sábado, 26 de maio de 2012

(A Saga Andróide) A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA (62)


Os Andrades

Adepta benfiquista do Porto
Como benfiquista portuense, sempre sofri na pele, desde a vitória em 94, em que o meu pai me teve que salvar a mim e à minha irmã de violência nos Aliados, pequenas, que só tínhamos ido festejar um ano justo, de vitória. Nunca me hei-de esquecer da sensação de confusão na minha cabeça ao ver pedras e paus voarem pelo ar. De pensar "porque estão eles aqui, tão zangados?" Desde aí ouvi de tudo, que os benfiquistas não têm direito a festejar no Porto, porque a cidade não é nossa, que uma via pública lhes pertence, que se quero festejar o esforço e dedicação dos homens que suam a "minha camisola" mais me vale ter cuidado e escolher outros sítios, ou ficar em casa.
Durante anos aprendi que não se pode "cutucar" o Dragão, que ele cospe fogo e morde-nos o rabo, aprendi a não ir a um estádio da minha cidade pois poderia sofrer represálias, esperei anos para poder visitar a nossa Catedral da Luz...

Testemunho vindo do Porto
Eu vivo no Porto e pode crer que há muitos benfiquistas cá em cima, e nós NUNCA pudemos nem podemos comemorar as vitórias do nosso clube. Basta recordar que a última vez que o tentámos fazer nos Aliados (porque é o local de todas as comemorações da cidade e dos PORTUENSES) fomos corridos à pedrada, com a polícia impávida e serena a assistir a tudo. Por isso, sim, é um antro, e digo até que é uma máfia. Nunca se viu um episódio como este, é totalmente indigno a equipa derrotada estar a receber as medalhas em campo, e os vencedores levantarem a taça nos balneários! Mas pedir a fanáticos que compreendam isso é pedir demais...
E você não faz a minima ideia da máfia que vagueia por esta cidade. Apoderaram-se do clube. Colocaram o ódio ao Glorioso como mote e siga para bingo. Sinceramente digo que pelo que conheço de alguma daquela gente pensava que seria bastante pior. O Papa ir colocar ordem na policia? Porto Vintage

Testemunho
Aqui há uns dias conheci uma pessoa que sendo portista ferrenho, foi também fisioterapeuta de uma equipa sub 20 de basquetebol que tinha de se deslocar ao dragão.
Ele próprio, sócio do fcp, retratou o ambiente como "de terror", com seguranças hostis e mal-educados, com privações às movimentações de jogadores e técnicos e com um ambiente de permanente intimidação. Se é assim no campeonato de sub 20, imaginem com o Benfica...

Testemunho no Basquetebol
Tambem eu ontem estive no pavilhão com a minha familia e não vi nada do que você reporta, seu fanático, o que vi foi todo um pavilhão ofender e maltratar verbalmente durante todo o jogo, tanto a equipa técnica como jogadores e até os poucos adeptos ou simpatizantes do Benfica. Isso é vergonhoso, a mim envergonha-me e causa-me espécie que pessoas se comportem desta forma, levei duas crianças comigo que tiveram de passar o tempo todo a ouvir palavras obscenas e gritos de um bando de fanáticos e hooligans que deveriam estar todos na prisão, é por isso que raramente levo a familia aos jogos pois eu sei a vergonha que se passa lá…
E o presidente deveria era ter denunciado os hooligans e não dar-lhes força, mas isso já era pedir demais…por isso não seja mentiroso e conte as coisas como deve de ser, até porque as imagens que correm no youtube mostram muito bem o que se passou.
(Portista sobre o jogo Porto-Benfica em Basket que o Benfica ganhou 53-56, ganhando o campeonato 2011-12).

Defour e o Colega do Benfica
Defour, médio do FC Porto, que se sagrou recentemente bicampeão nacional, revelou que foi aconselhado pelos dirigentes dos dragões a não ser visto publicamente com o compatriota belga Witsel, tudo devido à enorme rivalidade entre o clube azul e branco e o Benfica. «Só posso apertar a mão a Witsel longe das câmaras» - DN
 O médio do FC Porto falou ao jornal Gazeta de Antuérpia sobre a rivalidade com o Benfica e teve revelação muito curiosa.

«A rivalidade entre o FC Porto e o Benfica não pode ser subestimada. Os dirigentes do meu clube preferem não me ver em fotos com o Witsel. Quando nos defrontámos, um assessor do FC Porto disse-me que devia cumprimentar o Axel apenas longe das câmaras de televisão», revelou Defour.
Por isso, o jogador assume que tem tido pouco contacto com o seu antigo companheiro no Standard Liège: «Não é fácil ir a Lisboa ter com ele, mas também não é muito recomendável, atendendo à rivalidade”.

UEFA multa FC Porto por insultos racistas a Balotelli
A UEFA multou o FC Porto em 20 mil euros considerando provado que Balotelli foi alvo de comportamento racista por parte de adeptos do clube azul e branco no jogo da primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa, no Estádio do Dragão.
A decisão foi tomada pela comissão disciplinar da UEFA, reunida na passada semana, tendo por base a queixa do Manchester City apresentada no final do encontro de 16 de Fevereiro.

Andrade racista
"Isto é uma cruZZada eles compraram-na irão tê-la, mas já aviso os pseudo-neo-nazis mouros e afros do benfica (perceberam a ironia né).Nós Porto não somos nem de perto nem de longe os judeus que não se souberam defender, nem voces têm o poder de organização e a capacidade hitlariana nem nos somos um pessoas que não sabem o que é lutar falando no sentido figurado se existe PortumGal é graças ao Norte até á galiza, se existe lingua portuguesa é graças ao Norte, se existe democracia em Portugal é graças ao Norte pois a esta hora andavam ainda a falar sovietico sim eu lembro-me do verão quente de 1975 lembro-me que ai deu-se tambem uma cruzada portanto pensem bem Mouros e cuidado com o que desejam pois as coisas podem se complicar para os vossos lados! e ser-se Porto hoje me dia em Portugal é uma benção é sermos Puros Unidos diferentes da sujidade que prolifa neste pais mediocre!”.  in MaisFutebol
(O típico exemplar do Homem Cromagnon, espécie oriunda do norte de Portugal, especificamente da cidade do Porto, lavado ao cérebro e indigente mental).

PEDRO PROENÇA FOTOGRAFADO
É engraçado saber que houve um pobre desgraçado que conseguiu fotografar o Proença a sair do Dragão, uns dias antes do jogo com o Benfica, mas como era fotojornalista enviou as fotos para o seu jornal, para conseguirem um furo. O furo acabou por ser na boca do pobre jornalista que foi parar a uma cama de hospital com a sua família ameaçada caso não destruísse as fotos... Agora percebe-se o porquê de tamanha violência... Não era só o título roubado ao Benfica, era também uma final da Champions que estava em jogo.

