segunda-feira, 22 de agosto de 2011

(Sporting e o Sistema) A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA (16)

O SPORTING
 
Dias da Cunha

O presidente do Sporting, Dias da Cunha, defendeu mais uma vez que o poder político tem medo do futebol. Para o dirigente, entrevistado nesta quinta-feira à noite na RTP 1, o «sistema» continua a dominar os campos nacionais.
 
Dias da Cunha, um homem que, segundo o próprio, diz aquilo que quer e pensa e que não acredita que a sua maneira de ser foi alterada pelo futebol, defendeu mais uma vez as suas ideias na RTP 1 e apontou novamente um caminho para a solução dos males do «sistema».
 
«Os dinheiros sujos entram no futebol porque é permitida a contabilidade criativa. O Sporting insiste em que haja um plano nacional de contabilidade único para o futebol profissional, que as contas dos clubes sejam vistas por uma única entidade, que deverá ser criada, ou por auditores externos. Mas o importante é que alguém se responsabilize pelos resultados contabilísticos. Há corrupção no futebol português, dinheiro sujo. A contabilidade que é apresentada não corresponde a verdade».
 
Segundo o dirigente, a solução para os problemas do desporto nacional não acontece porque «o poder político tem medo do futebol». Dias da Cunha não tem problemas em afirmar que o futebol em Portugal «tinha de virar uma página», com as letras da nova folha branca a serem escritas de uma forma diferente da actual, com «os clubes a viverem em igualdade de condições uns com os outros».
 
Ao presidente do Sporting, inquirido por Judite de Sousa durante o programa Grande Entrevista, foi constantemente pedido nomes concretos em relação às suas inúmeras acusações, mas Dias da Cunha preferiu não nomear ninguém, referindo que não se encontrava ali para denunciar, que esse não era o seu papel.«Estou aqui para falar de uma realidade. Quem tem o dever de investigar que investigue».
 
Dias da Cunha revelou que o seu clube tem um estudo fiável em que o Benfica é o clube com mais adeptos em Portugal, «com cerca de quatro milhões e meio de simpatizantes», mas que o Sporting surge logo a seguir com menos 800 mil (cerca de 3,7 milhões). «O FC Porto está muito abaixo de nós, o que demonstra que as duas verdadeiras colectividades nacionais são Benfica e Sporting. Mas isso não significa que o poder político deva recuar em relação as medidas que tem a obrigação de tomar. Como Maria José Morgado falou, e eu antes dela, há corrupção no futebol português associado ao imobiliário, aos concursos públicos para obras nas autarquias... As suspeitas existem, e essas não são apenas minhas, e devem ser investigadas».
 
Obviamente, Judite de Sousa explorou o já de si muito explorado Caso Sporting-FC Porto. E, neste ponto, o presidente do Sporting manteve o seu discurso e afirmou mais uma vez que não rompeu com o FC Porto porque sabe distinguir as colectividades das pessoas, «o clube em si significa muito mais». Em relação a Pinto da Costa, considerou o seu homólogo portista de «encantador como pessoa mas que pode ser, quando quer, de uma dureza que ultrapassa os limites da boa educação». O leão referiu que as suas palavras aquando da conferência de imprensa sobre os bilhetes para o polémico clássico foram tiradas do contexto e usadas para outros interesses.
Dias da Cunha admitiu que hoje em dia a sua relação com Pinto da Costa não é a melhor, principalmente devido a «incoerência» demonstrada pelo dirigente portista: «A mudança não está no Sporting! Quem mudou foi Pinto da Costa!»
 
O presidente leonino referiu ainda que o Sporting tem em seu poder «todas as provas necessárias para levar Mourinho e Pinto da Costa a Tribunal». Todavia, o dirigente não revelou se o clube de Alvalade possui as alegadas imagens do que verdadeiramente aconteceu nos balneários do Estádio Alvalde XXI. No entanto, disse que o Sporting tem em sua posse outras provas.
 
«Se temos provas do incidente com a camisola de Rui Jorge? Todas! Estamos perfeitamente tranquilos. Mas as provas, variadíssimas, directas e indirectas, guardam-se... Os julgamentos não se fazem na praça pública. Há imagens! Mas não vou dizer é de quê... Sustentam o processo no tribunal».
 
