou aguardar serenamente”. Pinto da Costa.

Comentário ao saber das acusações do MP. Então “se fez o mesmo em diversas agressões públicas” é porque houve, de facto, agressões, facto que eles sempre negaram. Assim se descai um mafioso.

As agressõres de Hulk e Sapunaru
Os incidentes que ocorreram na Luz, após o apito final do árbitro Lucílio Baptista, e que resultaram nas expulsões de Hulk e Sapunaru, terão começado com... Fernando.

Segundo Record apurou junto de fontes que assistiram ao ocorrido, tudo começou quando o médio dos dragões, de 22 anos, pontapeou a manga do túnel, que ficou torta. Na altura, Sandro, um segurança da Prosegur, chamou o delegado da Liga presente no local e pediu que tomasse conta do ocorrido.

Acto contínuo: Fernando ter-se-á dirigido à cabina, de onde, momentos depois, saíram alguns jogadores dos azuis e brancos, um lote onde constavam Helton, Hulk e Sapunaru. Na altura, os portistas rodearam o segurança em causa, ouvindo-se palavras como "estás a pressionar desde o início" ou "estás em cima de nós e não nos largas". Sapunaru, ao que tudo indica, deu-lhe um murro na cara, que resultou numa ferida que teve de ser suturada com 8 pontos, estando Hulk também envolvido na confusão.

O ocorrido foi, segundo fonte do Benfica citada pela Lusa, "uma agressão violenta a um ‘steward' que se limitava a dividir as zonas do FC Porto e do Benfica" e que só foi sanado após intervenção da polícia. O segurança em causa, disse o mesmo interlocutor, pondera apresentar queixa às autoridades por agressão.

Mais cedo

Antes do encontro se iniciar, Reinaldo Teles foi interpelado pelo mesmo segurança para se identificar (no túnel só podiam permanecer pessoas credenciadas) e o responsável portista respondeu que o seu nome estava na ficha de jogo e que não abandonava o local. O incidente foi sanado com o aparecimento de Rui Costa.

O administrador da Benfica, SAD pediu que as regras fossem ultrapassadas em alguns casos, dizendo que se responsabilizava pela permanência de Reinaldo Teles no túnel até que a ficha de jogo fossepública. Foi este incidente que provocou as palavras dos portistas, no final, quando disseram "estás em cima de nós desde que chegámos".

(Record)
A PROSEGUR E O TÚNEL
PROSEGUR acusou hoje o director de operações da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e o delegado daquele organismo ao jogo Benfica-FC Porto de 20 de Dezembro de "deturparem a realidade dos factos nos incidentes verificados".



"Recentemente foram divulgados, pela Comunicação Social, depoimentos prestados no processo de audição, designadamente do delegado e do director de operações da Liga ao referido jogo, que deturpam a realidade dos factos, devidamente comprovados por imagens e declarações", disse à agência Lusa fonte próxima da administração da empresa.

"De acordo com esta fonte, a empresa "tem procurado adoptar uma posição equidistante de toda a polémica relacionada com os incidentes no túnel do estádio da Luz, aquando do último Benfica-FC Porto".



A empresa prestadora de serviços de segurança privada em recintos desportivos entende que os depoimentos prestados pelos dois responsáveis da Liga merecem "o repúdio e constituem mesmo uma falta de respeito pelos stewards que foram agredidos no correcto desempenho das suas funções".



A PROSEGUR acrescenta que está a dar todo o apoio aos seus dois colaboradores, "que foram agredidos no desempenho das suas funções, tal como está devidamente documentado e comprovado e que entenderam apresentar queixa por ofensas corporais".

A empresa afirma ainda que se reserva "ao direito de avaliar o relatório definitivo, proceder às lógicas e adequadas medidas que defendem a imagem da empresa e dos seus colaboradores".

No último Benfica-FC Porto, relativo à 14.ª jornada da Liga e que teve vitória dos "encarnados" por 1-0, terão ocorrido incidentes no túnel da Luz e que motivaram a suspensão preventiva dos jogadores portistas Hulk e Sapunaru, alegadamente acusados de terem agredido funcionários daquela empresa de segurança".

(Tem piada, mas quando li a nota de culpa da Liga, esta foi também a minha impressão, embora não tivesse elementos que confirmassem a minha impressão. Com que então, "vão para dentro", ou "vão para cima", constituem insultos?).