Como já tinha mencionado num post mais abaixo, o Proençada não dá abraços grátis. O Pedrinho fez o favor à máfia, que por sua vez fez-lhe o favor de cobrar um favor antigo ao Bitópreira dos apitos, que lá fez o favor ao desdentado do boi de amarelo.

Já começam a ser favores a mais, digo eu. Um dia a casa vai abaixo.
Não é história nem é treta.

O interveniente prefere não ser identificado, até pelas ameaças à família.

Este assunto não vai ser alongado, o que é certo é que existiu e as autoridades não fizeram nada mesmo após apresentação de queixa. O jornal é um dos diários desportivos, um dos que supostamente não estaria sob alçada corrupta mas que infelizmente parece padecer da mesma "doença" que tolda o raciocínio inclusivé a alguns magistrados.

OS BOMBEIROS DO PORTO A ARDER!
Os Bombeiros Portuenses não receberam metade do salário do mês de Abril. Em causa está o corte do subsídio anual, de 20 mil euros, da câmara municipal, assim como as dívidas do FC Porto – que não tem pago atempadamente à corporação pela assistência nos jogos. Cerca de 28 bombeiros estão a passar por dificuldades.

Ao CM, o presidente da Direcção dos Bombeiros Portuenses, Carlos Pereira, desdramatizou. "Há serviços particulares que não têm sido pagos dentro dos prazos, o que obrigou a que não fosse possível reunir a verba para o pagamento mensal." Confirmou ainda que um dos faltosos é o FC Porto.
"É verdade que tem havido um atraso nos pagamentos aos bombeiros, mas é normal. Vão pagando à medida que podem", disse. Para Carlos Pereira, também o corte do subsídio da Câmara do Porto tem contribuído para a corporação passar por dificuldades.
"O dinheiro é fundamental para a actividade da associação. Estas dificuldades devem-se à crise. Também temos tido menor afluência do transporte de doentes", referiu, garantindo que hoje se irá reunir com toda a corporação para chegarem a um consenso. O CM tentou contactar o director de comunicação do clube que não atendeu o telemóvel.
(O Presidente dos Bombeiros por ser do Porto e evitar as represálias costumeiras é natural que queira desdramatizar o caso. No entanto, isso não diminui o drama, pelo contrário, pode até aumentá-lo, porque… quem não chora, não mama. E os bombeiros com dificuldade em colocar comida na mesa para a família para além de estarem a arder, têm fome… de comida! Que as vitórias não conseguem matar!
Extraordinário é haver apens um jornal que noticia este verdadeiro escândalo. Um clube que pagou quase 20M€ em “comissões” no último ano, não tem alguns milhares de euros para dar de comer a quem tem fome, pagando o que deve!).

A Compra de Fãs no FaceBook e outros
O jornal El País dá o exemplo de uma marca conhecida de bebidas – que fica por identificar – que, insatisfeita com a sua baixa popularidade no Facebook, conseguiu multiplicar a sua popularidade por dez em menos de um mês.


Constatado este crescimento extraordinário, o diário espanhol perguntou a três peritos – não identificados – se isto era normal e todos concordaram que estes resultados eram tão anómalos que apenas poderiam ser explicados através de uma artimanha como a compra de fãs.

“A natureza do crescimento de seguidores nas redes sociais é lenta” e as empresas querem resultados rápidos, assinala Marcos Blanco, director da agência demarketing digital Gestazion, que frisa que, nestas circunstâncias, algumas agências responsáveis por fazerem a comunicação online de marcas e empresas poderão cair na tentação de se meterem em atalhos.

Se o conceito não é descabido para as marcas, menos ainda é para quem oferece semelhantes serviços.
El País esclarece que basta fazer umas poucas pesquisas online e rapidamente se encontram sites que prometem mais visibilidade nas redes sociais através da compra de seguidores e fãs.

“Ao tornares mais famosa a tua marca nas redes sociais, as pessoas vão confiar mais em ti. Compra seguidores no Twitter já!”, pode ler-se online numa página de uma empresa radicada no México e com uma filial em Barcelona, cita o jornal.

Esta prática não é, porém, exclusiva das marcas. “Também recorrem a ela profissionais como advogados e médicos”, indicou ainda Marcos Blanco. 



Obsessão pela popularidade
Esta prática é um fenómeno subterrâneo com um pé na fraude. Antonio Delgado, jornalista e estudioso das redes sociais, indicou ao El País que este tipo de criação rápida de fãs e seguidores teve início há cerca de quatro anos e, de lá para cá, a prática tem vindo a refinar-se e a ganhar contornos de credibilidade. Se antigamente os perfis dos utilizadores comprados eram vazios, sem fotos nem identidade, hoje em dia as empresas que oferecem estes “pacotes” de seguidores dão-se ao trabalho de criar biografias falsas e retratos fictícios para os seguidores fantasmas.

“Cada vez recebemos mais propostas de compra de fãs”, indicou ao El PaísRamón Azofra, director-geral da agência digital I’move, fundada em 2008. “É um fenómeno que está cada vez mais organizado e estruturado. Esta prática é uma fraude e constitui um desastre para as marcas: quando lidas com piratas, o resultado nunca é bom”, cita o diário espanhol.

As empresas que oferecem seguidores dirigem-se não directamente às marcas mas antes às agências de marketing digital que são contratadas pelas marcas para lhes tratarem da comunicação nas redes sociais.

“Quando existe uma obsessão pela acumulação de audiência e popularidade, as pessoas podem perder o foco (...) e esquecer que o mais importante é a influência e a reputação”, acrescenta Azofra.



Quando as marcas e as empresas não percebem que o que importa é a qualidade dos seguidores e não a quantidade, a pressão recai sobre as agências. Algumas das quais optam pela via fácil: “As agências sérias não o fazem, mas há outras em que alguém, para justificar o seu cargo ou conservar o seu trabalho, cai”, testemunha Azofra.



Mas como funciona exactamente o fenómeno de criação rápida de fãs e seguidores para redes sociais? Juan Luis Polo, que dirige a agência Territorio Creativo e co-autor do livro “#Socialholic” – no qual analisa omarketing nas redes sociais – dá conta de uma das metodologias usadas:“Uma pessoa contou-me como, numa das agências em que trabalhou, lhe encomendaram um trabalho que consistia em construir perfis falsos durante 15 dias seguidos”.

Estas tarefas são, por vezes, entregues a estagiários, que têm a tarefa de manter estes perfis falsos activos e actuem com eles nas redes sociais. Ramón Azofra confirma: “Há quem crie quintas de fãs e depois as venda”.Um profissional do sector descreveu igualmente ao El Paísque decidiu tentar perceber como funcionavam as empresas que vendem fãs e seguidores e que sondou uma empresa australiana que, por 38 euros, lhe prometia entregar mil seguidores. Isto foi há dois anos. De lá para cá, o preço tem vindo a descer. O diário espanhol investigou e descobriu que é possível comprar, actualmente, mil novos seguidores de Facebook por apenas dez euros. Dez mil seguidores por apenas cem euros. Tudo isto fica pronto entre cinco e doze dias.