Sobre o sempre falado «sistema», Dias da Cunha foi mais uma vez evasivo...
«O sistema é um conjunto de relações, de cumplicidades. Tem a ver com o verdadeiro poder do futebol, que é a arbitragem. A autocracia, neste momento, tem duas caras: Pinto da Costa e o Major Valentim Loureiro. O poder está completamente a Norte».
 
O dirigente defendeu que é urgente a Comissão de Arbitragem sair da alçada da Liga de Clubes, «mas não deve ser entregue a federação», e afirmou que o ex-candidato ao trono maior da entidade que rege o futebol nacional, José Guilherme Aguiar, daria um excelente presidente porque «apresentou um excelente programa para a Liga. As instituições devem ser alteradas para a Liga ser a casa de todos nós».
 
Dias da Cunha referiu que o Sporting não é neste momento o primeiro classificado na SuperLiga devido ao «sistema», já que «foi extorquido em seis pontos, nas partidas contra o Moreirense e o Marítimo, e o FC Porto favorecido em alguns jogos».
 
Marinho Neves e o Sporting
Marinho Neves, ex-jornalista e autor do livro ‘Golpe de Estádio’, que versa sobre a temática da corrupção no futebol português, revelou ontem ter trabalhado secretamente durante seis anos para o Sporting, tendo sido contratado em 2000 pelo antigo presidente Dias da Cunha, para o manter informado sobre os jogos de bastidores da modalidade. O tal ‘sistema’ de que tanto falou.


Durante a cerimónia de relançamento do livro, Marinho Neves explicou que a sua colaboração terminou quando Dias da Cunha se demitiu, “devido às guerras internas no clube, instigadas por pessoas que ainda lá estão”. Segundo fez saber, os relatórios confidenciais por si elaborados e destinados ao antigo presidente já estavam a chegar, em determinado momento, “a pessoas do Norte”.




Sem mencionar nomes, explicou como as coisas se passavam:

“Com duas semanas de antecedência, eu sabia quem eram os árbitros designados para certos jogos. Sabia também quais os jogadores do Sporting que iriam ser enervados pelos árbitros, no sentido de reagirem e assim acabarem expulsos, para enfraquecer a equipa. Fazia relatórios e enviava-os a Dias da Cunha. Mas essas informações acabavam por não chegar ao técnico José Peseiro, que assim não podia avisar antecipadamente os jogadores no sentido de não reagirem às provocações”.




O jornalista disse ainda que Dias da Cunha, com base na informação recolhida por ele, Marinho Neves, tentou a regeneração do futebol através de uma aliança com Luís Filipe Vieira, “mas logo aí houve anticorpos dentro do clube, contrários a essa aproximação”.


Confrontado com o teor destas afirmações, Miguel Salema Garção, director de Comunicação do Sporting, confirmou ter existido uma colaboração entre Marinho Neves e o clube e deu a conhecer a posição dos actuais dirigentes:
“O dr. Dias da Cunha sempre recebeu total solidariedade dos dirigentes que ainda estão no Sporting na sua luta pela regeneração do futebol português. O actual presidente entendeu cessar essa colaboração porque escolheu outras formas de lutar por essa regeneração, nomeadamente com uma participação activa na Direcção da Liga.”


Volvidos dez anos sobre a publicação do romance ‘Golpe de Estádio’, obra que relata práticas de corrupção no mundo do futebol, o jornalista Marinho Neves relançou ontem a obra e prometeu para breve um novo livro, agora não ficcionado.

“As práticas relatadas no ‘Golpe de Estádio’ estão mais actuais que nunca. 


Mas mal o processo ‘Apito Dourado’ saia do segredo de justiça, avanço com um livro, desta vez não ficcionado, sobre todo o processo, com nomes e factos”, revelou.


Sobre o ‘Apito Dourado’, Marinho Neves só diz, por agora, que “muitas pessoas vão ficar surpreendidas com os resultados. Toda a gente vê Pinto da Costa como o ‘monstro’, mas antes dele outros cairão”.
Sobre o livro de Carolina Salgado, Neves diz que não precisou “de dormir com Pinto da Costa para saber mais sobre ele que a própria Carolina”.

Janeiro de 2007.
Crónica de um Sportinguista
 
“Nesta ordem de idéias, conseguiu aumentar em 13 anos a idade do FCPorto, tornando-o centenário, com a CS a aceitar, docilmente, essa facécia, apesar de não explicar onde esteve instalado o clube, quem o dirigiu e em que provas participou, durante aquele longo período. Como tudo lhe é permitido ou consentido, por vezes com ruidosos apoios de claques obedientes e entusiasmadas, o dirigente do FCPorto, seguramente o mais poderoso do “sistema”, não resiste à disposição do seu ânimo para lançar “piropos” a quem tope pelo caminho.
 
