quinta-feira, 11 de agosto de 2011

(Chulo e Traficante) A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA (13)

Reinaldo Teles Administrador, Chulo e Traficante de Carne Humana
 Reinaldo Teles 
nasceu pobre e foi trabalhar para a tasca do tio. Esteve sempre ligado a casas de alterne. Usou a violência e a corrupção para vencer na vida. Hoje, é acusado de crimes de burla e alvo de penhoras (por dívidas de jogo).Tudo sobre este campeão de boxe que... negociou a vitória e conseguiu um falso KO.


Reinaldo Teles é uma das figuras mais discretas da Direcção do FC Porto. Rara é a entrevista concedida, raras são as declarações à Imprensa. Sempre que fala diz o básico, para não falar de mais. Parece ter medo das palavras.
Estranho, porque Reinaldo não é homem de medos. Caso contrário não teria sido empresário da noite, chulo, segurança, chefe de capangas e... campeão de boxe. É o braço direito de Pinto da Costa, ou o homem-sombra, que tenta escapar ao mediatismo.


Mas Reinaldo não consegue escapar ao mediatismo. As penhoras por dívidas de 300 mil euros ao Casino de Espinho e as acusações de fraude ao Fisco colocam o seu nome, repetidas vezes, nas capas dos jornais. As prostitutas escondidas numa arca de uma boîte, há dias, são o mais recente episódio mediático de Reinaldo.


A chegada de Reinaldo ao FC Porto dá-se na liderança de Américo de Sá, que encontrou neste campeão de boxe o perfil ideal para segurar as sempre agitadas assembleias do clube. Reinaldo era treinador de boxe e juntou os seus rapazes para impor a lei do mais forte, nessas reuniões magnas.

Escreve Marinho Neves, no livro ‘Golpe de Estádio’, que, “nessa altura, Pinto da Costa temia-o, porque não era um brigão vulgar e muito menos um marginal estúpido e incompetente”. Reinaldo Teles, “dava as ordens para descascar à fartazana e depois surgia como o apaziguador, o bom rapaz que nada tinha a ver com toda aquela violência”.


Sempre esteve perto da luta entre homens da noite, de prostitutas e marginais, quando serviu numa tasca de um tio. Assistiu a cenas de pancadaria e associou essas imagens ao seu instinto violento. Queria ser tão mau como os vilões, tratar as mulheres com o poder da força, como se estivesse na arena de combate.

“Deu uma tareia a um chulo por causa de uma das suas prostitutas, com quem perdeu a virgindade. Os dois estavam apaixonados. A prostituta gostava do miúdo, mas para ficar com ele tinha de pensar numa forma de o proteger”, escreve Marinho Neves.

Reinaldo estava cercado e precisava de ganhar poder para se defender e ser mais forte que os fortes – um pouco à semelhança do que aconteceu com o FC Porto. Conheceu um treinador de boxe do Porto e começou a treinar...

“A partir daí, quando as coisas aqueciam na tasca do seu tio, Teles fazia uns treinos-extra, passando a ser conhecido e respeitado. Depois de fechar a tasca, aproveitava a boleia de um amigo e ia ter com a sua amada prostituta, que atacava em Santos Pousada”, conta Neves.

O boxe retirou Reinaldo Teles da tasca. Dedicou-se a esta ‘arte’ e somou o título de campeão. Estava a um pequeno passo dos bares de alterne, onde viria a ser segurança e proprietário. No meio de prostitutas, viria a casar-se com uma delas.


 
O primeiro acto de corrupção, segundo conta Marinho Neves, foi praticado na final que lhe viria a dar o título de campeão de boxe.Teles queria ganhar para impor respeito num mundo sem lei: as casas de alterne.

“O seu adversário era poderoso. Teles, sempre inclinado para negócios marginais, colocou em prática um plano diabólico. Ele sabia que no boxe profissional a corrupção era prática
 constante. Contactou o adversário, negociou a vitória no terceiro "round" e um KO mal disfarçado deu-lhe a oportunidade de saltar no ringue elevando as luvas em sinal de vitória”.

A lei e o fair-play nunca fizeram escola no portfólio de valores do actual vice-presidente do FC Porto. A violência, a prostituição, a corrupção, o conflito e hábitos deploráveis constam do seu subconsciente.


 
Viciado em jogo, enfrentando várias tentativas de cura, Reinaldo chegou a acumular uma dívida de 300 mil euros ao Casino de Espinho, o que lhe custou uma acção em tribunal. Este caso originou uma penhora.