Apesar de em Espanha estas práticas estarem já bastante disseminadas, o El País explica que nem é dos países onde isto mais acontece. À cabeça estão a Turquia, Itália, Reino Unido e Índia. Para combater este fenómeno, foi criada esta semana no país vizinho uma plataforma denominada Adsocial que pretende, entre outras coisas, “implantar um código deontológico que evite fenómenos como a compra de seguidores”, remata o diário espanhol.

(Sobre a junção de duas listas diferentes de adeptos portistas no FaceBook, com o fito de  tentar atingir a popularidade e o número do Benfica. Esquecendo-se, ou não, que muitos dos registados numa lista também estão registados na outra. Contam a dobrar! Batota é com eles!”

O Norte e o Êxito. Jogos de Aparências
A norte o êxito desportivo mascara o total desgoverno económico-financeiro. Não, não falo da questão de terem apresentado cerca de 9 milhões de euros de prejuízo no 1.º semestre, isso é a consequência, do verdadeiro problema. Para terem uma noção correcta do desvario, dos 40M€ euros do Falcão, para a SAD apenas sobrou metade, sendo que do apêndice Micael que dizem ter custado cerca de 5M€ euros (dado não confirmado), não houve influxo relevante, basicamente saíu por cerca de 500.000 euros.
Aliás é admitida pela própria SAD que a actividade é permanentemente deficitária e como tal só a venda de jogadores pode colmatar a gestão desportiva. O desplante é tal que admitem que no fim do ano (31/12)estavam com cerca de 6,5M€ euros de remunerações e prémios em atraso. A dívida ao Standard Liége só pode ser paga após a venda de 1/3 dos passes do Defour e do Mangala a um fundo por um valor inferior ao preço de custo 

Testemunho do António
Sou da cidade do Porto e infelizmente da muita gente séria que lá existe, Pinto da Costa rodeou-se da escumalha da pior espécie para criar um monstro que domina os meandros do Futebol e, aqui, acham-lhe muita graça os apaniguados do PC.
Desde proprietários de casas de alterne, como Reinaldo Teles, a intermediários do sexo como Araujo, muita gente lambe os milhões do Porto, depende deles e vende a alma ao Diabo por um mero resultado favorável. O que eles têm é um nucleo duro, não são muitos, mas juntam-se, trocam favores de todo o tipo e isso dá-lhes força.
São gente fraca, ordinários, saloios e que põem o nome da cidade na lama. Sei do que falo, fui atleta lá alguns anos em miúdo e vi o Seinnho, o Cubillas treinar. Na altura havia alguma vergonha, algum bom senso.Hoje perdeu-se os valores todos, vale qualquer coisa. A Justiça é fácil de enganar, como a policia, conivente. Só uma força maior, mais lutadora e que mexa nos meandros com mais dinheiro pode ganhar. Só jogando o jogo deles....e isso é complicado. Essa gente não presta e os benfiquistas têm valores mais altos.
Só disse verdades. O Nucleo duro é da cidade mas dos arredores também e esses, mais saloios, ainda são piores de carácter. O Valentim Loureiro é um escroque, toda a gente o conhece. Levou o Boavista á fossa mais baixa porque é maluco e decidiu fazer um estádio á imagem do Machester City ou isso. Vi no Bessa o Bento fazer uma defesa há 40 anos que ainda hoje me lembro. Tinha uma camisola amarela. A sensação na altura era o luvas pretas, jogava bem.

Como dizia: Os bairros periféricos de Rio Tinto, Gondomar, Baguim, Lavra , Vila d´Éste em Gaia e por aí fora tem mais fanáticos que a própria cidade, mais letrada e mais pacifica.
O macaco lider é da Ribeira do Porto (gente humilde, dantes honesta ) e os apaniguados são do Aleixo ou do bairro S. João de Deus, etc (a própria Carolina Salgado era de Gaia, nada a ver com o Porto, mas em Gaia há muito fanático. Gente mal formada, mal educada e sem principios nenhuns, como em tudo na vida.
Eu sou do Amial, que tem pelo menos 7 bairros à volta, e nota-se muitas diferenças na educação das pessoas. Há que dar á perna e passar rápido sem olhar para evitar confusões. Muitos agem com agressividade verbal fácilmente e partem para a agressão fisica porque assim foram educados. Os miudos são condicionados na escola, porque são novos ou porque são descendentes de burros.
O VERDADEIRO Porto não é bem assim, tem de tudo. Há benfiquistas ferrenhos, até "doentes" de amor ao Benfica e á verdade. Em Guimarães é igual: quem lá foi ver o Benfica sabe que gente vai ao Estádio...no entanto há lá muita gente boa.
Não confundam os não residentes no Porto. Esses Corruptos foram escolhidos a dedo e os mais moderados foram chutados fora. O Rui Rio tem fama de ser honesto e preocupado com a cidade, não tem nada a ver com a corja Portista.


sábado, 19 de maio de 2012

(O Pulpus não tem medo)A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA (61)



“O Polvo dos Papalvos”, um blogue de um jornalista adepto do Sporting, com o pseudonimo John McSmith, abriu com a melhor das intenções: denunciar a pouca vergonha da corrupção no desporto em Portugal e os seus verdadeiros mentores com testemunhos vividos pelo próprio. Jornalistas que testemunham aquilo que souberam ao lngo da sua carreira é uma ameaça muito grande para os corruptos. Foi calado e obrigado a fechar o blogue. Suspeitamos porquê. Ameaças pessoais e à família, processos em tribunal até desistirem. Quem sabe?
A censura fascista do regime vigente atentou mais uma vez contra os direitos democráticos dos cidadãos de um país que se diz democrático e livre, com a ajuda e com a cumplicidade de juizes corruptos.
Mas a nós ninguém nos cala! Por isso, vamos publicar os excelentes posts que foram, até hoje, os únicos a ver a luz do dia.


O POLVO DOS PAPALVOS
Apresento-me: tenho, além de outras coisas, 40 anos de jornalismo desportivo em cima, muitos dos quais dedicados a assuntos que extravasaram em muito a reles e entediante análise futebolística a que estamos habituados. Fui aprendiz de feiticeiros, chefe de uns, subalterno de outros, assisti a muita coisa, vi, cheirei, repudiei muita outra e, nos juízos finais, quis sempre poder dizer mais do que me deixaram.