PC, muito ao invés, abriu nova frente contra o pessoal da Luz, pressionado a F.P. Patinagem a acelerar o processo relativo à agressão ao hoquista Filipe Santos, mas não exerce acção idêntica em que se encontra implicado Carlos Calheiros, que prestou declarações bem elucidativas perante câmara que não estava oculta”.
 
Com efeito, quem se regozijou com a doença de um familiar de Pimenta Machado, quem divulga o teor de conversas privadas com o ministro Jorge Coelho, quem se encontra ligado ao grotesco comício das Antas e quem, tendo o seu clube acumulado um calote de milhões de contos ao Fisco e à S.S. vem denunciar clubes com atrasos de pagamentos àquelas entidades, não pode atirar pedras”.
 
O Sporting e a postura de um Sportinguista
 
Permitam-me apresentar o comentário de um adepto do Sporting que vi publicado no Blogue "Leão da Estrela"!


"Um clube que presta vassalagem a um clube condenado por corrupção não tem futuro.
Se a postura do Sporting, relativamente à nova direcção da liga, fosse a de procurar consenso entre todos os clubes por forma a encontrarem uma direcção independente, o primeiro clube a por-se de fora e a revelar-se contra essa estratégia, era o tal clube condenado por corrupção. Se em 25 anos não se aprendeu nada, ou se esteve cego ou a fazer de conta que não se viu, porque dava jeito (a excepção foi Dias da Cunha e para isso não precisou de se tornar "amigo" do Benfica). 

E continua a dar jeito. Só assim se entende que as criticas sejam sempre contra o mesmo, mesmo que para isso, esqueçamos todos os bons princípios. Escutas de um processo judicial são divulgadas e só é preocupante que isso aconteça, não merecendo qualquer reparo que elas contenham ofensas ao Sporting.
Jogadores aos pontapés e socos nos túneis ou a agredirem colegas à vista de todos não deviam ser castigados porque foram provocados por... benfiquistas!
Em 4 anos o Benfica ficou sempre abaixo do segundo lugar, porque não tinha nem jogadores nem treinador à altura. É essa a diferença para este ano, principalmente o treinador. Desengane-se quem pense que é por colocar as pessoas certas nos lugares certos.
A direcção da liga está lá, salvo erro, há já três anos e isso de nada serviu ao Benfica.
Sempre que o clube condenado por corrupção se vê na iminência de perder, adopta a estratégia de sempre, que é atacar os outros (quase sempre o Benfica) usando de todo o tipo de esquemas.
É triste ver um clube como o Sporting alinhar nisto. E se não é a direcção são os seus comentadores que parecem vendidos nas suas análises.

Acreditem que qualquer benfiquista prefere ver o seu clube, em qualquer situação atacado por portistas ou sportinguistas, do que aplaudido por comiseração como aconteceu ontem no Dragão. 

Grave não é ter perdido por 5-2, pois o ano passado o Sporting ganhou ao Porto por 4-0. Estes resultados acontecem. Grave é um treinador sem currículo dar nega ao Sporting e um jogador quase contratado assinar pelo clube que deveria ser o maior rival. E sabem porque eles fazem isso?, porque aguardam a chamada para o clube que lhes garante vitórias (e todos sabemos como o conseguem), não acreditando que o Sporting o possa fazer. Além de que o clube vendedor há-de ter algumas contrapartidas mais obscuras.
E assim eles vão reinando e minando o futebol português."
Projecto Roquette
 