“A dívida de Reinaldo Teles à Solverde, empresa concessionária do Casino de Espinho, é de 297700 euros mais juros de mora. O assunto é melindroso nos meios portistas. Contactada pelo DN, a SAD do Futebol Clube do Porto, através de um assessor, disse ‘não ter comentários a fazer para já’, mas admitiu ‘reagir mais tarde’”, escreveu o DN.

Também o Jornal de Notícias deu destaque a outra faceta do dirigente portista: o homem envolvido em fraude fiscal. “Reinaldo Teles foi acusado pelo Ministério Público por dois crimes de fraude fiscal, na qualidade de proprietário de uma construtora da Maia. Acusado foi também António Araújo, empresário de jogadores envolvido no caso Apito Dourado”.


 
Há dias, esteve envolvido numa rusga à casa de alterne Taverna do Infante. A PSP encontrou nove brasileiras escondidas “em locais tão estranhos como uma arca congeladora”, escreve o 24 Horas online. “Estavam todas em situação ilegal no País e cinco foram detidas.

“A operação da PSP e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) visitou de surpresa duas boîtes, mas foi na famosa Taverna do Infante, na Ribeira do Porto, que encontrou maior resistência. O dirigente portista estava presente e terá mesmo assumido uma postura de responsável pela casa”, acrescenta.

E este é um curto filme da vida de Reinaldo. Um homem que nasceu sem nada e que enriqueceu com processos obscuros, no mundo da noite. Este é o homem em quem Pinto da Costa confia..."



Já muito antes de rebentar o Apito Dourado se ouvia falar de orgias de prostitutas com árbitros. Até na segunda divisão isso acontecia, e quem conheça pessoalmente alguém ligado à arbitragem facilmente perceberá do que estou a falar. Marinho Neves também já havia falado dessa realidade, muitos anos antes de António Araújo entrar no mundo do futebol, e de se ouvir falar em Apito Dourado.
 
O envolvimento com prostitutas é uma forma de pressão extremamente eficaz. Se por um lado premeia e vicia, por outro permite sempre chantagear, mantendo nas mãos, quais marionetas, quem por uma vez cai nessa rede, nomeadamente através de câmaras de filmar ocultas. Estando muitas das casas de alterne da zona do grande Porto ligadas a Reinaldo Teles, é fácil perceber a potencialidade deste esquema.
 
 FRUTA PARA DORMIR
 
No dia 19 de Maio de 2004, o inspector António Gomes,acompanhado pelos inspectores Jorge Melo, Casimiro Simões e Nuno Pinto, e pela inspectora estagiária Sandra Rodrigues, deslocou-se à Residencial Cativo, sita na Rua do Cativo, Porto, para obterem informações junto das cidadãs Brasileiras Cláudia Cristiane e Maria Fabiana, de forma a confirmar os encontros de cariz sexual cujas suspeitas haviam sido levantadas pelas conversações escutadas.
 
É preciso ainda acrescentar, entretanto que, considerados pelos investigadores como suspeitos de "corrupção activa e corrupção desportiva", a lista de suspeitos a ser escutados pela Polícia Judiciária alargara-se a Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto, António Araújo, empresário com fortes ligações a Pinto da Costa, e a Jacinto Paixão, árbitro de futebol.
 
A diligência dos inspectores citados conduziu-os a Coimbra onde residia uma outra cidadã Brasileira, conhecida das inicialmente interrogadas, e que poderia ter mais informações sobre os factos em apreço. Assim foi possível obter declarações de Hannah Danielle Matias do Nascimento, conhecida por Dane. Afirmou Dane que, numa determinada noite de Janeiro, na casa de banho de um quarto do Hotel Meridien, na cidade do Porto, tinha tido relações sexuais com um árbitro que lhe disse que havia acabado de dirigir um jogo do FC Porto. Esse  encontro de cariz sexual, afirmou Dane, foi combinado e pago pelo seu amigo António Araújo. O valor pago, segundo Dane, foi de 130 Euros. Disse ainda Dane aos inspectores da Polícia Judiciária que nessa mesma noite, no mesmo local, tinham ocorrido mais dois encontros de carácter sexual entre duas colegas suas, de nome Gabi e Patrícia, e dois homens indicados por António Araújo.
 
A cidadã Brasileira de nome Claúdia contactou então a referida Patrícia que se prontificou a encontrar-se mais tarde, já no Porto, com os inspectores, o que veio a acontecer. Patrícia identificou-se como Celina Santos Fonseca, igualmente cidadã Brasileira, sendo Patrícia o seu nome profissional. Confirmou Patrícia as declarações de Dane, acrescentando que mantivera relações sexuais com um árbitro de nome Paixão e que o encontro entre ambos tinha igualmente sido promovido e pago por António Araújo.
  