Ao longo destas 4 décadas de serviço profissional, prezei sempre o contacto directo com os meus leitores, ouvi muitas críticas, ouvi muitos elogios e, ao fim deste tempo todo, e já há algum tempo, o que me pedem é que fale, que diga o que sei. Por razões puramente profissionais, não pude nunca apontar directamente o dedo àqueles que mancharam - e mancham - a verdade e a justiça do futebol em Portugal. Sofri ameaças, promessas de despedimento, insultos e fui passando pelo jornalismo desportivo como pude, procurando ser fiel aos meus princípios e à conduta profissional que sempre respeitei e quis cumprir. Mas nem sempre pude. Por razões que se prendem com factos tão simples quanto os de querer chegar ao final do dia e poder alimentar-me, alimentar os meus filhos e não acabar a boiar num rio qualquer. Sim, é assim perigoso, desafiar as leis do polvo futeboleiro português.

Não é história, ou estória, contada por mentirosos. O futebol em Portugal está - acreditem - corrompido por uma força poderosa a que ninguém tem a coragem de olhar nos olhos e enfrentar seriamente. Muitos refugiam-se em insinuações mais ou menos evidentes, muitos queixam-se do conteúdo mas usam formas que não beliscam os alvos nem informam os leitores do que verdadeiramente se passa desde que Jorge Nuno Pinto da Costa chegou um dia ao poder. Nada, nem ninguém, foi igual no nosso futebol desde esse fatídico dia. Tenho amigos que, no cumprimento das suas funções jornalísticas, foram insultados (como eu), foram humilhados (como eu) e foram, ao contrário de mim, violentados e agredidos apenas e só porque se dedicaram ao seu labor. Isto acontece há 30 anos no futebol em Portugal.
Quis sempre muito mas não pude. E foi esse peso na consciência (porque acredito que todos devem saber a realidade) que me fez andar a vaguear na ideia de encontrar um espaço em que, anonimamente, desse lugar às palavras e às histórias reais que se passaram comigo e com colegas meus ao longo destas décadas.

Não sou hipócrita, como muitos que dizem não ter clube. Eu sou um apaixonado pelo desporto, pelo futebol em particular, e como tal tenho a minha preferência clubística. Sou do Sporting, sempre fui do Sporting. Desde muito novo porque o meu Pai, sportinguista doente, me transmitiu essa paixão e eu segui-a, sem nunca ferir as minhas obrigações como jornalista. Espero que o facto de admitir o meu clube sirva não para me julgarem sob esse foco mas pelo contrário para verem na assumpção um caminho facilitador contra demagogias e falsas pretensões.
Estou aqui para informar. Escreverei sobre o polvo (que tem muitos, alguns inimagináveis, tentáculos) e o mal a que tem votado o nosso futebol. Um polvo criado por papalvos, ignorantes, mesquinhos, donos de uma falta de civilidade a todos os níveis abominável que lhes permite viver na completa impunidade, subjugando e martirizando quem procura denunciá-los.

 Na era de um Aguiar como Director Executivo da Liga de Clubes - posição que rendeu, pelas leis que deixou muito convenientemente aprovadas, ao clube do próprio uma crucial absolvição (em termos claros: a não descida de divisão) anos mais tarde, no famoso "Apito Dourado" - as coisas faziam-se, de facto, "por outro lado". Desconheço a que outro lado se referia Luís Filipe Vieira numa das escutas que vieram a público, mas conheço bem o outro lado de Aguiar e de toda a estrutura que o sustentava e que ele próprio servia.
A estratégia para o sucesso não passava apenas pelo aliciamento de árbitros - essa era a face mais óbvia, feita, arrisco dizer, à descarada, tais eram as sórdidas situações passadas em certos estabelecimentos em que a noite era de facto muito quente. Mas havia outros agentes e outras fórmulas: não bastando os cheques entregues nas mãos dos árbitros em plenas mesas de "privados" com as meninas presentes (algumas das quais dando-me disso conta anos mais tarde), era também importante levar as meninas a outros universos, mais elitistas e para gente de maior quilate no futebol luso.
Falamos, para que não restem dúvidas, de aliciamento a directores, presidentes e inclusivamente treinadores de equipas adversárias. Tudo com o aval do púdico, civilizado e muito indignado em programas de televisão, o Sr. A.guiar, esse mesmo que patrocinou as leis que permitiram ao seu clube manter-se na prova máxima do futebol nacional, mesmo que as provas, e se eram conclusivas!, o fizessem advinhar.
O Sr. Aguiar gozava de um estatuto tal, de um respeito, de uma admiração por parte do dirigismo em Portugal que qualquer conversa, qualquer menina, qualquer insinuação mais ou menos velada, eram tidos como normais e próprios de um futebol em que as coisas eram assim porque eram e não valia a pena discutir princípios. Esse próprio Sr. Aguiar anos mais tarde veio dizer, do alto da sua dignidade, que não gostaria de ver ninguém atirar pedras porque no futebol devia haver pouca gente que o possa fazer porque há muitos telhados de vidro - extraordinárias declarações, assumindo nós que o Sr. Aguiar assumia a generalização como forma de se absolver das suas próprias pedras.
O que o Sr. Aguiar não disse - e não dirá seguramente no futuro - é que elefoi um dos mais importantes tentáculos do polvo, controlando dirigentes, impondo leis na Liga, avançando na diáspora portuguesa pela UEFA, sempre de falinhas mansas e discurso recheado de hipocrisia, passando entre os fios de chuva, tanto que hoje, e há vários anos, vemo-lo sentado em televisões nacionais, debitando alarvidades com um ar de quem não faz mal um rato.
Encontravam-se em hotéis estes rapazolas. O Sr. Aguiar, mais na sombra, o Sr. José Gomes - que hoje, muito de forma curiosa, é, imaginem as voltas que a vida dá, prospector de futebol no Benfica! - para quem o FCP é uma "religião" e os vários dirigentes dos clubes da primeira divisão da altura. Eram jantares e encontros de circunstância, dizia a versão oficial, era apenas camaradagem e relaxamento. O que as versões oficiais nunca explicaram foi a aparição constante de meninas vindas dos estabelecimentos do Sr. Reinaldo Teles para os quartos de dirigentes, treinadores e presidentes de vários clubes que nos dias posteriores iriam jogar contra o clube dos Srs. Aguiar, Gomes e Reinaldo Teles. Mas certamente faria tudo parte de um maior relaxamento. Uma verdadeira comissão de boas-vindas.
É apreciavelmente didáctico rever jogos antigos, especialmente dessa década de 90, era do famoso penta do Engenheiro (Fernando Santos). Observar as equipas adversárias, especialmente no Estádio dos Srs. Aguiar, Gomes e Reinaldo Teles, a forma quase pueril com que jogavam, verdadeiras passadeiras vermelhas para os jogadores do clube desses senhores, é um exercício de memória que devemos agradecer à RTP. É verdadeiro serviço público. Depois, quando apesar de meninas, copos, prémios e jantaradas, a coisa não resultava e os jogadores visitantes mostravam brio profissional, lá aparecia então o resultado dos cheques às classes mais baixas em "privados" e os homens de negro resolviam os pentas. O Engenheiro, benfiquista dos sete costados, agradece.