Em 1996 o Sporting Clube de Portugal iniciou um novo ciclo de vida, por acção do presidente José Roquette e outros dirigentes como Miguel Galvão Teles, Dias da Cunha e Ernesto Ferreira da Silva. As acções integradas neste novo ciclo ficaram conhecidas como “Projecto Roquette”, entendido globalmente como uma dinâmica de modernização do Clube em três frentes: a desportiva, a patrimonial e a organizacional. Esta era a face visível do projecto. A outra face só foi conhecida devido às fugas de informação vindas de dentro do próprio Sporting e de outros dirigentes desportivos, dos meios de comunicação, federativos… 
O Projecto Roquete numa das suas recomendações dizia: “Em Portugal dada a dimensão do país não há lugar para três grandes forças desportivas. Lisboa não comporta dois grandes clubes, pois as receitas de sobrevivência (televisões,afluência aos Estádios, etc) não chegam para todos.” O lema e base seria qualquer coisa como: “numa cidade como Lisboa nao podem existir 2 clubes da grandeza do Benfica e Sporting”. Logo o Benfica teria de ser afastado.
Este projecto começou a ser abordado em Conselho Leonino em 1997 e desde logo os dirigentes do Sporting tinham consciência da sua pequena dimensão para atacar “verdadeiramente” o Benfica. Assim, estabeleceram contactos com o FC Porto para começar a delinear o projecto de maneira a afastar o Benfica do panorama desportivo nacional. O Porto, presidido por Pinto da Costa, vê neste ponto uma oportunidade única: eliminaria o seu maior rival e tornar-se-ia no maior clube nacional. Pinto da Costa há muito que tinha um pensamento que se encaixava na filosofia do Projecto Roquete: “No Norte só há um clube com força e na capital há dois, por isso só há uma forma de os poder dividir e lutarmos contra eles. Temos de estar sempre bem com um e abrir guerra ao outro.” Para além disso, há muito que Pinto da Costa estava a espandir a sua influência nos principais orgãos da Liga de Futebol e noutros “parceiros” desportivos como árbitros, treinadores, presidentes de pequenos clubes…
Os “planos” do projecto nunca foram bem conhecidos, até porque o Sporting, nesta fase, fechou-se aos media e tentou blindar “as políticas” do clube. O que desde logo se notou foi o modo como os media começaram a tratar o Benfica, principalmente os desportivos, e como as decisões da liga e arbitragem começaram a prejudicar o clube. Por esta altura também se notou o afastamento dos lugares de direcção das várias associações e federações de gente ligada ao Benfica.
O que os projectistas do projecto não contavam era a oposição de João Rocha, antigo presidente do Sporting e membro do conselho leonino, que o denunciou: foi a fuga de informação!
Mas esta fuga foi rapidamente abafada, até pelo próprio João Rocha, que percebeu a gravidade do acordo com o FC Porto e as consequências futuras se a opinião pública conhecesse o projecto. Esfreou então o entusiasmo entre os dirigentes leoninos e para além disso tinha-se instalado uma crise financeira do Sporting. Asfixiado economicamente, o Sporting já não tinha dinheiro para comprar influência necessária para “mandar abaixo” um clube com a dimensão do Benfica e o projecto foi “arquivado”.
Em 15 Fevereiro de 2006, João Rocha quebra o silêncio e dá uma entrevista ao jornal Record. Ficam aqui alguns excertos, com a respectiva ordem lógica. Algumas partes foram omitidas, porque claramente não fazem parte do objectivo do artigo.

RECORD – Um projecto que encheu de esperança todos os sportinguistas…
 
JOÃO ROCHAO Projecto Roquette liquidou o Sporting. Ninguém soube o que era o projecto, porque ele não dizia. Sabia-se, apenas, que era uma dezena de sociedades, dirigentes e funcionários superiores a ganhar centenas de milhares de contos. O projecto foi reduzir os sócios de mais de 100 mil para pouco mais de 30 mil, foi acabar com as modalidades amadoras, foi vender património, foram dezenas e dezenas de milhões de contos de prejuízo que não aparecem nos resultados, porque parte deles foram executados pelo Sporting. No caso da SAD deram-se informações falsas aos associado e à própria CMVM para a entrada na bolsa.
RECORD – Muito objectivamente, na sua opinião, José Roquette é o responsável pelo actual passivo do Sporting?

JOÃO ROCHA – O Projecto Roquette liquidou o Sporting. Disso já não restam dúvidas. Queria gerir o clube ditatorialmente e a primeira coisa que fez foi fechar as portas aos jornalistas nas assembleias gerais. No meu tempo, havia uma bancada só para os jornalistas. Não tínhamos receio de nada.
RECORD – Lembro-me que durante o mandato de José Roquette,você se revoltou com acordos que nunca ficaram esclarecidos, nomeadamente entre o Sporting e o FC Porto. Quer revelar pormenores em relação a isso?