O TÚNEL
O FC Porto pede ao Conselho de Justiça (CJ) da FPF que declare a inconstitucionalidade da norma do Regulamento Disciplinar que implicou a suspensão preventiva de Hulk e Sapunaru até à decisão do processo. Só que, curiosamente, essa alteração regulamentar resultou de uma proposta avançada pelos portistas.
A argumentação dos dragões surge na página 42 do recurso das decisões da CD da Liga já interposto no CJ. "Na medida em que esta determina a suspensão preventiva dos arguidos/jogadores por tempo indeterminado devido a violação do direito ao trabalho, como direito de natureza análoga a um direito fundamental", lê-se no documento.
Ora, a suspensão automática aplicada a jogadores expulsos com processo disciplinar sem limite temporal resultou de uma alteração regulamentar proposta pelo próprio FC Porto na AG de 29 de junho de 2009 e que entrou em vigor na presente temporada desportiva.
De facto, até à época de 2008/09, a suspensão preventiva automática tinha, em regra, um prazo máximo de 12 dias. Depois da proposta do FC Porto -aprovada por maioria dos restantes clubes -, no caso de jogadores expulsos, a suspensão preventiva automática (sem qualquer decisão da Liga)ocorre até haver deliberação final da CD, seja em decisão sumária seja em processo disciplinar. E é este o caso de Hulk e Sapunaru.
Além de ser estranho que o FC Porto venha agora defender que o regime que propôs na AG da Liga viola a Constituição, há outro fator que joga contra os portistas. É que no passado o CJ declarou-se incompetente para declarar a inconstitucionalidade de quaisquer normas legais ou regulamentares aplicadas em processos disciplinares, uma vez que essa é uma tarefa que cabe aos tribunais.
O CJ nunca se pronunciou sobre a presença dos ARD no túnel (estes estavamdevidamente autorizados pelo Delegado da Liga que coordenou o seu trabalho no túnel) ou melhor, o CJ não considerou que a presença dos ARD no túnel era ilegítima. Deste modo não há nada a dizer sobre a sua presença lá.

O que o CJ considerou, é que os ARD são público e portanto, quando levarem um pontapé e um murro nas trombas, a moldura penal que se aplica é a de 1 a 4 jogos de castigo e não de 6 meses a 3 anos caso os ARD sejam considerados agentes desportivos.


Há uma coisa que me deixa perplexo. Então a lei (Decreto-lei nº 94/2002 de 12 de Abril, regulamentado pela Portaria nº 1522-C/2002 de 20 de Dezembro) obriga a que, eventos desportivos em que a lotação prevista seja superior a 25000 pessoas, SÓ POSSAM DECORRER SE EXISTIREM ARD COM O NÚMERO MÍNIMO DE 1 PARA CADA 300 ESPECTADORES. Se eu percebo português, a lei obriga à presença de ARD em espectáculos com assistências superiores a 25000. Isto é, NESSAS CONDIÇÕES, UM JOGO DE FUTEBOL COM MAIS DE 25000 ESPECTADORES NÃO SE PODERIA REALIZAR SEM A PRESENÇA DE ARD.



(Então se não se poderia realizar, como raio é que essas pessoas (ARD) sem as quais o jogo não poderia decorrer, são consideradas público?
Então os ARD são obrigatórios por lei, estão devidamente autorizados e licenciados pela LIga/Federação e são considerados público?
Eu devo ser mesmo muito burro... para não conseguir entender o que esses senhores do CJ entendem...)

Ainda o TÚNEL
«Entende-se por Agentes Desportivos os membros de órgãos sociais (…) massagistas, assistentes de campo, empregados e outros intervenientes no espectáculo desportivo», diz o regulamento desportivo da FPF. O CJ da FPF, que alterou as penas aplicadas a Hulk e Sapunaru (FC Porto), esqueceu-se de ler esta parte.
Face à decisão do CJ, que catalogou stewards como «público» (a CD da Liga equiparou-os a «agentes desportivos»), polícias, stewards, apanha-bolas, bombeiros e jornalistas são, mesmo estando no desempenho da sua actividade, intrusos e/ou penetras.
Entretanto, «o CJ negou provimento ao recurso do F.C. Porto», pode ler-se no Maisfutebol, afastando, assim, a pretensão dos dragões, que desejavam impugnar o campeonato, tendo ainda ficado provado que Hulk (duas vezes) e Sapunaru (uma) agrediram os stewards.