O histórico das sociedades revela-nos que o pior inimigo das massas é a ignorância e a consequente deficiência na visão da realidade. Com maior conhecimento de causa, as pessoas tendem a uma melhor compreensão dos fenómenos, a uma mais assertiva identificação dos problemas e a uma maior probabilidade de lutarem por aquilo em que acreditam. É com esse intuito que procuro informar, não para que se gerem sentimentos vingativos e/ou belicistas.
Quero, queremos, uma mudança no paradigma do futebol nacional. Uma limpeza de hábitos pouco recomendáveis, ilegais, que afrontam o estado de direito e a verdade na competição que a todos apaixona. Saibamos, portanto, evoluir com o conhecimento que temos, com a nossa inteligência, com a nossa lucidez, com o nosso amor ao desporto, e potenciar a queda dos que nele vêem uma ponte para o sucesso a todo o custo e para a mentira competitiva que se repete, perpetua e eterniza há já demasiadas décadas.

E todos ganharemos com isso. Sejamos adeptos de que clube formos, penso que será consensual que um futebol limpo de promiscuidades e corrupção, em que a competição é feita e ganha pelo mérito desportivo e não por jogadas de bastidores, será melhor para todos e dará mais prazer a todos os que amam este fantástico desporto.

Certamente não seremos nunca demasiados nesta revolução pela justiça e limpeza desportivas. Proponho inclusivamente que, impulsionados com a ideia de criar este blogue e que não é inovadora (outros houve que existiram e que, estranhamente, desapareceram da blogosfera), os colegas criem outros blogues na mesma linha para que a reflexão seja mais aprofundada e analisada de várias perspectivas e vozes.
O futebol português necessita de uma mudança séria alicerçada no repúdio e conhecimento do passado. De uma discussão séria da actualidade e de um historial de memórias, que nos permita encontrar um rumo esclarecido que fuja daquele com que temos tido de conviver. É esse objectivo que proponho aos que aqui queiram vir.

O doping, o túnel e a intimidação
Na ressaca da noite de Viena, após a mítica conquista para o futebol português por parte do Futebol Clube do Porto, em plena pré-época 1987/1988, começou a levantar-se entre os meios ligados ao futebol -entre os jornalistas, especialmente - uma onda de boatos sobre a anormal (excelente) condição física dos portistas. Começou por ser o que parecia apenas uma brincadeira, uma desculpa esfarrapada dos nossos colegas alemães a fim de justificarem a derrota que o poderoso Bayern tinha sofrido uns meses antes para rapidamente se tornar um alvo de investigação que acabou, na perspectiva dos jornalistas alemães, emconclusivas certezas.
Estávamos em meados de Agosto de 1987 quando, deparados com essa suspeita por parte de colegas estrangeiros, eu e mais três jornalistas portugueses decidimos, um pouco incrédulos, averiguar se havia algo de verdadeiro nas suspeitas levantadas. Não seria fácil, como é evidente, descobrir a verdade, se ela existisse. Por isso reunimos um dia num café na baixa portuense com o intuito de elaborarmos um plano de pesquisa que, no limite, nos permitisse chegar próximo de alguma informação, caso severificassem como verdadeiras as suspeitas que os colegas estrangeiros haviam levantado. Em traços gerais, o plano era este: contactar vários antigos jogadores que teriam passado pelas mãos do médico do clube na altura, o Dr. Domingos Gomes; informarmo-nos de forma substancial sobre a capacidade efectiva de poder haver uma "mezinha" que realmente melhorasse a performance desportiva (lembro, a este propósito, que há 24 anos as questões do doping eram ainda muito dúbias e pouco esclarecedoras) e procurarmos, junto de pessoas ligadas aos vários jogadores que compunham o plantel portista dessa época, de uma forma natural (para que não fosse suspeito), saber que tipo de atletas eram esses mesmos jogadores 2, 3, 5 anos antes.
A matéria de investigação surtiu alguns efeitos interessantes - entre os quais termos descoberto que, de facto, houve, em sintonia com um tal Póvoas (hoje, um cidadão muito respeitado mas que, na época, não passava de um sujeito com reputação bastante duvidosa, envolvido em trafulhices relacionadas com propaganda médica), um conjunto de atletas que melhoraram substancialmente o seu desempenho atlético, alguns de forma quase sobrenatural, para aquelas que eram as suas características naturais. Como é óbvio, isto não chegava para fazermos um diagnóstico totalmente efectivo e muito menos para avançarmos a informação para o exterior. Nesse sentido, decidimos deixar um de nós, que vivia em Gaia, mais virado para esse assunto, enquanto os outros, que vivíamos em Lisboa, íamos acompanhando de longe e pontualmente a investigação. Entretanto esse meu colega continuava o seu normal trabalho de jornalista, acompanhando várias vezes o Porto no Estádio das Antas.
Numa delas, num Porto-Portimonense, já no final da partida, após a reportagem para uma rádio nacional, o meu colega, que estava no relvado junto à saída (o famoso túnel), foi interceptado por 3 indivíduos que faziam parte do chamado "Corpo de Segurança Privado", que mais não era do que um grupo de jagunços comandados pelo famoso Guarda Abel, e forçado a largar o seu material de trabalho, para que tivessem uma "conversinha". A conversinha foi, em termos básicos, darem-lhe uma chapada e obrigarem-no a nunca mais fazer perguntas a familiares e amigos dos jogadores, sob pena de poder vir a "acabar mal". O meu colega deu conta deste episódio à sua entidade patronal (que lhe respondeu, clara e simplesmente, que abdicasse do assunto), persistiu ainda uns tempos na investigação até que viu uma das filhas agredidas numa escola em Gaia onde era estudante, avisada a dizer ao Pai que da próxima ia parar ao cemitério.
Como é evidente, a partir desse dia dedicou-se a outras investigações mais, digamos, singelas.

É também assim, pela ameaça, pela violência, pela falta de escrúpulos, que o sistema sobrevive e evita que haja uma real investigação jornalística neste país. É também por isto, mas por muitas outras coisas, que nunca se criaram condições para que a verdade viesse ao de cima. O clima intimidatório, bélico e ameaçador, juntamente com a indiferença/submissão das autoridades locais foi e é uma das formas que o polvo encontrou para se perpetuar impunemente.

 As Pedradas
Mais lá para a tarde porei aqui um episódio do final dos anos 80, que é de ir às lágrimas - se não fosse deprimente.

Deixem-me entretanto abordar um tema da actualidade:o apedrejamento que ocorreu na noite de ontem ao autocarro do Benfica e ao carro onde se encontrava Luis Filipe Vieira.