Perante a exibição que lhe foi feita de diversas fotografias de árbitros e árbitros assistentes Portugueses no activo, Dane viria a reconhecer o árbitro assistente Manuel Quadrado como o amigo de António Araújo com o qual manteve relações sexuais.
  
Cláudia Cristiana de Oliveira Gomes viria a prestar declarações nas quais confirmou ter conhecido António Araújo em Maceió, Brasil, tendo-lhe este sido apresentado por João Feijó, conhecido naquela cidade por ser presidente do clube Corinthians Alagoano.
  
Por sua vez, Celina Santos Fonseca, conhecida por Patrícia no seu meio profissional, seria interrogada no dia 19 de Maio de 2004 e, perante a exibição das fotografias, reconheceu o árbitro Jacinto Paixão como o homem que com ela mantivera relações sexiais no Hotel Meridien.
  
Durante o mês de Agosto foi possível aos investigadores interrogarem mais uma cidadã Brasileira, de seu nome Emanuelle Almeida de Lima, conhecida profissionalmente por Gabi. Declarou Gabi que estivera com as suas colegas Dane e Patrícia no Hotel Meridien sob solicitação de António Araújo para prestar serviços sexuais a amigos deste. Diz Gabi que recebeu de António Araújo 150 Euros pelo serviço dessa noite, e mais 200 Euros em contrapartida de um serviço anterior com um elemento do FC Porto.
 
Todas estas cidadãs Brasileiras reconhecem ser habituais frequentadoras do bar Golden, sito na Rua Fernão de Magalhães, Porto, bem como noutros bares da cidade do Porto, como o Granada ou o Tamariz, actuando como "alternadeiras".
 
O Reinado Teles passou as casas de alterne para o nome de um tipo que ainda não sabemos o nome, porque dá muito nas vistas visto que o “Granada”, “Calor da Noite”, “Diamante Negro”, entre outros, que eram os mais frequentados na altura, eram onde se faziam algumas das transações da droga.
O próprio Reinaldo Teles foi apanhado em frente à Alfândega do Porto, num Mercedes cheio de droga, mas muito agente “comeu” à custa disso e nunca se soube de nada, até um jornalista do Público ter uma “prenda” do Reinaldo Teles quando descobriu a história.
Em relação à Olivedesportos, quando o Benfica quebrou o contracto, depois do Vale e Azevedo se tornar presidente, Guilherme Aguiar,  Pinto da Costa, Manuel Tavares (editor do jornal O Jogo), Ronaldo Oliveira (filho do Oliveira) António Oliveira (ex-treinador do Porto) e mais uns tipos reuniram~se na sala de reuniões do jornal “O Jogo” para tomar medidas no “sistema” para o Benfica sofrer represálias intimidatórias, tanto a nível da imprensa como a nível federativo, Liga incluida. Obviamente que esta reunião aconteceu “off the record”. As merdas mais banais eram as notícias fabricadas ou as inflamadas. Porque segundo um Jorge qualquer coisa, responsável financeiro pelo jornal O Jogo, “o Benfica é que vende”.  Mandaram um sócio do Porto pagar a um cunhado para este dizer que o jornal Record o tinha subornado para dizer mal do FCP. Este caso passou em 3 canais de TV.
Imobiliária da Fruta
 
A imobiliária de Cedofeita, de que Pinto da Costa é sócio maioritário e que foi alvo de buscas na semana passada, terá sido usada para a compra e venda de imóveis que alojavam prostitutas que se encontravam temporariamente no nosso país.
A denúncia de Carolina Salgado, feita em meados do ano passado, foi considerada credível pela equipa de investigadores liderada por Maria José Morgado que agora analiza à lupa a documentação apreendida na referia empresa.
 
Os contratos feitos nos úlltimos e as negociações envolvendo a Imobiliária foram apreendidos e os investigadores enviaram-nos para os peritos financeiros. O objectivo é verificar se eram negócios reais e qual o destino das vendas e arendamento dos imóveis.
Além das suspeitas de branqueamento, a PJ investiga um possível crime de lenocínio, onde poderão estar envolvidos os restantes sócios da empresa – Adelino Caldeia, Reinaldo Teles e o irmão Joaquim Pinheiro.
 