Em 1995, Cantona agrediu um adepto e foi o seu próprio clube, o Manchester United, que o suspendeu por quatro meses. Depois, a Federação Inglesa aumentou o período de suspensão para oito meses.
Em 1997, Fernando Mendes, do FC Porto, agrediu um bombeiro, no Estádio da Reboleira, num jogo com o Estrela da Amadora. O defesa foi punido com três meses de suspensão à luz da mesma norma que castigou Hulk e Sapunaru. Os dragões não contestaram a decisão. O soldado da Paz foi considerado, então, agente desportivo.

A decisão do CJ levou à demissão de Hermínio Loureiro da presidência da Liga e, segundo fontes próximas do presidente cessante, este considerou «uma barbaridade jurídica de calibre ainda superior ao que tinha acontecido nos idos do sistema».
O relator do acórdão do CJ foi Dionísio Alves Correia, o mesmo que não confirmou a sanção de quatro meses a Pinto da Costa e a subtracção de seis pontos ao FC Porto (aplicadas pela CD da Liga na sequência do Apito Dourado), permitindo ao FC Porto, que esteve em risco de suspensão da Champions, manter-se na prova europeia.
Entretanto, Jesualdo veio queixar-se da ausência de Hulk. O professor esqueceu-se que, mesmo com o incrível no onze, o FC Porto perdeu em Braga, na Luz e na Madeira, com o Marítimo, e ainda… que goleou Sporting de Braga e Sporting sem Hulk que, por exemplo, jogou em Londres, onde o FC Porto perdeu por 5-0 com o Arsenal. Lembra-se professor? E, dizem as estatísticas, os dragões conseguiram melhores resultados… sem Hulk. Incrível!


(Publicado no “Diário do Minho” no dia 26.03.2010).
Manchester e as agressões.


No Record, Nuno Farinha, director adjunto:


"Detenhamo-nos, por instantes, numa história com 15 anos. Em 1995, Eric Cantona agrediu a soco e pontapé um adepto do Crystal Palace. O francês do MU acabara de ser expulso e encaminhava-se para o balneário. Foi provocado (reza a lenda que terá ouvido "french bastard") e reagiu da pior maneira. Isto é, Cantona estaria supostamente de cabeça quente, porque tinha visto o cartão vermelho. Foi insultado por um agente "não desportivo" e, logo no momento, decidiu resolver o assunto com um arraial de pancadaria. Não esperou por ninguém num beco escuro, nem sequer foi chamar reforços para o ajudar. 

Perante os factos, o que fez o Manchester United? Pediu desculpa e, antes da chegada de qualquer sentença desportiva, suspendeu o jogador por 4 meses. Quando a Federação anunciou, depois, a pena de Eric Cantona ninguém foi apanhado de surpresa: 9 meses. O clube concordou e o assunto ficou arrumado.


Aqui continua o barulho e sabe-se lá até quando ainda irá continuar. Sobre o acórdão do CD da Liga relativo ao caso do túnel da Luz falta entender uma coisa: se ficou provado que o Benfica cumpriu com todas as normas de segurança que os regulamentos impõem, fazendo tudo para evitar que os confrontos físicos e a desordem tivessem acontecido, como se podem então invocar atenuantes nos castigos de Hulk e Sapunaru em função de um quadro de "ambiente provocatório"? E se resolvessemos pedir um parecer sobre o assunto aos amigos ingleses?".


(O FCPorto e a sua direcção perderam uma boa oportunidade para somarem pontos a seu favor. Bastava copiar o bom exemplo do Manchester United. Era um bom exemplo para o clube e um bom exemplo para o país. Era o que fariam pessoas sérias e honestas). 

TESTEMUNHO  
O Tunel dos andrades
Eu sou familiar indirecto de um Ex-Porteiro do estádio do Restelo que várias vezes foi encostado ás paredes pelas metralhadoras dos colegas dum conhecido guarda da PSP do Porto (guarda Abel) que ia antes dos jogos á cabine do Arbitro fazer-lhe ver como a vida é bonita desde que ele ajudasse a nobre causa Grunha...
Isto para não falar das bruxarias, creolinas, e o corredor do calduço e do pontapé....ou seja , o famoso túnel das Antas....

2 comentários:

  1. É cá uma leitura que o melhor é guardar isto.
    Não dá para ler de uma vez só...
    Parabéns por este serviço público.
    Viva o Zenit !!!

    ResponderEliminar
  2. Ganda blog:

    http://antiporkoskorruptos.blogspot.com/

    ResponderEliminar