Não é nada de novo. Já foi feito. Mais do que possam pensar. A diferença é que hoje em dia a Comunicação Social tem acesso directo, na hora, aos acontecimentos; há 20 anos, muitas coisas eram abafadas, directa ou indirectamente. Mas aconteceram. Assim e pior, muito pior.
O que eu vos quero dizer é muito simples: o objectivo é forçar os adeptos do Benfica ou os seus dirigentes a uma atitude menos precavida que culmine ou numa tragédia de grandes proporções ou num episódio que permita à Direcção da Liga uma plausível justificação para que o Estádio da Luz seja interditado.
Pelo que vou sentindo na opinião pública benfiquista, não tenho dúvidas nenhumas de que as pessoas começam a ferver e um dia irão explodir. Não querendo ser moralista nem pai de ninguém aconselharia apenas os adeptos do Benfica a não enveredar pelo caminho mais fácil. Porque além de correrem o risco de magoar alguém inocente que nada tem a ver com a luta de galos entre os dois clubes podem de facto acabar forçados a não verem o seu clube no próprio estádio.
Por aquilo que recolhi, à Liga só falta a justificação. Seja ela trágica ou de circunstância.

Ainda o Túnel,
no Diário do Minho

«Entende-se por Agentes Desportivos os membros de órgãos sociais (…) massagistas, assistentes de campo, empregados e outros intervenientes no espectáculo desportivo», diz o regulamento desportivo da FPF. O CJ da FPF, que alterou as penas aplicadas a Hulk e Sapunaru (FC Porto), esqueceu-se de ler esta parte.
Face à decisão do CJ, que catalogou stewards como «público» (a CD da Liga equiparou-os a «agentes desportivos»), polícias, stewards, apanha-bolas, bombeiros e jornalistas são, mesmo estando no desempenho da sua actividade, intrusos e/ou penetras. 
Entretanto, «o CJ negou provimento ao recurso do F.C. Porto», pode ler-se no Maisfutebol, afastando, assim, a pretensão dos dragões, que desejavam impugnar o campeonato, tendo ainda ficado provado que Hulk (duas vezes) e Sapunaru (uma) agrediram os stewards.


Em 1995, Cantona agrediu um adepto e foi o seu próprio clube, o Manchester United, que o suspendeu por quatro meses. Depois, a Federação Inglesa aumentou o período de suspensão para oito meses.

Em 1997, Fernando Mendes, do FC Porto, agrediu um bombeiro, no Estádio da Reboleira, num jogo com o Estrela da Amadora. O defesa foi punido com três meses de suspensão à luz da mesma norma que castigou Hulk e Sapunaru. Os dragões não contestaram a decisão. O soldado da Paz foi considerado, então, agente desportivo. 
A decisão do CJ levou à demissão de Hermínio Loureiro da presidência da Liga e, segundo fontes próximas do presidente cessante, este considerou «uma barbaridade jurídica de calibre ainda superior ao que tinha acontecido nos idos do sistema».


O relator do acórdão do CJ foi Dionísio Alves Correia, o mesmo que não confirmou a sanção de quatro meses a Pinto da Costa e a subtracção de seis pontos ao FC Porto (aplicadas pela CD da Liga na sequência do Apito Dourado), permitindo ao FC Porto, que esteve em risco de suspensão da Champions, manter-se na prova europeia. 
Entretanto, Jesualdo veio queixar-se da ausência de Hulk. O professor esqueceu-se que, mesmo com o incrível no onze, o FC Porto perdeu em Braga, na Luz e na Madeira, com o Marítimo, e ainda… que goleou Sporting de Braga e Sporting sem Hulk que, por exemplo, jogou em Londres, onde o FC Porto perdeu por 5-0 com o Arsenal. Lembra-se professor? E, dizem as estatísticas, os dragões conseguiram melhores resultados… sem Hulk. Incrível! 



(Pedro Vieira da Silva. 
Publicado no Diário do Minho no dia 26.03.2010)

domingo, 13 de maio de 2012

(Nem todo o portistas é da treta)A MÁFIA DA PALERMO PORTUGUESA (60)


O Negócio da Treta. Em blogue portista

Com o negócio Roberto aprendemos que existiam milhões da Treta. 
Com o negócio Danilo se os milhões não são da Treta alguma coisa é.
O negócio Danilo a somar ao negócio Falcao é mais um dos enigmas do defeso.
Pelo que sabemos o negócio Danilo começou com um despique com o Benfica pela aquisição do passe.

O passe do Danilo tinha 3 proprietários: 37,5% do Santos, 37,5% do Grupo DIS e 25 % do América Mineiro
Para chegar ao destino cada clube seguiu por uma estrada. O Benfica optou por negociar o jogador com o Grupo DIS oferecendo 10 milhões de Euros pelo jogador.
O Porto seguiu a estrada Santos que dada a possibilidade que este tinha em exercer o direito de opção se veio a revelar bem sucedida.

Tendo o Grupo DIS aceitado a proposta do Benfica por 10 milhões o Santos viu-se obrigado a contratar os 37,5% do jogador que pertenciam ao referido grupo por 3.75 Milhões.

A partir daí  o Porto (ou mesmo antes) entra em acção e pagando um prémio de 3 milhões face à proposta do Benfica fecha a contratação do jogador Danilo por 13 milhões de Euros.

Relativamente ao timing da chegada do jogador o que soubemos pela boca do Presidente Pinto da Costa no dia 1 de Agosto ao Porto Canal foi o seguinte:

“No que toca ao timing de chegada do Danilo, dada a necessidade de concretizar de imediato essa conversação, esse assunto não ficou bem claro e poderá eventualmente só vir em Janeiro.”

Vamos à  minha parte. À forma como leio o que foi dito e escrito e naquilo que acredito ou não. Não acredito que um clube feche um negócio, por muito urgente que seja, sem definir com precisão se o jogador vem em Agosto ou Janeiro. Não ficou claro? Claro que ficou.

Se os intervenientes no negócio – sim, aqueles que clarificaram e autorizaram uma comissão de intermediação de 3,1€ milhões – compram um determinado direito sem definir em que momento ele é exercido estão basicamente a adquirir ar e vento.

A minha leitura é a de que ficou definido na altura que o jogador viria na data X e que uma eventual alteração do prazo condicionaria o valor da operação financeira.

Admitindo que a minha análise é errada e que com a pressa de fechar negócio (ups!) ficou por definir o momento em que o Danilo viria conforme afirmação do Presidente temos que nos centrar no fim da frase:

“…poderá eventualmente só vir em Janeiro”.

Ora, acreditando que não se sabia ao certo a data (alguém acredita??) pelo menos tínhamos a certeza que era ATÉ Janeiro.

Será?