Corrupção no SEC… para o FCPorto (naturalmente)
 
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) detectou um esquema de legalizações fraudulentas de alguns futebolistas e andebolistas do FCPorto. O esquema foi detectado na sequência das escutas telefónicas a diversos funcionários do SEF, suspeitos por envolvimento numa alegada organização criminosa que se dedicaria a permitir a entrada em Portugal de emigrantes oriundos de África e da Ásia, como Argélia, Marrocos, Paquistão e Bangladesh. Como não podia deixar de ser, o esquema de legalizações fraudulentas trouxe como denominador suspeitas em relação a alguns futebolistas e andebolistas do FC Porto.


 
Tal conduziu a buscas nas instalações daquelas modalidades – mas muito mais discretamente do que as que se sucederam no Rio Ave (terá sido por não ser um clube do Sistema?) - e confirmou-se inclusivé os indícios de crimes de corrupção e auxílio à emigração ilegal. Os indícios diga-se haviam surgido durante o processo principal, em que eram suspeitos – pelos crimes de associação criminosa para tráfico de influência, burla, extorsão e falsificação de documentos – a advogada de Barcelos, Elisabete Chaves, fundadora do movimento pela ‘Nova Democracia’.


 
Foi então detido o inspector Jaime Oliveira bem como um administrativo do SEF da Delegação Regional do Norte, segundo o DIAP, José Alberto Campanhã, em vez de dinheiro obtia favores sexuais de candidatas para a legalização. Segundo as fontes admitiram ao CM, a «melhor maneira de vender facilidades é criar muitas e muitas dificuldades», e nesse aspecto José Campanhã foi devoto, levando então jovens brasileiras ao desespero.


 
A Operação ‘Icaro’ paria um rato – onde é que já vimos isto? - Elisabete Chaves, Jaime Oliveira e José Alberto Campanhã por aí andam a pavonear-se. Na totalidade existiam cinco funcionários do SEF suspeitos, quatro do Porto e outro do Algarve, numa lista de 15 arguidos, que incluiu um advogado do Porto, os pais da advogada de Barcelos e um inspector do Trabalho que tinha a incumbência de aceitar uma série de falsos contratos de trabalho manuscritos por diversos empresários ligados à restauração e serviços.

Já depois de ser levantada a promessa que os falsos casamentos com que a rede de emigrantes legalizava a permanência em Portugal dos futebolistas e dos andebolistas deveriam ser anulados por iniciativa do Ministério Público, tudo viria a desvanecer-se. O FC Porto emitiria então um comunicado acerca das notícias por alegado envolvimento nos crimes de falsificação de documentos a alguns dos seus futebolistas, considerando que ”mentem descaradamente!” (a tal linguagem a que já nos habituámos!)
 
O Tribunal de Instrução Crominal do Porto decidiu retirar 406 ilícitos à acusação do MP contra um advogada alegadamente envolvida numa rede de corrupção e imigração ilegal de que faziam parte vários inspectores do SEF. À causídica eram imputados um total de 658 crimes, entre os quais falsificação de documento, corrupção, auxílio à permanência ilegal, burla, lenocínio, descaminho e extorsão.
Do processo principal resultou um inquérito autónomo relacionado com supostos ilícitos na legalização de futebolistas do FCPorto. Entre os atletas e respectivos familiares ainda em investigação, estão Ibson, Lisandro Lopez, Lucho Gonzalez, Bruno Morais e Anderson, este último devido a um emprego atribuido à mãe num restaurante. Dois dos inspectores do SEF acusados estão neste momento a trabalhar no aeroporto Sá Carneiro no Porto. Estavam indiciados por mais de 180 crimes, mas a juiza de instrução fixou os alegados crimes a serem apreciados no julgamento em 131 para a inspectora e 59 para o inspector.

Testemunho
É que desde o caso dos Quinhentinhos o Reinaldo Teles deixou de tratar dos “assuntos” por telemóvel. Curioso é saber, ou talvez não, porque um certo procurador o passou de arguido a testemunha de acusação, e em que ninguém foi preso.
 
Perguntem a Reinaldo Teles o que respondeu ao inspector da PJ quando este no decorrer da investigação no caso Guímaro, lhe perguntou de que “quinhentinhos” estava a falar na conversa gravada com o árbitro de Coimbra. Eu digo-vos e está no processo: “Não me lembro”.

 
Há quem afirme a pés juntos que parte do dinheiro da venda de Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira foi para pagar dívidas pessoais de Reinaldo Teles no casino de Espinho.
  