JOÃO ROCHAHavia um projecto com o FC Porto que era muito prejudicial para o Sporting. Era mesmo inqualificável. Insurgi-me num Conselho Leonino e numa assembleia geral. Era um projecto gravíssimo que só podia sair da cabeça de um indivíduo sem responsabilidades. José Roquette dizia que era um projecto válido, porque era a única maneira de Sporting e FC Porto estarem sempre representados na Liga dos Campeões.
RECORD – Vai concretizar ou continuar a guardar trunfos?
 
JOÃO ROCHA Não digo mais nada sobre isso. Foi falado no Conselho Leonino e eu disse ao líder da AG para mandar calar sobre essa informação, que foi longe demais. Disse-lhe ainda que o resumo do acordo com o FC Porto devia ser gravado de tão grave que era, porque talvez fosse necessário que essa gravação viesse a ser pública na defesa dos interesses do Sporting e dos seus sócios. Não vejo o desporto assim. 
Testemunho de João Rocha
“Não tenho dúvidas de que há árbitros corruptos. Quando um juiz, Jesus Costa, presidente da Mesa da Assemblei Geral da FPF, conselheiro do Tribunal Administrativo vem dizer publicamente existir corrupção na arbitragem só existe uma pessoa para poder tirar tudo a limpo: o PGR.
Num dos periodos mais agitados da guerra Norte-Sul, João Rocha tentou contratar um treinador muito em foco para a éooca seguinte (J.M Pedroto), treinador do Porto. Chegaram rapidamente a acordo, pois num ano iria receber o dobro do que ganhava onde estava. Em casa do treinador, chegaram rapidamente a cordo e, quando se levantava da cadeira para sair, João Rocha foi confrontado com a voz do futuro treinador que dizia:
JMP, “Desculpe lá, presidente, mas falta uma coisita…
JR: O que é que falta?
JMP Quinze mil contos! Bem vê… O presidente quer ser campeão?...
Quanto às guerras com PC afirma que ele, João Rocha era pelo cumprimento dos acordo e regulamentos; PC, era pelos êxitos e interesses do seu clube, mesmo contra os regulamentos e os acordos. 

Testemunho de Alfredo Barroso
 
Nos tempos da outra senhora, o Sport Lisboa e Benfica chegou a ser considerado como uma referência democrática, um oásis onde coexistiam vozes de todas as origens políticas e em que algumas figuras notórias da oposição ao Estado Novo chegaram a ser membros dos órgãos sociais do clube.
 
Digo isto com tanto mais admiração e à vontade, quanto é certo que sempre fui adepto do Sporting Clube de Portugal, o qual, pelo contrário, era conhecido pelas suas notórias ligações ao Estado Novo e foi quase sempre dirigido por figuras mais ou menos proeminentes da extrema-direita do regime salazarista.
 
Para grande desespero de alguns adeptos como eu que, por carolice ou amor à camisola, nunca viraram a casaca, apesar dos dichotes e bicadas (mais que justas) de muitos adeptos do Benfica.
 
Dias da Cunha, PC e as putas
Esta foi me contada por uma adepta ferrenha do FCPorto e que conhece a irmã da Carolina Salgado, puta de estimação de Pinto da Costa.
A história é a seguinte: tanto a Carolina como a irmã são prostitutas. A Carolina, inicalmente era prostituta de Pinto da Costa, depois passou a protegida e, agora, amante ou amantizada. A irmã era a prostituta que servia o Dias da Cunha, sempre que este vinha ao Porto. Pinto da Costa comprou um apartamento para a Carolina (para os encontros de ambos), mas colocou-o em nome de uma das suas empresas. Dias da Cunha comprou outro apartamento para a irmã da Carolina, sua prostituta no norte, e colocou-o em nome dela. Na primeira vez que veio ao Porto, após ter colocado o apartamento em nome da prostituta, ela não o deixou entrar, alegando que o apartamento era dela (e, de facto, legalmente era mesmo!).
Foi este episódio que levou à zanga entre Dias da Cunha e Pinto da Costa, zanga essa que ainda hoje se mantém.
Por isso o Dias da Cunha fala do sistema, aponta Pinto da Costa e o Valentim como os seus rostos, mas não vai mais além disso (embora saiba muita coisa). E não vai mais além porque se fosse o nome dele também viria à baila, pois está tão enterrado como os outros dois!
 