No dia 20 de Julho de 2011 no facebook da Família Santista sai a seguinte noticia:

“No site oficial, o Porto divulgou um comunicado dizendo que acertou com o Alvinegro o valor de 13 milhões de euros (aproximadamente R$ 28 milhões) para ter Danilo. Porém, a transação ainda não está confirmada.
A condição do Peixe para aceitar a venda é  de que o volante fique até o fim do ano, para a disputa do Mundial de Clubes. Caso o Santos seja derrotado na competição, ficaria com Danilo até o meio do ano que vem. Em caso de título, o jogador sai mesmo em janeiro.”

Ainda antes do Presidente Pinto da Costa dizer que não tinha ficado claro porque era preciso fechar o negócio a Família Santista dizia que a condição para a venda passava pela possibilidade da disputa do Mundial de Clubes e, pasmem-se, uma eventual derrota implicava que a pressa para fechar o negócio casasse com a paciente espera de o ver cá jogar.

Há mais:

No dia 24 de Agosto de 2011, na mesma página da Família Santista, lemos o seguinte:

“Quando anunciou a venda do lateral-direito Danilo para o Porto-POR, a diretoria do Santos afirmou que o jogador ainda disputaria a Taça Libertadores de 2012 antes de ir para Portugal, caso o Peixe não conquiste o Mundial de Clubes, em dezembro. Ou seja, ele poderia seguir atuando pelo clube da Vila Belmiro por quase um ano, mesmo vendido. Nesta terça-feira, porém, o jogador afirmou que seu vínculo com a equipe santista vence em dezembro, independentemente do resultado do torneio no Japão.

Danilo explicou que, de fato, existe no contrato uma cláusula que dá  ao Santos a opção de esticar a permanência do atleta. No entanto, ele afirma ter entrado em acordo com os dirigentes para ir embora em dezembro de qualquer maneira. Quando recebeu a proposta oficial do Porto, de € 13 milhões (aproximadamente R$ 30 milhões na cotação desta terça-feira), a direção do Peixe conversou com Danilo e manifestou o desejo de mantê-lo. O jogador se comprometeu a permanecer desde que a diretoria o liberasse em janeiro, com ou sem título mundial. Segundo o ala, é o que vai acontecer.
- Eu sou um cara que valorizo a minha palavra. Tenho um acordo verbal com a diretoria. Como sempre fui correto e honesto, não vai haver problema nenhum, pois tudo já foi conversado antes. Fico até dezembro - afirmou.”

Volta a história da vitória no Mundial e pelo que aqui está escrito percebemos que quem acautela os interesses do Porto no negócio é o próprio Danilo que faz um acordo verbal com a diretoria. Verbal, repito. Ele fica até ao Mundial e o Santos libera-o a seguir.

Por escrito só temos a cláusulaA cláusula que diz que se o Santos perder com o Barcelona o Porto fica a ver navios. Só em Julho de 2012.

O Porto paga os 13 milhões para ter algo. Contratualiza e quer fechar rápido o negócio.Tão rápido que aceita as clausulas que forem precisas (que tal esperar que o Danilo se sagre Bola de Ouro da FIFA??) e paga o que for preciso aos intermediários no negócio.

O resto – Danilo a jogar no Dragão – não importa clarificar. O melhor mesmo é confiar numa conversa de café do Danilo e do Presidente do Santos enquanto assinamos o cheque.
Quem lesse estas histórias em Julho e Agosto dizia que o Carnaval no Brasil era o ano inteiro.

Chegamos a Janeiro. Danilo mete-se num avião, dá entrevistas no PortoCanal.
O Presidente do Santos está, tranquilamente, a banhos. O que se lê por aqui:

“O FC Porto está a perder a paciência com o Santos por causa do Certificado Internacional de Transferência de Danilo e já estipulou o prazo limite para que o clube brasileiro envie a documentação necessária para a utilização do lateral direito na Europa. Caso o Santos não envie a documentação que autoriza a transferência do lateral direito 17 de Janeiro, o FC Porto vai apresentar uma queixa junto da FIFA e exigir uma indemnização.”

Quem manda vir um jogador que já está pago, treina e está pronto para jogar só tem que fazer valer os seus direitos. É assim mesmo!!

O Santos manda a documentação? Não.

Apesar do passe do Danilo estar todo pago, existem dividas do passe do Alex Sandro e o contrato permite que o Danilo fique mais meio ano porque o Barcelona ganhou ao Santos.

Dois milagres ocorrem aqui. Um é o Barcelona ganhar ao Santos. O outro é o de o Porto dever dinheiro ao Santos de um jogador que comprou ao Desportivo Maldonado.

O Porto o que faz? A SAD reúne-se de emergência e entre a queixa à FIFA e o empréstimo do Fucile opta pela cedência do uruguaio.
Ao que parece a gravação do acordo verbal entre o Danilo e o Presidente do Santos em que os interesses do Porto ficaram defendidos ao pormenor não  é suficientemente perceptível. Como foi à mesa de café  há demasiado ruído de fundo.

A novela Danilo acaba com este comunicado:

“O presidente Luis Alvaro, do Santos FC, e o diretor Antero Henrique, do Porto, de Portugal, acertaram, na tarde desta terça-feira (17), por telefone, a liberação do TMS (Transfer Matching System) do atleta Danilo para o time português e o empréstimo por um ano, sem custos, do lateral Jorge Fucile para o Santos.”

A minha pergunta:

A pressa em fechar negócio era para quê mesmo?
Para ver o Danilo jogar de azul e branco já vimos que não. Se não qual era a pressa?

“O Empréstimo de Walter pode valer 4 milhões”

Grande negócio, pensei eu. E fui ler a notícia. E a coisa, então, é assim, tal como é apresentada pelo jornalista José Carlos Sousa:

- o negócio não é o melhor mas também não é o pior, porque o Cruzeiro paga os salários do jogador até ao fim do empréstimo, o que «nos tempos que correm» (sic) já não é mau;
- o melhor do negócio é que os brasileiros ficam com direito de opção sobre 50 por cento do passe por 4 milhões de euros;
- o Porto já só tem esses 50 por cento porque os outros 25 por cento que detinha foram vendidos, três meses depois de serem comprados, à Pearl Design Holding (cá está, as pérolas aparecem quando menos se espera), por 2,125 milhões de euros, um lucro de 125 mil euros em relação a esses 25 por cento;
- como bónus, refere-se que a compra de Walter ao Internacional foi totalmente mediada por um clube-fantasma, o Club Atletico Rentistas (o que, obviamente, faz todo o sentido, porque num negócio transparente entre dois clubes é fundamental existir um entreposto fantasma, onde não fica dinheiro nenhum porque é uma associação de beneficência especializada em ajudar futebolistas a virem para a Europa e mulheres grávidas a emigrarem clandestinamente para os Estados Unidos em contentores);

- o negócio também é bom porque, pelo menos, o Porto tem a hipótese de ainda ganhar algum dinheiro, ao contrário «de outros activos» (sic) que são emprestados, acabam contrato e de pilim népia, nem vê-lo;

- o negócio, afinal, é bom porque «bastará» (sic) o Cruzeiro comprar a metade do passe do Walter por 4 milhões de euros para o Porto ainda ter os tais 125 mil euros de lucro.