No CALOR DA NOITE
Quanto ao clube da moda, levado em ombros pela imprensa avençada, juízes e políticos corruptos, alguns deles talvez forçados a sê-lo, depois de serem fotografados ou filmados de calças na mão nalgum "calor da noite", e toda uma organização com tentáculos que já chegaram ao país dos relógios (de ouro), depende exclusivamente de uma "careca de um velho rico e putanheiro", mas que um dia se vai apagar e, convençam-se disto, por muito que os sucessores se estiquem, nunca a fotocópia será igual ao original. Não conheço nenhuma ditadura que tenha sobrevivido muito tempo à morte do ditador.
Aí sim, ir-se-á reescrever a história de um clube corrupto, que até a data da fundação inventou!”
 As Provas
 
Reinaldo Teles esteve envolvido em lavagem de dinheiro e António Oliveira na compra de árbitros. Fernando Marques presidente do CA da AFPorto e Castanheira Gonçalves presidente do Desportivo de Chaves declararam à PJ (inquérito nº 4781/93.8, na 9ª Secção do DIAP) no processo que o “Independente” consultou com autorização do Delegado do Procurador da República, conhecido por “processo Guímaro”. Basta ver em I Volume, folhas 55-57. Apesar de negaram ao “Independente” por “receio de represálias”, os seus depoimentos estão lá.
 
Fernando Marques, presidente da CA da AFPorto, afirma que “tem conhecimento que Reinaldo Teles várias vezes troca dinheiro em Casinos com o objectivo de lavar dinheiro”.  Práctica de branqueamento de capitais, crime punido com 4-12 anos de prisão.
 
Antes do encontro Benfica-Porto (época 93/94) terá trocado no Casino Estoril a quantia de 5000 contos (25.000€) por 3 cheques. Isto ficou comprovado pelas fotocópias em jornais em relação a declarações de 3 árbitros e 2 dirigentes, um dos quais Fernando Marques. Este confirmou também que “José Guímaro e Marques da Silva são árbitros corruptos”.
 
Quanto a Castanheira Gonçalves confirmou que a Taverna do Infante e o restaurante Antunes, na rua da Alfândega, como “locais onde se realizam reuniões para comprar árbitros e fabricar resultados”. Refere ainda o nome de Antóno Oliveira (treinador do Braga em 92-94) como sendo um dos envolvidos no “negócio” da arbitragem e habitual frequentador daqueles locais.
 
A Taverna do Infante é uma discoteca propriedade de Teles&Pinheiro Lda., constituida em Agosto de 1983 por Reinaldo Teles e Maria de Lurdes Pinheiro. O restaurante Antunes é propriedade de Cerqueira&Rodrigues Lda, cunhado e irmã de Reinaldo Teles.
(Tudo em “famiglia” portanto).
 
Em conversas interceptadas pela PJ no mesmo inquérito, ouve-se Reinaldo Teles a interceder junto de membros do CA para ajudar um árbitro amigo. Pelo meio surgem António Garrido, Adriano Pinto e Jorge Gomes assessor do departamento de futebol do Porto.
 
Ouve-se também Marques da Silva a pedir ajuda a Reinaldo Teles e Antonio Garrido preocupado com a sua despromoção à 2ª categoria.  Quando Marques da Silva pergunta desesperado se já falou com o “engenheiro” (Raul Rocha, vice-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF) Reinaldo responde que Garrido já tinha falado. Reinaldo diz mais que vai estar com o Joaquim Oliveira nesse fim de semana  e que este “já deu cabo da cabeça do Engenheiro”. E diz mais, “ O Raul Rocha tem estado porreiro connosco, eu depois explico”.
 
No mesmo inquériro, refere-se que Laureano Gonçalves presidente do Conselho de Arbitragem, “corrompe árbitros de futebol, pagou ao árbitros dos jogos Porto-Chaves e Chaves-Porto para eles marcarem “penalty contra o Chaves por 2 vezes”. José Guímaro apitou o Porto-Chaves (6/12/92) e Marques da Silva o Chaves-Porto em 16/05/93.

2 comentários:

  1. continuem, sem medos, é preciso divulgar tudo, pela verdade e justiça.

    abraço

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  2. Que envolvência tamanha tem aquele que educadamente vou tratar por senhor.
    Todos os títulos, não direi conquistados, mas sim forjados, não só no futebol, mas também nos mais variadíssimos desportos que esse clube possui, são de uma conspurcação igual ou superior a tudo aquilo que repugne quem simplesmente continua a acreditar que são 11 para 11. Tenho dito.

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