3 comentários:

  1. Força Camaradas!
    Abaixo a Corrupção e os seus mandantes!!!

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  2. Perante o silêncio cúmplice com que a Direcção do SCP e a maioria dos comentadores afectos ao clube de Alvalade acompanharam, nestes últimos anos, os castigos do processo do Apito Final e as absolvições do Apito Dourado, muitas vezes me tenho perguntado: será que já não há sportinguistas decentes, que não confundem o RIVAL com o INIMIGO?

    Nestes últimos anos, depois de Dias da Cunha ter denunciado o SISTEMA e ter chamado os bois pelos nomes, a cumplicidade com o FCP por parte das direcções que se lhe seguiram (Filipe Soares Franco e, agora, Bettencourt) foi demasiado evidente: o inimigo era o Benfica e tudo o que servisse para atacar o Glorioso era bem-vindo, nem que para isso tivessem que pactuar com a batota e associar-se ao clube cujo presidente se gaba de ter deixado Bettencourt de mão estendida e lhes levou o Ruben Micael, o Moutinho e mesmo o treinador que eles julgavam que iam exibir este ano como um D. Sebastião: o Villas-Boas. E tudo o Porto levou!

    A cumplicidade era tão grande que houve quem julgasse que a sigla SCP queria dizer Sporting Clube do Porto! Até ao ano passado, o SCP calou-se: não comentou os escandalosos resultados do Processo, não falou das escutas, pactuou com arbitragens indecentes, porque teve o segundo lugar garantido, e porque alguns sportinguistas sem brilho nem brio preferiam um segundo lugar várias vezes do que um primeiro de vez em quando! Desde que o Benfica ficasse atrás! Esta cegueira e esta obsessão reduziram o nosso grande rival a um clube de bairro, mergulhado numa crise de onde não se vê como vão sair, condenado a disputar um lugar na Europa ao Braga, ao Vitória de Guimarães ou ao Marítimo.

    Mas, desde o ano passado, a coisa ganhou foros de delírio. Perante a evidência de um futebol brilhante, um treinador vitorioso e uma equipa confiante e ganhadora, que passeava a sua superioridade e sua classe pelos relvados, e que, sem batota, teria deixado os outros clubes muitos pontos atrás, era preciso arrasar o RIVAL, apoiando a vergonhosa campanha do FCP, matraqueada todos os dias com mentiras repetidas sobre os túneis e o andor, e que, à falta de argumentos, ressuscitava a indecorosa campanha contra o Calabote e reeditava a caluniosa campanha do “Clube do Regime”!

    Nos tempos da Guerra Fria, os comunistas chamavam, com desprezo, aos que os apoiavam sem pedir nada em troca os “Idiotas úteis”. E, desde o ano passado, houve comentadores que se prestaram miseravelmente a essa vassalagem.

    Ora, de há umas semanas para cá, quiçá por efeito da divulgação das novas escutas, houve alguns sportinguistas que acordaram e devolveram a decência à instituição: foi o caso do Jorge Gabriel, do Daniel Oliveira, do Alfredo Barroso e do José Diogo Quintela, que assinaram nos jornais e proclamaram na rádio que as escutas os indignavam e que, ao contrário do que outros vendem, a equipa do Sporting também foi prejudicada por arbitragens viciadas que a afastaram do título em épocas recentes. Aleluia! É tempo de os sportinguistas, mesmo que a sua Direcção se cale, perceberem que só poderão voltar a ser um grande clube quando a VERDADE DESPORTIVA voltar ao futebol, e isso implica aliar-se ao Benfica na luta pela independência dos órgãos que irão superintender à Arbitragem e à Disciplina e à decência dos seus membros, na próxima estrutura da Federação!

    Sem isso, os nossos clubes vão continuar a ter que redobrar o esforço desportivo e financeiro para ganhar no campo contra todas as forças que, dentro e fora dele (a violência à volta dos estádios, os corredores do poder, os túneis, o apito e as bandeirinhas) fazem todos os possíveis para incendiar Lisboa e manter o poder no Norte.
    ACORDEM LEÕES! OU SERÁ QUE ACHAM QUE, PARA ELES, VOCÊS NÃO SÃO MOUROS?!

    António-Pedro Vasconcelos
    A-PV in Master Groove

    Uma nota de agradecimento a António-Pedro Vasconcelos por nos ter honrado com este artigo.

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  3. Quado tenho dúvidas procuro aqui e quando os ataques ao Benfica me fazem esmorecer consigo sentir que também lutas e que não desistes...

    Precisamos de ti para continuar a lutar!

    Força Benficaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

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