Em resumo, é isto. E é muito, muito bom.

Isto não é apenas propaganda. Isto não é apenas lixo. Isto é Alzheimer jornalístico.

Vamos, então, espremer o suminho.
- 1.ª talhada: o jornalista (ou quem lhe ditou a notícia) considera que a poupança dos salários é uma vantagem financeira. E tem toda a razão. Se o Walter ganhar 30 mil euros por mês (ninguém acredita que seja menos, certo?), até Julho de 2015 (coisa pouca…) o Porto poupa 43 salários, o que dá cerca de 1,3 milhões de euros. O que é fantástico é que o argumento dos salários sirva para o que se poupa, no cômputo geral do negócio, mas não sirva para o que se gastou. Evidentemente, a 30 mil euros por mês, nos 17 meses que o Walter passou nas Antas recebeu, só em salários, 510 mil euros, fora os prémios (que devem ter sido poucos uma vez que o Porto, na última época, não ganhou nada). Pode-se dizer que o Porto usufruiu da prestação desportiva do atleta. É um facto. Uma prestação desportiva tão relevante que, ao fim de um ano e cinco meses, o clube prefere dar o jogador a tê-lo no plantel. Porque foi o que aconteceu, ou não? Ao Porto, que não recebeu um cêntimo pelo empréstimo do jogador, ao contrário do que acontece neste tipo de negócios, só faltou pagar ao Cruzeiro para o Walter jogar lá. Não teve de pagar, ao contrário do que aconteceu com outros, e isso, aparentemente, é um critério suficientemente apertado para o jornalista considerar que o negócio «não é mau».
Ou seja, se tirarmos aos 125 mil euros os 510 mil que Walter recebeu só em salários o Porto perdeu quase 400 mil euros com o Walter.

- 2.ª talhada: três meses depois de comprar 75 por cento do Walter por 6 milhões de euros o Porto abdicou de 25 por cento por 125 mil euros, só para poder dispor de capital. Dizer que o Porto vendeu 25 por cento do Walter é um disparate, e dizer que ganhou 125 mil euros é uma barbaridade. Convém, quanto mais não seja, para que nos apercebamos do ridículo da situação, que se o Porto tivesse posto esses 6 milhões no banco ou pago uma parte do seu passivo que está a crédito teria ganho, só no primeiro ano, mais do que esse valor. Ou seja, se não gastasse dinheiro no Walter o Porto ganharia mais do que o dinheiro que supostamente ganhou ao vendê-lo. E já nem vou ao facto de o jogador ter sido vendido a uma off-shore inglesa e comprado através de uma off-shore futebolística que de futebolística só tem o nome. Também não quero dizer que é desta maneira que o Pinto da Costa, os Caldeiras e os argentinos se andam a encher à custa do dinheiro do Porto mas por acaso até quero. Como é óbvio. Qual seria a utilidade destes «entrepostos» senão para lavar dinheiro através das comissões ou outras falcatruas do género?

3.ª talhada: a hipótese do Cruzeiro pagar 4 milhões por metade do Walter, aparentemente, é suficiente para fazer disto um negócio decente para o Porto. «Empréstimo de Walter pode valer 4 milhões», diz o título. Faz lembrar aquele eufemismo que agora os Governos usam para enganar os palermas, quando os jornais dizem: «Portugal conseguiu vender dívida».Conseguiu vender dívida? Vender dívida é uma forma de dizer que pediu dinheiro emprestado, e neste caso a juros altíssimos. Se dissessem«Conseguimos enterrar-nos mais trinta centímetros nas areias movediças»estariam a ser igualmente verdadeiros e igualmente erróneos.

O empréstimo pode valer 4 milhões? Tretas! Se há uma certeza com este negócio é que o Porto não vai ganhar absolutamente nada, porque nem sequer conseguiu negociar uma opção de compra que lhe permita, se o jogador começar a jogar, ganhar um cêntimo a mais do que aquilo que gastaram para o comprar. Recebe o que pagou. Ou seja, é garantido que o Porto não vai ganhar absolutamente nada com o Walter. É este o bom negócio que o Porto acabou de fazer.

Nem sequer vou falar do dinheiro que o Porto perdeu ou do que deixou de ganhar com estes seis/quatro milhões que estão empatados (porque é essa a expressão real) no Walter, e que pode ficar empatados por mais três anos. Talvez fosse oportuno, por exemplo, perguntar ao jornalista José Carlos Sousa de quanto foi o empréstimo obrigacionista que o Porto fez há uns tempos, e qual o juro que praticou, para se saber quanto valem, exactamente, para o Porto, 4 milhões de euros.

Há uns tempos falei sobre a manipulação da imprensa pelos clubes, e este é um caso típico de como a fidedignidade da informação está totalmente pervertida pelo servilismo aos clubes.

Pegando neste exemplo claro, é bom que as pessoas fiquem completamente conscientes do seguinte:
- ao fazer isto o jornalista José Carlos Sousa não está ao serviço do jornal nem dos leitores: está ao serviço do Porto;
a notícia é feita com o único intuito de branquear a actuação da Direcção do Porto, manipulando a linguagem da informação;
esta notícia é feita para tentar, deliberadamente, enganar aqueles que sabem ler, partindo do princípio que eles não sabem ou não querem pensar. Estão a contar com a estupidez das pessoas. Quem não quer pensar, não pensa. Mas quem não pensa não se pode queixar de não lhe dizerem a verdade. A verdade está aqui. Só que está codificada, e para a descodificar é preciso estar disposto a isso, sabendo à partida que a fonte de informação é manipuladora.
( Os juros que o Porto paga pelo empréstimo obrigacionista é de 8%/ano).

(No blogue Religião Nacional)
O FC Porto quer 13 milhões de euros por Guarín e o pagamento terá de ser feito numa única tranche até ao final de Janeiro.
A revelação foi feita pela imprensa italiana, que dá conta de contactos entre os dragões e a Juventus, já confirmados pelo empresário do jogador, Marcelo Ferreyra, em declarações ao ‘Tuttosport'.
"Houve negociações preliminares com a Juventus. Estamos numa fase de troca de informações", disse Ferreyra.
O CM sabe que os responsáveis do FC Porto têm pressa em vender o médio e acreditam que a Juventus vai ceder às pretensões portistas, apesar de os jornais italianos garantirem que a Vecchia Signora só dará 11 milhões de euros - dois milhões em Janeiros e nove no final da época. A concretizar-se, a transferência será por números abaixo da sua cláusula de rescisão: 30 milhões de euros.
O médio Fernando também foi notícia em Itália pelo interesse da Roma, mas, apurou o CM, os dragões não o devem negociar pela influência que tem na estratégia de Vítor Pereira.